Awakening escrita por sallyssong


Capítulo 5
Lust.




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   Amber estava sentada no sofá abraçada às próprias pernas. A janela da sala estava aberta, deixando uma corrente gélida de vento noturno adentrar a casa e passar suavemente por pela menina, fazendo-a tremer. Deu um longo suspiro e elevou a cabeça, observando Catherine parada delicadamente ao lado da janela, observando-a. Um silêncio se instalara no local durante alguns minutos.

- Obrigada. – Amber falara, com um fio de voz. Sentia sua boca secar ao observar o jeito que a garota a olhava. Não entendia o que estava acontecendo. Ela era um demônio, uma vampira, oras! E ainda por cima, era mulher. Então, porque se sentia atraída?

- De rien. – Catherine observara o céu pela janela e respondera com um sotaque francês fortíssimo e convincente. Amber abrira um pequeno sorriso e achara graça.

- Compreendo como você deve se sentir. É por esse e outros motivos que não sinto pena em alimentar-me de humanos. São todos podres por dentro... Pérfidos. - Catherine dissera, ainda encarando a enorme escuridão do céu noturno. A luz das estrelas iluminava pequenos pontos do jardim, radiante qual se fosse risos de anjos. Catherine fechou os olhos e sorriu por um momento. Mil lembranças invadiram sua mente, dentre delas, um par de olhos verdes-esmeraldas já conhecidos por ela. Olhos esses oblíquos, dissimulados, que fizeram-na perder o rumo, tornar-se mais cruel do que já era. Entorpeceram sua mente e roubaram sua alma inexistente. Suspirou por alguns segundos e sentiu algo quente tocar em sua pele gelada.

  Abriu os olhos e encarou um par de olhos verdes-esmeraldas olhando-a fascinados. Amber estava perigosamente perto. O cheiro de seu sangue invadia suas narinas sem permissão e desciam queimando sua garganta, atiçando sua fome. Os cabelos loiros estavam iluminados parcialmente pela luz da lua, deixando-a com um ar celestial. Catherine aproximou seu rosto e percebeu que a menina não recuara. Tocou seus lábios gélidos nos da garota e ela fechou os olhos. Ficaram alguns minutos, que mais pareciam horas, com os lábios colados. Soltaram-se devagar e Amber abrira os olhos, observando-a com remorso.

- E-eu... – Amber tentara falar algo e Catherine colocara o seu indicador nos lábios da menina, silenciando-a.

- Deixa como está. – Catherine dissera e Amber se afastara dela, sentando-se novamente no sofá, com o rosto ruborizado. Ouviram o barulho do ranger da porta e a mesma se abriu, mostrando um Nicholas transtornado entrar na sala. Ele correra até a irmã e a abraçara com força, sufocando-a por um momento.

- O que te houve? Quem fez isso com você? Me diga! – Nicholas gritara, soltando-a e andando nervosamente pela sala. – Vou mostrar aquele infeliz... – Nicholas começara a frase e Catherine o cortara.

- Não tem necessidade. – Catherine dissera, seriamente, ainda encostada ao lado da janela. – Eu quebrei-lhe o pescoço. – Ela dissera de uma maneira fria e comum, como se desse à notícia da meteorologia. Nicholas parara e arregalara os olhos, observando um pouco assustado.

- Eu estou bem. – Amber falara, tentando quebrar a tensão do local. Também ficara assustada na hora, mas agora não estava mais.

- Tem certeza? – Nicholas dissera, sentando-se ao lado da irmã e elevando uma de suas mãos, direcionando-a ao rosto da garota, acariciando-o delicadamente. Amber sorrira por um momento.

- Sim. – Ela dissera e Nicholas abrira um pequeno sorriso, beijando-lhe a teste durante alguns segundos.

- Tudo está bem, Nicholas. Não há porquê se preocupar. – Catherine dissera e o mesmo virara e ficara observando seu rosto. O rosto infantil que tanto perturbava seus sonhos à noite...

- Eu vou subir... – Amber dissera, levantando-se do sofá e sendo observada pelos dois. Caminhou devagar até a escada e sumiu pelo corredor do segundo andar. Um silêncio se instalara no momento e Nicholas andara até a mesa, tirando rapidamente sua camisa e jogando-a pelo sofá. Apoiou as duas mãos na mesa e ficou olhando para a madeira um pouco arranhada do objeto. Catherine observou todos seus movimentos. Nicholas era facilmente um objeto de desejo. Porte atlético, cabelos loiros, rosto delicado. E o seu sangue cheirava muito bem, assim como o da irmã. Os dois eram interessantes igualmente. O corpo, o cheiro, o jeito. Tudo os faziam uma bela isca para predadores. Catherine aproximou-se sorrateira de Nicholas. Observava as costas largas do menino subir e descer em um ritmo calmo. Tocou com uma de suas mãos gélidas o tronco dele, sentindo-o arrepiar-se com seu toque. Ele virou o corpo e encostou-se na mesa, observando-a de perto. Catherine desceu com sua mão das costas do menino, passou pelo ombro e percorreu todo seu tórax, sentindo seu abdômen contrair. Aproximou seu rosto da orelha do menino e sussurrou com sua voz rouca.

- Não se preocupe. Eu estou aqui. – Ela dissera, passando sua língua pelo lóbulo de Nicholas, que se deixara arrepiar. O menino sentou-se na mesa e puxou-a facilmente, fazendo-a sentar-se em seu colo, encaixando-se de frente para ele perfeitamente. Subiu suas mãos firmes por dentro da blusa garota, percorrendo todo seu corpo e sentindo-a fazer o mesmo com ele, arranhando seu peito nu. Soltou um gemido baixo e fechou os olhos ao sentir a língua de Catherine lamber delicadamente seu pescoço, em movimentos circulares. A menina perfurou a pele quente e macia do garoto com seus caninos e sentiu-o apertar-lhe a cintura com mais força, mas ele não recuou. Sugou-lhe o sangue doce. Delicioso, assim como todo o conjunto. Descolou os lábios do pescoço do menino e ele puxou habilmente sua blusa para cima, jogando-a no chão e deixando a garota apenas de sutien. Sua pele era tão branca, que parecia uma boneca que iria se quebrar a qualquer instante. Uma boneca que cheirava a luxúria. Os lábios da menina estavam ensangüentados, e ela esfregou-os por todo o tórax do garoto, ouvindo-o gemer constantemente ao sentir a língua dela tocar sua pele, enquanto sua boca lambuzava-o com seu próprio sangue. Puxou-a para cima e saiu da mesa, jogando-a com força sob o local. As costas da garota fizeram um alto barulho ao bater no objeto, porém, não lhe causaram dor nenhuma. Nicholas desabotoara a calça da menina com pressa, enquanto sentia seu sangue ferver e sua respiração ficar pesada. Precisava dela. E rápido.


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