Awakening escrita por sallyssong


Capítulo 9
Max.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/70488/chapter/9

   Amber caminhava devagar pela rua, chutando algumas pedrinhas intrusas que cismavam em meter-se em seu caminho. Sua cabeça estava completamente confusa, e ela sentia uma dor estranha no peito. Que nunca sentiu antes. Ouviu o barulho do seu celular tocar insistentemente no bolso e tirou-o de lá, observando o nome “Nick” aparecer na tela. Suspirou e desligou, colocando novamente no bolso. Será que Nicholas estava certo? Que era perigoso isso? Mas, era um jogo viciante. Que ela não tinha a menor vontade de sair. Sentiu uma brisa tocar seu rosto e fazer com que uma mecha de seu cabelo caísse sobre seus olhos. Levou uma de suas mãos até a face, colocando a mecha fujona atrás da orelha. Sentiu algo colidir em seu ombro e foi jogada para o lado, soltando um pequeno grunhido de dor.

- Oh, me desculpe! – Amber ouviu uma voz masculina dizer logo atrás de si e se recompôs, endireitando seu casaco no corpo. Virou seu rosto em direção ao dono da voz e surpreendeu-se. Era um de altura mediana, olhos castanhos escuros, cabelos castanhos claros bagunçados, e ele usava uns enormes óculos em sua face. Tinha um jeito tímido encantador. Amber sorriu e deu de ombros.

- Sem problemas. – Ela falara e observou o homem abaixar-se, pegando o celular dela do chão, que escapuliu do seu bolso na hora da colisão. Ele estendeu o celular para a mesma e sorriu. Amber pudera perceber que ele possuía algumas tatuagens no braço. Algo parecido com um fogo azul desenhado, do cotovelo até o começo da mão. A loira pegara o celular e sorrira agradecida. – Obrigada.

- Disponha. – O moreno falara e coçara a cabeça, envergonhado. – A propósito, me chamo Max. – Ele dissera, sorrindo. Amber retribuira o sorriso.

- Amber. – Ela estendera a mão e ele apertara. A menina soltara uma pequena gargalhada, contagiando o garoto.

- Então... – O homem passara a mão pelos cabelos, bagunçando-os mais ainda, e falara envergonhado. – Eu estava indo até um starbucks e pensei que... Talvez você quisesse companhia para tomar um café. – Ele sorrira e Amber pensara por um momento. Estava realmente precisando se distrair.

- Sabe, eu realmente adoro café. – Amber falara sorrindo. Os dois caminharam até o pequeno starbucks e sentaram-se em uma mesa afastada. Max sorria encarando Amber.

- Então, o que vai querer? – Max perguntou e Amber desviou o olhar do cardápio para as lentes transparentes dos óculos do garoto.

- Um cappuccino. – Amber falara e Max chamara a garçonete, pedindo dos cappuccinos. A loira batia as unhas na mesa, aparentemente nervosa e desconfortável. Não sabia como iniciar uma conversa.

- Então... Você mora sozinha por aqui? – Max perguntara e Amber desviara o olhar da mesa, que parecia muito interessante até aquele momento, para o moreno à sua frente.

- Moro com uma... Amiga. – Amber pensara por uns minutos e Max soltou um pequeno “ah”.

- Eu moro sozinho. Trabalho com criação de websites. – O homem falara e Amber sorrira. Interessava-se pelo assunto.

- Que legal. – Ela falara e Max sorrira.

- E você? Trabalha com o quê? – Max falara e Amber mexera nos cabelos, colocando as mexas loiras claríssimas atrás da orelha.

- Acabei o ensino médio a pouco tempo. – Amber falara. – Tenho 16 anos. Moro com uma amiga, mas, estou pensando ainda no que irei fazer... – Ela mentira. Max encarou-a perplexa.

- Só 16 anos? Nossa. – O homem falara e coçara a cabeça, esboçando um sorriso sem graça.

- Sim. Quantos anos tens? – Amber falara e sorrira. A garçonete chegara com os cappuccinos e ambos tomaram um longo gole.

- Eu tenho 22. – Max falara e Amber soltara um pequeno “ah”. Continuaram conversando durante algum tempo. Amber fizera hora até escurecer. Precisava conversar com Catherine.

 

   A loira abrira a porta de casa, retirando as sapatilhas que estava e deixando-as ao lado da porta. Retirara seu casaco e jogou-o no sofá, andando calmamente pela sala e enrolando seus cabelos em um coque frouxo. Observou que havia alguém atrás de si e virou-se, encarando Catherine parada, olhando-a seriamente.

- Onde estava? – A vampira perguntou e Amber revirou os olhos. Parou distante e Catherine e ficou encarando-a.

- Você se importa? – A loira perguntara e Catherine continuara séria. O clima de tensão era forte na sala.

- Sim. – Catherine falara e Amber soltara uma risada debochada.

- Pois é, não pareceu ontem, quando você praticamente deixou um vampiro me estrangular. – Amber falara com seu tom de voz raivoso. Catherine continuara com sua aparência serena.

- Ele não... – Quando Catherine começara a falar, Amber aumentara o tom de voz, cortando-a rapidamente.

- Ele não o quê, Catherine? Não me mataria? Será que você é tão cruel a tal ponto de não se preocupar comigo? Eu pensei que você... que você realmente se importasse. – Amber falara, sentindo seus olhos marejarem. Uma gota solitária caíra de seus olhos. Catherine continuara com seu rosto inexpressivo. A vampira dera alguns passos em direção a loira, elevando uma de suas mãos até o rosto da menina, fazendo carinho em seu maxilar com o polegar.

- Shh, não chore... Tudo passou, meu anjo. – Catherine falara, enrolando-a em um abraço carinhoso. Amber se soltara e andara em direção a janela, deixando Catherine parada atrás de si.

- Eu sinceramente não sei porque lhe soltei. – Amber falara com seu tom de voz amargurado. Catherine andou rapidamente em direção a ela e empurrou a mesa, jogando-a no chão e quebrando alguns objetos de cristal que estava em cima da mesma. Puxou Amber pelos cabelos e jogou-a no sofá, ouvindo um grito de susto da loira.

- Você não sabe? – Catherine aumentou o tom de voz. – Pois então irei lhe falar, Amber. Você me desejou desde a primeira vez que me viu. Você e Nicholas. Você deseja ser como eu. – Catherine aproximou-se de Amber no sofá e sentou-se sobre a menina, com cada perna envolta da cintura da garota. A loira encarava-a no fundo dos olhos, sentindo faíscas saírem do contato de sua pele quente com a pele gélida da vampira. – Você não irá embora, por mais amargurada que esteja. E não contará a Nicholas aonde está, porque não quer que ele venha e fique. – Catherine aproximara seu rosto da face da loira, sussurrando. – Porque você me quer só para si. – Catherine pegara uma das mãos de Amber e direcionara até seu próprio seio, apertando-o com força, desligando por toda sua barriga. Amber avançara sobre a vampira, colando seus lábios com força nos da mesma. As mãos da menina corriam livremente pelo corpo da imortal. Catherine desgrudara seus lábios dos de Amber e lambera toda a extensão do seu maxilar até seu pescoço, roçando sua boca pela pele quente da menina. Abrira devagar seus lábios e cravara os caninos alí, sentindo Amber encravar as unhas em suas costas, por causa da dor. Catherine sugava devagar o sangue da menina. Era tão delicioso quanto em seus sonhos. E a vampira sabia, que a partir de agora, Amber seria dela. Apenas dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!