Scorpius Malfoy e a Pedra da Ressurreição escrita por Mariana


Capítulo 6
Falsianes


Notas iniciais do capítulo

Scorpius e Alvo vão revelar a verdade sobre Órion, mas têm uma má surpresa



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Alvo e Scorpius decidiram contar tudo à Rose. Seguiram-na até a biblioteca e se certificaram que Órion estava bem longe para poder falar-lhe.

— Boa tarde, priminha querida! Está muito ocupada?

Alvo se sentou ao lado de Rose e Scorpius se sentou numa cadeira à frente dela, mas mantendo seus olhos baixos.

— Eu... É... O que vocês querem, hein?

— Precisamos falar sobre Órion Black.

— É mesmo, Al? O quê?

— Ele não vale nada – disse Scorpius, com firmeza.

— Não diga, Malfoy?

— Ele... É... Falou mal de você!

— Foi?

— Sim! – Scorpius falou tão alto que os outros que estavam na biblioteca fizeram sinal de silêncio. – Ele te chamou daquele nome horroroso.

— Sangue-ruim?

— É... – Scorpius concordava, constrangido.

— Quando foi isso, Al?

— Foi no dia da primeira aula do Tio Rony. Scorpius e eu discutimos, Black ouviu e ficou enchendo a cabeça de Scorpius sobre essas baboseiras de pureza de sangue.

— Foi?

— Sim, defendeu Voldemort e tudo! – Scorpius ergueu a voz novamente e mais uma vez recebeu advertência da Madame Pince.

— Engraçado, porque a história que ele me contou foi exatamente o contrário do que vocês tão me dizendo.

Scorpius e Alvo se olharam surpresos e Rose continuou.

— Órion disse que você, Scorpius, estava zangado com Al e ficou falando mal de Tio Harry, que se Voldemort tivesse ganhado a história seria outra e que a família Malfoy era mais nobre que a minha por ter sangue puro.

Scorpius empalideceu e começou a suar frio. Alvo partiu em defesa do amigo:

— Scorpius nunca diria uma coisa dessas!

— Será que não? – Rose mantinha o olhar desafiante – Talvez naquele momento ele estivesse bravo e colocou pra fora tudo o que realmente pensa, mas não admite.

— Eu nunca ofenderia sua família!!!

— Pensa, Rose, pensa! Scorpius nunca disse nada de você a ninguém, nunca falou nem dos seus dentões, é meu grande amigo e confio nele plenamente, eu confirmo tudo o que ele diz e você prefere acreditar num cara que chegou agora?

— Mas você não estava lá na hora que o seu grande amigo falou de mim pro Órion, não é, Al?

— É eu não estava. Mas conheço Scorpius a mais tempo do que você conhece o Black e sei que nem nas nossas piores brigas ele seria capaz de defender Voldemort ou de ofender meu pai. Até porque se ele pensasse assim, não tinha se esforçado para mudar aquela realidade alternativa em que Voldemort tinha vencido a Segunda Guerra Bruxa e mandava em tudo, né?

Rose começou a refletir.

— E não é só ele que está contra o Black. Veja o que diz Hugo, James, Louis e muito mais gente que realmente se importa com você e quer sua felicidade!

Alvo saiu e Scorpius o seguiu, olhando para Rose sem saber o que dizer.

...

— Bom, pelo menos vocês tentaram! – disse Mateus ao saber da conversa de Alvo, Scorpius e Rose na biblioteca.

— O pior é que ela prefere acreditar nele do que em mim!

— Calma, Scorpius. Acho que a gente se precipitou falando tudo logo de cara. Devemos arranjar provas que mostrem que o Black é um mentiroso e supremacista!

— Gente, gente, olha o que eu achei! – Hugo correu em direção aos três amigos trazendo um livro sobre os Sagrados Vinte e Oito, as famílias que conseguiram manter a sua linhagem intacta de impureza.

— O que é, peste?

— Qual é, Al? Só estou querendo ajudar! Estava procurando um livro de História da Magia, mas achei esse aqui muito mais interessante! Leiam só:

"A Mui Antiga e Nobre Casa Dos Black

A família Black é uma das mais importantes e nobres famílias bruxas. Suas origens remontam à Idade Média, quando..."

— Ah, pula essa parte, Al! Lê o que eu grifei aqui, no final.

"... Sua linhagem masculina foi extinta com a trágica morte de Sirius Black III, em 1996".

— Mas isso todo mundo sabe, Hugo!

— Mas o Black vive dizendo que é dessa família aí, e se ele fosse mesmo, estaria no livro!

— Me deixa ver de quando é – Mateus pegou o livro das mãos de Alvo e procurou a data da edição – 2009. É mais ou menos recente!

— Órion Black diz que ainda existem Blacks vivendo na Dinamarca – disse Scorpius – Tem algo sobre isso no livro?

— Não vi... – Hugo pegou o livro da mão de Mateus e começou a folhear as páginas – Droga, me perdi... Ahn.. Achei! Tem uma parte falando sobre as pessoas que foram riscadas da árvore da família.

"... Além de Alphard Black, que foi riscado postumamente por ter deixado dinheiro para Sirius III, outros integrantes da família não possuem retratos na árvore. Cedrella Black foi riscada por ter se casado com Septimus Weasley, em 1942".

— Olha! Meus bisavós estão no livro!

— Claro, né, Al? Os Weasley estavam nessa lista, e no final tem um capítulo dedicado exclusivamente aos Potter. Voltando...

"... E o último aborto de que se têm notícias, Marius Black, que foi expulso de casa aos treze anos e foi viver com uma família dinamarquesa. As únicas informações que existem são desencontradas. Afirmam que Marius se casou com uma bruxa e deixou descendência, mas não foi comprovado se seus descendentes são mágicos ou não".

— Bingo! Órion deve ser descendente desse tal Marius aí! Se ele é da Dinamarca e toda a sua família é de lá, então...

— Exatamente, Mateus! Se Órion tem um tataravô que foi um aborto, então ele não tem o sangue tão puro assim! Obrigado, Hugo, até que enfim você fez algo de útil. Continue assim e será eleito Ministro da Magia.

— De nada! – os olhos de Hugo brilhavam. Ser Ministro da Magia era o seu maior sonho.

— Mas isso será o suficiente para convencer Rose?

— Não sei, Scorpius. Mas já é um começo. Podíamos tentar arrancar algo dele. E eu já sei a quem pedir ajuda!

...

— E por que eu faria isso, maninho?

Lílian cruzava os braços, batia o pé esquerdo no chão e fitava Alvo com curiosidade. Ela poderia perfeitamente conseguir informações sobre Órion com Rose, mas tentava barganhar alguma vantagem.

— Eu deixo você ser a apanhadora no meu time quando formos jogar Quadribol nas férias.

— Só?

— Só, ué! O que mais você quer? Minha mesada? Minha varinha? Minha vassoura?

— Também não é pra tanto. Você poderia me ensinar umas azarações.

— Pra quê? Pra você usá-las contra mim? Nem morto!

— E-eu juro que n-não vou usar contra você, Al. Palavra!

— Olha lá, hein? – Os dois irmãos apertaram as mãos, mas Lílian cruzou os dedos da mão esquerda.

— Muito bem. Recapitulando, Lili, quero que você descubra pra mim alguma coisa sobre o Órion, a família dele, porque ele veio pra cá e o que ele quer com a Rose.

— Não foi tio Rony que mandou você me pedir isso, né?

— Eu já disse que não! Tenta arrancar o máximo que você puder dele, e se não for pedir muito, dê seu jeitinho de fazer Rose desencanar daquele cara.

— Pode deixar...

Algumas semanas se passaram e Lílian não descobriu muita coisa. Só o básico: que Órion era órfão, as tias não quiseram ficar com ele porque não tinham paciência com crianças e que sua madrinha foi a única que o quis.

Contudo, as atenções de Alvo, Scorpius e seus amigos se voltaram para uma data muito especial: era aniversário de Scorpius, que estava completando dezesseis anos e ganhou uma festinha surpresa em seu dormitório logo que acordou.

— Êêêêê!!! Feliz aniversário, Scorpius!

Confetes enfeitiçados tomaram conta do quarto. Alvo soprava uma corneta e usava um chapeuzinho com as cores da Sonserina. Os outros colegas de dormitório dos dois não tinham muito interesse na algazarra que o Potter estava aprontando, mas felicitaram Scorpius pelo seu dia.

Seu pai Draco Malfoy mandou uma coruja com um anel de prata com o brasão dos Malfoy e um cartão de felicitações. Sua avó Narcisa mandou um bolo de chocolate e muitos doces, seu avô Lucius mandou um cachecol cinza e botas de couro de dragão, sua tia Dafne mandou um suéter roxo e mais doces e Pansy mandou um par de meias amarelas com listras roxas.

— Se não quiser me dê, que eu vou pregar uma peça em James.

Scorpius entregou o pacote a Alvo, que guardou num lugar seguro.

Mais pessoas cumprimentaram Scorpius. Alvo entregou seus presentes: uma caixa de sapos de chocolate, outra de feijões de todos os sabores e um par de espelhos para os dois se comunicarem quando estivessem distantes. Mateus deu-lhe um livro sobre astronomia – Scorpius era fascinado por isto. Porém, uma pessoa inesperada também lhe parabenizou: Órion Black.

— Meus parabéns, Scorpius! Desejo muitas alegrias em sua vida.

Scorpius não entendeu nada. Alvo e os outros muito menos. Órion insistiu para que Scorpius conversasse em particular com ele.

— Não, estou ocupado.

— Vá ver o que ele quer – cochichou Alvo. Scorpius foi com Órion a um corredor mais afastado e o Black começou.

— Eu queria me desculpar por meu comportamento. Estava errado quando disse aquelas coisas a respeito de seus amigos.

— Está bem – respondeu Scorpius, secamente.

— Não me leve a mal. Eu pensei melhor e vi que desprezar as pessoas que não têm sangue puro não tem sentido. Tenho conversado bastante com Rose Weasley e...

Scorpius deu as costas e estava saindo quando Órion falou novamente.

— Olha, não tenho nada com a Weasley! Somos apenas amigos. Sei que você gosta dela e eu não seria canalha a ponto de te sacanear desse jeito. Amigos?

Scorpius fitou os olhos de Órion buscando algum sinal de arrependimento, mas não encontrou nenhum. Resolveu jogar o jogo dele.

— OK. Amigos.

Os dois rapazes apertaram as mãos.


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Notas finais do capítulo

Claro que Scorpius não engoliu o falso pedido de desculpas do Órion.
O que nosso herói vai fazer agora?
Agradeço a shindou0 novamente e a nandaaweasley pelo incentivo!



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