Isso não é... escrita por Kurohime Yuki


Capítulo 65
Isso não é bem.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa aí qualquer erro, mas meu computador claramente é perseguido e eu estou escrevendo pelo celular, porque ele quebrou e eu só que é hora de desapegar de Isso não é.
Eu amo essa música do Justin, é serio, podem falar o que quiserem, mas eu adoro Be Alright - https://m.youtube.com/watch?v=FsNZdlV64jU
Assim que começa com "across the ocean, across the sea...", já estou cantolando.
É, momento tenso. Último capítulo. Será que alguém morrerá? Entrará em coma? Tudo vai ficar bem.
Contando os capítulos: um/dois para o final.



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I know it's hard to be sleep at night

Don't you worry, cause everything's gonna be alright

(Eu sei que é difícil baby, dormir à noite

Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem)

 

65-Isso não é bem. (Mas vai ficar.)

Sábado, 4 de junho.

O grito de Julie, o susto que teve com isso, a chuva que tornou a pista escorregadia... Várias coisas foram a causa de Ashton ter sentido a direção escapando da sua mão, atravessando a pista contrária. E nenhuma explicava como ele conseguiu impedir o pior, segurando o volante com firmeza e puxando o carro para a direção certa até que pudesse estacionar sem perigo no acostamento. Ash fez tudo aquilo como se não fosse ele que fazia, chocado e surpreso demais para pode fazer aquilo. Era um milagre.

—Pare o carro! – gritou Julie, indiferente ao fato dele já estar parado.

—Ahn... Mas... O que...

Ashton estava sem palavras, pois toda a paz que havia visto em Julie enquanto ela dormia tinha desaparecido, restando um terror, um medo, uma aflição... Era tantas coisas ruins, algo tão mau, que Ash sentiu os próprios olhos encherem-se de lágrimas com a visão dela naquele estado, balançando-se para frente e para trás como se estivesse embalando um bebê assustado, quando era ela que estava – ela era o bebê assustado.

—Pare o carro, pare o carro, pare o carro... – repetiu Julie até que as palavras perderam o foco e a urgência, ficando apenas a desolação e as lágrimas. – Pare o carro.

Ash não entendia o que acontecia, ele nunca tinha visto Julie desse jeito, nem quando encontrou abraçada com Calum chorando no meio da chuva; lá ela estava com tristeza e raiva, com isso Ashton sabia lidar, ele estava acostumado a isso, mas agora Ash via medo e era apenas ele que podia ajudá-la, não tinha Calum para dizer as palavras corretas e Ashton não sabia quais eram elas.

O que Calum faria?, Ash tentou pensar, mas não adiantava. Calum não estava lá, ele não era Calum e Julie ainda chorava. E não era um daqueles choros silenciosos, era um com soluços e tremedeiras, com as mãos prendendo firmemente o cabelo e tapando os ouvidos ao mesmo tempo, enquanto olhava fixamente para os pés.

Sem se importar se o que faria seria certo ou errado, se Julie gostaria ou não, se estava quebrando alguma lei, Ashton apenas passou para o banco de trás e puxou Julie para os seus braços, porque era o que sentia que tinha que fazer, porque era a única coisa que conseguia pensar em fazer.

—Eu estou aqui – disse Ash, esperando que isso ao menos fizesse alguma diferença, porque ele estar ali era tudo que conseguia... era tudo que ele conseguia ser.

Ashton não entendia nada, não sabia por que ela começou a chorar repentinamente ou porque parou tão rápido quanto; ele apenas continuou segurando-a até que as lágrimas pararam, a respiração de Julie se estabilizou e ela adormeceu.

E ele ainda não entendia nada, suspirou Ash, sentando-a encostada na porta e colocando o cinto e enxugando suas lágrimas. Ele não entendia nada – ele não sabia tudo que pensou saber sobre Julie, ele não sabia por que ela havia começado a chorar, ele não... Mas Ash iria descobrir depois, agora ele precisava descobrir o que faria neste instante.

 

Um leve murmúrio de reclamação veio da boca de Julie quando Ashton deitou-a na cama com cuidado, temendo acordá-la, mas Julie não acordou. Mesmo quando o telefone de Ashton começou a tocar e ele demorou a atender, atrapalhado e com medo de acordá-la, demorando mais tempo do que se desejasse que isso acontecesse, Julie apenas virou-se para o outro lado e continuou dormindo.

—Vocês pretendem vim hoje? – questionou Liz quando Ash fechou a porta silenciosamente atrás de si. – Porque eu sei que é longe, mas...

—Está chovendo – interrompeu Ashton, deixando de lado tudo que havia acontecido. – E Julie disse que é perigoso andar de carro assim, há essa hora.

—Oh, cara – suspirou Liz, como se aquilo fosse um motivo válido. Talvez fosse. Ashton não sabia o que tinha acontecido. – O que está acontecendo de verdade? Sim, isso é algo que Julie pensaria, mas ela nunca diria.

—Eu não sei – respondeu Ashton honestamente, muito cansado para não fazer, esfregando os olhos e se surpreendendo com a umidade que encontrou.

Liz murmurou algo inteligível em reconhecimento e ficou calada, pensando sobre aquelas palavras e finalmente perguntou, calmamente:

—Ela está bem agora, certo?

—Sim... – piscou Ashton, sentindo as palavras pesadas na sua boca, no seu estomago, no seu coração. Ele sentiu-se afundando, entorpecido. – Eu acho que sim.

—Ótimo – respirou Liz, aliviada. – Você está bem?

Ashton queria dizer sim, ele não queria chorar, ele queria ser forte para Julie, mas vê-la se quebrando na frente dele não havia sido fácil. Não era fácil. Julie era tão forte e... Ash não entendia, mas ainda machucava vê-la daquele jeito. Ele já havia visto tantas facetas dela, contudo aquela expressão assustada e medrosa tinha sido a primeira vez e Ashton não gostava. Ele nunca mais queria ver isso.

As lágrimas deslizaram pelos seus olhos e, embora Ashton não tivesse chorando como Julie, fosse apenas um choro silencioso, doeu. Pensar sobre Julie chorando tão desesperada, doeu ainda mais e trouxe mais lágrimas aos seus olhos. Mas Julie estava bem, ou ficaria, então ele também estava. Ou ficaria.

—Eu estou bem – disse Ashton com a voz embargada.

—Ótimo – repetiu Liz. E suspirou. – Onde vocês...

—Espere, Liz – pediu Ash, apurando os ouvidos e abrindo a porta devagar. Lá dentro, Julie sentava-se na cama e olhava ao redor, sentindo-se perdida. – Eu tenho que ir.

Desligando o telefone e colocando-o no silencioso antes de empurrar fundo no bolso, Ashton entrou no quarto e caminhou hesitante em direção a Julie. Ela estava sentada na cama e embora seus olhos tenham se iluminado um pouco ao vê-lo, eles ainda estavam vermelhos e inchados.

—Oi, querida – sorriu Ashton, sentando com cuidado na ponta da cama.

Com os olhos ainda mortos, Julie respondeu:

—Desde a última vez que eu conferi, eu ainda não sou sua querida. Ou uma boneca de porcelana – completou ela, batendo a mão no espaço vazio ao seu lado. – Encoste-se, eu não mordo. Onde estamos?

O quarto não era o seu quarto, não era de Ashton, não era de ninguém que ela conhecia. Ou eles tinham sido sequestrados ou... Julie ainda não havia chegado nessa alternativa, porque ela estava sem forças, cansada demais para pensar demais. O quarto não era de ninguém que ela conhecia, era limpo e simples e sem objetos de tortura a vista, contudo Julie não se sentia confortável, ela estava com vontade de se levantar e sair correndo, ela se levantaria e sairia correndo se não estivesse tão cansada.

—Estamos num hotel – disse Ashton, finalmente ao seu lado. E com muito, muito espaço entre eles.

Ombro a ombro, Ashton não achava que alguma dia já esteve próxima de Julie e se sentiu tão longe dela. Ashton estava tão distante, ele sentia Julie tão distante – ele sentia-a gelada, vazia, morta; ele queria senti-la viva, próxima dele, com ele.

—O que aconteceu? – questionou ela, olhando fixamente para frente, sem piscar.

—Você não lembra?

—Não – mentiu Julie. Ou falou a verdade. Talvez os dois. Talvez nem um.

Suas memórias estavam tão confusas quanto o dia do acidente e Julie não sabia o que era real e o que não era, o que tinha acontecido e o que sua mente havia criado para se proteger. Entretanto ela sabia, ela sentia, ela poderia afirmar, que os últimos momentos do seu pai havia sido dizendo que ela ficaria bem quando ele não estava.

Todos sempre diziam isso. Todos sempre diziam que ela ficaria bem, como se estar viva fosse estar bem, como se estar sem as pessoas que amava, vê-las morrendo sem poder fazer nada, fosse deixá-la bem. Seu pai e Malia haviam morrido, mas ao invés de se preocuparem consigo mesmo, eles estavam preocupados com ela, e Julie entendia isso. Eles a amavam tanto. E isso doía. E isso a fazia querer chorar. E isso a fazia...

Isso a fazia sentir tantas coisas que Julie sentia-se anestesiada do mundo, que foi uma surpresa sentir Ashton passando o braço sobre os seus ombros quando ela começou a tremer e ficou calado, como... Como havia feito antes.

—Eu comecei a chorar... – disse Julie devagar, tentando separar a realidade da fantasia.

—E eu te abracei – completou Ashton, puxando-a para mais perto em reflexo. – Você quer falar sobre isso? – Mordendo o lábio e com os olhos ainda fixos na parede, Julie balançou a cabeça. – Você sabe que pode falar sobre isso, certo? Não estou dizendo agora. Ou comigo. Você pode dizer a Luke ou a Calum, se isso te deixar a vontade, mas você deveria... dizer. Colocar para fora.

—Com você?

—Não. Talvez. Se você quiser.

Julie pensou sobre aquilo. Ash tinha razão, ela deveria colocar para fora e dizer, talvez não tudo, talvez não todas as partes, talvez não fosse preciso cutucar fundo para sarar uma ferida, mas ela deveria ao menos tentar.

—Eu... Eu me lembrei do acidente – sussurrou Julie, percebendo o quanto suas palavras pareciam uma confissão, parecia que ela era culpada.

—O que...?

—Sim.

Ashton ficou mudo e puxou Julie para mais perto. Ele nem sabia que ela não se lembrava do acidente, mas deveria ter sido tão ruim ter perdido o pai e nem ter se lembrado como aconteceu. Ou talvez fosse uma bênção. Ash não sabia, mas ele puxou-a mais perto mesmo assim.

—Você quer falar sobre isso?

Com o rosto pressionado no peito de Ashton, Julie balançou a cabeça. Mas as palavras saíram mesmo assim. Mais palavras do que queria, mais do que esperava. Mais sobre o acidente, mais sobre Andrew. Mais sobre as pessoas que amava e perdeu. Mais sobre as pessoas que amava e continuava com ela, sendo uma parte sua.

Mas Julie não contou tudo. Havia muitas coisas que ela não disse a Ashton porque não estava preparada, porque não achava que ele estava preparado. Havia muitas coisas que ela não disse a Ashton porque não eram suas para dizer. Havia muitas coisas que ela não disse porque tinha medo. Havia muitas coisas que ela não disse porque queria aproveitar aquele momento mais um pouco, contando uma parte sua para alguém que amava.

Um dia, talvez, Ashton soubesse tudo, contudo não hoje. Ou amanhã. Amanhã ele já teria algo que não gostaria de saber nem um pouco, mas que precisaria.

 

Domingo, 5 de junho.

Depois da primeira mensagem de voz irritada de Luke, tendo lido todos os SMS preocupados no celular de Ashton, Julie sabia que ficaria surda se ouvisse mais alguma coisa e apagou-as sem culpa na consciência. Ela já estava com os olhos ardendo, a garganta seca e dolorida, os lábios rachados... Tudo que faltava seria ficar com os ouvidos doendo.

Ashton parecia achar que isso era o que faltava para que a limpeza da alma dela estivesse completa, porque não calava a boca, como se tentasse usar as palavras que não usou durante a semana passada, recuperando o atrasado.

Julie sentia-se grata por isso, porque aquele barulho ao seu redor - Ash falando, o rádio ligado, o celular tocando - o silêncio preenchido, era revigorante. O cheiro de terra molhada nunca foi tão bom e agradável como aquele momento, nunca trouxe imagens tão boas. Lembrar do acidente tinha sido lembrar de Andrew, lembrar tudo que aconteceu de ruim era valorizar as coisas boas, lembrar que seu pai se foi era não esquecer que ele já teve um dia ao seu lado.

Do nada, Ashton parou e Julie virou-se para ele, esperando. Ela podia não saber o que ele falava, mas sabia que Ash parou na metade da frase - as palavras ainda estavam suspensas no ar, incompletas.

—Você está me ouvindo?

—Agora sim - disse Julie, com um meio sorriso que indicava que ela queria brigar.

Ashow a ignorou e repetiu:

—É uma pena que na próxima semana teremos o acampamento de basquete, nem vamos poder ficar juntos. Quer dizer, vamos estar juntos, mas nem vamos poder...

—Precisamos conversar, Ashton - lembrou Julie. Com tanta coisa acontecendo, ela quase tinha se esquecido disso.

—Eu não fiz nada - defendeu-se Ashton, rapidamente.

—Estou começando a achar que fez - murmurou ela, estreitando os olhos. - Eu tenho que te dizer uma coisa que realmente não é da sua conta, mas que eu sinto que devo te dizer mesmo assim.

—Você está atraída por outro? - As palavras pularam da boca de Ashton vivas, porque elas pareciam tão reais. E isso explicava porque sua namorada não queria ouvir que ele a amava, era culpa.

—Também - concordou julie nem um pouco culpada. - Mas não é isso.

—Também?

—Qual é, Ash? Eu tenho olhos! - exclamou Julie, revirando-os. - É óbvio que eu me sinto atraida por caras bonitos! Eu conheço muitos caras bonitos!

—Quem?

—Além de Luke? Calum. Tenho uma queda por morenos - confessou Julie - você sabe.

—O que você quer conversar comigo? - questionou Ashton. Julie era a pessoa mais honesta e mentirosa da sua vida ao mesmo tempo, ela não iria traí-lo, ela iria dizer o que queria na sua cara quando quisesse.

—Se eu não fosse virgem? - perguntou Julie, comprovando a teoria de Ashton sobre dizer o que quiser. E sobre não tinha vergonha na cara.

—Eu ficaria surpreso e te perguntaria com quem foi.

—Eu provavelmente não sou virgem - refletiu Julie. - É, provavelmente.

—Provavelmente?

—Provavelmente - concordou ela.

—Como isso é possivel? - questionou Ashton, mais curioso para saber como era possível alguém provavelmente não ser virgem do que Julie provavelmente não ser. - Você é ou não é virgem, não existe meio termo. E como você fez sexo com alguém se eu fui o seu primeiro beijo?

—Eu não acho que preciso te dizer, logo a voce, que não é preciso beijar para transar.

—Quem foi?

—Ninguém. Eu nunca transei.

—Então como? - questionou Ash, um pouco quanto aliviado. - Você está me deixando confuso de propósito.

—Um pouco - confessou Julie. - Eu não vou com você.

—Hum? - Ash não entendia. Ela não iria com ele para...

—Eu vou viajar.

—Viajar... - repetiu Ash devagar. - Você vai viajar?

—Eu vou viajar - concordou Julie.

—Para onde?

—Visitar a vovó. Ela sempre decide dar uma de sentimental nessa época do ano e quer ficar um pouco de tempo com seu neto favorito. A cada ano, ela muda. Ano passado foi Jason, ano retrasado Luke, esse ano sou eu. Embora todos saibam que a neta preferida dela...

—Você? - balbuciou Ashton, não acreditando.

—Não. A neta preferida dela é a Jay, mas sem ciúmes. Bem, eu não tenho ciúme, Jay vive praticamente lá, está direto com a vovó, seria injusto se ela não fosse a neta preferida, mas acho que o Jason não acha o mesmo.

Ashton ficou calado, refletindo nos recentes acontecimentos. Sua mãe havia mentido para protegê-lo, havia criado-o com tanto amor e bem apesar de tudo. Seu pai não era o seu pai, Ash tinha um, mas ele não o queria. Sua melhor amiga havia perdido o pai uma vez e agora de novo, ao se lembrar de como foi isso. Sua sogra gostava de baunilha (como alguém gostava de baunilha?). Seus cunhados claramente praticavam incestos sem perceber se ele acreditasse na palavra da sua namorada (Ash não acreditava... totalmente). E sua namorada iria viajar, sabe-se lá para onde e por quanto tempo. Tudo estava ótimo, tinindo de tão maravilhoso.

—Será que eu deveria ter dizer "eu te amo" agora? - questionou Ashton, em parte para provocá-la e completamente por querer dizer aquelas palavras. - Já que você não estará aqui e é sempre bom deixar algumas coisas claras antes de você ir e decidir arrumar outro.

—Que confiança - zombou julie, sorrindo. - Vamos fazer o seguinte para você parar com isso de dizer que me ama, parece até que estar desesperado: me peça em casamento quando não tiver dúvidas que você me ama para sempre.

Não era a intenção de Julie sugerir não tão sutilmente que esperava um pedido de casamento. Não era. Não era. Não era. Porque ela ainda não havia decidido se queria se casar, e, se quisesse, Julie não iria esperar um pedido de casamento, ela que iria propor. Mas Ashton ficou calado, pensando sobre aquelas palavras, e aquilo causava um certo...

—Julie?

—Hum?

—Quer casar comigo?

Apesar de ser uma brincadeira, Julie ainda sentiu um redemoinho de borboletas, um palpitar irregular, uma sensação de nervosismo e uma alegria imensa tudo junto. Ela adorou aquela sensação, aquelas palavras de Ashton - ela amou tudo aquilo, mas ainda...

—Não - sorriu julie. - Tente novamente depois de um sinal. Piii

—Aquilo ali é uma estrela cadente? - apontou Ash  - Oh, é uma estrela cadente!

—Estamos de manhã. Dentro de um carro. Como...

—Você acabou de perder seu sinal, Julie. Então vai casar comigo?

—Não é porque eu não goste de você, Ash, mas...

—Você vai terminar comigo? - provocou ele.

—Não. Não vou casar com você.

—Ainda?

—Não agora - disse julie, não se comprometendo nada.

Mas o sorriso que ela lhe deu fez Ashton desejar que o agora estivesse acontecendo, embora o agora de agora já fosse muito bom. E passageiro. Quanto tempo isso iria demorar?

—Você vai viajar quando?

—Segunda.

Muito pouco tempo.


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Notas finais do capítulo

Próximo: último capítulo!



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