Sarah se encontrava na cama, vencida pelo sono que pesava os seus olhos. Há poucos minutos atrás estava debruçada em sua mesa, estudando mais um caso. Um garoto de um casal teve o seu filho espancado na escola e o colégio não tomou as devidas providências, achando isso um absurdo, os pais entraram em uma ação na Justiça contra o colégio. Ao saber que estavam sendo indiciados, o colégio também entrou em ação.

                O café que tinha feito em sua caneca, o sexto, já estava frio. Não havia mais cafeina que levantasse o seu humor ou coragem para trabalhar. Seu corpo tinha chegado ao limite. Rendendo-se prazerosamente a preguiça, Sarah jogou-se na cama e sentiu o profundo alivio de sua cama macia.

                Ela já estava quase dormindo quando o telefone a despertou. Apalpou o seu criado mudo até encontrar o telefone.

                – Alô?! – disse em uma voz cansada e irritada ao mesmo tempo.

                – Sarah! – disse uma voz masculina e violenta do outro lado da linha. De imediato ela reconheceu a voz. Era Robert, seu chefe.

                – Que é? – disse ainda furiosa.

                – Jéssica sofreu uma tentativa de assassinato!

                No momento em que ele disse isso, Sarah se levantou da cama perdendo completamente o seu sono.

                – O quê?! – espantou-se. – Quando foi isso?!

                – Foi hoje de noite. Ela foi levada com vida para o hospital. Não sei o estado dela. O pessoal da criminalística está no local. Até agora não temos nenhum indício do criminoso.

                – Onde foi essa tentativa de assassinato?

                – Na garagem do prédio onde ela mora.

                – E onde você está?

                – Estou aqui no prédio, acompanhando a perícia. Quero saber quem foi o desgraçado que tentou matar a nossa garota! – disse ele em tom de revolta.

                – Estou chegando aí!