Zootopia 3 - Conspiração escrita por Untitled blender


Capítulo 20
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de ter postado mais cedo, mas...
Sabem as provas bimestrais, né?
é o último bimestre do meu último ano na escola ( aleluia, Senhor), mas eu ainda preciso tirar 11 em física e 11,5 em Química...
vejo que muitos dos meus leitores estão com problemas parecidos, já que faz uma semana que postei o último cap e só o meu fiel Tony Carter comentou (Snif!).
menos a Duka Allen, ela deve estar economizando os comments só de raiva por eu ter causado sua depressão [foi mal, Duka, você sabe que essa era a intenção mesmo]
Bem, esse cap é dedicado a todo mundo que achava que sabia quem era o vilão.
Cheguem perto.
Mais perto.
Porque quanto mais perto vocês chegarem, mais fácil vai ser enganar vocês.
Vejo vocês lá embaixo, boa leitura!



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— Coloquem as patas onde eu possa vê-las! – Jack Savage exclamou ao entrar.

Nick e Judy ergueram as patas, ainda de costas para a porta.

— E você, Nick, longe da pia. – O Jaguar sorriu – Não queremos uma raposa perto das facas, queremos?

Nick deu um passo para trás e se virou devagar. Ele sorria levemente ao encarar os sete rifles com mira laser e dez lanternas apontados em sua direção.

— Até que demoraram. – ele disse – vasculharam o rio todo? Nem precisavam ser gênios da dedução pra achar a gente aqui.

Judy olhou ao redor, absorvendo o máximo de detalhes que as lanternas que ofuscavam seus olhos permitiam. Eram doze sujeitos, de variadas espécies. A figura central era Jack, apontando-lhe uma lanterna com uma mão e uma pistola com a outra.

Haviam nove agentes “comuns”, soldados das forças especiais com fardas pretas e coletes à prova de balas. Havia também um sujeito de terno. Um puma. O terno era caro, e ele tinha um prendedor de gravata de ouro. Tinha uma expressão vazia, de quem está acostumado com esse tipo de situação. A barriga proeminente e as rugas sob os olhos denunciavam anos de trabalho burocrático.

FZI? Era só um palpite alto até Judy ver o distintivo pendurado ao seu pescoço. O 12° cara era o guaxinim, especialista em sistemas, tecnologia e criptografia, segundo Jack. Deviam ter chamado ele por causa de toda essa armação sobre o Hacker.

— Então, Jack – Nick provocou – tá gostando de ter jurisdição em seu próprio país?

Essa era uma antiga discussão entre FZI e ZIA, com vários casos sem solução por isso e milhares de horas de discussão em escritórios e missões de campo. O FZI é interno. A ZIA é internacional. Judy percebeu que Nick havia tocado num ponto sensível, mesmo conhecendo esse sistema. Qualquer um que já tivesse assistido Ponto cego* saberia. O cara de terno estreitou os olhos e lançou um olhar de esguelha para Jack.

Judy teria segurado o braço de Nick se não estivesse com as mãos na cabeça, e ele devia saber disso, porque parou de perguntar e sentou na banqueta da cozinha, indicando a outra para a coelha. Os agentes e o cara do FZI estavam do outro lado da bancada com tampo de granito, no meio da sala de estar deles.

— Ah, Qual é? – Nick perguntou, colocando suas patas espalmadas lentamente sobre a mesa. – Vamos sentar e conversar como mamíferos civilizados. Puxem suas cadeiras, a casa é de vocês. É meio humilde, mas, já que arrombaram a porta da frente, têm um pouco de culpa no cartório. Quem está no comando? Por favor, não me digam que é o Jack.

— Viemos aqui efetuar duas prisões, não tomar um café e trocar amenidades com dois terroristas! – o puma de terno se pronunciou. – Vocês têm o direito de ficarem calados...

— “tudo o que disserem poderá e será usado contra vocês” É, eu sei, digo isso com frequência. –Judy ergueu as sobrancelhas, entrando no jogo de Nick – mas você ainda não nos disse quem está no comando dessa missão específica.

— Podemos fazer isso do jeito fácil ou...

— Já que... Obviamente, não vai me dizer nada, eu vou deduzir. – Nick continuou com seu monólogo em tom levemente desinteressado – Se eu errar alguma coisa, pode me interromper.

O Puma estava perdendo a paciência.

— Deixe isso pra sala de interrogatório.

Nick não deu-lhe atenção.

— Primeiro: O banco. Quando Jack nos traiu, eu pensei que talvez o assalto fosse apenas fachada, uma desculpa pra nos levar até Lions. – Algo estalou na cabeça de Nick – Mas o assalto realmente aconteceu, e deve ter ficado a cargo do FZI.

Judy lembrou de algo que Jack dissera. “A ZIA pegou o caso, que devia ser do FZI, então...”. Jack não mentira. Só distorcera a verdade, para fazer parecer que os culpados e envolvidos eram do FZI. A conta no nome do diretor da organização? Balela.

— Então, Jack apareceu e tomou o controle da investigação, alegando se tratar de “Segurança Nacional”, talvez com uma ordem direta de alguém lá de cima. Quem quer que fosse o agente do FZI responsável, teve que ceder.

A raposa sorriu.

— E Jack nos chamou. – ele olhou para Judy e rolou os olhos, e ela entendeu a mensagem – Não vou me enrolar muito a respeito dos motivos, que ficaram bem óbvio depois do que aconteceu lá na mansão. Em seguida, nos mostra o cofre, dando algumas informações parciais e genéricas, se mostrando ao nosso lado. Se não entrássemos nessa por conta própria, você mesmo nos contaria sobre Lions, não é Jack?

O agente não respondeu. Parecia se divertir. O puma tentou falar novamente, mas o jaguar fez-lhe um sinal para que ficasse quieto. Nick prosseguiu, olhando de vez em quando para Judy. Ela não precisava ser um gênio para entender. Continue falando. Distraia-os. Ganhe tempo.

— Revelou seu grande plano na mansão, - a coelha falou – tentando nos incriminar por terrorismo apenas pra salvar a sua reputação. Tudo bem, eu estou acostumada com isso.

Nick suspirou. Era agora ou nunca.

— Só me resta uma última pergunta, antes de me prenderem –a expressão do raposo era a de quem passava no parque – O Hacker... Realmente existiu, ou foi invenção sua também?

A expressão do puma se fechou de repente, e Nick não conseguiu discernir o motivo. O felino de terno puxou Jack para longe dos ouvidos deles, cochichando algo.

Judy se esforçou para ouvir.

— Do quê eles estão falando? – o puma perguntou – você compartilhou informação sigilosa com dois suspeitos de terrorismo? Tem ideia do quanto isso é grave?

Judy quase não conseguia ouvir a conversa, e percebeu que ela era a única que ouvia algo. Disfarçou o melhor que pôde.

— Você está dando crédito para uma raposa suspeita de terrorismo?

— E o Hacker? Conseguiu encontra-lo? Pelo que me disse, nenhum deles é o hacker.

Nesse momento, algo muito estranho aconteceu.

Jack Savage olhou diretamente para onde Judy estava, como se soubesse que ela estava ouvindo. Ela conseguiu sentir seus olhos encarando-a, e pôde ver a verdade neles quando Jack falou.

— Senhor Vice- Diretor, eu já disse e vou repetir: o Hacker existe, e é uma ameaça. Meu melhor programador está aqui nessa sala, nesse momento procurando por ele. – Jack olhou de esguelha para o guaxinim, esparramado no sofá enquanto digitava em um tablet, o único mamífero que havia tomado a liberdade de sentar, e depois voltou a fixar o olhar em Judy.

 – Quanto aos dois policiais... Eles só apareceram pelo caminho. Achei que tivessem mais utilidade perto de mim. Se tentassem fugir ou recusar, estariam confirmando as minhas suspeitas. Por isso, fizeram o que era lógico... Fingiram ajudar. E ele está aqui nessa sala, pronto para ser preso, e pode ser a nossa única chance.

O puma não percebeu o que Judy percebeu.

Jack havia dito ele. Ele, não eles. No singular.

A coelha encarou Jack incisivamente, e recebeu de volta um movimento quase imperceptível dos olhos do jaguar. Um movimento de confirmação.

Judy estreitou os próprios olhos, tentando entender o que aquilo significava. E começou a se lembrar.

O Computador. O rio. O prazo. Tudo se encaixava.

Nosso melhor programador...

Reforçando as nossas barreiras nesse exato momento...

Domínio público...

O Hacker...

Então as peças se juntaram, e a verdade atingiu Judy como um soco no peito.

Ela encarou O guaxinim sentado no sofá, que não parava de digitar no tablet em seu colo. Cada toque parecia ter sua própria gravidade.

Cada comando parecia ter seu endereço correto.

Sem falhas.

Inexorável.

O que quer que Judy pudesse tentar, ela era a suspeita. Nunca chegaria a tempo.

Nunca conseguiria parar o plano.

O Guaxinim ergueu os olhos da tela luminosa por um momento.

Ele olhou para ela.

Viu a verdade em seu olhar. 

E sorriu.

Um sorriso de vitória. O sorriso de quem sabe que, não importando os resultados, nunca sairá na desvantagem. Um sorriso cruel.

Foi quando aconteceu.

— Eu sinto muito, Senhor. – uma voz triste foi ouvida, e Judy virou-se para ver quem falava.

 

Então Jack Savage apontou sua arma para o vice-diretor do FZI.

 

O caos explodiu assim que ele puxou o gatilho.


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Notas finais do capítulo

*Blindspot, Série da Netflix q eu tô tentando terminar de assistir.
#Momento Mindblow#
[ taca-lhe um meme de cérebro explodindo]
bye, sly foxes!



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