Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 62
Ódio


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus tchutchucos.
Espero que gostem.



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Harley procura ao redor uma forma de impedir aquela briga, já que atirar poderia ocasionar em algo pior tendo em vista que o uniforme do Morcego fazia as balas ricochetearem. Imagina acabar, por acidente, ferindo seu amor? Jamais poderia viver com isso.

Ela sobe as escadas com dificuldade, os degraus estavam partindo e o andar de cima estava quase todo destruído! Sua esperança em uma solução se vai  quando ela vê os corpos dos vários comerciantes no chão, cobertos de poeiras, e seus outros funcionários. O bar estava reduzido a cinzas.

— Mas que droga! Andavam por aí se achando os fodões e não aguentam uma explosãozinha de nada? — Ela tateia seus bolsos, mas só encontra alguns montes de dinheiro e charutos importados.

As luzes falham por um momento, o que faz com que Harley tropece em seu vestido e caia no chão, abrindo um corte no braço. Ela pragueja alguns palavrões e rasga o vestido com as mãos.

Um grito de dor de Coringa faz com que ela corresse para a beira do andar.

— Aguenta só mais um pouco, amor! Já encontro uma solução.

Ela tem uma ampla visão do ambiente por estar lá em cima, sua mente trabalha rápido e ela vê que os refletores estão presos a várias barras de ferro no teto, bem acima dos dois. Rapidamente sacando a arma ela mira e atira diversas vezes na mesma direção, as faíscas voam para todos os lados, a estrutura começa a ceder.

— Amor, sai de baixo! — Ela grita para ele, que percebe o dano acima e só tem tempo de se jogar para trás.

A estrutura de ferro cai sobre o Batman, partindo os refletores e lhe abrindo cortes, ao mesmo tempo que o mantém preso no chão, desacordado.

— Meu Deus! Você viu o que eu fiz? Meu pudinzinho, você está bem?

Coringa cospe sangue no chão e se aproxima para ver o Batman, que continua imóvel. Harley comemora feliz lá de cima, tomando cuidado para não acabar desabando o resto do lugar. Ele dá as costas ao Morcego e faz seu caminho em direção à Harley, subindo as escadas nos degraus que ainda restam. Ela corre para seu encontro e o envolve em um abraço, que não retribui, só reclama de dor.

—  Nossa, eu não acredito que consegui derrubar ele, tudo bem que minha mente é brilhante mas ele é porra louca demais! — O sorriso de Harley vai diminuindo ao perceber o semblante sério do seu namorado — Tudo bem? Eu pensei que ficaria orgulhoso de mim! Fiz isso por você, porque te amo muito!

Ela se aproxima para lhe dar outro abraço, Coringa ergue a mão e lhe acerta o rosto com tanta força que a mulher tomba para trás. Harley sente o gosto de sangue na boca.

— Parecia que eu precisava de ajuda? — Ele esbraveja.

— Bom... parecia. — Ela se defende, os olhos cheios de lágrimas.

É o suficiente para ele fechar a mão e acertar seu rosto de novo, lhe dando um soco. A raiva era tanta que a dor de ter seu corpo machucado não o impediu de descontar em Harley. Ela cai no chão, que treme em sinal de desabamento.

— Por favor, eu não quis qu-... — Ela ergue as mãos para impedi-lo, que responde lhe dando um chute na costela.

Harley grita de dor e protege o tórax com a mão. Coringa aperta a mandíbula com força, cospe mais sangue no chão e se abaixa, puxando Harley pelo cabelo e a arrastando até a beirada do andar. Ele fecha as mãos no seu pescoço e aberta com força, encarando o rosto dela machucado, misturado em sangue e lágrimas.

Ela tenta implorar mais uma vez, mas o aperto em seu pescoço a impede de falar.

— Eu devia ter me livrado de você há muito tempo! — Ele sussurra, os olhos cintilando de raiva.

Em um único e repentino movimento, ele a joga para baixo.

O corpo de Harley cai de uma só vez, se estraçalhando no chão. Sua consciência se vai, e uma poça de sangue se forma ao redor do corpo inerte. Coringa encara o corpo dela lá de cima, se vira, pensa, mexe nos cabelos, sussurra algumas palavras incompreensíveis, dá um forte grito de ódio e soca o ar. O seu enorme ego jamais permitiria que alguém tivesse a "honra" de acabar com seu inimigo, mesmo que fosse a Harley. Aquele dever era dele, e só dele, e ela entrou no seu caminho, estragando tudo.

Enquanto isso, Batman vai lentamente retomando os sentidos, a primeira coisa que ele vê é Harley desmaiada e sangrando a poucos metros dele. O Morcego tenta se mover, mas sua perna está presa entre as ferragens, um corte também se abrira no local, fazendo-o repensar cada movimento. Ele também se dá conta de onde o Coringa está, lá em cima, se comportando de forma sinistra, falando em entonações diferentes. Rapidamente junta as peças e percebe que ele mesmo havia jogado sua namorada daquele andar ao chão.

Aquele marco de horrores é suficiente para que, mesmo com diversos machucados, ele engolisse a dor e forçasse seu corpo a sair das barras de aço. Seu corpo se comprime e sangra com os movimentos, mas sua força é suficiente para libertá-lo.

Coringa percebe que o Morcego está escapando e rapidamente pega a arma que Harley havia carregado, e aponta para o mesmo.

— Ainda não acabou! — Ele grita, atirando diversas vezes.

Batman se joga no chão e rola para longe, fazendo com que as balas atingissem o chão. A arma fica sem munição e Coringa a arremessa longe, pronto para descer até lá e resolver com suas próprias mãos, mesmo que os dois estejam feridos pela mesma atitude. No entanto, o Morcego apenas dá as costas e se coloca para andar, em direção a saída do ambiente.

— Onde pensa que vai? — Coringa esbraveja novamente, descendo as escadas.

Batman apenas para de andar, se vira por alguns segundos, e diz:

— Ela chegou bem mais perto de me matar do que você.

E some na neblina.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥



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