Broken escrita por LunnaLay


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ><' Boa leitura ! ♥



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Eu já tinha acalmado meu coração e decidi não interrompê-la. Ela já se encontrava deitada sobre as mãos atrás da cabeça, eu tinha uma visão privilegiada da minha Lady. Ela estava muito triste. E Adrien era o motivo.

Minha princesa se encontrava calada, somente olhando para o céu estrelado. Decidi sair de lá antes que ela me notasse.

 

 

Quase não consegui encará-la nas próximas vezes que nos encontramos como Ladybug e Chat Noir. Eu estava a evitando ao máximo e percebi que ela notou isso também. Mas meu coração estava dolorido. Na escola, não foi diferente, me mantive distante. Eu a havia perdido, perdido as duas partes do seu ser.

Porém, naquele dia, houve ataque de um akumatizado.

Suas roupas eram bastante sugestivas, era uma garota. Com roupas listradas, lilás e preto. Em seu rosto, uma maquiagem que lembrava arlequina, porém, uma arlequina bem bizarra. E o motivo da sua akumatização : Eu.

Sim, Adrien Agreste magoara o coração de outra garota apaixonada, e esta, em sua fúria eterna, dizia que se ele não fosse dela, não seria de mais ninguém. E o pior de tudo isso? Ela sabia o motivo da rejeição. Marinette.

Estávamos na escola, Marinette e eu estávamos aprisionados em uma espécie de gaiola doce. Em qualquer outro momento eu sentiria vontade de lamber as grades, mas não ali. Eu não poderia clamar por Plagg, e ela também não, haviam algumas testemunhas. Teríamos de dar nosso jeito. Mas, minha mente estava vazia.

 

— Então, Adrrrien... pronto para o nosso encontro? Breaker Love aproximou-se da gaiola, encarando fixamente a minha adorava asiática.

— Você não vai levá-lo a nenhum lugar! Marinette agarrou-se ao meu braço, senti meu rosto queimar enquanto eu olhava seu rosto corado. - N-não pense nada errado... Sua voz saiu como um sussurro.

— Solte ele agora Marinette! Ela levitou as trancas e segurou meu braço, puxando-me para si. Sua voz saía como um trovão aos meus ouvidos. - ELE É MEU!

 

Empurrando Marinette com algum tipo de telepatia, minha asiática bateu as costas contra a parede e pude ouvir o barulho do seu crânio batendo. Um desespero tomou meu corpo e me debati o quanto eu pude enquanto via o chão se afastando cada vez mais. Minha mente apagou-se.

 

 

Acordei com algum alvoroço. Plagg batia em meu rosto desesperadamente. Eu estava em um quarto totalmente branco, e não conseguia distinguir se estava dia ou noite. Alguns gritos e barulhos de algo sendo quebrado, logo percebi que estava havendo alguma luta naquele local. Plagg contou-me que fomos levamos e estávamos longe do centro da cidade. Levantei-me e tentei ver algo pela janela, mas infelizmente não pude ver nada pois estava totalmente escuro.

Atravessei o quarto e forcei a porta. Olhei ao redor à procura de alguma coisa para abrir a porta. Tentamos de todas as formas, mas infelizmente ali só haviam roupas e coisas inúteis. Voltei à janela e tentei abri-la, mas estava bem trancada – surpreendentemente - por fora.

Plagg atravessou-a e destrancou aquela janela e eu, desesperadamente a abri. Observei o chão. Estava longe. Decidi tentar sair dali de qualquer maneira e pendurei-me no parapeito, Plagg era muito pequeno para me carregar. Meu coração estava acelerado e meu companheiro não facilitava, com sua voz preocupada.

Consegui esgueirar-me por entre a janela do andar inferior, escondendo-me como pude. A porta deste quarto, felizmente estava destrancada, porém, no corredor, as prováveis pessoas donas do quarto e dos quartos vizinhos estavam zumbificadas – Elas eram horríveis, suas peles pareciam apodrecidas e seus rostos aterrorizantes – Observei um elevador de limpeza. Enfiei-me ali como meu corpo aguentou e desci, à procura de alguma saída. Plagg estava quase aos prantos e tentei acalmá-lo, mas acabei enfiando-o em minha blusa. Através dos andares, procurei um em que não haviam tantos zumbis. Finalmente encontrei um andar onde haviam poucas, bizarras, pessoas.

Saí dali e literalmente corri até as escadas. Algumas pessoas me perceberam mas logo após alguns segundos voltaram seus olhos para o nada. Aquilo era realmente assustador. Fechei a porta vermelha atrás de mim e encostei-me, escorregando até o chão.

 

— A-Adrien! Eu estou assustado. Plagg enfiou-se em meu pescoço.

— Eu, preciso alimentar você Plagg. Meus olhos percorriam as escadas, a procura de algum tipo de ameaça.

— Eu não sei se quero me unir a você, contra estes... estes bichos. Levantei-me e comecei a descer, certamente a cozinha ficava abaixo.

— Você vai sim. Eu sei que não sou rígido com você na maioria das vezes, mas você tem que fazer minhas vontades, e minha vontade é sair daqui! Entendido?

— Sim... Sua voz saiu como um miado manhoso e ele enfiou-se em minha blusa.

 

Continuei procurando até finalmente achar a cozinha daquele hotel, que até era grande. Com muito cuidado e escondendo-me atrás das prateleiras, consegui chegar até a geladeira e peguei um grande queijo. Sem nem cortá-lo, escondi-me em um armário e ofereci ao meu Kwami sua refeição.

Eu precisava achar a saída dali e achar Marinette. Poderia ela estar em um hospital? Não, certamente ela estaria. Eu ouvi o som da sua cabeça batendo-se contra a parede. Meus olhos encheram de lágrimas e não pude conter minha tristeza. É certo que ali não era o momento, mas enquanto Plagg comia, eu poderia mesmo ter uns segundos pra mim.

 

— Adrien, eu não estou pronto, mas nunca vou te abandonar. Apesar de eu ser um pouco preguiçoso, com você e por você eu faço o que for preciso.

— Obrigado Plagg... Meu coração já estava um pouco mais calmo. - Vamos?

— Vamos.

 

Clamei por Plagg e prontamente já estava envolto em Chat Noir. Sai dali silenciosamente e me esgueirei por uma janela que estava aberta. Eu precisava já estava fora, e pronto para sair. Porém, um grande estrondo me fez petrificar.

Ali, sem mais nem menos. Ladybug estava em minha frente. Em sua cabeça, uma tiara metálica, que mais aprecia algum aparato de controle mental. Eu pude perceber que aquilo estava a machucando. E, estava perfurando sua cabeça e filetes de sangue escorriam. Com o susto, eu caí no chão, mas, ao tentar me levantar, ouvi seu grito agoniante. E, eram dali que vinham os sons.

Ela correu em minha direção, mas não como uma pessoa. Ela correu como se tivesse quatro patas. Tentei esquivar-me... tentei esquivar-me de todas as formas dela. Mas ela estava muito mais rápida que o normal. Ela estava tentando me machucar. Me machucar de verdade.

 

— Ladybug! Por favor! Sou eu!

 

Ela apenas soltava grunhidos e gritos.

 

— Lembre-se de mim! Por favor! Esta não é você!

 

Em alguns segundos, ela já estava em cima de mim. Segurei suas mãos e ela tentava... tentava comer meu rosto. Suas expressões eram horrendas. O medo tomou meu corpo. Medo de morrer. Mas, mais medo ainda de ela morrer. Medo da minha Lady nunca mais voltar a ser quem era.

 

Marinette.. por favor. Sou eu... Meus olhos já não conseguiam segurar as lágrimas. Seus gritos se tornaram mais agoniantes ainda, mas tentei limpar minha mente e concentrar apenas em minha própria voz, para que assim ela também pudesse fazê-lo.

— Lady, sou eu. Sou eu Bugaboo, o seu gatinho. Sussurrei mais próximo aos seus dentes.

 

Uma risada soou por meus ouvidos. Era Breaker Love. Ela estava ainda mais bizarra do que antes. Seu rosto agora parecia mais uma caveira.

 

— Você realmente acha que ela vai reconhecer você, gato? Sua última frase saiu de sua boca mais como um insulto, do que outra coisa.

— Você... Sua vadia! Senti meu corpo sendo deixado, eu estava livre de minha carcereira.

— Ela só vai fazer o que eu quiser. Ladybug agora estava em seus pés, como um cachorro retorna ao dono. - Eu quero que ela mate você, mas antes, quero que ela sofra. Ela olhou novamente para Marinette e sua expressão havia mudado. Agora era de extremo medo e negação.

— Não faça nenhum mal a ela, ou eu MATO VOCÊ! A raiva começava a dominar meus sentimentos. - EU VOU MATAR VOCÊ.

— ME matar? Sua risada de deboche só fez com que meu temperamento subisse mais seu nível. - Você? Gatinho assustado, você não e capaz de fazer nada comigo, enquanto ela estiver aqui. Ou será que pra salvar todas estas pessoas, você mataria sua amada Ladybug? Pois saiba que mesmo ela ainda tendo plena consciência do que faz, eu ainda controlo todos os músculos de seu corpo. Sua mão passou no rosto de Marinette, e sua voz saiu como um trovão. - Agora que você já tem seus pensamentos de volta, Ladybug... Mate Chat Noir e sofra pra sempre, ou... morra por mim.

 

Marinette pulou em minha direção, tentando morder-me novamente.  Seus olhos cheios de lágrimas, eu realmente podia ouvir sua voz em minha cabeça, pedindo-me ajuda. Tentei esquivar dela e meu corpo queria estraçalhar a cara daquela garota zumbi. Meus sentimentos por ela neste instante eram totalmente hostis. Concentrei todos meus sentimentos.

 

— Cataclism.

 

Fui com tudo pra cima de Breaker Love, mas, quando faltava apenas centímetros para que minha mão encostasse em seu rosto horrível, vi as costas de Marinette em minha frente. Eu detive-me.

Meu corpo foi jogado contra o muro de pedra. Minha cabeça estava tão pesada. Percebi que minha habilidade havia acabado, por motivos de que minha mão havia encostado na grama. Pude ver Ladybug novamente pulando em minha direção. Em suas mãos, havia alguma coisa. Seus olhos estavam desesperados e cheios de lágrimas.

 

Em milésimos de segundos, em meus pensamentos, uma coisa eu poderia fazer, deveria fazer. Não haviam opções.

 

— Plagg, de-transformar.

 

Minha mente escureceu-se naquele instante.


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Notas finais do capítulo

Comentem sua opiniões por favor ♥ Críticas são super bem vindas ! :3