Love Story escrita por Fofura
Assim que saíram da cena, foram direto ao laboratório, trocaram a roupa com cheiro de incêndio e foram conversar com Penny Gill sobre o luminol. Aquela coisinha fofa já esperava por eles.
— O HPLC nos dará a composição química do luminol.- disse ela. — Mas como isso pode ajudar?
Gil e Sara sorriram do mesmo jeito, ao mesmo tempo.
— Não se acha luminol em qualquer lugar, Penny.
Sara olhava para o computador esperando um resultado enquanto Penny falava com Gil.
— Se pudermos combinar com uma marca comercial, podemos rastrear pela venda.- ela se animou.
— Gil…- Sara o chamou apreensiva. — Isso não está certo, está?
Gil colocou os óculos e fitou a tela. Ambos se olharam, preocupados.
— O que foi?- perguntou a menina e foi olhar a tela. — Ai não…
— Não se apavore, Pen…- Sara segurou a mão dela e apertou de leve soltado em seguida. — Vamos testar de novo.
Quando o teste foi feito novamente e o resultado não mudou, Sara teve que ir comunicar Max. Mas quando chegou em sua sala, Nora estava lá. Sara ficou sem jeito de prosseguir.
— Ela sabe.- disse Max entendendo a hesitação de Sara. — Seja o que for, pode falar.
— O luminol que encontramos na casa do Kline veio desse laboratório.
O choque foi instantâneo nas duas.
— Está dizendo que um dos seus fez isso??
— Verificamos duas vezes.
— Verifiquem de novo.- Max não podia acreditar.
— É o padrão desse laboratório. Não há dúvidas. Gil criou a fórmula. 0,3% de peróxido de hidrogênio para uma luminescência maior.
As duas suspiraram, e Nora foi clara.
— Se ainda quer minha ajuda, só há um jeito de fazer isso.
Max assentiu e pediu para todos os CSI’s e tecnicos se reunirem na escadaria. Pediu até que chamasse todos no interfone. Max estava no topo da escada, com Nora ao lado e, Gil e Sara um pouco distantes, mas também no topo da escada. Penny avisou Max que todos os três turnos estavam ali, exceto Folsom e Rajan que estavam em campo. E ela começou.
— Certo, escutem, pessoal. Isso não é uma simulação obrigatória. Preciso que entreguem seus equipamentos na recepção. Vão para suas mesas e esperem irmos falar com vocês.
— O que está acontecendo, chefe?- indagou Chris.
— Tivemos uma violação.- todos trocaram olhares preocupados. — Agora estamos em confinamento e vamos investigar. Esse laboratório, CSI’s, é uma cena de crime.
O burburinho foi certo, mas Max pediu silêncio e atenção, e pediu que eles fizessem o que ela mandou, entregar seus equipamentos e esperar.
— O décimo sétimo dia em Vegas será em cárcere.- comentou Gil só para a esposa escutar.
— Está mesmo contando?- ela sussurrou de volta.
Max chamou a atenção deles enquanto todos os outros se dispersaram pelos corredores.
— Vocês dois, deixem Nora a par sobre o luminol. Eu vou checar as câmeras de segurança.
Nora olhou para eles com a cara mais feia que já viram ela fazer, e deu passagem a eles.
— Ela está furiosa.- Sara sussurrou no ouvido do marido enquanto andavam na frente.
— Já esperávamos por isso.- sussurrou de volta.
Já na sala, com o computador pronto para a explicação, Nora foi a primeira a falar, ainda furiosa.
— Não sei o que fazer com vocês dois.
— Por que não nos escuta?- falou Gil, sem se importar com a braveza dela. Já estava acostumado.
— Já cometi esse erro antes.- ela aumentou um pouquinho o tom. — Mentiram na minha cara para conseguir acesso a arquivos confidenciais! Levei isso pro lado pessoal.
— Tá, então não nos escute.- Gil perdeu a paciência. — Gosta de ler?
“Gil!” Sara quis bronquear. Viu como Nora olhou pra ele com essa resposta e tomou a frente para que não houvesse discussão.
— E-essa é a composição química do luminol que o assassino usou.
— Sua fórmula.
— Sim.- respondeu Gil. — Mas com vestígios de ninidrina.- ela chegou mais perto da tela enquanto ele explicava. — Um reagente químico usado para achar digitais, não sangue. Não há razão para misturá-lo com luminol. Provavelmente, alguém estava completando os frascos e fechou um de luminol com uma tampa de ninidrina.
— Se tem um CSI desonesto com a tampa trocada no kit…- continuou Sara. — Um frasco de ninidrina com uma tampa com luminol, há uma chance de ele estar por trás disso: Brass, Hodges, Kline, tudo.
— Então sugiro que o encontre.- disse Nora, ainda séria. — Talvez, assim, eu não recomende que o promotor puna todos os CSI’s desonestos que já conheci.
Dito isso, ela saiu da sala, e Gil não conseguiu esconder um sorriso.
— Podia ter sido pior.
— Como se analisar todas as garrafas de ninidrina e luminol não fosse ruim.- Sara suspirou.
— Ah, se anima, abelhinha. Não é como se já não tivesse ficado presa no laboratório antes.
Sara sorriu ao lembrar do caso de Diane Chase, quando ela, Nick e Greg não puderam sair do laboratório até falar com a corregedoria, depois do carro de Nick ser roubado com todas as evidências do caso.
Enquanto Gil e Sara iam atrás de todos os borrifadores pra analisar, Penny informava a Max que as granadas de teste tinham sumido e que a retirada dela não tinha sido assinada. Logo acharam que o assassino estava no prédio e pretendia explodir tudo. Max não quis criar alarde.
Já com todas as garrafas na mesa, Gil e Sara analisavam calados.
Gil observou a esposa e sorriu com o canto da boca.
— No que está pensando? Estarmos presos aqui com um assassino ou nosso futuro na prisão?
— Já estive perto de muitos assassinos. Uma ameaça de prisão é diferente.
— Você ficaria bem num macacão de prisão.
Sara sorriu. Ah, se ele visse como ela ficava em um. Não era como se já não tivesse a beira de ser presa.
— Além disso.- ele continuou. — Vivemos em águas internacionais. Não acho que nos extraditariam.
Sara riu e olhou para o computador.
— Podemos não ter que fugir ainda. Frasco de ninidrina com tampa de luminol. Frasco número 9. Isso estava na sala de suprimentos? Número 9…- Gil pegou o frasco. — O assassino de Martin Kline deve ter mexido nisso.
— Vamos analisar e ver se achamos digitais.
Foram para outra sala e enquanto Sara fotografava a garrafa, Gil observava ao redor. Sara nem precisou olhar pra ele pra saber o que ele estava fazendo.
— Tentando adivinhar quem foi? É sempre a última pessoa que suspeitamos.
— Essa seria você, meu amor.
Sara deu risada com o que ele disse e passou a digital pro computador. Gil amava ouvir aquela risada, e fazê-la rir naquele momento tenso era precioso.
— Acho que você sobrepôs as digitais.- ele observou. — Precisamos de uma digital, não uma em cima da outra.
— Por isso que computadores 3D foram inventados.- ela rebateu. — Você já está ultrapassado. Certo…- eles esperaram até dar resultado, e não deu. — É novo, não é mágico. Me dá um segundo.
Gil quis rir, mas se conteve. Era fofo vê-la lidar com as novas tecnologias, já que estavam velhos e enferrujados depois de seis anos longe. Ele até mais.
Conseguiram um resultado, e o choque foi certo.
Através das câmeras, Max e Nora descobriram que quem pegou as granadas foi alguém que não estava usando sapatos. Chris. Ele negou culpa, disse que só não assinou a retirada porque ela chamou todos na escadaria com urgência e que estava sem sapatos porque seus pés estavam um pouco inchados e trabalhar descalço era melhor. Ele deu um susto em todo mundo, mas foi sem querer.
Tudo bem até Gil e Sara entrar na sala onde ele estava com Max e Nora, dizendo que era culpado apenas por violação da segurança do trabalho, e que acharem que ele era culpado do resto era ridículo. Ao entrarem, Gil mostrou o frasco e Sara o tablet com o resultado.
— O frasco incompatível é dele.
— O quê?
Todos olharam pra ele querendo uma explicação, e nem ele sabia dar. Mas quando foi levado para a sala de Max, ele disse que perdeu o frasco no mês anterior em uma cena de homicídio e que só não reportou porque era insignificante, o frasco só custava oito dólares, não ia ser uma grande perda de equipamento. Alguém tinha roubado o frasco na cena.
Assim que pegou o depoimento dele, Max foi atrás de Sara e Gil.
— Conferimos as granadas.- disse Sara. — Sem adulterações ou trocas.
Max comemorou.
— Não tira a culpa do Chris.- Gil interveio. — Mas Kline não morreu por uma das nossas.
— Pedi para Nora não alertar a DPLV até avaliarmos a história do Chris. Aqui está o caso em que ele estava trabalhando.
Sara abriu a pasta.
— A vítima era oficial de justiça.- Sara franziu o cenho. — Chris sugere que há conexão com o caso David Hodges?
Max subiu os ombros.
— Nos deixe ver as provas.- pediu Gil. — É a única história que queremos ler.
Max deixou e eles foram até o carro na garagem. O carro que o oficial de justiça foi morto.
— Eu amei.- falou Gil. — Uma cena de crime móvel. Um oficial de justiça grande, um carro pequeno.
— Chris disse que não tiveram progresso. O caso ainda está aberto.
— Ótimo. Talvez possamos resolvê-lo.
— E talvez a pessoa que matou o oficial de justiça, Jaden Dudley, é o nosso cara.
— Chris não precisaria de luminol para achar sangue no carro. Está por tudo. E mesmo assim…- ele olhou pro chão do carro e notou algo. — Isso não foi borrifado. Parece que vazou.
— Bastante. Acho que ficou deitado por um tempo.
— Talvez o garoto não esteja mentindo.
— Então, o que achamos?- ela indagou. — O assassino voltou a cena depois que Chris processou o carro?
— Pode ser que ele estava procurando algo para incriminar Hodges.
— O assassino teria que entrar no carro e procurar o frasco. Posso?
Gil, como um cavalheiro, deu passagem para que sua esposa ficasse onde ele estava, analisando o carro, e passou a lanterna pra ela.
Sara olhou com a lupa e achou caspa. Mas a vítima era careca. O assassino deixou cair quando foi pegar o frasco debaixo do assento.
Saíram da garagem e enquanto Sara analisava a caspa e outras pistas, Gil estava na sala de convivência que agora era aberta, como um refeitório entre as paredes de vidro, lá onde ele falava em espanhol com a marina do peru.
Enquanto esperava a esposa, Gil acabou ouvindo a conversa de dois dos jovens que passavam atrás dele pra sentar em uma das mesas, e um dos jovens era Penny que dizia ao outro:
— Não morreremos de fome. Sairemos quando o confinamento acabar.
— Sim, sim. Mas se…?
— Está bem.- ela cedeu. — Se fôssemos morrer de fome, eu comeria o Randy.
Gil franziu o cenho.
— Randy? Por que o Randy?
— Ele é um aperitivo.
Ok, não imaginou a pequena Penny dizendo isso. Mas o que seria uma pessoa ser um aperitivo? Gil ficou se perguntando, mas Sara cortou seus pensamentos.
— Acho que sei quem pegou o luminol…
— Como? O DNA mitocondrial leva dias para ser perfilado.
Ela continuou, ignorando isso.
—... E quem matou Kline e incriminou Hodges. Tudo.- na hora, alguém na TV lhe chamou a atenção. — Foi ele!
A manchete dizia “Anson Wix lidera a ação coletiva” e o dito cujo estava num palanque discursando.
O casal se olhou chocado.
— Faz sentido.
— Temos que falar pra Max e pra Nora.
Assim que Sara terminou de falar, a risada de Penny os fez virarem pra mesa onde ela estava com o colega.
— Desculpa.- ela tapou a boca achando que tinha atrapalhado eles, mas sentiu alivio quando eles sorriram pra ela.
— Ela é fofa, né?
— É que você não ouviu o que eu ouvi.
— Como assim?
Gil não respondeu, levantou e olhou para a menina de novo.
— Penny, estamos indo acabar com o confinamento. Não precisa comer ninguém.
Ela ficou toda vermelha enquanto Gil puxava Sara pela mão e o colega de Penny dava risada.
Gil explicou tudo no caminho até a sala de Max e Sara deu risada com o que ele contou e com a cena que viu depois.
~ ♥ ~
O casal sentou de frente para Max na sala da mesma, com Nora de pé ao lado deles para ouvir o que tinham a dizer. Disseram que o homem que procuravam era Anson Wix e que eles tinham absoluta certeza agora de que ele estava por trás de tudo.
Pra começar, entregaram aquela lista que Sara vasculhou lá no começo, e a assinatura dele estava lá.
— O homem assinou mesmo o nome dele por nós?- Max sorriu.
— Também deixou caspa, presumo. Saberemos em alguns dias.- informou Sara. — Encontramos o local onde parece que Chris perdeu o luminol. Wix esteve lá dois dias depois.
— Anson Wix é o advogado da ação coletiva contra o estado.- disse Nora.
— Exatamente.- respondeu Sara. — E ele teve acesso ao luminol que Chris perdeu.
— Não um luminol qualquer.- continuou Gil. — O que foi usado na cena do crime de Martin Kline.
— Bem, eu nunca estive a par do seu pensamento, mas a teoria não era que havia um perito forense por trás disso tudo?
Max quem respondeu.
— Wix julga casos criminais há uns 27 anos. Conhece nosso manual de trás para frente.
— Ele está por trás disso desde o início.- prosseguiu Sara. — Ele representou todos os associados ao ataque a Jim Brass. Acho que era ele que mandava.
— E ele tinha o perito, Martin Kline, trabalhando pra ele.- completou Gil. — Ele podia lidar com os aspectos técnicos.
— Quando chegamos perto demais, Wix matou Kline para impedi-lo de confessar.- concluiu Sara.
— Estão falando de uma conspiração realmente envolvida.- disse Nora olhando as fotos. — E um assassinato brutal. Por quê? Por que se dar ao trabalho?
— Dinheiro.- Gil respondeu. — Muito dinheiro.
Ela então caiu em si.
— Você tem razão. Processos de prisão injusta pagam muito bem. E ele tem milhares.
— E os advogados ficam com 40%.- afirmou Max. — Esse é um grande motivo, mas claro que, precisamos de mais.
— Sim.- Nora concordou. — Não vão fazer um caso com dois flocos de caspa e uma visita a um pátio.
— Não.- concordou Gil, suspirando e olhando rapidamente para a esposa.
— Wix não matou o oficial. A família o contratou para representá-los em um processo de homicídio.
— E Wix tinha o direito legal de inspecionar o carro no momento da apreensão.- Gil continuou a fala da esposa. — Não podemos provar que ele roubou o luminol.
Nora deu uma grande suspirada.
— Bem…- pigarreou e olhou para eles diretamente. — Vocês encontram outra coisa. Com cuidado, espero.- disse isso olhando para Max e depois voltou para eles. — Eu tenho fé. Vocês são bem sorrateiros.
— Você não vai nos denunciar?- Sara indagou confusa.
— Eu não fiz um juramento à Assuntos Internos. Não acho que a justiça avance deixando 8.000 criminosos fora da prisão para que esse idiota fique rico.
Ok, agora a gente gosta dela.
— Encontrem algo para mim. Levarei para o promotor pessoalmente.
Dito isso, Nora saiu da sala, deixando Gil e Sara pasmos, mas contentes em não serem presos. Olharam para Max tipo “viu o mesmo que vimos?” e Max piscou pra eles, sorrindo.
— Bem, meu amor…- Sara falou olhando pro marido. — Não vai me ver de macacão laranja tão cedo.
— Droga.
Gil fez as duas rirem.
— O que é isso? Uma fantasia?- Max brincou.
— Deve ser, ele é maluco.- Sara disse e riu ao sentir um aperto em sua barriga feito pelo marido. — Eu já usei um e não foi legal.
— Já foi presa?- Max arregalou os olhos.
— Fui incriminada uma vez, tiveram que me processar.
Sara contou tudo pra ela e Max ficou morrendo de dó. Imaginou como foi terrível pra ela passar por tudo aquilo, ainda mais por estar separada de Gil na época.
— Você se importa se eu for procurar o arquivo? Eles gravaram o interrogatório.
— Não, se isso não for mexer em alguma ferida…
— Aquilo é passado, eu já esqueci.
Max deu de ombros e liberou para que eles fossem procurar a gravação.
— Tem certeza que quer me mostrar isso?- Gil perguntou enquanto ela colocava a gravação na tela. Estavam sozinhos.
— É só pra atiçar sua imaginação, você não vai ouvir o áudio.
— Eu vou sim, pode colocar.
— Gil, não tem por que.
— Coloca, honey.
Sara bufou e deu play com áudio e tudo. Gil se arrependeu de ouvir o interrogatório e não conseguiu nem brincar que ela realmente ficava bem de macacão de prisão.
— Até o Greg duvidou de você?
— Ele não duvidou, e eu estraguei tudo indo atrás do Basderic, eu só fiz o que ele queria. Mas já passou.- deu o assunto por encerrado. — E aquele macacão nem parecia do meu tamanho, ficou um pouco grande.- mudou de assunto. — Ainda acha que eu fico bem nele? Posso pedir um emprestado na delegacia.
Ele conseguiu rir e pediu que pra saírem dali.
~ ♥ ~
Assim que o cárcere acabou e eles puderam sair, já estava anoitecendo. Resolveram ir tomar sorvete.
Cada um estava com uma casquinha em uma mão e as outras estavam entrelaçadas.
Ao ver o sorriso bobo dela lhe olhando de relance às vezes, Gil a questionou.
— O que foi?- acariciou o dedão dela com o seu e deu mais uma chupada no sorvete.
Sara fez a mesma coisa e assim que engoliu, olhou para suas mãos entrelaçadas.
— Quem diria que vinte e um anos depois que vim trabalhar pra você, estaríamos assim.
Grissom sorriu daquele jeitinho fofo que só ele sabia fazer.
— Pois é. De mãos dadas andando pelas ruas de Vegas, sem se esconder, sem julgamentos, aposentados.
— E casados com filhos.
— Detalhe importante.- ele levou a mão esquerda dela até os lábios e deu um beijo. Sara sorriu com o toque dos lábios gelados.
— Falando neles, podíamos ligar de novo.
— Tá, mas vamos terminar o sorvete primeiro, eles podem ficar com vontade.
Assim que terminaram, foram pro hotel, tomaram um banho e fizeram uma chamada de vídeo para Greg.
— Oi Greggo!- Sara o cumprimentou quando ele apareceu na tela. — Tudo bem?
— Tudo bem, Sarinha.- ele sorriu. — Como estão as coisas por aí?
— Nada bem.- respondeu Gil. — Cada dia que passa, a coisa fica mais séria.
— Vish! Mas não se preocupem em ficar longe por muito tempo, as crianças não estão dando trabalho.
— Que é isso? Quer adotar é?- Sara achou engraçado como ele falou sem que eles dissessem nada e Greg riu.
— Eles são uns amores, eu não reclamaria em ficar mais duas semanas com eles.
— Falando neles, onde estão?- Gil perguntou depois de sorrir com o que ele disse.
— Com Abby e Robert lá fora.
— Robert está aí?- Sara perguntou surpresa.
— Ele ligou ontem perguntando se podia passar o fim de semana aqui com a Abby. Mesmo os pimpolhos não dando trabalho, eu não nego um a mais pra ajudar.- riu e eles também. — Vou chamá-los, um minuto.
Gil e Sara esperaram e de repente viram seus pimpolhos irem correndo até o notebook, quase derrubando-o da mesa.
— Calma, gente, isso custa caro.- Abby alertou os irmãos e os pais riram.
— Mamãe, o dindo levou a gente pro cinema ontem!- Ricky contou entusiasmado.
— É mesmo?- ela sorriu. — E assistiram o quê?
— Um desenho. Qual era o nome, Maggie?
— Família Adda.
Grissom sorriu.
— A Família Addams?
— É!- eles gritaram ao mesmo tempo e riram. — Era o 2. O dindo disse que é pra entrá no clima do dia das bruxas.
— Ele disse que vai contar histórias de terror no halloween.
— Olha só, eu não quero ninguém ligando pra mim chorando e com medo não, hein.
— A gente não vai ficar com medo, mamãe.- Maggie garantiu.
— Sei…- Sara semicerrou os olhos e escondeu um sorriso. — Mas se ficarem com medo, mamãe vai buscar vocês num piscar de olhos.
Todos sorriram.
— Eu não duvido.- disse Abby. — Tomara que esse caso não demore pra ser solucionado. Também estamos com saudade.
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