The Morgue escrita por whypantarotto


Capítulo 1
Capítulo I: O garoto lê livros com capas estranhas


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem vindo (a) ao primeiro capítulo da minha fanfic inspirada em Scream! Espero que gostem e não deixem de comentar, por favor ♥



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“Eu estava em um lugar que parecia uma floresta. Estava tarde e já havia escurecido. Eu estava correndo de algo que até agora não sei o que era. Estava cansada e então ele me alcançou.”

Faith acordou com um pulo. Agradeceu ao universo por ser apenas um sonho e sentou na cama. Era cedo demais para levantar, mas sabia que não ia conseguir dormir de novo tão cedo.

Uma sensação estranha percorria seu corpo, uma sensação de estar sendo observada e um medo inexplicável. Uma vontade de fugir e se esconder, mas de quê?

Pegou o celular e mandou uma mensagem para Mary, sua amiga mais próxima.

“Preciso conversar com você hoje assim que chegarmos à escola. É sério.”, enviou às 5h13 da manhã. Como já era esperado, Mary não respondeu, o que fez Faith resolver lutar para voltar a dormir. Depois de alguns minutos, ela conseguiu.

Acordou novamente às 7h00 com seu despertador ao som de LA Devotee, da banda Panic! At The Disco. Desligou o despertador de pressa e sentou na cama coçando os olhos, enquanto desejava, com todas as forças, poder voltar a dormir. Infelizmente ela sabia que não podia perder a prova de uma matéria que ela já estava com nota baixa.

Após levar trinta minutos para se arrumar e mais vinte escolhendo uma roupa – que acabou sendo uma calça jeans, uma camiseta qualquer e um tênis -, Faith correu para a sala, procurando a mãe.

“Atrasada de novo, filha?” Disse a mãe, que se encontrava no sofá tomando uma enorme xícara de café.

“Sim, pode me levar? Ainda não estou acordada o suficiente para dirigir e sei que você não quer que sua filha sofra um trágico acidente.”

“Claro que não” respondeu a mãe, entre risos, “vamos logo então!”

Ao chegar à escola, correu para a sala de aula. Estava quase no começo da aula de biologia e ela sabia que não podia perder de jeito nenhum. Por algum raio de milagre, Faith chegou antes da professora – que parecia ter quase noventa anos, mas tinha mais animação do que todos os alunos da sala juntos -. Entrou e sentou no fundo da sala, na frente de Mary.

“O que aconteceu com você? Disse que ia me contar.” Lembrou Mary, encarando a amiga com seus enormes olhos verdes. Faith sempre achou linda a forma que os olhos verdes de Mary combinavam, com seus cachos ruivos que caíam sobre os ombros.

“Bem lembrado”, respondeu. “Foi assim: eu estava em um bosque, ou floresta, sei lá, e tinha alguém me perseguindo. Acho que era alguém, eu não sei, não pude ver, mas tenho certeza que queria me matar. Depois que acordei, me veio uma sensação muito estranha de estar sendo observada. Achei que era meu irmão, mas você sabe que sou filha única.” As duas riram, mas Mary logo parou e observou Faith com um ar de preocupação.

“Vocês duas podem parar de conversar?” Disse a professora, o que fez com que Faith virasse para frente e dirigisse sua atenção à explicação da matéria que estava sendo dada. Nenhuma delas havia notado a chegada da professora – cujo nome elas não sabiam, mesmo depois de dois anos de aula.

Mesmo adorando biologia, a aula era tão entediante que fez a garota se lembrar do tempo do primário e quase dormir umas três vezes. Finalmente o sinal tocou, passando para aula de história, que conseguia ser ainda pior. Dessa vez, Faith acabou caindo no sono, por conta da noite anterior.

E teve o mesmo sonho.

“Eu estava naquela mesma floresta, escondida atrás de uma árvore. Ouvi passos ao meu redor e meu medo estava aumentando cada vez mais. Até que algo cobriu meus olhos – parecia um pedaço de tecido. Ouvi uma respiração pesada e senti uma faca entrar abaixo do meu estômago.”

“FAITH!” Dylan gritou, fazendo com que a garota acordasse. Ela abriu os olhos e encarou seu rosto pálido brilhando na luz do sol que batia na janela, deixando seus cabelos loiros e olhos azuis ainda mais claros e bonitos.

“O que você quer?”, disse ela em um tom irritado enquanto coçava os olhos.

“Você dormiu por duas aulas, o que aconteceu? Você não é de dormir assim.” E então ela contou a Dylan todo o seu sonho – incluindo o de que ela havia acabado de acordar. “Cara, isso é sério, você tem que marcar um psicólogo ou parar de ver os seus tão amados filmes de terror, está te deixando louca!” Ele riu, fazendo Faith ficar mais irritada.

"Eu sei que é sério, ok? E se for pra algo me deixar louca, vai ser você e não os filmes de terror.” Após dar um tapa no braço do amigo – que deixou escapar um baixo ruído de dor -, se levantou e o acompanhou até o refeitório.

"Olha eles aí!” Exclamou Amber. “Cansaram de namorar?” Pergunta que fez Dylan revirar os olhos e Faith corar.

De repente um garoto sentado sozinho em uma mesa chamou sua atenção e fez com que ela se esquecesse de responder Amber. “Quem é aquele?”, perguntou apontando com a cabeça, sem conseguir desviar o olhar dos cabelos loiros escuros e olhos tom de mel que pertenciam ao garoto desconhecido.

“Aquele é Christopher Mills, ele não é desse país, mas o pai é.” Respondeu Mary.

"Deu para notar pelo sobrenome” afirmou Faith. “Não estou com vontade de ficar aqui, quem topa matar aula e sair daqui agora? Podemos chamar o tal Christopher também.”

Todos concordaram e ela caminhou em direção a Christopher, que estava distraído com seu livro de capa estranha. Quanto mais se aproximava, mais sentia um frio na barriga e a timidez quase lhe impedia de continuar.

"Oi!” Falou Faith, por fim, desejando não ter parecido animada demais. “Qual livro você está lendo?”

O garoto se limitou em apenas levantar o olhar e a observar por alguns segundos – que para Faith pareceu uma eternidade – “A Visita Cruel do Tempo e, sim, é muito bom.”

"Certo,” Faith deu um sorriso tentado não demonstrar o quanto estava nervosa “eu e uns amigos decidimos sair, quer vir conosco? Juro que vai ser legal.”

Após pensar um pouco – afinal ele não queria aprontar nada em sua primeira semana de aula nessa escola nova -, não resistiu ao pedido da menina, que o olhava com seus enormes olhos castanhos brilhantes. “Claro, espero que seja legal mesmo.” Resposta que veio acompanhada de um sorriso. Fecho o livro, se levantou e caminhou em direção aos amigos da menina, que parecia bem nervosa para ele.

Quase ao mesmo tempo, Jonathan – irmão gêmeo de Mary – se aproximou do grupo de amigos e cumprimentou a todos, incluindo Christopher e Faith.

"John, o que veio fazer aqui? Não tem mais ninguém para você encher o saco?” Mary o encarava de um jeito que não havia como saber se ela estava falando sério ou se estava apenas brincando.

“Oi para você também, irmãzinha” John revirou os olhos e mudou sua atenção para o garoto que, até então, ele não conhecia. “Quem é esse? Quase me esqueci de perguntar.”

“Christopher,” Chris estendeu o braço na direção de John para um aperto de mão, que o mesmo aceitou e o fez “entrei essa semana na escola, mudei da Itália há pouco tempo.”

Algo nele fazia com que John o odiasse, mas não tinha ideia do que era. Só sabia que não gostava desse ‘cara’. Respirou fundo e, por fim, disse: “Se vocês estão planejando sair da escola, mudem seus planos. A diretora está na porta da frente e acho que vi alguns policiais."

 “Tudo bem, mudança de planos então.” Disse Amber “Festa na minha casa hoje e, Christopher, você está convidado.”


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Digam nos comentários, toda critica é bem vinda.



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