Love Story escrita por Fofura


Capítulo 222
CSI:Vegas ❥ Uma Montanha-Russa Após o Caos




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Chris e Allie chegaram e a imprensa já estava do lado de fora do local. Entraram e encontraram Grissom e Sara agachados testando sangue.

Sara afirmou que Hodges não fugiu, que ele foi sequestrado.

— Você parece ter certeza.- Chris disse ao se aproximar com Allie.

Sara olhou de rabo de olho e nada disse. Ela tinha certeza sim.

— Encontramos o velcro e a tela da tornozeleira dele.- disse Gil.

Quando o teste deu que o sangue não era do Hodges, mas era O- igual ao do Guillermo, tiveram que explicar sua teoria. Achavam que tinham usado exatamente aquele alicate para cortar a lingua de Guillermo. Explicaram que ele estava dando informações pra polícia e por isso foi apagado. Que Wix tem clientes de cartéis que fazem o trabalho por ele. Isso só se concretizou mais quando acharam cabelo do Hodges que pareciam ter sido deixados ali de propósito, uma marca na parede e uma marca no chão escrito “Tin” como se ele não tivesse tido tempo de terminar a palavra. Hodges deixou uma pista pra eles e eles seguiram.

Enquanto isso, Max apelava com o sub xerife. O alertou sobre o plano de Wix e o motivo de Hodges ter sumido. Ele não tinha fugido, foi sequestrado por Wix. O sub xerife não se convenceu, mas ela o convenceu.

Ofereceram um acordo limitado para Hodges que teria acabado com o processo de Wix. Ele ficaria falido. Contaram a ele que Hodges aceitaria o acordo. Ele teve que apelar e sumir com ele, forçá-lo a confessar e vencer o processo. O plano era deixá-lo pra morrer mesmo.

Max conseguiu voltar ao caso, não foi reintegrada, mas já era alguma coisa. Com a palavra inacabada de Hodges, um pedaço de alavanca de porta-malas encontrado na garganta de Guillermo e o carro de onde essa alavanca veio, Max conseguiu o nome do dono do carro, de acordo com os associados de Guillermo. Ele era conhecido como Tiny, e o parceiro Manuel Garza, o tal cara que Guillermo falou antes de morrer, também estava envolvido.

Sara lembrou que Guillermo tinha tinta no pulso e a análise deu que era de uma caneta tinteiro azul royal diplomata. A mesma de Wix, que vivia no bolso dele. Foi mostrar a Gil e Penny.

— Estão vendo?- ela colocou gravações de Wix discursando pra imprensa, e em todas as imagens, ele estava com a caneta.

— Está sempre no bolso da frente.- observou Penny. — Isso me deixa um pouco nervosa.- Gil a olhou com o cenho franzido, esperando uma explicação. — É por isso que inventaram protetores de bolso.

— Essa caneta é uma Parker. Só aceita alguns cartuchos.- Sara informou. — A tinta azul royal nos pulsos de Guillermo deve ter vindo da caneta de Wix.

— Ou de outra pessoa que usa a mesma tinta, é isso que ele vai dizer.

— Precisamos da caneta. Se o DNA de Guillermo estiver nela, Wix terá dificuldade de explicar isso.

— Talvez posso pegá-la emprestado.- Gil pensou numa estratégia.

Chris apareceu dizendo que acharam o tal do Tiny, então antes de ir atrás da caneta de Wix, Gil foi com Sara assistir o interrogatório que Max e Folsom foram fazer com o tal Tiny. Ele disse não saber de nada, claro, então não conseguiram provar nada, mas sabiam que ele tinha “perdido” o carro, que não estava com ele. E tinham que achar para provar que Guillermo esteve no porta-malas.

Acharam, mas ele estava todo esmagado, prensado. Virou ferro velho. Teriam que desamassar e procurar nos destroços a alavanca quebrada.

Enquanto Folsom e Allie cuidavam disso, lá estava Gil prestes a colocar seu plano em prática. Ficou no corredor fingindo fazer palavras cruzadas. Deixou uma só faltando de propósito e com uma caneta sem tinta, “tentava” escrever.

Wix ficou surpreso por vê-lo ali, no meio do dia, escrevendo num jornal, sem a esposa por perto, sendo que não tinha audiência nem nada. Perguntou o que ele estava fazendo ali.

— Ah, estou fazendo palavras cruzadas. Só falta uma, quarenta e três para baixo. E estou sem tinta.- ator do jeito que era, fingiu frustração. — Pode me fazer um favor? Empresta sua caneta? Só dois segundos.

Ele não viu problema e colocou a mão no bolso pra pegar, mas curiosamente… cadê a caneta? Ele pareceu surpreso em não achá-la ali, parecia que não sabia que tinha perdido. Então colocou sua pasta sobre o aparador em que Gil estava encostado pra pegar uma dentro.

— Nove letras, termo legal em latim. “De minimus”. “Das menores coisas”.

— Menores coisas. Sua vida toda tem sido isso, não é?

“Mas olha só que careca filho de uma puta”

— Bom, você sabe…- devolveu a caneta. — Tudo se encaixa.

— Não dessa vez.- ele respondeu, com sua confiança irritante.

Gil notou uma substância laranja na pasta, meio gosmenta, quando ele guardava a caneta de volta, e discretamente esfregou um cotonete lá enquanto o distraía com provocações.

— Só queria dizer que… Se David Hodges não voltar para a terra dos vivos, mandarei você para a prisão. De um jeito ou de outro.

— Não faça promessas que não pode cumprir. Cuidado, dr. Grissom, conheço pessoas.- ameaçou, pegou a pasta e foi embora, sem nem perceber o que Grissom fez enquanto conversavam.

Gil olhou pro cotonete, tampou, e voltou ao laboratório pra testar o que quer que fosse aquilo.

Essa coisa laranja também estava nos sapatos de Tiny.

— Acetato de etila, limoneno e outros sintéticos.- informou Sara a Gil e Chris que estavam com ela. — Tudo isso junto gera fragrância industrial, perfume para ambientes. Cassinos usam para disfarçar o cheiro de nicotina.

— Eles não conhecem Bom Ar não?

Rayle teria rido.

Seguindo uma pista do que Tiny disse no interrogatório, Gil chegou a conclusão que talvez tivessem levado Hodges para um hotel cassino. Mas tinham mais de 150 mil quartos em Las Vegas. Teriam que ir pela fragrância.

Max conseguiu isso pra eles, as fórmulas, contanto que não divulgassem nada do que vissem.

— Essa mensagem pode se autodestruir desde que obtenhamos o que precisamos.

— O truque para esses aromas são suas notas superiores.- disse Sara navegando pelo conteúdo do pendrive. — As notas de base são normalmente óleos. Normalmente não tão distintas.

— Evaporam, então não podemos esperar uma combinação perfeita.

— Aquele é muito parecido com o que você encontrou.- Max apontou.

— The Mosaic Cassino. Que irônico.

— O quê?- Max quis saber.

— Minha montanha-russa favorita fica lá. Não vou lá há anos.

Sara fez seu característico biquinho contendo um sorriso, tendo uma ideia excelente para depois que concluíssem aquele caso. Mesmo não tendo sido uma indireta dele, só um comentário.

Foram com toda a equipe checar todos os quartos para encontrar Hodges, enquanto Wix e o advogado de Hodges falavam com uma juíza.

Vasculharam em todos os quartos e nada. Hodges estava sem tempo.

Voltaram ao laboratório, ao carro prensado, para achar alguma coisa. Depois de algumas horas, acharam fragmentos da caneta e a alavanca quebrada.

E lá foram eles analisar tudo e procurar DNA do Guillermo ou do Wix. Não acharam especificamente algo deles, mas acharam um perfil de DNA para a doença de Huntington. A doença que a irmã de Wix tem. Coincidência demais, e menos de 0,01% da população é portadora. Era o suficiente para pelo menos processar as roupas dele e o que estivesse com ele no momento.

O levaram para a delegacia onde Gil e Sara já esperavam por ele.

— Jaqueta e sapatos.- Sara falou assim que o policial o parou em sua frente.

— Aproveite isso. Não vai acabar da maneira que você deseja.

— Agora queremos apenas sua jaqueta e seus sapatos.- Gil enfatizou, sem se deixar provocar.

Ele lhe deu o que pediram e Sara mandou ele lhe mostrar as mãos para coletar resíduos embaixo das unhas.

Ele ficou detido até analisarem tudo. Assim que já tinham todos os resultados, juntaram tudo com mais algumas fotos, para confrontá-lo num interrogatório.

— Onde estava na noite em que Guillermo Chaves foi morto?- ele não respondeu a pergunta de Sara. — Você está ciente de que o sr. Chaves tinha conversado com policiais sobre testemunhar contra você?- sem resposta novamente.

— Quer assinar uma confissão? Posso te emprestar uma caneta.- Gil debochou. — Encontramos a sua no porta-malas de um carro. Aquele de onde Guillermo Chaves tentou fugir.

— Nós sabemos que é sua.- Sara voltou a falar. — E não apenas porque você apareceu na TV com ela no bolso.

— Perdi essa caneta.- ele enfim falou algo. — Qualquer um poderia ter encontrado. É sobre isso que vocês querem falar?

— Não.- Sara, com seu olhar penetrante de afronta, respondeu.

— Encontrei uma substância interessante nos seus sapatos e na sua pasta.- Gil voltou a se pronunciar. — Quando foi a última vez que esteve no Mosaic?

— Acho que já estou farto dessa conversa. Não tenho sangue nas mãos.

Sara até quis revirar os olhos com a pose de bom moço dele. Grissom o olhou nada convencido com as sobrancelhas erguidas.

— Mas você sabe disso.- Anson continuou. — E sei que posso invocar a quinta emenda.- ele falava intercalando o olhar de Sara para Gil. — Então, boa sorte seguindo as evidências.

Tem nem vergonha na cara. Gil quase soltou um “pode deixar, otário”.

Quando ele foi embora, já livre, Sara soltou um longo e pesado suspiro.

— Cínico! Grrr!

— Acalma a fera aí dentro, honey.- ele beijou a lateral de sua testa. — Vamos voltar e tentar achar outra prova.

— Talvez você consiga me acalmar depois, agora eu só quero voar no pescoço dele!

Grissom sorriu.

— Você fica ainda mais atraente querendo meter porrada em homem, sabia?

Sara não aguentou e deu risada. Ele mereceu um beijo depois dessa.

~ ♥ ~

Sozinha no áudio e vídeo, Sara pensava. Max chegou interrompendo seus pensamentos com outra pista no notebook.

— Sabe aquela substância química que estava na pasta do Wix? Mudou.

— O quê? Como assim?

— Desde que seu marido passou o cotonete no espectrômetro, esses picos se dissiparam. As notas superiores evaporaram.

— Você refez?

— Não corresponde à amostra que obtivemos dos sapatos, então… E dizem que sou curiosa.

— Desculpe, mas não sei bem como isso ajuda.- Sara estava confusa com o que ela queria dizer.

— Essas substâncias químicas estão mudando. Nós pensamos que eram estáveis. Pode ter começado como algo diferente. Além disso, algo que Bryan me disse. Todos esses cassinos roubam uns dos outros. Funcionários, jogos de mesa…

— Fragrâncias.- ela concluiu e entendeu. — Precisamos descobrir onde o cheiro começou.

— Você é a lady da análise de materiais e elementos. Acho que é hora de você brincar com algumas moléculas.- Max sorriu e a deixou sozinha.

Sara botou a mão na massa e usou de sua especialidade para descobrir o cassino certo onde Hodges estava. Daquela vez não tinha erro, nem engano. Explicou tudo pro marido, em como chegou aquela conclusão, e assim que o nome do cassino apareceu na tela, eles tiveram um estalo.

— Green Emerald.

— Está fechado desde a época da covid.– ele disse. — Está vazio.

— Espero que não.

E então eles saíram correndo.

Chegaram com reforços policiais e todos os CSI’s da equipe de Max. Folsom e Allie acharam a gosma laranja e o resto correu com o responsável para procurar nos quartos. Sara parou, desesperançosa, e olharam pra ela.

— David sumiu faz 72 horas. Esse lugar tem 1200 quartos. Se ele não tiver tomado água…- sua voz até falhou.

Nesses três dias que Hodges sumiu, nenhum deles conseguiu parar em casa por mais de uma hora, e só tiraram cochilos, nenhuma noite de sono descente, ficando acordados a base de cafeína e no caso de Max, energéticos. Não podiam perder tempo descansando, até achar Hodges. Ele podia estar morto agora, tinham que achá-lo.

— Vamos ficar sem tempo. Precisamos de sorte.- disse Chris.

Gil teve uma ideia.

— Você foi o gerente daqui?

— Por cinco anos antes de fecharem.- o homem respondeu.

— Onde fica o painel de comando?- ele mostrou e quando chegaram lá, Gil deu uma olhada. — Na emergência, pode ligar para todos os quartos de uma vez?

— Claro. O seguro exige isso.

— Faça isso agora.

O moço fez e um único quarto ficou com luz vermelha. O quarto 208 não estava chamando. Wix deve ter cortado o telefone. Aquele era o quarto! Correram até lá o mais rápido que puderam. Os policiais arrombaram a porta, Gil e Sara entraram logo atrás deles.

Hodges estava sentado no chão, com sangue no rosto machucado, com a cabeça tombada pra frente e desacordado. Seu pulso estava preso por uma algema para que ele não pudesse fugir.

Sara correu até ele e Grissom foi atrás. Ela chamou por ele várias vezes.

— David? David!- checou o pulso no pescoço. — Ele está vivo.- Sara estava ofegante e desesperada porque ele não respondia. — David! Consegue me ouvir?- ela continuava com a mão no pescoço dele checando a pulsação e Gil sacodia seu ombro para que ele acordasse.

— David!- Gil gritou.

— Abra os olhos, David. Olha pra mim.

Ele despertou lentamente e desorientado.

— Você está bem, vai ficar tudo bem.- Sara respirou aliviada quando o viu levantar a cabeça e fez uma leve massagem no ombro dele para confortá-lo.

Grissom até sorriu ao vê-lo vivo. Sorriu de mostrar os dentes, coisa que raramente fazia em situações fora de seu casamento.

Hodges estava cansado, machucado, levemente desidratado e cheio de dor, mas conseguiu olhar pra eles e falar com eles.

— Vocês demoraram.

Ele sabia que iam achá-lo. Sara prometeu que ficaria tudo bem.

A fofura daquele momento era indescritível. Grissom e Sara sorriam pro amigo e Max juntamente com sua equipe os observava. O casal iria até o fim do mundo para proteger a honra de sua família, mesmo que Hodges não fosse tão chegado a eles. Era da equipe, era da família, assim como Sara deixou claro pro marido.

Gil e Sara o desprenderam e o ajudaram a levantar, um de cada lado. Deram passagem até fora do cassino onde uma ambulância já os esperava. Os paramédicos deitaram o ex técnico na maca e o colocaram dentro do veículo.

Assim que a van partiu, Sara e Grissom suspiraram ao mesmo tempo. Quando se olharam, nem precisaram dizer nada, simplesmente se abraçaram.

Enfim tudo aquilo tinha acabado, ou pelo menos já estava se encaminhando pra isso. Agora era só prender Wix e o levar a julgamento.

— É isso.- ouviram a voz de Maxine atrás de si. — Vocês conseguiram.

— Nós conseguimos.- Sara corrigiu sorrindo e desfazendo o abraço de Gil. — Obrigada por tudo, Max.

— Eu que agradeço.- ela sorriu e também abraçou Sara. — Nos ajudaram a salvar nossa reputação. Devo uma a vocês.- desfizeram o abraço.

— Considere pago, Max.- Grissom sorriu. Ninguém devia nada, apenas Anson Wix com a justiça. — Bom, acho melhor irmos pro hotel. Hodges não vai poder falar conosco até ser tratado e estar estável.- Sara assentiu. — Precisamos descansar e comer alguma coisa.

— É uma boa ideia.- disse Max. — Vocês precisam e merecem.

~ ♥ ~

Depois de um banho bem relaxante e merecido, Gil e Sara pediram serviço de quarto. Enquanto esperavam, ligaram para Catherine, Brass e Greg para informar o desfecho do caso.

— Vocês não dormiram, né? Até eu que sou cego percebo que estão péssimos.

Gil e Sara sorriram com o comentário de Brass.

— Como é que íamos dormir com Hodges sequestrado, Jim? Vocês pararam pra dormir quando eu fui? Ou quando Nick foi?

— Você tem um ponto.

— E como ele está?

— Ainda não sabemos.- Sara respondeu a pergunta de Catherine. — Ele foi sedado. Soubemos que Emma deu à luz há alguns minutos. É madrugada, então só podemos visitá-los pela manhã e pegar o depoimento do Hodges. Max conseguiu deter Wix e ele está na cela.

— Terminaram no prazo hein!- comentou Greg. — As crianças vão ficar impressionadas quando eu contar de manhã.

— Já decidiram onde vai ser a Ação de Graças?- Brass quis saber.

— Eu acho melhor ser em Vegas. A Cath já está com as malas prontas, não é, ruiva?

— Estou sim. As férias acabaram, as meninas e eu estamos voltando. Além disso, quero conhecer a Emma e o Cooper também.

— Ótimo! Vai dar tempo de todos chegarem. Sara e eu vamos acabar com tudo isso até o fim do dia e amanhã já vamos preparar tudo em casa.

— Pronto pra dar adeus ao Eclipse, Gil?- Brass brincou. — Eu já voltei pra casa há uns dias, mas Catherine me ligou reclamando do custo que demos a ela.

— Hey! Isso é mentira!- a ruiva se defendeu. — Foi cortesia, sabem disso. Jim, vou te deixar mais cego do que já está.

A gargalhada foi inevitável.

— Já ligaram pra Rayle? Ela está preocupada.

— Vamos fazer isso agora. A gente se vê amanhã.

— Dá um beijo nos pimpolhos por nós, Greg.

— Pode deixar, Sarinha.

Se despediram dos amigos, a comida chegou, eles comeram e foram pra cama.

Dormiram as oito horas recomendadas — só não dormiram mais por teimosia, queriam ver Hodges logo e acabar com aquilo —, tomaram café, se trocaram e foram pro hospital. Hodges já estava estável, Emma já estava bem melhor depois do parto e Cooper estava no berçário.

Max os encontrou lá, pegaram o depoimento de Hodges, que agradeceu tudo o que fizeram e topou depôr contra Wix, assim como Sara e Grissom também toparam. Max voltou ao laboratório e o casal permaneceu lá com o amigo.

— Já viu a Emma e o bebê?

— Já sim. Me deixaram ir vê-los hoje cedo. Me sinto péssimo por não ter estado com ela na hora do parto.

— Hodges, nada do que aconteceu foi culpa sua, e não estava com ela porque foi sequestrado.

— Ela viu o vídeo, estava em prantos quando me viu.

— É compreensível.

— Tentamos fazer com que ela não visse, mas estava em todos os jornais.- Sara fez careta que foi imitada por Hodges.

— Você sempre quis ser famoso né.- Gil não resistiu recebendo um tapa de Sara.

— Vai brincando, Grissom.

— Desculpe, não podia perder essa. Podemos ir ver o Cooper?

Sara ficou surpresa dele mesmo perguntar.

— Claro. Acabaram de me dar alta, então vou com vocês.

Quando chegaram lá, Emma estava amamentando o bebê. Ela agradeceu por tudo o que fizeram e deixou que eles o segurassem assim que acabou de alimentá-lo.

Cooper não estranhou nenhum dos dois e ficou mais tranquilo no colo de Gil do que no de Sara.

Foi fofo ver Gil com um bebê no colo de novo. Sara até tirou uma foto.

Assim que acabou a visita, Sara e Gil foram direto pra delegacia. A acusação já tinha sido feita contra Wix e o depoimento de Hodges já tinha sido registrado. Max havia gravado. Só precisavam agora de uma declaração formal assim que ele estivesse recuperado.

Foram até a cela de Wix e o otário já ia pegando o casaco pra sair.

— Ia a algum lugar?

Sara quis rir, mas se manteve séria todo o tempo, mas Gil não resistiu, seu sorriso apareceu mais de uma vez.

— O que é isso?- ele quis saber, confuso.

— Queríamos apenas dizer “obrigado”.- Gil respondeu tendo a atenção da esposa pra si. Sara amou a cara de deboche dele. — Aceitamos seu conselho. Seguimos as provas. David Hodges disse “olá”.

A cara dele foi impagável.

— Não sabemos se planeja se defender, mas decidimos trazer os documentos de acusação.- Sara tomou a palavra enquanto Gil entregava a pasta pra ele. — Você enfrenta sequestro, obstrução da justiça, extorsão, tentativa de homicídio… Tem mais, porém você entendeu.

— Não sei o que David Hodges contou, mas…- Sara o interrompeu.

— Ele nos contou tudo!

E cara de pau que ele é, tentou apelar pra confiança que ele tinha.

— Bom, acho que ele contará a história dele ao júri, e eu vou contar a minha.

— Tenho uma história pra você.- sua hora de brilhar, Gil! — Um advogado vigarista tenta mentir e enganar no caminho para fama e fortuna, às custas de boas pessoas que passam suas vidas tentando fazer justiça aos inocentes. Mas, como o destino queria, a fraude dele falha. A verdade prevalece. E ele passa o resto da vida na prisão.- o bocó até desviou o olhar depois dessa. — Sua irmã estava certa. A melhor história vence. A gente se vê no tribunal.- com um sorriso, Gil lhe deu as costas e saiu acompanhado de Sara, e Wix continuou na cela.

— Isso foi satisfatório.- disse Sara, que agora sim conseguia rir. — Viu a cara dele?

— Que saudade que senti dessa risada.- a abraçou pelo ombro, beijou sua têmpora e saíram de lá. — Vamos ver a Rayle agora. Ela se recusou a voltar pra São Francisco até nos ver vivos.

~ ♥ ~

— Vocês com certeza querem me matar, né!!!

Uma loira alta extremamente animada e furiosa correu para abraçá-los.

— Olha, eu confesso que nunca recebi um abraço acompanhado de tapas tão fortes antes.- disse Gil com uma careta e um sorriso ao mesmo tempo. — Nem mesmo os tapas bons.

— E já recebeu tapas bons, tio Grissom?- Rebecca perguntou querendo rir.

Ele só piscou e olhou para Sara que tapou o rosto e causou riso nas meninas.

— Nunca mais façam isso comigo, ouviram? É sério. Mais de um mês, vocês realmente queriam me matar.

O casal sorriu.

— Não foi culpa nossa, maluquinha. Se eu soubesse ia demorar…

— Quarenta e nove dias.

Sara arregalou um pouco os olhos pro marido por ele realmente ter contado, mas voltou a falar com a informação que ele deu.

—... Quarenta e nove dias pra solucionarmos aquele caso, eu...

— Nem teria vindo?

— Gil!- Sara o fuzilou com os olhos. — O fato é que não sabíamos no que ia dar.- ela voltou a olhar para Rayle. — Desculpa a preocupação, Ray. Está tudo bem agora.

Rayle sorriu e a abraçou.

— Eu sei que só quis proteger a gente. Está tudo bem.

— Bom, vamos entrar. Mamãe fez bolo de cenoura.

— Você fez bolo de cenoura?- Sara desfez o abraço com cara de espanto. — A cozinha ainda está lá?- recebeu um tapa e riu.

— Nick me ensinou direitinho como faz. Eu nunca acertei até ele ter paciência pra me ensinar. Fala aí, filha. Meu bolo de cenoura ficou divino, não ficou?

— É verdade.- Becca sorriu. — Ficou mesmo.

Com a cara de choque eles estavam, e com a cara de choque eles entraram.

Ficaram algumas horas com elas, planejaram tudo pro dia seguinte, e Sara disse que precisava ir buscar as malas no hotel, mas antes ia levar Grissom em outro lugar. Ele ficou curioso, mas adorava surpresas vindo dela.

Quando estavam chegando The Mosaic Cassino, ele abriu o sorriso mais lindo do mundo.

— Você é a melhor esposa do mundo, sabia disso?

Sara sorriu ao ver o sorriso bobo dele.

— Faz um tempão que a gente não anda em uma, e como você mencionou sobre ela, eu tive que te trazer aqui.

Ele a encheu de beijos assim que saíram do carro.

“Senhoras e senhores, por favor, fiquem de pé?

Com cada cicatriz de corda de violão na minha mão

Eu aceito essa força magnética de homem para ser meu amado

Meu coração já foi emprestado e o seu já ficou triste

Tudo está bem quando termina bem

Se o final for com você” — Taylor Swift

Por sorte, estava funcionando, e por sorte, não tinha ninguém lá. Tinham a montanha-russa todinha pra eles. Estavam bem agasalhados, pois estava frio, e ao subirem no carrinho, Sara prendeu o cabelo. Caso contrário, ia sair descabelada.

Gil era o ser humano mais feliz naquele momento por voltar a fazer o que mais amava antes, depois de tanto tempo. Ele estava andando de montanha-russa, que era seu passatempo favorito desde sempre. Sara ter levado ele lá só porque ele mencionou que fazia anos que não ia, era muito especial.

Enquanto o carrinho subia, Gil tentava não sorrir tanto com a ansiedade. Ele adorava aquela sensação do carrinho subindo e despencando do nada, sentiu muita falta daquela adrenalina. Com um sorriso de canto de boca, ele pegou a mão de Sara e a trouxe pra perto dele.

Sara estava olhando pra cima, apreciando a vista, mas olhou pra ele ao sentir seu toque. Sorriu abertamente com a cara de bobo dele. Dava pra ver o quanto ele estava feliz com aquele passeio. Ficou acariciando com o dedão a mão dele enquanto trocavam um olhar super fofo. Gil voltou a olhar pra frente e quando estavam no topo do montanha-russa, quase pra descer, onde já tinham uma vista perfeita o MGM Grand, eles aproximaram os rostos pra se beijarem, ainda com as mãos unidas.

Foi breve, só enquanto o carrinho não descia, com aquele ventinho gelado batendo em seus rostos, mas ainda assim, mágico.

Ao se separarem, pareciam que tinham acabado de dar seu primeiro beijo. Gil voltou a olhar pra frente, ainda com um sorriso bobo, e entrelaçou seus dedos nos dela. Sara continuou olhando pra ele com um sorriso de canto de boca e um olhar apaixonado.

Voltaram a olhar pra frente quando o carrinho fez aquela leve parada e despencou. Os gritos foram inevitáveis, mas as mãos continuaram entrelaçadas até o final do passeio.

As lembranças voltaram para a época que eles se casaram pela primeira vez, e Sara cumpriu a promessa de ir com ele na montanha-russa de Paris. O brilho no olhar de Grissom quando ela quis ir de novo no brinquedo, foi o mesmo brilho que surgiu quando Sara foi com ele na do The Mosaic, que era sua favorita e a que ele mais ia dos anos 2000 pra trás.

Dividir aquele amor com ela era incrível, mas mais incrível ainda era o amor que sentia por ela, acima de tudo. Aquilo era o que o fazia mais feliz.


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Notas finais do capítulo

E chegamos ao último episódio!! ♥
Que delícia foi ver meu casal assim, casadinhos, só no love (✿◠‿◠) E que delícia poder imaginar cenas pra acrescentar em cenas que já existem ♥ Espero que tenham gostado.
O próximo capítulo terá menção a coisas que aconteceram agora na season 2 já que tivemos Catherine e Greg de volta, mas não será o foco.
Abraço de urso e até o antepenúltimo capítulo :3



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