Awakening escrita por sallyssong


Capítulo 1
The Awakening.




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   O dia era belíssimo. O sol estava forte e os pássaros não paravam de cantar. O céu azul deixavam-nos com dor nos olhos, de tão brilhoso e cintilante que estava. Amber estava deitada no chão, ouvindo o forte som do rock entrar pelos seus ouvidos e entorpecer sua mente. Amber acabara de completar 17 anos. Sua pele era bem clara, o que não dava nenhum contraste com seus cabelos, que eram compridos até as costas, loiros esbranquiçados. Seus olhos eram de um tom de verde-esmeralda encantadores. Ela escutou os passos de alguém se aproximar e um homem sentou-se ao lado dela. Era Nicholas, seu irmão. A pele dele era um pouco mais bronzeada que a de Amber, estranho, porque moravam em Londres. Lá não havia muito sol... Os cabelos eram loiros dourados e os olhos castanhos escuros. Era totalmente o oposto da irmã. Nicholas possuía 19 anos.

- Dá para me deixar sozinha ou está difícil? – Amber falara ainda de olhos fechados com um tom rude. Queria ficar sozinha. - É melhor você procurar a blusa da mamãe que o seu cachorro estúpido enterrou, antes que ela volte de viagem e perceba. – Amber falara, sentindo os raios solares penetrarem sua pele e machucarem um pouco, por ser muito branca. Nicholas bufou e pegou a pá que estava no porão. Estava esperando Victor, seu amigo, para sair. Cravou a pá no chão, perto de Amber. O cachorro sempre enterrava as coisas naquele mesmo lugar. Nicholas estava cavando há alguns minutos e já estava ficando irritado.

- Amber, não consigo achar. – Nicholas falou, soltando a pá e se jogando no chão ao lado da irmã. Amber bufou e deu uma cotovelada no irmão.

- Cava logo isso e tira logo a blusa da mamãe. Quando ela chegar, terá problemas. – Amber falara, ainda com os olhos fechados. Nicholas suspirou e levantou, voltando a cavar. Depois de alguns minutos, já irritado, sentiu a pá bater em algo de madeira.

- Amber, o cachorro enterrou alguma caixa por aqui? – Nicholas perguntou, forçando a pá e vendo que era realmente uma enorme caixa de madeira. Amber abriu os olhos e levantou-se, prendendo o cabelo em um coque frouxo. Parou ao lado do irmão e ele continuou cavando. Depois de muito esforço, observaram que era um caixão. Amber deu alguns passos para trás assustada e Nicholas deixou a pá cair no chão.

- O que é isso?? – Amber perguntou assustada. – Tem gente morta enterrada no nosso jardim? – Ela falou em tom de pânico. Nicholas aproximou-se do enorme caixão e o retirou do buraco, jogando-o no chão ao lado de Amber. Ficaram observando-o por um tempo e Nicholas se abaixou, lendo algo na parte lateral.

- “Jamais abrir”. – Nicholas dissera. – Está escrito aqui. – Ele apontou para a lateral do caixão, que já estava arcaico. Amber se aproximou e leu também.

- Precisamos avisar a mamãe. – Ela dissera. Amber e Nicholas não moravam com os pais. Moravam juntos, e visitavam os pais algumas vezes por mês. Mudaram-se da casa a um ano. Nunca haviam visto algo do tipo, nunca pensaram que teria algo do tipo no jardim da casa de seus pais. Eles moravam lá há três anos e nunca viram isso. Estavam lá enquanto seus pais viajavam. Voltariam em 1 semana.

- Não vamos avisar. Ela fará um escândalo. Vem, me ajuda levar isso até o porão. – Nicholas falara, pedindo a ajuda da irmã que exitou por um momento. Amber concordou e ajudou Nicholas a levar o caixão até o porão. Colocaram o mesmo no meio do local e ficaram observando durante um tempo. Nicholas aproximou-se e tentou abrir.

- Está louco? – Amber falara, tentando segurar o irmão. – Aí diz para não abrir!

- Fala sério Amber, até parece que você não está curiosa! – Nicholas falara, olhando para a irmã. Ela ficou quieta durante alguns minutos e ele conseguiu abrir o caixão. Olhou novamente para a irmã, que se aproximou. Abriram a enorme tampa e observaram um esqueleto cadavérico alí. As roupas estavam rasgadas e possuía ainda um pouco de cabelo.

- O quê... – Amber começou e logo emudeceu, colocando a mão na boca. Ela e Nicholas observaram o cadáver durante algum tempo. – O que iremos fazer com isso? – Amber perguntou, observando Nicholas.

- Não sei. Vamos esperar e ver o que faremos. – Nicholas falara, tampando o caixão e arrastando-o para um dos cantos do porão. Ele e a irmã foram para a sala e sentaram-se no sofá. Nicholas pegou o telefone e começou a discar algum número.

- O que você vai fazer? – Amber perguntou, encarando-o curiosa.

- Pedir alguma pizza. – Nicholas começou, terminando de discar. – Estou com fome.

- Não acredito nisso. – Amber levantou-se e bufou irritada. – Você me enoja, Nicholas! – Ela falara isso e fora para o quarto dos seus pais. Nicholas voltara para o porão e abrira a tampa do caixão, observando-o durante algum tempo. Era engraçado, isso. Parecia mortificado, mas não totalmente. Como se estivesse alí por pouco tempo...

Nicholas ouvira a campainha tocar e fora para a sala, abrindo a porta e agradecendo ao entregador. Amber avisara que seus pais não voltariam naquele dia, e ele estava realmente com fome. Ela que era muito fresca. Nicholas pediu ao entregador para que colocasse a caixa no porão, enquanto ele pegava alguns pratos e copos. O homem disse que sim e perguntou aonde era o caminho, dirigindo-se para lá em seguida. Colocou a pizza em cima de uma mesa que possuía alí e cortou o dedo com um prego que estava mal colocado.

- Merda... – O homem falara, virando-se para o lado e deparando-se com um caixão. – Mas que porra é essa... – O homem falara para si mesmo. Olhou para a saída do porão e observou que não tinha ninguém vindo. Caminhou devagar até o caixão e aproximou sua mão do mesmo, tocando a borda. Seus olhos se arregalaram e sentiu o sangue pingar no cadáver.

 

 - Amber, vamos comer. – Nicholas falara, batendo na porta do quarto. Ninguém atendeu, então ele entrou. Observou a irmã dormindo delicadamente no quarto de seus pais. Ela era linda. Parecia um anjo. Sorriu para si mesmo e chamou ela novamente. A menina abriu os olhos devagar e encarou o irmão. Levantou-se e foi com ele até a cozinha. Pegaram copos e pratos e dirigiram-se até o porão.

- Eu pedi para o entregador colocar a pizza lá, ele já deve ter ido embora. – Nicholas falara, distraidamente. Amber bufara. Com o irmão podia ser tão idiota?

- E se ele viu o caixão? – Amber falara e Nicholas ficara sério de repente. Correram até o porão e observaram que estava tudo quieto. Nicholas se dirigira até o caixão e observara o mesmo vazio.

- Ta vazio. – Nicholas falara, e a irmã se aproximara dele. Ela olhou intrigada para o caixão.

- Porque alguém roubaria um cadáver? – Amber falara, olhando novamente para o irmão. Ficaram em silêncio durante algum tempo e notaram que tinha alguém atrás deles. Amber se virara rapidamente e observara uma menina com longos cabelos negros e olhos azuis observando-a. As roupas estavam rasgadas e velhas. Parecia o... Cadáver?

- Quem... Quem... – Amber tentara falar e Nicholas olhava para a menina espantado.

- Prazer, meu nome é Catherine. Foram vocês que me acordaram? – Ela dissera, olhando para o redor. O local era um tanto quanto... Fora de ordem.

- Eu não estou entendendo nada. – Amber falara, sentando-se e observando a menina. Nicholas se aproximara dela e a encarara.

- O que é você? – Nicholas perguntou. Catherine sorriu docemente, fazendo com que o casal de irmãos relaxasse. Ela sabia como conquistar as pessoas. – Você era um... Cadáver.

- Ah sim, eu era. Colocaram-me nesse caixão há algum tempo, suponho. Em que ano estamos? – Catherine perguntara e ouvira Amber balbuciar “2013”, amedrontada.

- Como você voltou à vida? – Nicholas perguntou, ainda perto da mulher. Era intrigante demais. E ela era... Linda. Catherine sorriu e caminhou devagar até o menino, que deu alguns passos para trás e parou ao lado da irmã.

- Eu deveria matá-los se contasse isso, mas, uma coisa que eu sei fazer é retribuir o que fazem por mim. Vocês me despertaram, e eu serei eternamente grata. Como lhes falei, me chamo Catherine. Talvez não acreditem, talvez sim... Eu sou um demônio. O melhor predador do mundo. Tenho aparência humana, de um mortal... Mas me alimento exatamente deles. – Catherine dissera, sorrindo ironicamente. Amber se assustara com as palavras da garota. Ela aparentava ser bem nova.

- Está nos dizendo que você é uma vampira? – Amber falara, levantando-se e encarando-a de perto. Catherine concordou com a cabeça e deu a volta pelo porão, encostando-se na parede. – Como voltou à vida então?

- O entregador. – Catherine dissera indiferente, observando as paredes do local. Nicholas não sabia o que dizer. Era tudo muito surreal.

- Você não vai sair por aí matando todos? – Nicholas perguntara e Catherine rira.

- Não, não irei. Fui colocada nesse caixão por um plano. Eu deveria definhar alí por toda minha eternidade. – Catherine falara e olhara para baixo. Algumas imagens dominaram sua mente, e a que mais doeu foi a de Matthew. Ficaram os três em silêncio no local durante algum tempo. – Eu só preciso de ajuda. Para me estabelecer. Depois, eu irei seguir meu caminho. – Catherine falara, levantando a cabeça e encarando os irmãos à sua frente.

- O que irá fazer? – Amber perguntou, curiosa. Não se sentia mais ameaçada. A garota lhe passava uma falsa confiança.

- Irei atrás de quem me enterrou. – Catherine falara friamente.


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