Double Trouble escrita por Mandy


Capítulo 2
Don't Let Me Go


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Esse capítulo não tá graaaande, mas acredito que esteja legal. A cena da Rose "conversando" com a Catarina foi o auge do meu tempo de escritora, mds. Até eu me emocionei q

P.S: Eu mudei o nome da fanfic, porque "Twins!" não era um nome definitivo. Eu ainda pensava em um nome melhor, e achei esse. Espero que tenham gostado ♥

P.S 2: Na cena em que a Luiza e Eliza conversam sobre quem vai ficar com Rose ou Scorpius, os escritos em itálico seriam a voz do juiz decretando quem ficaria com quem. Aproveitem o capítulo, amores! ❣

A música do capítulo é de autoria do The Fray.



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França; Casa dos Zabine.

POV – Dominique Potter

— Como assim, vir pra França? – Eu questionei. Ainda conversava com Lily a respeito da carta de Rose. – Eliza e Luiza são bastante apegadas, acredito que será difícil separar as meninas.

— E será. Porém, Rose está irredutível. – Lily comentou, revirando os olhos ao se recordar que a teimosia de Rose era algo que nem o tempo poderia tirar.

— O que tá acontecendo? – Vimos a figura de James adentrar o local, o olhar confuso. – O que tem Rose?

— Rose e Scorpius estão se separando. – Eu disse, James continuou me olhando como se eu estivesse mentindo. – Irão separar as meninas. Rose virá para cá.

— A Rose enlouqueceu ou algo do tipo? – James questionou. – Sabe quantas festas eu tive que vigiar para que esses dois se acertassem?

Eu ri. James havia terminado Hogwarts um ano antes de mim. Quando estávamos no 7° ano (no qual ocorrera todas aqueles acontecimentos desagradáveis) ele apenas ia lá por sentir falta da escola.

— E então, Lily? – Eu me voltei para a ruiva a minha frente novamente. – O que vai fazer?

— Tem algo a fazer? – Ela se deu por vencida. – Rose poderá ficar aqui com a menina, claro. Apesar de eu achar isso uma loucura...

***********

Londres; Casa dos Malfoy.

POV – Luiza Malfoy

— Liza? – Eu chamei minha irmã pelo apelido. A loira, por outro lado, mexia insistentemente em seu celular.

— O que houve, Lu? – Ela virou-se para mim, notando que eu estava pesarosa. Olhei-a em um olhar significativo que fora o suficiente para Eliza. – Ah, já sei. Hoje é a audiência dos nossos pais, não é?

— Sim. – Eu confirmei, acenando positivamente com a cabeça. – Liza, eu não quero...

— Lu. – Ela chamou-me, como num pedido que eu a olhasse. Assim eu fiz. – Não vamos nos separar. Existem corujas, e com a evolução de nossa época, graças a Merlin, existem os celulares.

— É... mas e nossos pais, Liza? – Eu continuei. Eliza me olhou, confusa. – Eles vão se separar.

— Quanto a isso, não se preocupe. Vamos fazer um pacto, sim? – Ela pediu, sorrindo maliciosamente. Eliza era, de fato, uma sonserina nata.

— Eu tenho medo quando sorri assim. – Eu disse, enquanto Eliza largava o celular na cama e se levantava, pedindo que eu fizesse o mesmo. E assim eu fiz.

— Independente de quem ficar com papai e mamãe... – Ela começou, erguendo o dedo mindinho para mim. – Vamos fazer de tudo para eles voltarem, okay?

Ergui meu dedo mindinho, cruzando com os dela. Sorri. Eliza sorriu de volta, me puxando para um abraço.

— Somos um problema duplo, afinal. – Ela sussurrou enquanto me abraçava. – Vou sentir sua falta, mana.

— Eu também. – Disse, quando nos soltamos do abraço. Olhei para a porta, papai havia chegado ali e observava a cena sorrindo. Este se aproximou de nós.

— Minhas meninas. – Ele nos puxou para um abraço. Senti os olhos marejarem, afinal, daqui a algumas horas eu poderia não vê-lo mais.

— Pai... – Eliza começou, olhando suplicante para o pai. – Teremos que nos separar mesmo?

— Queridas, eu e a mãe de vocês... – Eu observei vê-lo falar qual seria sua clássica desculpa. A clássica desculpa de quase todos os casais que se separavam. – Não demos mais certo, sabe? Estávamos brigando demais, e acreditamos que seria melhor assim.

— Mas, pai. – Eu interferi. – Vão nos separar.

— Vocês terão outras formas de comunicação, querida. – Ele justificou, e eu me dei por vencida. Eliza, por outro lado, não parecia convencida. Porém acabou aceitando. Vi papai adquirir uma expressão confusa então. – Vocês viram a mãe de vocês, aliás? Falta pouco pra audiência.

**************

Cemitério de Abney Park; 16h30 da tarde.

POV – Rose Weasley

— Eu nunca entendi sua obsessão pelo Scorpius, Catarina. – Eu disse, olhando para a lápide onde havia escrito o nome de Catarina junto a sua data de nascimento e morte. Não havia nenhuma flor ali, indicando que provavelmente ninguém teria ido recentemente ali. Abaixei-me para repousar as rosas perto de sua lápide, me levantando novamente. O cemitério estava praticamente vazio, e naquela tarde fazia frio. Usava um cachecol e um suéter para aliviar. – Digo... Scorpius e eu sempre fomos melhores amigos, sabe? Eu sempre o protegia, ele sempre me protegia. Até que no quarto ano, eu notei coisas diferentes em mim. No modo como eu o olhava. No que eu sentia ao vê-lo. Era estranho me sentir daquela forma... afinal, ele era meu melhor amigo.

Sorri ironicamente, parando de falar por alguns minutos. O mundo realmente dá voltas. E como dá.

— Quando ele me pediu conselhos de como convidá-la para sair, eu fiquei sem saber o que fazer. Precipitada, acabei me irritando. Ele ficou confuso, mas eu não o disse porque. – Disse, olhando diretamente para seu nome escrito na lápide. – Quando vocês começaram a namorar eu me senti mal. Me senti pior ainda quando Lily havia me falado que você pediu à Scorpius para que ele se afastasse de mim. Senti medo de que ele realmente o fizesse, mas ele não o fez. Depois descobri que você o traía. E por pura ironia do destino, acabei namorando o cara com quem você traiu Scorpius. Nós terminamos, eu comecei a namorar Scorp. Você e Luke nos sabotaram, e eu fui parar na ala hospitalar após inalar algum tipo de droga ilícita. E no seu plano final, você ficou com Scorpius na sua festa de aniversário. Engravidou. Perdeu o bebê no mesmo dia que descobriu a gravidez, que pena, não é? – Involuntariamente eu sorri, irônica. – E numa tacada final, quando McGonagall descobriu suas falcatruas, Brown, você tentou me matar. Foi internada numa clínica psiquiátrica. Diagnosticada com câncer, morreu na minha frente depois de me pedir perdão. Eu não tive tempo de respondê-la, mas sim, eu a perdôo. Eu sinto muito ter perdido sua vida por nada. Porque agora, eu estou em direção à um tribunal assinar um contrato de divórcio. Todos os seus planos que lhe causaram a morte de nada serviram, Catarina. Porque agora eu me separo, por livre e espontânea vontade, do homem que você tanto tentou separar de mim a força.

Fui me afastando de sua lápide, sentindo um vento forte bater contra meu rosto. Sorri. Sabia que Catarina havia ouvido tudo. E sabia que ela sentia muito por ter desperdiçado sua vida.

*************

Central Criminal Court; 17h da tarde.

POV – Scorpius Malfoy

— Onde está a sua esposa, Sr. Malfoy? Não temos todo o tempo do mundo. – Recebi mais uma bronca do advogado ao meu lado. O juiz já estava ali, assim como eu, meu advogado e o de Rose. Só faltava ela. Como que lendo meus pensamentos, a ruiva entrou na sala, desculpando-se pelo atraso.

— Podemos começar, então? – O juiz questionou, recebendo um aceno de cabeça positivo de Rose.

— Antes de tudo, senhor juiz. – O meu advogado interferiu, olhando diretamente para Rose. – Existe algum motivo em especial para esse processo de divórcio, Srta. Weasley?

— Apenas concordamos que seria melhor assim, senhor. Nem um motivo em especial. – A Weasley respondeu, convicta.

— Sendo assim. – O juiz ergueu duas pequenas pilhas de papéis tanto para meu advogado quanto para o de Rose. – Assinem esses papéis, por favor.

Passei os olhos rapidamente pelos papéis, assinando-os. Rose fez o mesmo, logo adquirindo uma expressão preocupada para o juiz ali.

— E quanto as meninas, senhor?

***********

Casa dos Malfoy; 17h20 da tarde.

POV – Eliza Malfoy

— O que está fazendo, Lu? – Questionei, vendo Luiza pegar uma grande maleta e colocando suas roupas ali.

— Eu cheguei a uma conclusão. Acredito eu que, como você tem uma aparência igual a de papai, ficará aqui. – Ela disse, já jogando várias roupas suas na maleta. – E eu irei com mamãe para França.

— Bom, eu determino que a garota de nome Eliza Jude Malfoy ficará com Scorpius Malfoy...

— Será? – Eu questionei, preocupada. O fato de estar sendo separada de mamãe e de minha irmã ao mesmo tempo me deixara preocupada.

— E a garota de nome Luiza Marie Weasley, com Rose Weasley.

**************

Casa dos Malfoy, 17h40 da tarde

POV – Rose Weasley.

Entrei em casa, já despedindo-me do lugar. Cada canto daquele lugar me fazia ter lembranças. Era, de fato, uma lástima que tudo acabasse daquela forma.

— Scorpius, eu estou ansiosa. Será que dá pra falar qual a surpresa? – Eu disse, enquanto o loiro mantinha as mãos sobre meus olhos. Pude sentir que este sorria.

— Só mais um pouco, Rosie. – Ele disse, guiando-me enquanto andávamos. E então tirou as mãos dos meus olhos. – Pode abrir os olhos.

Abri lentamente, deparando-me com uma linda casa. Não era não grande, e nem tão pequena. Tinha um jardim na frente e a casa era aberta, parecia ser aconchegante. Virei-me novamente para o loiro, sorrindo.

— Scorp, isso é...

— Nossa casa, Rosie. Nosso lar. – Ele disse, sorrindo assim como eu. Abracei-o num impulso, enquanto este enlaçava suas mãos em minha cintura.

Entrei pela porta, deparando-me com a sala que havia ali. Todas as janelas abertas, refletindo a luz do sol que já ia embora aquela hora. Sorri mais uma vez. Passei as mãos pela pequena mesinha de centro, onde haviam algumas fotos minhas e de Scorpius. Uma delas, era nossa em frente a casa. Scorpius segurava a pequena Eliza nos braços, enquanto eu segurava Luiza.

Na outra foto, eu e Scorpius estávamos sozinhos, abraçados. Eu usava um vestido de seda, tomara que caia. Comprido, cujo se arrastava pelo chão. Scorpius usava um terno preto, que realçava seus cabelos loiros alinhados e seus olhos azuis acinzentados. Aquela foto fora tirada no dia do nosso casamento.

— Rose? – Ouvi sua voz chamar por mim, e virei-me para ele.

— Ah... desculpe, Malfoy. Não vou demorar muito. Vou fazer minhas malas e pedir que Luiza faça o mesmo. – Eu falei rapidamente, indo em direção ao nosso quarto.

Entrei ali, fechando a porta atrás de mim e segurando as lágrimas que teimavam em cair. Peguei as grandes maletas que haviam ali, dobrando cada peça de roupa e colocando-as com cuidado na mala. Como se quisesse adiar ao máximo de ter que ir embora dali, observei cada roupa que eu colocava na mala. Finalizei as malas, pegando um pedaço de pergaminho afim de escrever uma carta à Eliza.

Querida Eliza,

Eu e seu pai nos separamos hoje. E em consequência disso, acabo por me separar de você e separá-la de sua irmã. Saiba que nunca quis isso, só achamos melhor assim.

É triste que algo como o que eu e seu pai tivemos terminasse desta forma. Éramos melhores amigos, brigamos, lutamos para ficarmos juntos, nos casamos e eu tive vocês. Parecíamos felizes, mas, quando tudo parece perfeito, nós entramos em uma crise sem fim. Para evitar que vocês duas ouvissem discussões nossas sem parar, decidimos que um divórcio seria o mais sensato. Eu vou sentir sua falta, Liza. Mas acredito que tenha sido melhor assim.

Com amor,

Mamãe. 

— Mamãe? – Ouvi a voz de Luiza da porta. – Está tudo bem?

— Está sim, querida. – Disse, abrindo a porta do quarto e deparando-me com o olhar preocupado de Luiza. – Arrume suas malas. Iremos para França hoje.

****************

Stansted Airport, 18h.

POV – Luiza Weasley

Pus meu cinto com cuidado, me aconchegando mais na cadeira macia do avião. Mamãe fechava os olhos, cansada. Olhei pela janela antes de decolar uma última vez.

— AAAAAAH! – Eu ouvi um grito adentrar o quarto, acordando-me. Deparei-me com Eliza, ainda de pijama e os cabelos loiros desgrenhados, com aparentemente duas cartas na mão. – A GENTE RECEBEU A CARTA DE HOGWARTS, LU! A GENTE VAI PRA HOGWARTS!

— QUÊ? – Eu levantei da cama onde até então eu estava, pegando uma das cartas da mão de Eliza. – A GENTE VAI PRA HOGWARTS, LIZA!

Abracei-a, enquanto nós duas sorrimos.

Voltei a sorrir com a lembrança. Eliza costumava dizer que nós éramos um problema duplo. E éramos. Lembrei-me da promessa que nós fizemos uma a outra mais cedo. Olhei para mamãe, que já dormia profundamente.

— Não se preocupe, mana. – Eu sussurrei, segurando o colar que eu tinha. O pingente era de um coração partido, ao qual a parte que o completava estava com Eliza. – Eu vou cumprir nossa promessa.

 


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Notas finais do capítulo

Escrevi as últimas cenas quase chorando gente, eu nem queria separar o otp :ccc mas como dito duas vezes no capítulo, o problema duplo (vulgo Eliza e Luiza) vão dar um jeitinho nisso, né? Até o capítulo 3, amores! ♥



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