Verbena escrita por Dandara Aryadne


Capítulo 4
3º Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Lembrando que essa é uma história totalmente original e já registrada na BN - coloquei aqui para ter uma resposta de público para poder arriscar publicar. A ajuda de vocês é bem vinda ♥



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O vento estava forte naquela manhã morna de terceira feira. Enquanto caminhava para a escola, El estava pensava sobre o dia que teria pela frente.

O dia havia começado com uma intensa discussão entre Ana e Jorge, logo cedo pela manhã. O que era uma coisa estranha para acontecer, uma coisa rara, era ter Ana gritando com Jorge sobre qualquer coisa.

— Precisamos dar um jeito na situação e não está na minha cabeça aceitar dinheiro do seu irmão!

— Ele só quer ajudar!

— Não! Você conhece Joe o suficiente para saber que ele está atrás de uma desculpa para ter o que cobrar de nós depois! Não vou colocar a nós nessa situação Jorge! Agora somos três aqui! Precisamos encarar isso de frente, algumas coisas serão cortadas, aceite!

El sabia que Ana conseguia ser muito decidida, mas não pensava que a confeitaria estivesse indo tão mal assim, afinal de contas, eles sempre inventavam algo novo para fazer e nunca pareceram ter algum problema...

— Ah, El, você está aí querida, o que quer para tomar café? – El percebeu o entreolhar dos dois por cima da mesa, sinal de que a discussão tivera chegado a um fim.

Dinheiro, sabia que o problema sempre chegava a isso. Criar alguém hoje em dia estava tão caro quanto qualquer outra coisa, ter filhos era um luxo que nem muitos conseguiam bancar. Eileen sabia bem o quanto os orfanatos viviam cheios, conseguia contar nos dedos quantos de deus amigos haviam conquistado um verdadeiro lar, sem voltar para o abrigo. Agora, mais do que nunca, sabia que seu tempo naquela casa, estava chegando ao fim.

Enquanto pensava sobre isso no caminho para escola, o vento jogava seus cabelos para trás, odiava prendê-los, então precisou aguentar até chegar em algum lugar coberto.

Quando atingiu a passos largos a entrada da escola, deu de cara com Sue conversando com o namorado da vez. Mais uma vez, não pôde evitar em invejar a desenvoltura da amiga quando se tratava de relacionamentos. Ela conseguia ser bastante decisiva no que buscava. Se queria uma garota, ia atrás, se declarava, se fosse aceita, namoraria e não teria vergonha, se fosse rejeitada se afogava em uma maratona de compras online, onde gastava muito mais do que sua mesada permitia.

O caso dessa vez era um garoto. Todd. Gente boa, ao menos era o que parecia, um pouco fraco no que era para tomar alguma decisão, mas era charmoso, tinha um quê de vampiro sexy e sua cor favorita mudava, sempre combinando com o cabelo da semana de Sue.

Mas, o problema nunca eram os pretendentes e sim a própria Sue, que declarava os quatro ventos que ter relações era uma necessidade física e não emocional.

— Sue, por favor, será só um final de semana, não é que eu esteja te trocando por qualquer outra coisa...

— Todd, esquece. Já não quero mais. Eu entendi, não estou com raiva de você, nem quero que fique com raiva de mim, só não quero mais.

El se aproximou, só o suficiente para avistar o olhar desinteressado da amiga.

— Ali está El, preciso ir, amigos ok? E mande um abraço para sua mãe.

Ela tentou de uma forma desajeitada abraçar Todd, que ficou parado ali, entre a rampa e a porta giratória de entrada por um bom tempo.

— Ele parece gostar de você de verdade.

Sue deu uma última olhada para trás e deu de ombros.

— Ah, foi divertido, eu gosto dele, mas já estava meio que me cansando... Mas e ai, como estamos para o dia de hoje? – Ela abriu os braços e sorriu – Hoje é um grande dia para a minha pequena padawan! Finalmente você vai curar essa sua doença, chamada Síndrome de Jane!

— Shiu! Fala baixo, merda! – El fez sinal para Sue se calar e a amiga caiu na gargalhada. – Eu ‘tô bem, aliás, nem sei o que dizer para ela, não consegui pensar em nada, pesquisar nada e minha cabeça está cheia.

— Aconteceu alguma coisa?

— Ah, o de sempre – elas já estavam na frente de seus respectivos armários – Ana e Jorge estão com problemas de dinheiro.

— Ah, não esquenta a cabeça, e quem não está? Está difícil sobreviver para todo mundo – ela suspirou olhando para a blusinha que estava vestindo – justo eu, que estava precisando de uma longa maratona de compras...

— Ah, então você ficou mal por conta de Todd.

Sue revirou os olhos e deu de ombros outra vez.

— Não esquenta a cabeça com esses problemas, conhecendo Ana, ela com certeza irá fazer uma mágica e tudo vai ficar bem.

— É... – Ela sentiria falta de Sue.

— Agora – a amiga descarregou sua pasta de Artes de dentro do armário – eu preciso correr para o estúdio, hoje é dia de modelo vivo e temos Justin Stevens como prato principal, não quero perder um ângulo sequer! – Gargalhava enquanto caminhava pelo corredor animada.

Parecia que só restava a El, se arrastar para aula de química, com o ânimo de quem está pronto para uma consulta de dentista.

Entrou na sala e avistou a amiga de Jane, Emily. Uma garota legal, talvez. El nunca tinha se preocupado em trocar uma ou duas palavras com a garota e agora teria que sentar ao lado dela pelos próximos cinquenta minutos.

— Bom dia.

— Bom dia. Eileen, não é?

— Ah, pode me chamar de El.

— Certo. Minha parceira de laboratório foi transferida, então você chegou como uma mão na roda, espero que não se importe de fazer os trabalhos junto comigo.

— Ah, não. Está tudo bem... Na verdade, pensei que estava sentada aqui, por conta de Jane...

Emily soltou um sorriso discreto.

— Sim, hoje é o encontro de vocês, não é? Ela pediu para confirmar, já que você não mandou uma mensagem para ela, hora do almoço, pode ser?

— Eu assumo que esqueci completamente de mandar alguma mensagem – El franziu o cenho – se ela estiver ocupada, poderemos marcar outro dia da semana.

— Ah não, está tudo bem, vou mandar uma mensagem para ela – Enquanto Emily alcança o telefone e digitava bem rápido em meio a uma conversa, El não poderia evitar em pensar o quanto todos estavam sendo realmente bem prestativos ao seu redor pelos últimos meses.

Incluindo seus professores, Sue era a única pessoa com quem conversava dentro daquela escola, e mesmo assim, quando precisava se comunicar com alguém, conseguia ser tratada de uma forma bem gentil e cordial.

— Ela perguntou se vocês poderiam se encontrar no terraço, hoje o dia está bem fresco e vocês teriam mais privacidade por lá.

— Ah não... No terraço está bom.

— Perfeito.

O restante da aula correu tranquilo. Enquanto o Sr. Grant tentava prender a atenção de todos dentro da sala, explicando alguma fórmula qualquer, que Jane não tinha a mínima ideia para que era usada, Emily passou toda a aula no celular, trocando mensagens com alguém, que El até gostaria de espiar para saber se era Jane e se estavam conversando sobre ela.

O sinal bateu e todos saíram da sala, El chegou a encontrar Sue no caminho para a cafeteria e explicou sobre o combinado.

— Então vocês terão um encontro no terraço? Será a luz de velas?

— Sue, pare de palhaçada, iremos falar sobre o trabalho, você sabe. Aliás, você não deveria estar fazendo a mesma coisa?

— Ah, eu vou fazer, não se preocupe.

Ela desconversou procurando o açúcar para seu chá por cima do balcão de atendimento.

Quando a hora do almoço chegou, todos partiram para a cantina e El pegou a direção contrária, subindo as escadas para o terraço. Estava morrendo de fome, deveria comer alguma coisa antes de se encontrar com Jane, mas como não tinha feito pesquisa alguma, tinha certeza de que essa reunião seria bem rápida e decepcionante.

Quase desistindo no meio do caminho, conseguiu finalmente chegar ao terraço. Abriu as portas, subiu o degrau restante para o pátio aberto e encontrou Jane, próxima a porta, encostada na parede.

— Ah El, já estava pensando que não viria. Vamos sentar ali onde tem alguma sombra e podemos conversar sobre o nosso projeto, que tal?

El apenas assentiu, enquanto seguia Jane até a parte coberta do terraço. Era a primeira vez, desde que chegará àquela escola, que ela tinha ido até ali. De vez em quando Sue desaparecia nas escadas com alguém, ou consegui até ver algumas guimbas de cigarro no chão, sinal de que algum aluno ou professor também fugia para o andar de cima, de vez em quando.

A pequena parte coberta onde Jane havia organizado para elas, não era na demais. Um pequeno espaço entre o gerador e a escada mangueira de incêndio. Mas grande o suficiente para as duas sentaram, sobre um cobertor velho que Jane havia estendido pelo chão.

El se sentou, e jogou a mochila para o lado.

— Você comeu alguma coisa? Eu estou faminta, então trouxe alguns sanduiches, quer dividir comigo? Sei que a garrafa térmica está aqui por algum lugar, como alguém perde uma garrafa térmica dentro da mochila? – Mais uma vez, Jane falou tão rápido que El ficou um pouco sem graça em responder.

— Ah, eu aceito um sanduiche – o sorriso saiu forçado, mais do que queria mostrar.

— Ótimo! Eu mesma fiz, queijo, presunto e tomates, espero que goste!

Ela conseguiu achar a garrafa térmica e as duas comeram em silêncio os sanduiches enquanto bebiam algum suco que El não soube identificar o sabor, mas estava tudo ótimo, que ela não teria como reclamar.

— Eu venho sempre aqui, sabe? Gosto de vir aqui para pensar, ler ou escutar música, a escola pode ser bastante sufocante, não é?

Estaria parecendo superficial demais? El sabia que muita coisa poderia acontecer dentro e fora da escola, mas só não conseguia dizer uma única palavra quando se tratava de Jane. Esse magnetismo que ela sentia toda vez que olhava dentro daqueles olhos castanhos, a fazia ficar muda, com uma incrível urgência em tocar os cabelos dela, de fazê-la sorrir...

— Acho que podemos começar – Jane abriu a mochila e tirou alguns folhetos, papéis com impressões coloridas e um caderno.

— Bom, eu andei dando uma pesquisada e não sei exatamente sobre o que falar, você tem alguma ideia?

Tarde demais.

— Ah... Na verdade, eu não consegui pesquisar nada... Sei que eu deveria ter ao menos algum tipo de material, mas eu não consegui pensar em nada para pesquisar sobre.

— Tudo bem, para ser sincera, eu pensei nisso tudo apenas nessa manhã, minha irmã mais nova estava assistindo a um filme muito ruim de lobisomens e fiz algumas pesquisas, esse seria um assunto sobre o qual você gostaria de falar?

Lobisomens?

— É, pela sua cara, acho que não – ela gargalhou – Talvez vampiros? Você tem cara de quem gosta dessas coisas – ela tirou alguns outros panfletos da mochila, com imagens de livros clássicos sobre o assunto e também alguns romances modernos.

— Não sei se seria muito minha praia falar sobre isso... – Não existia realmente nenhum tema específico do qual elas pudessem pesquisar, El não era interessada nessas coisas de monstros ou criaturas místicas, então era realmente uma perda de tempo.

— Bom, ao menos já descobrimos que você é uma garota muito mais realista do que eu pensava – ela jogou o cabelo castanho para trás – o que é uma surpresa.

— Surpresa?

— Eu estava tentando adivinhar sobre o que você gosta e já vi que o sobrenatural não se encaixa com você. São pesquisas idiotas mesmo...

— Não! – El não conseguiu segurar o esguicho de voz que saiu no final da palavra, ela não estava se esforçando nem um pouco para aquilo tudo não é verdade? Jane preparou toda aquela tarde e ela só conseguia pensar que não conseguiria fazer um estúpido dever de casa.

— Com certeza tem alguma coisa aqui que poderíamos usar, eu não conheço muito bem, mas poderíamos tentar – Ela sorriu meio sem jeito, pegando uma pilha de papéis e analisando as figuras que Jane havia separado.

Ela também notou que Jane agora sorria, o que era uma coisa boa, não queria criar uma tensão ruim entre as duas e apesar de tudo, gostaria que pudessem ser amigas, sentimentos muitos estúpidos para uma garota de dezessete anos.

Elas olharam algumas imagens por um tempo, entre monstros de três braços, gargalharam sobre espécies e subespécies de vampiros, houve até um momento desconfortante, quando Jane achou uma figura de um vampiro mordendo o pescoço de uma mulher nua.

— É muito sensual, não acha? – Ela perguntou para Ele, enquanto tentava prender o cabelo em um rabo de cavalo desajeitado.

— Não sei, acho que poderíamos fazer algo mais violento.

— Pode ser, nada de história de amor, apenas morte?

— Sim, já não existem muitas histórias de amor com vampiros no meio?

— É, talvez...

El já estava com a cabeça cheia e pelo tempo que estavam lá em cima, já estava quase na hora de ir embora, o que significava que havia matado o último tempo de química e os três tempos de história.

Olhou para o relógio ansiosa. Hoje era terça feira, Ana fechava a confeitaria mais cedo e passava na escola para dar uma carona até em casa, então seria bom terminar tudo, antes que perdesse a hora.

— Está tarde, não é? Também já estou precisando correr, minha mão tem um troço quando atraso na volta. Podemos fazer isso amanhã, se quiser, ainda temos um bom prazo pela frente.

— Seria ótimo – El respirou mais aliviada e começaram a guardar os papéis de pesquisa de Jane de volta na pasta que ela carregava na mochila. Já estava quase tudo pronto quando um papel escapou da pasta e foi parar no chão. El correu para pegar antes que o vento o afastasse e quando visualizou a figura, ficou um pouco surpresa.

Uma sereia.

Não era a primeira sereia que via na vida, quer dizer. Já foi criança um dia, sabia muito bem de todos os contos infantis envolvendo alguma bruxa do mar, um príncipe e feitiços, conhecia sereias o suficiente para não parecer ignorante sobre o assunto. Mas essa imagem era diferente.

— Ah, gostou? Eu estava pesquisando sobre algumas lendas quando alguma coisa a ver com as sereias apareceu, imprimi só por curiosidade mesmo, tem a ver com alguma coisa na Irlanda algo assim.

Jane terminou de guardar tudo, enquanto explicava a origem da imagem. Não era nada demais. Um sereia em volta de perolas, na beira de uma praia qualquer, parecia ser uma pintura bastante antiga, antiga o suficiente para as rachaduras da tela aparecerem até mesmo na pobre impressão no papel. Os cabelos era tão brancos, mas tão brancos, que contrastavam com o fundo verde esmeralda do mar, a pele, levemente amarelada fazia reflexo com a areia e ao cinza escuro da pedra em que estava recostada. Sua cauda estava escondida em meio a algas e perolas, como se fossem as duas coisas fundidas para dar movimento para a mulher encostada na rocha. Uma mulher com um olhar tão triste.

— Posso ficar com essa imagem?

— Se interessou? Quer falar sobre sereias?

El só queria ficar com aquela foto e descobrir mais sobre aquele olhar.

— Eu acho que vou pesquisar mais sobre, todo mundo vai acabar falando sobre alguma fada ou vampiro, podemos fazer algo diferente, o que acha?

Jane concordou e as duas saíram do terraço as pressas, antes que o sinal batesse. El guardou a imagem no bolso da calça jeans, esquecendo do papel no exato momento que encontrou Sue no corredor. Ela e Jane se despediram com um sorriso e Sue assistiu à cena, de boca aberta na porta giratória.

— Eu não acredito! Você desapareceu durante todo o dia! Fiquei procurando você que nem uma doida, sabia que precisei realmente ficar acordada na aula de História por sua causa? Se não, como eu teria a matéria para semana? E quando te encontro, você aparece com a sua Sra. Perfeita e sorrindo? Moça, precisamos conversar!

Sue estava praticamente gritando no final do corredor e El só conseguia achar graça de tudo aquilo, o dia estava terminando bem demais e ela não queria contar para Sue ainda, queria aproveitar aquela sensação idiota de que que almoçora com Jane e passara a maior parte da tarde sentada ao lado dela.

Quando ia dizer isso para Sue, a buzina da SUV de Ana tocou e foi a deixa que El precisava.

— Amanhã te conto tudo, ok? Preciso correr.

Sue ainda tentou argumentar, mas El já corria em direção ao carro.

— Parece que hoje o dia foi bom – Ana disse quando ela entrou no carro.

— Por que diz isso?

— Porque não te vejo sorrir assim há semanas.

Estava sorrindo? Se olhou no espelho retrovisor do carro e conseguiu notar seus lábios mais puxados, prontos para realmente sorrir.

— É, parece que o dia foi bom, de verdade – ela sorriu para Ana, que retribuiu, mas sem conseguir esconder os olhos cansados.

— Vamos para casa, hoje é dia de spagetti. E não se preocupe, eu é que vou cozinhar – ela gargalhou, antes de dar partida no carro.

4

Gostaria de dizer tanta coisa para Ana e Jorge naquela noite. Os dois estavam cozinhando, Ana deixou Jorge picar a cebola e só, sua extensão de queimaduras quando se tratava de algo salgado, estava para quebrar um recorde.

Nem parecia que eles discutiram naquela mesma manhã. Tudo parecia bem, ela preparava o molho, ele contava uma piada, ela sorria e lhe dava um beijo na bochecha um selinho discreto. Eram um casal feliz, com uma vida toda planejada para manter essa felicidade e agora, precisavam poupar cada centavo pela escolha de ter El naquela casa.

— El, está tudo bem?

El olhou para Jorge que ainda vestia o mesmo avental da mulher de biquíni.

— Sim, por que?

— Estou perguntando se gostaria de trabalhar na confeitaria com a gente, por um tempo.

— Trabalhar na confeitaria?

— Bom, Ana e eu estávamos pensando, logo você vai para a faculdade e precisa ter a experiência de trabalho em algum lugar, então, bolamos esse plano, que logo depois da escola ou nos finais de semana que não tiver algum plano, se gostaria de trabalhar por lá – Estamos na temporada de casamentos, tudo está bastante agitado e uma mão extra seria bem-vinda.

O trabalho não seria uma má ideia, teria a chance de poder sair de casa com mais frequência, mas estaria se ligando ainda mais e isso não era uma coisa que estava precisando no momento. Sabia que a qualquer momento ela voltaria para o Abrigo ou encontraria outro lar temporário.

— Bom...

— Se não quiser, não precisa se sentir na obrigação – Ana falou com um sorriso – seria apenas alguma coisa para você fazer no seu tempo livro, fora que seria ótimo ter outra pessoa aprendendo a fazer bolo.

Eles estavam na frente de El, abraçados, sorrindo, esperando uma resposta. Como dizer que aquilo tudo não era para ela? A família feliz, as noites de spagetti, os sorrisos? Os planos? Não queria magoá-los, nem os decepcionar, não poderia dizer negar. Só por um tempo, só enquanto estivesse vivendo sobre o teto deles.

— Está bem, seria ótimo! – Disse fingindo o máximo de seu entusiasmo – Mas terá que me ensinar a fazer cupcake de chocolate.

— Fechado! – Os dois gritaram ao mesmo tempo e gargalharam juntos também – pode começar quando quiser, estarei esperando por você.


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