Love Story escrita por Fofura


Capítulo 206
Warrick Sidle Grissom


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas! ◕‿◕
Estamos de volta com a continuação e eu sei que parei num momento gritante, mas calma, vocês já vão saber o que aconteceu shausjas nao me contive.
Muitas emoções e fofura nesse capítulo ^^



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Gil quase sentiu o coração também falhar ao vê-la ficar inconsciente. A vista embaçou e ele se viu gritando por ela sendo afastado pelos médicos.

— Não! Não! Sara! Por favor!

— Senhor Grissom, precisa se afastar. Eu prometo que vamos cuidar dela.

Grissom tentava chegar perto de Sara enquanto dois enfermeiros o afastavam e um deles falava com ele.

— Ela vai ficar bem, não vai?- Gil já não sabia quantas lágrimas já haviam caído, mas os médicos em volta de Sara colocando máscara de oxigênio, pegando desfibrilador, e o barulho dos aparelhos apitando, o agoniavam demais.

— Vamos fazer o possível. Agora, o senhor precisa sair.

Suzanne se aproximou com Ricky no colo para pegar a atenção dele pra si e tentar acalmá-lo.

— Senhor Grissom, olha. Olha o seu filho, olha.- ela sorriu com o bebê ainda chorando e sujo de sangue em seu colo. — Ele é lindo e saudável.

Grissom, ainda chorando e assustado, olhou para a criança e sentiu o desespero diminuir um pouquinho ao ver o filho pela primeira vez. Secou as lágrimas e passou o indicador pela cabecinha dele.

— Nós vamos limpá-lo, pesar, vestir, tudo direitinho e logo poderá segurá-lo, está bem?

Grissom assentiu olhando pra trás novamente para onde Sara estava sendo socorrida.

— Precisa aguardar lá fora agora. Vou te informar assim que souber de alguma coisa e você poderá ficar com o Warrick ou ver a Sara, ok?

Gil mais uma vez secou as lágrimas e teve que deixar seus dois amores pra trás.

~ ♥ ~

— Mãe, tá demorando muito. Por que ainda não temos notícias?

— Você acha que todos os bebês nascem rápido só porque você foi?- Rayle sorriu segurando a mão da filha enquanto Abby segurava a outra na sala de espera. — Ninguém forçou o parto da Sara como o meu. Alguns demoram horas mesmo pra nascer. Está tudo bem com sua tia, ela é uma mulher muito forte. O bebê deve estar sentado, ou algo assim. Não se preocupe, logo vamos vê-los.

— Eu estou sentindo um aperto muito grande.- comentou Abby. — E se…

— Nada disso, Abby! Não pense em coisas ruins. Seja positiva.- sorriu.

Abby já ia responder quando viu Grissom entrar cabisbaixo na sala. Ele não conseguiu ficar no corredor do lado de fora da sala, precisava se acalmar. Sabia que essa hora as meninas já deviam ter chegado e mesmo sem querer alarmá-las, precisava de sua família naquele momento. Precisava manter-se firme.

— Gil?- Abby se levantou na mesma hora. — O que houve? Eles estão bem?

Gil não conseguiu responder, simplesmente uma onda de choro veio, sem que ele pudesse conter. Caiu de joelhos numa cena que jamais pensou que alguém fosse ver. Sua vida estava sendo arrancada dele naquele momento, sua força se esvaiu.

As três correram até ele assustadas. Rayle ficou a sua frente de pé com Becca agarrada a ela, e Abby se ajoelhou do mesmo jeito que ele.

— O que aconteceu?- perguntou chorosa. — Ela está…?

Grissom só conseguiu olhar pra ela e balançar a cabeça. Não conseguia dizer que não sabia se ela estava morta ou não. Só chorou sendo amparado pela filha que também precisava de amparo, pois caiu aos prantos.

— Não…- Rayle balançava a cabeça desacreditada enquanto Rebecca também chorava abraçada a ela. — Não pode ser! Ela não está!

Como Grissom não conseguiu dizer nada, esperaram ele se acalmar pra explicar. O ajudaram a levantar e a sentar em um dos bancos da sala de espera. Só então ele conseguiu dizer o que aconteceu.

— Tiveram…- ele fungou com a voz embargada. —... algumas complicações durante o parto. O bebê estava sufocando e… a Sara estava perdendo as forças. Acho que ela… nem conseguiu ouvir o choro dele.- soluçou.

— Então…- Becca disse ainda chorando. — O bebê nasceu e está bem, não é?- Grissom assentiu e elas respiraram aliviadas com isso. — E a tia Sara?

— Ela teve uma parada cardíaca… Eu não sei como ela está… Não sei se conseguiram salvá-la ou se ela…- fungou mais uma vez sem nem terminar.

— Não, ela não pode ter…- Abby sentiu mais uma onda de choro vir.

— Fiquem calmos, tá?- Rayle parecia a menos calma dali, mas era de longe a mais positiva. — Ela vai ficar bem. Ela não passou por tudo isso na vida pra não conseguir ver o filho nascer.- não conseguiu conter e deixou escapar algumas lágrimas. — Ela vai voltar.

Ficaram ali sentados pelo que pareceu uma eternidade. Catherine havia ligado à caminho de uma cena de crime pra saber como Sara estava e quase bateu o carro com o choque. A ruiva não informou a mais ninguém sobre a situação para não ficarem preocupados, pois ela mesma mal conseguiu trabalhar com medo do pior. Não conseguiria ir até o hospital antes do turno acabar.

Na sala de espera, finalmente Suzanne apareceu.

— Como ela está?- Gil se levantou imediatamente indo até ela. — Me diga que ela está bem, por favor?!

— Conseguiram trazê-la de volta, mas ela não acordou ainda. Os batimentos estão normais.- informou tentando mantê-lo calmo. — Ela está em observação.

— Podemos vê-la?- perguntou Abby.

— Infelizmente ainda não, mas o bebê já está prontinho no berçário. Gostariam de vê-lo?

— Sim, por favor.- Gil respirou um pouco mais aliviado e se recompôs. Sua mulher estava viva e seu filho seguro. Precisava ficar calmo. Seguiu Suzanne em seguida.

Não demorou pra chegar lá e nem pra reconhecê-lo. Estava usando o macacão de panda que Rayle tinha dado. Sara tinha separado esse porque queria que fosse a primeira roupinha que ele usasse.

Rayle não segurou a emoção.

— Ficou a coisa mais lindinha!

— Ele é muito fofo!- exclamou Becca.

Grissom sorriu bobo com o tamanho daquele ser humano gerado por ele e sua esposa, fruto do amor deles.

Se aproximaram dele.

— Quer segurá-lo?

Grissom assentiu todo sem jeito para a médica. O único bebê (tirando o pequeno Zac) que segurou no colo, foi Lindsey e foi há muito tempo.

— Pode sentar se quiser.

Tinha uma poltrona lá dentro pra facilitar os pais de primeira viagem que tem medo de segurar o bebê. Pegar sentado dá mais segurança.

Grissom sentou e logo seu filho estava em seu colo, em seus braços.

— Oi garotão…- ele disse baixinho e sorriu bobo de novo. Era a coisa mais fofinha que já viu. Ganhava disparado de Sara com gripe. — É o papai…- disse na esperança dele abrir os olhos e assim ele fez. Foi bem pouco, mas Gil conseguiu ver sua íris azul, igualzinha a dele. Sara ia adorar saber que ele tem olhos azuis.

Ele era a cópia perfeita dos dois. Branquinho, cabelos castanhos, olhos azuis, o nariz era igualzinho ao da mãe.

Acariciou o topo da cabecinha dele que tinha poucos cabelos castanhos, mas sedosos e onduladinhos, como os deles.

— Ele até que é tranquilo.- olhou para Suzanne do lado.

— Você que pensa.- disse uma das enfermeiras. — Ele fez um pequeno showzinho quando o trouxemos pra cá. Só se acalmou quando ouviu sua voz de longe.

Grissom sorriu olhando novamente pro filho. Pegou a mãozinha dele e deu um beijo.

Não demorou para Warrick começar a chorar.

— O beijo foi tão ruim assim?- Grissom brincou pra tirar a angústia do peito. Estava gostando de ficar com o bebê, mas estava preocupado com Sara.

As moças riram da brincadeira.

— Ele deve estar com fome.- respondeu Suzanne. — Vou ver como Sara está.

Grissom começou a ficar desesperado com Ricky chorando em seu colo e não conseguia acalmá-lo.

— O que eu faço?- pediu socorro.

— Tenta balançar ele de leve, como se estivesse cantando uma canção de ninar.

Grissom fez o que Rayle aconselhou, mas deve ter feito errado porque não adiantou. Olhou quase em pânico pra enfermeira que riu e o salvou.

— Deixa comigo. Vai lá com a doutora ver se sua esposa está bem. Se me informarem que ela está acordada, eu levo o bebê lá.

— Obrigado.- ele sorriu e deu um beijo na cabeça do bebê antes de sair.

Quem diria! Ele sendo pai! E o neném era a cara de Sara. O formato do rosto, do nariz, dos lábios. Talvez só os olhos sejam parecidos com ele mesmo.

Enfim. Precisava ver Sara com seus próprios olhos pra de fato acreditar que estava tudo bem. As meninas tiveram novamente que ir pra sala de espera.

Grissom encontrou o quarto com facilidade. Só saiu perguntando pra onde Suzanne tinha ido. Esperou do lado de fora do quarto quando ouviu a voz dela.

Em poucos minutos ela saiu e deu de cara com ele.

— Ah! Eu já ia te chamar.

— Ela está bem?

— Um pouco cansada, mas está bem sim. Essas horas foram difíceis, mas ela é uma mulher muito forte.

Gil olhou pela janelinha da porta com o coração na mão, um enfermeiro a examinava.

— Ela é sim.

— Quando o enfermeiro sair, você poderá entrar. Vou pedir pra trazerem o bebê pra ela amamentar, ok?

— Muito obrigado.

— Não há de quê.- ela deu um tapinha no ombro dele e se retirou.

Grissom entrou assim que o moço saiu. Agradeceu a ele também e encostou a porta.

Sara o olhou e sorriu de lado pronunciando um "oi" aliviado. Ele respondeu com um "oi" emocionado por ainda poder ouvir sua voz, vê-la sorrindo, e principalmente respirando.

Ela se sentou com dificuldade e ele correu para abraçá-la. Sentou ao seu lado e a trouxe para seus braços.

— Que susto você me deu, honey…- confessou com a voz embargada. — Achei que tinha perdido você.

Sara aspirou o perfume dele, apesar do suor que viu através da camisa, ainda tinha o cheirinho que ela amava ali.

— Achei que não conseguiria.

— Estou orgulhoso de você.- ela sorriu e desfez o abraço.

— E o nosso filho?

Ele sorriu ao ouvir "nosso filho". Nove meses se passaram e ele ainda não acreditava.

— Está ótimo. Estão trazendo ele pra você.- ela assentiu aliviada de novo. — Ele é perfeito, Sara…

Sorriram um pro outro transbordando de emoção e felicidade. Encostaram suas testas e Gil tomou a liberdade de lhe dar um beijo. Sara correspondeu com ternura. Acariciou a nuca dele e se afastou só um pouquinho pra pronunciar um " eu te amo" sussurrado. Grissom sorriu e disse o mesmo, acrescentando um:

— Nunca mais me assuste desse jeito.

— Não posso prometer.

— Boba.- os dois sorriram e foram interrompidos por uma batida na porta.

— Oi mamãe, oi papai. Vim atrapalhar vocês só um pouquinho.- era a médica com Ricky no colo falando como se fosse ele.

Grissom e Sara abriram o sorriso mais lindo do mundo. A morena deixou a emoção tomar conta ao ver o filho, ainda por cima com aquela roupinha.

— Oi meu anjinho…- ela pronunciou com a voz embargada enquanto Suzanne o colocava em seu colo. Sara segurou sua preciosidade com todo carinho do mundo. Quando viu seus olhos, olhou para Grissom na hora.

— Ele tem seus olhos…- o brilho nos castanhos dela claramente não era só pelas lágrimas. Estava muito feliz. Olhou novamente pro filho e beijou sua cabecinha. — Ele é lindo!

— Igual a você.

Ela sorriu com o comentário dele, mas continuou olhando pro filho.

— Pronta para amamentá-lo?

Sara olhou para Suzanne e assentiu ainda sorrindo. Ela a auxiliou em como devia fazer e como funcionava.

— Ele geralmente larga quando está satisfeito. Qualquer coisa é só chamar, tabom?

Sara segurou a mão dela antes de sair e agradeceu por tudo. Gil também. A simpática Suzanne sorriu e disse que não precisava agradecer. Acariciou a cabecinha de Warrick e saiu.

A morena direcionou seu olhar para Warrick que sugava seu seio com vontade batendo a mãozinha em seu peito. Sorriu boba com a visão.

— Nunca achei que fosse sentir isso.- ela confessou observando o filho.

— Eu também não.- Gil não parava de admirar seus amores. A visão mais linda que ele já teve foi Sara amamentando seu filho e sorrindo pra ele, depois de ter sofrido tanto ao dar a luz.

De repente, a atenção deles foi direcionada mais uma vez pra porta onde Abby entrava. Permitiram a entrada dela no quarto quando disse que era filha do casal e queria ver o irmãozinho.

— Oi meu amor.- Sara sorriu e ao vê-la bem, Abby fez o mesmo segurando-se pra não chorar de novo, mas era nítido sua vontade.

— Pensei que tivesse me deixado.- foi até ela rapidamente e deitou a cabeça meio desajeitadamente em seu peito, com cuidado por causa do bebê. Sara a abraçou de volta e deu um beijo em sua cabeça.

— Eu não faria isso, principalmente agora.- Sara sorriu e encostou sua cabeça na dela. — Sabe por que eu consegui voltar? Sabe por que encontrei força pra resistir e não ir? Por causa de vocês.- Sara olhou para os três em sequência.

Grissom sorriu com a frase e com a cena. Sara com seus dois filhos no colo superou a visão perfeita dela amamentando Ricky.

Abby olhou para Sara, sorriu, secou algumas lágrimas que caíram e olhou para o meio irmão.

— Ele é do jeitinho que imaginou, não é?

— É tão perfeito quanto.

As duas sorriram uma pra outra.

Só depois que Sara amamentou Ricky e que Grissom e Abby saíram do quarto, Rebecca e Rayle puderam entrar no quarto pra ver Sara com o bebê.

Sara o ninava com movimentos suaves mesmo estando sentada na cama. Ricky dormia tranquilamente no colo quentinho da mãe.

— Ai meu Deus!- Rayle sussurrou na porta do quarto, pois percebeu que o neném dormia e não queria acordá-lo.

Sara sorriu abertamente pra ela e disse oi.

Rayle se aproximou também com um sorriso de orelha a orelha e lágrimas não olhos, e respondeu o "oi" dela com outro.

Olhou para aquela coisinha pequena dormindo no colo da amiga e ficou ainda mais feliz por ela.

Ambas trocaram um olhar afetivo, Rayle acariciou o cabelo dela e beijou sua testa. Não era novidade que as duas tinham um imenso carinho fraternal.

— Ele é lindo, Sarita.

Sara sorriu em agradecimento.

— Quer segurar?

— Ele não vai acordar? Rebecca acordava com um soprinho.

A menina riu atrás da mãe.

Rayle pegou o sobrinho, ansiosa. Parecia hipnotizada olhando pra ele, agora de pertinho, não só por ele parecer um anjinho dormindo em seus braços, como o fato dele estar usando o macacão que deu pra ele.

— Tia Sara?!

— Oi, princesa.

— Você tá bem?

— Estou sim.- sorriu. — Foi só um susto.

Rebecca foi abraçá-la e suspirou aliviada.

— Que bom que você tá bem. Fiquei assustada.

— Eu imagino.- Sara a abraçou de volta e beijou sua testa. — Mas está tudo bem agora.

— Então mamãe e eu podemos levar o Ricky pra São Francisco, né?

— Nem pensar.- as duas riram.

— Ricky? Esse é o nome dele? Por que Rebecca sabe e eu não?

Sara sorriu.

— Pra não correr o risco de você deixar escapar pro Nick. Queríamos fazer uma surpresa. O nome dele é Warrick.

Rayle puxou na memória.

— Seu amigo que morreu? O que você veio "investigar" em 2000?- Sara assentiu. — Que linda homenagem, Sarita. Eu lembro vagamente de você falar dele. Ele foi mesmo muito querido então.- sorriu de lado.

— Foi sim.- deu o mesmo sorriso.

Grissom entrou no quarto.

— Eu falei com os médicos. Disseram que Sara só vai pra casa amanhã.

— Então eu vou com as meninas e preparo tudo pra chegada de vocês.- ela então devolveu o sobrinho pra amiga. — Provavelmente nenhum deles vai conseguir vir visitar vocês antes do turno acabar. Então eu volto daqui a pouco pra trazer uma muda de roupa pra vocês.

— Obrigada, Ray.- eles sorriram.

Depois de alguns minutos, Warrick acordou do nada chorando. Não sabiam o que ele queria, mas foi só Sara mostrar o peito de novo pra ele e descobriram.

— Esse é guloso.

Eles riram disso. Não tinha nem meia hora que ele tinha mamado.

Com isso, Rayle e Becca se despediram e foram pra casa. Catherine ligou quase na mesma hora. Estava na pausa pro café, sozinha em sua sala.

— Ah, esqueci de tranquilizar ela.- disse Gil ao ver a chamada da amiga.

— Contou pra ela?

— Eu estava desesperado, honey, e ela me ligou bem na hora. Oi Cath.- atendeu.

— Gil! Tem notícias? Não consegui fazer nada aqui pensando nela.

— Fique tranquila, Cath, ela está bem.- Grissom sorriu olhando para a esposa e colocando no viva voz.

— Oi ruiva.- disse Sara para tranquilizá-la.

— Ai meu Deus, Sara! Quer me matar do coração??

Sara riu.

— De fato foi de risco. Mas não se preocupe, eu estou bem e o bebê também.

— Ai, eu quero ver vocês! Liga o vídeo, Gil.

— Nem pensar.- Sara interveio. — Eu estou acabada. Passei um sufoco, quase morri. Ninguém mais vai me ver desse jeito.

Catherine deu risada.

— Eu quero ver meu afilhado, poxa.

— Griss, filma só ele. Se eu aparecer, eu te mato.

Ele riu.

— Você está amamentando o nosso filho, amor, seu seio vai aparecer.

O sorriso que Catherine deu ao ouvir isso de Grissom foi o mais lindo de todos. "Nosso filho", "amor", e o fato dele estar preocupado com "o nude" da esposa.

— Só vai aparecer se ele soltar.- os três riram.

Gil então fez a chamada de vídeo e filmou o bebê mamando. Catherine quase teve um ataque de fofura.

— Ai que coisinha mais linda!!!- sua voz atingiu um agudo altíssimo e os pais deram risada.

— Você não está tendo a visão inteira, Catherine, mas posso te garantir que é a mais perfeita que eu já vi.

Sara sorriu com o que o marido disse e acariciou o rosto barbudo dele enquanto ele segurava o celular.

Não demorou para o bebê soltar o seio da mãe, agora sim satisfeito com a refeição. Sara logo o colocou pra dentro da roupa e ajeitou o filho melhor nos braços. Secou a boquinha dele com o maior cuidado com um paninho estampado de ursinhos e acariciou os poucos cabelos de sua cabecinha.

Catherine só conseguia ver os braços dela e sorria o tempo todo com o carinho que ela tinha com o filho.

Gil chegou mais perto pra amiga ver com mais detalhes e Warrick olhou para o objeto estranho.

— Aww, ele tem seus olhos, Gil…- comentou encantada.

— Do jeitinho que Sara imaginou. O resto parece ser tudinho dela. Olha o narizinho.

As duas sorriram. Gil com certeza já era um papai coruja. Conversaram mais um pouquinho e Cath se despediu.

— Bom, vou desligar. Sara precisa descansar. Mas vou ver vocês assim que o turno acabar com o resto do pessoal. Desculpem não podermos ir agora, queríamos muito estar aí com vocês nesse momento.

— Não tem problema, Cath. Vamos estar em casa amanhã de manhã. Ficaremos contentes em recebê-los.- Grissom a tranquilizou.

— Dá "tchau" pra dinda, amor.- Sara pegou a mãozinha dele e fez o movimento.

— Aww, tchau anjinho!- só então sua mente lembrou de algo importante. — Já escolheram o nome dele?

Gil e Sara trocaram um olhar cúmplice.

— Já sim.- Gil virou pra câmera frontal. — Vamos falar pra vocês amanhã, vai ser um momento especial. Beijo.

Gil desligou antes que ela pudesse protestar e voltou a olhar para seus amores. Sara o estava ninando.

Agora ele via como era. Ricky estava tranquilo nos braços de Sara, não tirava os olhos dela. Ela brincava com sua mãozinha e sorria pra ele o tempo todo.

Grissom se viu perdido naquela imagem. Tão linda! A amava mais que tudo. Ela parecia ter tanta facilidade em segurar o bebê e deixá-lo calminho. Agradeceria eternamente por todos os momentos perfeitos que ela lhe proporcionou até aquele momento mágico.

“Querida, apenas me beije devagar

Seu coração é tudo o que eu tenho

E em seus olhos você está segurando o meu [...]

Eu encontrei uma mulher mais forte que qualquer pessoa que conheço

Ela compartilha dos meus sonhos [...]

Eu encontrei um amor para carregar mais do que apenas meus segredos

Para carregar amor, para carregar nossos filhos

[...] Eu sei que ficaremos bem desta vez

Querida, apenas segure minha mão

Seja minha garota, eu serei seu homem

Eu vejo meu futuro em seus olhos” — Ed Sheeran

Sara percebeu o olhar bobo que ele lhe direcionava e segurou sua mão pra chamá-lo de volta ao planeta terra.

— Hey…

— Oi…- ele respondeu apertando sua mão de levinho.

— Quer segurá-lo?

— Segurei ele no berçário e foi um desastre.- Sara riu. — Mas posso tentar de novo.

Sara se inclinou um pouco para entregá-lo e Gil o recebeu com o máximo de cuidado. O bebê não reclamou e fitou o pai.

— Você vai reclamar de novo se eu te der um beijinho?

Sara sorriu com o fato dele falar com o filho como se ele fosse responder. Do jeito que ele fazia quando Ricky ainda estava na barriga dela. O bebê só piscou, ainda olhando pra ele. Gil beijou sua testa suavemente e tocou a pontinha de seu nariz.

Sara observava com a cabeça tombada pro lado. Aquela sim era uma visão perfeita!

Ricky levou a mão ao rosto e fechou os olhinhos.

— Acho que ele está com sono.- Sara ouviu Grissom dizer. Em seguida o viu puxar a touquinha com orelhinhas pra cobrir a cabecinha do pequeno Sidle Grissom. — Coisa linda do papai.

Sara sorriu abertamente pela forma como ele falou. Gil sabia ser fofo quando queria.

Ricky dormiu no colo do pai com facilidade. Gil fez do jeitinho que observou Sara fazer, balançou de levinho, porém em pé, pois achou mais fácil niná-lo assim.

Sara deitou e ficou observando os dois homens de sua vida, e como estava muito cansada, também adormeceu.

~ ♥ ~

Assim que chegaram em casa, Rayle ficou com o sobrinho enquanto Sara e Grissom tomavam banho e comiam alguma coisa. Tomaram café no hospital, mas precisavam de uma refeição um pouco mais adequada.

Quando acabaram, arrumaram toda a bagunça e foram todos pra sala. Ricky já tinha passado pelo colo das três loiras da casa e estava todo dengoso. Assim que foi pro colo da mãe, adormeceu.

Sara ficou um pouquinho com ele no colo e depois foi colocá-lo no berço.

Ficou olhando pra ele dormindo lá e seus olhos brilharam pelos pequenos sinais de lágrimas, mas não as deixou cair. Sorriu.

Grissom chegou por trás e a abraçou. Sara fechou os olhos e suspirou. Tudo correu bem, ela ainda tinha sua família. Sua linda e segura família.

Nada precisava ser dito ali. Estavam realizados.

Trocaram um olhar terno e saíram do quarto. Foram pra sala juntar-se com as meninas pra esperarem a equipe chegar. Isso aconteceu uns quarenta minutos depois.

Chegaram todos juntos e foram quase todos ao mesmo tempo abraçar Sara. Catherine contou que Sara teve uma parada cardíaca e antes que pudessem se desesperar, ela disse que estava tudo bem.

Helena e Maria correram pra abraçar Rayle, pois na festa de natal elas se apegaram bastante a ela por ser muito divertida. Rayle encantava crianças mesmo sem querer.

— Como você está, Sara? Nos deu um grande susto.- disse Jim depois de abraçar a filha.

— Estou bem, não se preocupem. Como disse, foi só um susto, já estou melhor.- sorriu.

— E meu afilhado?- Catherine e Greg perguntaram ao mesmo tempo e os outros riram.

— Está dormindo.- responderam.

— Ahhh…- lamentaram.

— Ia levá-los até ele, mas acho que não vão caber todos lá dentro.- Sara riu. — Vou trazê-lo. Um minuto.

Sara abriu a porta do quarto do filho para pegá-lo no berço enquanto os tios, padrinhos e "avô" aguardavam na sala ansiosos para vê-lo.

— Eis aqui a coisa mais fofa que vocês vão ver na vida.- disse Gil ao ver a esposa aparecer de novo.

Todos sorriam, incluindo Sara. Gil não falou apenas do filho, mas também de Sara o segurando. A visão completa.

Quando a viram com aquela coisinha minúscula nos braços e o instinto de todos foi dizer "aww".

Todos chegaram perto para vê-lo melhor e com cuidado para não acordá-lo. O encheram de elogios, estavam muito encantados.

— Que coisinha miúda!- exclamou Morgan. — Como ele se chama?

Gil e Sara responderam juntos.

— Warrick.

A cara de espanto e emoção foi automática em todos eles, ou quase todos, pois Morgan não chegou a conhecer Warrick, só ouviu falar dele.

— Não acredito que fizeram isso…- Catherine fungou secando uma lágrima que caiu.

— Linda homenagem.- comentou Hodges, e Henry concordou ao lado.

— Ele ia ficar muito feliz do filho de vocês receber o nome dele.- disse Greg também um pouco emocionado.

— Também nos emocionamos no momento que sugerimos isso. Foi um momento muito especial.

— Eu imagino.- Catherine fungou novamente com os olhos cheios de lágrimas.

— Bom, não vamos tornar esse momento uma tristeza.- Gil disse pegando o filho no colo com cuidado para não acordá-lo. — Warrick estará sempre em nossos corações e agora temos uma partezinha dele aqui conosco. O meu pequeno.

Sara achou linda aquela cena e o abraçou pela cintura com um enorme sorriso. Abby também chegou perto na hora e beijou a cabecinha do irmão.

— Que família linda!- Morgan permanecia encantada.

— Ele é muito fofo.- disse Abby.

— Lembro do Joshua desse tamanho.- completou Dave.

— Falando nisso, como ele está?

— Ótimo. Crescendo e aprontando.- ele respondeu a pergunta de Sara.

Todos sorriram.

— Parabéns, gente, ele é lindo!- falou Lindsey.

— Tinha que ser filho desses dois, né? Com a combinação de Gil e Sara, tinha como essa criança sair feia??- Albert fez todos rirem e concordarem com esse comentário.

— Eu ia dizer isso, mas iam falar que sou puxa saco.- Hodges comentou cruzando os braços.

Riram.

— Quis evitar a fadiga, não é, David?- Grissom fez todos rirem também ao dizer isso.

Warrick começou a chorar por causa do barulho e reclamou com os pais.

— Esses escandalosos acordaram você, meu amor? É?- Sara acariciou seu rostinho e Gil o segurou em pézinho. Os dois sorriram e falaram com ele para que ele se acalmasse.

O choro foi rápido e logo ele estava quietinho de novo. Sara deu um beijinho nele e Grissom o voltou para seu colo do jeito que estava.

Enquanto faziam isso, eram observados por quatorze pares de olhos encantados e silenciosos, incluindo as crianças.

— Eu poderia observar vocês dois assim o dia inteiro e não me cansaria.- comentou Catherine toda boba.

O casal sorriu.

Foi a vez de Warrick conhecer todos aqueles rostos estranhos. Foi primeiro para o colo de sua madrinha e ela quase não deixou mais ninguém pegá-lo. Estava apaixonada.

Greg foi o segundo a segurá-lo e Jim o terceiro. Mas Ricky passou pelo colo de todos eles e não reclamou nem com Hodges.

Todos o adoraram e mimaram e só pararam de paparicá-lo quando ele começou a chorar reclamando estar com fome.

Sara foi amamentá-lo no quarto com Catherine e Morgan enquanto o resto conversava na sala.

— Warrick ia adorar conhecê-lo.

— Finn também.

Essas foram as duas frases mais dolorosas que Sara ouviu nas últimas horas enquanto estava ali com seu pequeno mamando.

Quando juntaram-se aos outros novamente, Ricky voltou a ser sociável e teve atenção por um bom tempo até todos irem embora aos poucos. Catherine e as filhas foram as últimas e a ruiva quase leva o afilhado embora. Disse que iria visitá-lo todos os dias que não fizesse turno duplicado.

Assim que os amigos se foram, Rayle e Rebecca resolveram ir tomar sorvete no shopping e chamaram Abby, pra deixarem o casal descansar devidamente e sozinhos.

Gil e Sara foram direto pro quarto, exaustos, porém muito contentes. Deitaram juntos com Warrick no meio deles.

Seria uma visão perfeita pra quem estivesse ali para apreciar.

Gil e Sara, com as testas encostadas, cada um segurando e acariciando uma mãozinha do filho, suspiraram. Felizes e realizados.

Não gostariam de estar em nenhum outro lugar além daquele.


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Notas finais do capítulo

A gravidez foi de risco, mas não tão fatal assim kkk Não ia matar a Sara nessa altura do campeonato né, galera hsuahsaj ainda temos CSI Vegas ;)
Mas enfim, eis o primeiro contato do pequeno Ricky com parte de sua família ♥ ainda falta o tio Nick e o tio Russell pra babarem nele ♥
Espero que tenham gostado e que comentem o que acharam (✿◠‿◠)
Abraço de urso ʕ•ᴥ•ʔ e até o próximo :3



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