Bonheur escrita por Amystar


Capítulo 2
Soin d'eux


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! '3'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/704746/chapter/2

"O que você quer? Eu sou louca por você!
Meu coração para de bater quando eu te vejo
Você é bonito, é demais, é fascinante
Você tem cavalos, tem pôneis, vamos fazer filhos!"

Já passava da meia noite e os cinco jovens continuavam no mesmo lugar gritando e se divertindo. Estavam na festa de alguém que nem eles mesmo conheciam, e a cada minuto que se passava Félix se irritava ainda mais.

Estavam há mais de um mês em Nova Iorque, dando duro no que cada um fazia. Para não atrapalhar os estudos, a escola providenciou uma professora particular para os jovens, que falasse francês e que os desse aula numa escola local.

Louise, amiga de Bridgette - dona de lindos cabelos loiros e pele bronzeada - e Hone, que pode ser considerado o melhor amigo de Félix - de pele morena e cabelos curtos - acabaram por começar a namorar de tanto sair para se divertir em Paris, e seu relacionamento ficara mais forte depois de chegar naquela cidade tão famosa. Com isso, Louise implorou para que Bridgette dividisse o apartamento com Félix, já que a loira queria dividir o apartamento das meninas com Hone.

Não que Bridgette não tivesse gostado daquela situação, mas sabia que Félix não gostaria nada. Dito e feito, mas o rapaz acabou por aceitar. Por causa dessa situação, Félix pôde perceber que Brid tinha uma mania que o preocupava: ela era facilmente influenciada por coisas que pareciam divertidas.

— Nem ouse fazer isso. - Félix olhou sério para sua namorada com uma lata de cerveja na mão. Os outros jovens desconhecidos da festa começaram a gritar para a garota beber.

— Ah! Vamos lá, Félix! Deve ser bom! Olhe como eles estão felizes! - ela disse sentando-se ao lado do loiro no sofá, e recendo olhares desaprovadores de algumas garotas que tentaram se aproximar de Félix e não conseguiram.

— Eles não estão felizes! - ele tirou a lata da mão da garota. - eles estão bêbados! Tsc... Onde estão aqueles idiotas? - Félix olhara para os lados, procurando Louise e Hone. Como não achou, imaginou que estivessem se pegando no quarto.

— Estão felizes sim! - Bridgette teimou, e aproveitou que o amigo que fizeram por serem vizinhos chegou. - Kin, você está feliz?! - gritou, por causa do som.

— Boku ga? Boku wa hijo ni ureshidesu! It's crazy!!!¹ - Kin disse, extremamente vermelho de tão bêbado que estava.

— Bem, pelo o que ele disse, parece que é bom! - Bridgette retrucou animada, retirando a lata da mão Félix. Antes que ele pudesse impedir, ela virara o conteúdo todo em sua boca, sem parar para respirar, recebendo gritos como "é isso aí, garota!".

O tempo passou, e Bridgette continuava a beber. Félix sabia mais do que ninguém de que não conseguiria fazê-la parar àquela altura, nem mesmo se a pegasse, a colocasse por cima do ombro como um saco de batatas e a levasse dali, já que ela faria um escândalo.

Ele encarou a lata suada ao seu lado, ainda fechada. Pensou por uns segundos...

Ele nunca fazia nada que parecia errado.

Mas, naquele minuto, ele pensou...

Por que não?

(...)

Félix P.O.V

Encostei-me na parede, me sentindo tonto. Não entendo como acabei chegando nesse estado, eu sempre tomei todo cuidado do mundo para nunca fazer algo errado. Eu sempre analisei tudo muito bem antes de tomar uma decisão, e naquele momento... Eu simplesmente não pensei.

Olhei para Bridgette, que falava coisas sem sentido com Kinnosuke, a peguei pela mão e a puxei para fora daquele apartamento lotado.

— Por que você fez isso, Félix? - ela perguntou um tanto irritada.

Eu não entendia mais o que estava fazendo, apenas fazia o que me dava vontade de fazer.

Então eu a beijei ali mesmo, do lado da porta do nosso apartamento. Acho que eu nunca a beijei tão intensamente quanto naquele dia, já que fizemos isso até cambaleando um pouco, entramos lá dentro e fomos direto pro quarto.

Lá, pelo o que me lembro, as coisas ficaram mais quentes ainda.

— Ei... Você me ama? - eu perguntei numa pausa entre os beijos, enquanto respirava para pegar ar. Bridgette sorriu do jeito mais sexy que eu já vi.

— Eu sou louca por você... - enquanto ela falava, descia o zíper de sua blusa, e eu acompanhava com os olhos cheio de desejo.

Depois daquilo, não me lembro mais de nenhum tipo de diálogo entre nós. De certa forma foi algo bom aquela não ser nossa primeira vez, mas ainda me incomoda que Bridgette não se lembre de nada.

Acho que eu nunca vou deixar de me sentir culpado.

— Grávida? - alguém finalmente falou, depois de segundos de silêncio. Félix e Bridgette olharam pra trás, e viram Marinette com os olhos arregalados. - Mas vocês não estão namorando há pouco mais de um mês?!

— M-Mãe, eu...-

Um estrondo interrompeu a fala de Bridgette. Adrien havia quebrado a mesa de seu escritório com um soco, o que surpreendeu à todos ali, menos à sua mulher.

Ele se levantou, e saiu dali, sem ninguém ver sua expressão, já que sua franja cobria seus cabelos. Marinette, sem saber se ir atrás de Adrien ou falava com o jovem casal, olhava para os dois lados. Por fim, resolveu ir atrás do marido.

— ... - Félix olhou para Bridgette, que estava abalada com aquilo tudo. Ela estava imóvel, de costas para ele, olhando a porta por onde seus pais haviam saído. - Ei... - Félix chamou calmamente, preocupado com a namorada.

Bridgette não respondeu, e isso preocupou Félix ainda mais, ele se aproximou da garota, e quando viu, ela estava com os olhos marejados, e logo lágrimas grossas começaram a cair.

— Bridgette? - Félix a chamara novamente, esperando que ela respondesse.

Mas ela não respondeu, não disse "Oi?" como costumava dizer. Não secara as lágrimas e perguntara o que ele queria.

E isso conseguira partir o coração de Félix.

— Não chore... - ele quase implorara.

A menina secou as lágrimas, parecendo estar nervosa, sendo que não adiantava, já que mais lágrimas começaram a cair. Félix ia puxá-la para um abraço, mas a mesma se separou do loiro.

— Eu quero ficar sozinha. - sem olhar em seu rosto, ela saiu correndo para seu quarto.

Félix estava sentindo seu chão sumir. Passavam-se mil coisas sem sua cabeça. Pra onde iria? O que faria? A família dela estava passando por um momento difícil, sua namorada estava chorando desesperadamente no quarto e ele estava ali em pé quase tendo um surto. Sentia-se tonto e suava frio.

— Você quer conversar? - o loiro ouviu uma voz fina atrás de si. Ofegante, ele olhou para trás. Era Chat, que o encarava sem tirar os olhos. - você parece mal... - o menino completou, virando a cabeça para o lado, preocupado com o loiro mais velho.

Pegou na mão de Félix, e o puxou enquanto andava. Félix não disse nada, apenas se deixou ser levado pelo menino.

— Louis disse que pessoas com problemas precisam conversar.

— Louis? - Félix não sabia de quem o menino falava. Chat fechou a porta do quarto, e fez Félix sentar-se em sua cama.

— Louis é meu irmão mais velho, ele vai fazer 13 anos. - Chat sorriu. - mas então... Você parecia que ia desmaiar, já melhorou? - Félix secou uma gota de suor que ainda permanecia em sua testa.

— Já... - respondeu quase como um suspiro. Depois de se acalmar, pôde perceber como era o quarto do garoto. As paredes eram pretas, e havia muitos pôsters do Chat Noir, tanto de Félix, quanto do antigo Chat Noir. Também haviam alguns recortes de jornais de Ladybug, bonecos de Chat Noir e Ladybug e alguns gibis e mangás nas prateleiras. O mais velho podia afirmar com toda certeza que o garotinho era o maior fã dele. - você nem gosta do Chat Noir, hein? - perguntou irônico.

— Eu adoro ele! - o menino afirmou com um sorriso tão largo que suas bochechas coraram. - na verdade meu nome é Chaton², mas me chamam de Chat porque sou o maior fã dele!

— E por que você gosta tanto dele? - Félix colocou uma mecha para trás, continuando em tom triste. - o Chat Noir não é tão perfeito assim.

— Ele não é perfeito, mas ele sempre ajuda a Ladybug! - o garoto rebateu. - eu acho muito legal ele sempre se arriscar por ela, e fazer de tudo por ela... Várias vezes eu já o vi na rua fazendo coisas incríveis...! - o menino mexia os braços freneticamente, demonstrando animação.

Logo, ele pareceu ter uma ideia, e se levantou rapidamente. Abriu uma gaveta e pegou vários pedaços de papéis, e Félix pôde reconhecer logo que eram recortes de jornal.

— O que são estes papéis? - Félix perguntou em tom de tédio e irritação.

— Março do ano passado, incidente com um Samurai. - o menino mostrou de longe a foto para Félix. - o Chat Noir quase perdeu um braço pra poder salvar a parceira! - isso fez passar na cabeça de Félix um breve flash back. Aquela fora uma de suas primeiras aventuras.

— Primavera do ano passado. - Chat mostrou uma foto. - Chat noir vomitou depois de levar um soco no estômago de um troll por ter ficado na frente da Ladybug de propósito!

— ... - Félix fechou a cara mais ainda. Não gostava nem de se lembrar daquele dia, pois vários jornais publicaram notícias usando-o como motivo de chacota. - menino, escute-

— Dois de outubro do ano passado, Chat noir foi enfeitiçado pela vilã "Folha seca" e conseguiu sair do encanto depois de ver a Ladybug machucada.

Félix suspirou, lembrando-se desse dia. Tanto lembrou-se também em como se sentira um derrotado ao ver sua amada misteriosa ferida. Aquilo o fez se sentir pior do que já estava, e o pequeno Agreste percebera isso. Calmamente, o pequeno loirinho pegara algo que parecia ser uma fotografia, e sentou-se ao lado do rapaz.

— Isso aqui foi um dia que eu me perdi na rua. - o menino disse olhando serenamente para a foto. - eu olhei pra torre Eiffel, e vi algo se mexendo. Eu peguei a câmera e dei um zoom, e deu pra perceber que era a Ladybug e Chat Noir. - deu uma pausa antes de continuar. - ela estava chorando, e abraçou ela, sabia? Eu achei isso legal... - o menino sorriu. - porque o papai também faz isso com a mamãe, e diz que a ama, e então fico pensando se o Chat Noir disse isso pra Ladybug.

— Mesmo que tenha dito, acho que ela não retribuiu. - Félix riu de canto.

— Bem, mas mesmo que não tenha retribuído... - o menino se levantou, e ficou em pé na frente de Félix, de modo que os dois ficassem cara a cara. - deu pra sentir de longe que ele sempre vai estar lá quando ela precisar... É por isso que eu adoro tanto o Chat Noir.

Expirou o ar que havia em seus pulmões, pensando sobre o que o menino havia dito. Ele havia o deixado sem palavras, sem ação, apenas com os pensamentos rodopiando entre visões e desejos para o futuros e momentos do passado que de modo algum ele ousaria mudar.

Estava sendo muito fraco... Aquele não era o momento pra ter um ataque de pânico. Aquele era o momento em que ele deveria agir como Chat Noir, como ele realmente é, por mais que tenha se esquecido disso. Sua parceira na vida estava precisando dele.

Félix se levantou determinado, bagunçando os cabelos de Chat como uma forma de agradecimento, e saiu do quarto.

— Hehe... - Chat sorriu, satisfeito por poder ajudar. Subiu na cama, que ficava encostada na parede, e se ajoelhou, apoiando os braços na janela, observando o céu.

— Valeu por conseguir ajudar aquele bobão! - Chat se surpreendeu ao ouvir uma voz que não ouvia há um tempo.

— Ah, Plagg! - o menino sorriu ao avistar o Kwami. - você não vem me visitar há um tempo.

— Sabe como é, esse idiota não vive sem mim. - respondeu em tom irônico, se espreguiçando na cabeça do menino.

— Hahaha... - o menino riu. - sei. Aposto que você só quis ir por causa da Tikki. - o garotinho provocou, fazendo o Kwami preto corar.

— Claro que não! Meu único amor é o camembert! - retrucou de imediato. O kwami saiu da cabeça do garotinho, e ficou de frente pra Chat, levitando no ar. - vou falar com o idiota mais velho, ele deve estar escondido em algum canto chorando... - disse indiferente, se afastando

— Vá lá, mas volte pra brincar comigo. - o menino disse acenando para o mini gatinho.

— Certo! E não se torne um idiota como esses dois, Chaton! - fora a útlima coisa que Chat ouvira antes de Plagg sumir da vista do pequeno.

(...)

— Gatinho? - Marinette chamara pelo marido. Ela sabia para onde ele havia ido, chamara apenas para averiguar se ele responderia, mas o silêncio permaneceu.

Suspirou, e olhou para cima, ele estava na casa da árvore de Chaton. Adrien podia ter deixado de ser o Chat Noir, mas suas manias de gato continuavam firmes e fortes. Marinette subiu, agradecendo por estar usando um macacão preto e não um vestido.

— Oh, Adrien... - ela disse com pena do marido. Sabia que quando ele subiu na árvore era porque ele estava em conflito com si próprio. - venha cá, precisamos conversar...

— ... - ele ficou um segundos em silêncio, encarando o chão com uma expressão carrancuda. Marinette viu que ele não iria até ela, e engatinhou até ele, se sentando. Ele olhou para o colo da esposa, pensando, e acabou por se deitar com a cabeça com seu colo. Aquilo era a única coisa que o relaxaria no momento. - my lady...

— Sim? - ela perguntou serenamente, mexendo nos cabelos loiros dele.

— Me diz que o que eu ouvi é mentira... - disse quase como uma súplica.

— Não posso, mon amour... - disse Marinette. - você não pode fugir disso... O que aconteceu, aconteceu. Não vai adiantar nada brigar com os dois agora.

— Mas... My lady... - ele se virou de barriga pra cima, olhando nos olhos de Marinette. - até pouco tempo atrás ela era my kitty... Agora ela já tem um... - o Agreste engoliu o seco. - quase marido.

— Mon minou... Não acho que seja hora pra pensar nisso. - Marinette respondeu em tom preocupado. - você se lembra quando engravidei dela e da Emma? Nós também éramos jovens...

— Mas já tínhamos 20 anos.

— Eu sei, mas nossa preocupação era como nossos pais reagiriam... Você, principalmente, ficou bastante preocupado sobre a reação do seu pai.

— É... - ele riu, se lembrando de todo o nervosismo com a ideia de que seria pai.

— Já percebeu que cada um dos nossos filhos tem um lado nosso? - Marinette perguntou sorrindo de canto, pra descontrair. - a Emma é igualzinha ao seu lado Chat Noir. Ela é muito agitada e adora contar piadas.

— ... - Adrien riu, aquilo era totalmente verdade. - Chaton é parecido com a Ladybug. Finge ser medroso mas na verdade é muito valente.
— Louis me lembra você na visão dos seus fãs. Ele é calmo, inteligente, bonito e educado. - disse Marinette.

— E a Bridgette... - Adrien olhou para a esposa, com os olhos brilhando. - ela é igualzinha a você, bug-boo.

— Você acha?

— Sim... Porque ela se importa muito com o sentimentos das outras pessoas, é uma menina doce e apaixonada...

Adrien sorriu, e Marinette sorriu logo em seguida. Viu que não precisava dizer mais nada ao marido, então engatinhou até a porta, e desceu da casa da árvore.

Adrien, antes que descesse, sentiu um cheiro familiar.

— Há quanto tempo, bundão! - ouvira a voz vindo de trás de si. Engoliu o seco, não acreditando. - achei que a Marinette nunca fosse sair!

— Plagg! - ele gritou, ao dar de cara com o kwami. Ele o pegou rapidamente, e passou os dedos por cima de sua cabeça, como se bagunçasse os cabelos inexistentes do pequeno gato. - seu Kwami maldito! Nunca mais apareceu!

— Ei! Eu sou ocupado, sabia? Só vim te ver aquela vez porque o novo Chat Noir havia acabado de despertar! - explicou-se. - mas enfim, não preciso explicar o motivo de eu estar aqui agora, não é mesmo?

— Eu percebi. Não havia como eu não perceber, já usei aquele anel. - disse o loiro fitando o chão. - mas na hora nem me lembrei de você... E também aconteceu tudo aquilo, e...-

— Adrien. - Plagg chamou sua atenção, agora com um tom mais sério, o que fez o homem levantar o rosto e olhá-lo nos olhos. - ele teve culpa sim pelo que aconteceu. Eu estava lá. Eu e a Tikki vimos o início... E o Félix foi o que mais lutou pra que nada passasse dos limites, mesmo bêbado. E depois que eles descobriram ele ficou doido, mas em momento nenhum sequer cogitou a ideia de matar o próprio filho.

— É... - Adrien respondeu quase como um suspiro. - isso já mostra um lado bom dele.

— Ele cuidou da Bridgette esse tempo todo, Adrien. - disse Tikki, que aparecera na janela. - ele sempre esteve lá pra ela, auxiliando... Eu sabia que na verdade aquele que a Bridgette amava era seu parceiro. - Tikki voou até perto de Adrien, ficando ao lado de Plagg. - mas eu não podia revelar nada.

— Então, quando Marinette e eu éramos Ladybug e Chat Noir, vocês...-

— Sim, sabíamos de tudo. Nós, kwamis, podemos sentir uns aos olhos. - disse Plagg.

— E eu posso te garantir, Adrien, que mesmo depois de sofrer pelo Félix, ele a fez muito feliz. E a partir de agora, ele a fará mais ainda. - Tikki sorriu.

— O cara é gente boa. Pode confiar. - agora foi a vez de Plagg desfazer o semblante sério e sorrir.

Se aquele louco por camembert defendera Félix, ele não poderia estar errado.

(...)

Adrien P.O.V

Depois de conversar com Plagg e Tikki, desci o mais rápido que pude da casa na árvore. Precisava conversar com a minha filha.

Já em casa, subi voado até o seu quarto, esperando encontrá-la deitada em sua cama, chorando.

Entretanto, pude ver nitidamente outra coisa, já que a porta de seu quarto estava meio aberta.

— Brid... - dizia Félix, com um tom sofrido. - não precisa chorar... - ele encostou sua testa na de Bridgette e secou a lágrima dela, que parecia ter acabado de parar de chorar.

— Mas Félix, os meus pais não gostaram... Eles vão me odiar pelo resto da vida...

— Claro que não, my lady... - ele se sentou mais perto de Bridgette, e a puxou para um abraço, fazendo com que ela escondesse o rosto em seu peito. Ela pareceu ter gostado de ficar ali, já que o apertara mais. Estava tão pequena perto dele... - amor... Me escute bem... - Félix abaixou um pouco a cabeça, como se quisesse sentir o cheiro dos cabelos dela. - mesmo que todo o resto do mundo fique contra você... Eu ainda estarei do seu lado... Desculpe se eu sou do jeito que sou, e você se sente insegura... Mas entenda que... - dava pra perceber que ele estava quase chorando, por isso deu uma pausa. - vamos passar por isso juntos... Tá? Eu te amo demais, garota... Demais... - ele a apertou mais para si, e pude ver que algumas lágrimas começariam a descer.

Lentamente, eu abri a porta e me encostei na parede. Félix me viu, e levou um susto.

— Não chora, cara... - sorri. - de chorão já basta o avô, agora o pai também é sacanagem.

— O senhor... - ele arregalou os olhos.

Sequei as lágrimas que havia derramado ao ver aquela cena.

— Você vai cuidar bem dos dois. Tenho certeza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*'- "Eu? Eu estou muito feliz! Isso é louco!" -> Só pra explicar, o personagem Kinnosuke é japonês, mas também fala inglês, francês e chinês. Pra quem não interpretou bem, ele responde a Bridgette em japonês porque estava bêbado e começou a confundir os idiomas.
*²- "Chaton" pode ser traduzido como "gatinho" ou "filhote de gato". É um trocadilho pelo fato do menino ser filho do Adrien e ser extremamente parecido com ele.
*³ - A música do capítulo passado é essa aqui ( https://www.youtube.com/watch?v=FlwV3scCgAM ) e a que apareceu no início desse capítulo é essa ( https://www.youtube.com/watch?v=DyBJKuFIh-k ).
—-----
E aí? Gostaram? '3' Sabiam que eu adoro comentários? :v



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bonheur" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.