Blink escrita por wukindly


Capítulo 1
Blink


Notas iniciais do capítulo

Eu não tenho muito o que falar sobre essa história, apenas... Não sei. Aproveitem.



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Tudo estava normal. Tudo estava como deveria ser. Então, em um simples piscar de olhos, estava tudo diferente.

Eu pisquei uma, duas, três vezes antes de levantar da cama, me sentindo menos cansada do que o de costume. Estranho, havia dormido menos aquela noite. Meu uniforme da escola já estava em meu corpo, e como se aquilo fosse normal, comecei o meu caminho para a escola.

O que normalmente levaria a uma caminhada de uma hora se reduziu a cinco minutos. Estranho, mas talvez eu sempre estivesse distraída pra notar o quão curta é a distância da minha casa para esse lugar.

A escola estava diferente, e o clima, embora estivesse ensolarado, me fazia pensar em chuva. Pessoas andavam com casacos por todos os lados e eu me perguntei se eles não estavam sentindo calor. Olhei para baixo para conferir que tipo de roupa estava usando; sem blusa de frio, checado. Então analisei o lugar a minha volta e notei que apenas mais uma pessoa estava parecendo condizer com o clima atual. Victoria. Não éramos exatamente o que você poderia chamar de “amigas”, mas respeitávamos uma a outra. Ela estava encarando o vazio do estacionamento, parecendo extremamente irritada.

— Onde aquelas imprestáveis estão?! – Victoria gritou olhando para seu celular.

Eu me aproximei. Não sabia exatamente o como ou o porquê, mas eu senti que deveria fazer isso e, de repente, minhas pernas começaram a caminhar até ela sem que eu precisasse fazer esforço algum.

— Dia ruim? – perguntei quietamente para ela, recebendo um olhar feio.

— Não é da sua conta. – a loira respondeu, voltando a olhar para o celular.

Alguns minutos se passaram e eu continuei ao seu lado, apenas encarando o estacionamento vazio. Estava muito vazio. Será que nem os funcionários teriam chego ainda? Isso, de alguma forma, pareceu passar pela cabeça de Victoria, que comentou:

— Não tem ninguém por aqui.

Eu apenas concordei com a cabeça, me sentia cansada demais para falar. Mas ela tinha razão. As únicas pessoas que eu tinha visto estavam do lado de fora da escola, deixando o lugar totalmente vazio, exceto por nós duas.

— O que está fazendo aqui fora? - perguntei.

— Esperando algumas pessoas, só isso. - a voz dela soara mais doce naquele momento.

Então eu olhei novamente pelo estacionamento vazio, com pena da garota que precisava ficar esperando por alguém. Só que dessa vez eu notei que o estacionamento não estava tão vazio assim. Dois carros estavam parados em um canto longe e escuro. Como eles haviam entrado sem que eu percebesse? Teriam de passar na minha frente para chegar ao lugar onde estavam...

— São elas? - apontei para os carros, fazendo a outra notar a existência dos veículos.

— Desde quando eles estão aí? - ela pareceu até um pouco mais confusa que eu.

Apenas dei de ombros, minha voz se recusara mais uma vez a sair. Dessa vez não apenas minha voz parecia estar cansada, mas sim meu corpo inteiro, fazendo com que minha cabeça se inclinasse levemente para baixo. Meus olhos se fecharam levemente.

— Que merda é essa?! - Victoria exclamou, o que me fez olhar pra cima de novo.

O estacionamento não estava mais vazio, alguém teria que ter muita sorte pra achar algum lugar vago. Carros estavam parados em todos os cantos, e pessoas estavam conversando, espalhas pelo pátio próximo dali. Toda a moleza que eu sentia no meu corpo sumiu naquele momento, sendo substituída pelo susto, pelo medo.

Ninguém mais parecia estranhar o que havia acabado de acontecer. Ninguém além de mim e Victoria, que estava branca como papel.

— Me diz que eu não estou ficando louca. - ela disse, sua voz tremendo completamente.

— Você não está louca. - consegui murmurar. Minha cabeça doía um pouco, como se algo pontiagudo houvesse entrado nela por um instante.

De repente uma multidão começou a gritar na entrada do estacionamento, o que chamou a nossa atenção. Senti meus pés me guiando novamente e segurei com força no braço de Victoria, para que ela não me deixasse. A garota parecia feliz com isso, já que não fazia questão de abandonar a outra única pessoa que parecia estar sã no meio de tudo aquilo.

Uma briga estava ocorrendo na calçada. Eu estava ao ponto de rir quando avistei a pequena roda, que tinha uma brecha em nossa direção, como se a intenção fosse para que nós enxergássemos aquilo. Um garoto dava socos no ar, parecendo brigar com o nada. Provavelmente estava bêbado. Ou até mesmo drogado.

Então foi quando vimos o ar, que supostamente seria apenas vento, começar a jorrar sangue, como se tivesse alguém sendo realmente espancado pelo garoto. Nesse momento meus olhos se arregalaram e não tenho dúvidas que o de Vic ficaram do mesmo jeito. O braço dela escapou de minhas mãos e pude vê-la correndo para dentro da escola. Meus pés, então, voltaram a receber meus comandos e foram atrás dela.

Não demorei muito para encontra-la, já que havia parado em um dos primeiros corredores do lugar, e eu entendia o motivo. A escola poderia estar um pouco estranha por fora, mas estava completamente diferente por dentro, como se tivéssemos acabado de adentrar uma escola que não fosse a nossa. Os corredores estavam cheios de pessoas que nem ao menos pareciam notar a nossa presença, o que me deixou um pouco desconfortável.

— Temos que ficar juntas. - Victoria disse com a voz embargada, se agarrando ao meu braço.

Apenas concordei, minha voz havia sumido novamente, mas dessa vez era por puro medo do que estava acontecendo, do que iria acontecer.

Nós duas, lado a lado, começamos a caminhar pelos corredores, até encontrarmos pessoas conhecidas que se dirigiam para a mesma sala. Seria a nossa, certo?

— Qual a primeira aula? - uma amiga minha surgiu do nada e perguntou, fazendo com que eu e Vic pulássemos.

— Química. - minha voz saiu contra a minha vontade - E temos aula de literatura no final.

— Eu odeio aquela professora - Victoria comentou e sua voz parecia calma, porém sua face revelava o terror e medo que sentia.

— Nem me diga. - murmurei.

Quando entramos na sala Victoria se soltou de mim e se sentou em uma mesa mais afastada da sala. Eu sentei na primeira carteira, longe dela, que me encarava desesperada, mas eu não podia fazer muito já que meus pés não obedeciam aos meus comandos.

Neste momento o professor entrou na sala, mas não era o meu professor de química. Não era ninguém que eu conhecesse. Ou talvez, fossem vários dos meus professores juntos. Reconheci o cabelo do meu professor de matemática; o rosto parecia pertencer ao de geografia, embora os olhos estivessem arregalados, como se não pudessem jamais ser fechados; o corpo era do de educação física, embora eu reconhecesse em alguns pontos o corpo da professora de literatura. Eu pisquei várias vezes, tentando entender que aquilo estava mesmo acontecendo. Impossível. Então uma música alta invadiu meus ouvidos.

— Celulares não são permitidos durante a aula. – a fusão falou me encarando, fazendo com que eu sentisse um frio passar pela espinha.

Minhas mãos foram em direção as minhas orelhas, tirando meus fones que, surpreendentemente, estavam lá, e o colocando em cima da mesa com meu celular. Eu nem ao menos havia notado que meu celular estava comigo. Se é que ele estava antes. As coisas estavam aparecendo e desaparecendo demais naquele dia.

Tentei ouvir o que aquela fusão estava dizendo, e eu tinha certeza que não era nada parecido com solutos, mas eu simplesmente não conseguia prestar atenção.

Talvez fosse tudo um pesadelo. Mas por que Victoria era a única a reparar que algo estava errado? Fechei os olhos forçadamente e deitei a cabeça na carteira, tentando me afastar do que estava acontecendo. O mundo estava acabando sem dúvida nenhuma, e tinha que ser, obviamente, em uma segunda feira.

— Anya! - ouvi a voz fina de Victoria me chamar.

Abri os olhos e notei que nem o professor ou meus colegas estavam mais na sala, que estava mais escura do que antes de ter fechado meus olhos. A loira havia mudado também. Seu cabelo, antes comprido, agora estava curto; suas roupas, uma vez frescas, agora haviam sido substituídas por casacos. Olhei para baixo para me certificar de que nada havia mudado em mim. A camisa de manga curta do uniforme continuava ali.

— Precisamos sair daqui. – murmurei, pegando o braço de Victoria e a puxando comigo para fora da sala.

— Da escola? – ela perguntou, se soltando de meu aperto, porém logo em seguida segurando minha mão.

— Seria um bom começo. – concordei.

A escola parecia muito mais escura do que quando passamos por aqui pela primeira vez. Algumas poucas luzes estavam acesas, e essas piscavam constantemente. Olhei rapidamente pra Victoria, procurando analisar sua situação. O medo ainda se fazia presente na sua expressão, mas ela parecia um pouco mais calma. Seus olhos se dirigiram para mim e seus lábios formaram um sorriso reconfortante, como se tentasse dizer que tudo ficaria bem. Eu sorri de volta e senti sua mão apertar um pouco mais a minha. E de algum modo, eu me senti de repente.

— Chegamos. – ela disse indicando a porta pelo qual entramos alguns minutos atrás.

— Vamos nessa.

Uma luz forte invadiu meus olhos quando a porta foi aberta, fazendo com que tivesse que fecha-los para que não acabasse cega. Se o clima antes me lembrava chuva por motivo algum, agora certamente tinha um motivo para me lembrar. As gotas atingiram nossos rostos em alta velocidade no primeiro passo que demos para fora da escola. Victoria não pareceu se importar com aquilo, mas os pingos me atingiam causando dor onde tocavam, o que me fez entrar na escola novamente.

— Anya? – ela estendeu a mão para mim – Vamos logo.

Eu apenas me encolhi mais contra a parede, me permitindo ter uma visão clara da cantina da escola. Aquele lugar não havia chamado minha atenção antes, mas agora notara que havia um grande painel, onde normalmente estaria listado a refeição especial do dia, que agora possuía apenas letras espalhadas pelo seu espaço: “ACECOL!AMEBE”. Franzi o cenho, tentando entender o que estava escrito.

— Anya. – a voz de Victoria estava mais suave, e pude senti-la sentando perto de mim – Vai ficar tudo bem.

Eu a encarei por algum tempo, até deitar em seu ombro, sentindo-a colocar um de seus braços em minha cintura.

— Eu sei. – murmurei – Vamos dar um jeito.

Olhei para o lado de fora da escola, apenas observando a chuva cair. Apenas o som da água atingindo o chão podia ser ouvido. Algo muito estranho estava acontecendo e eu estava determinada a descobrir o que era.

Pude ouvir Victoria cantarolando algo, seus dedos batendo levemente na minha camisa, e um sorriso escapou de meus lábios. Nunca havia imaginado que estaria numa situação dessas, muito menos com alguém como Vic, mas de certa forma estava feliz por isso ter acontecido.

— Se sentindo melhor? – a garota me perguntou, fazendo com que levantasse a cabeça.

— Acho que sim.

Ela sorriu, se levantando e, logo em seguida, me estendendo a mão para me ajudar a levantar, o que eu aceitei felizmente.

Olhei no espaço em volta, e jogado em alguma parte do chão próximo delas havia uma bandeja. Ok, aquilo deveria servir pra algo contra chuva. Mas quando fui me soltar de Victoria para pegar o objeto, ela continuou me segurando. Estava prestes a perguntar se tudo estava bem quando senti o olhar intenso dela sobre mim. A sensação de segurança voltara mais uma vez, o que me fez sorrir.

Lentamente, a mão livre de Victoria se dirigiu a minha bochecha, com intenção de me trazer pra mais próximo dela, o que meus pés permitiram. Eu podia sentir minhas mãos ficando suadas, e provavelmente ela também sentiu já que soltou uma risadinha enquanto acariciava meus dedos com seu polegar. Os olhos dela se fecharam, fazendo com que eu repetisse a mesma ação. Sua respiração se misturava com a minha e meu coração batia cada vez mais rápido. Aquilo estava mesmo acontecendo? Então seus lábios se juntaram com os meus e eu pude sentir tudo congelando; o vento leve que batia nelas parecia ter parado, assim como o barulho da chuva lá fora; tudo o que eu conseguia sentir agora eram os lábios macios de Victoria nos meus. Eu estava me sentindo realmente bem pela primeira vez em um bom tempo, e esse fato me fez soltar um resmungo quando os lábios da loira se separaram dos meus, fazendo-a rir baixo.

— Temos que ir. - Victoria murmurou antes de olhar para a porta e um sorriso abrir em seus lábios – Sabia!

Fiquei confusa quando ela saiu correndo pela porta e me deixou sozinha ali, até que notei que não foi apenas minha impressão que o barulho da chuva havia parado, e que até agora não havia voltado. Eu olhei para fora. Ensolarado.

Antes de sair atrás de Victoria voltei a olhar para a cozinha e seu painel. As letras, que antes estavam espalhadas por todos os lados, agora estavam nos seus extremos; e em seu centro havia uma frase formada: “É CULPA DELE”, isso fez com que um frio descesse por minha espinha. Ignore. Então sai atrás de Vic.

Ela estava em pé na entrada do estacionamento. Estava apenas lá, parada, olhando para o lado de fora. Entendi o porquê quando me postei a seu lado. Todas as pessoas que haviam desaparecido na escola, que não eram poucas, estavam lá, parecendo congeladas, nos olhando. Aquela cena talvez desse um belo filme de terror.

A mão de Victoria segurou a minha novamente, me puxando lentamente, tentando criar um caminho entre todas as pessoas. Algumas murmuravam coisas umas para as outras enquanto passávamos por elas, seus olhos nos seguindo, nos olhando como se nós fossemos os monstros.

— Não dê ouvido a o que estão dizendo, Anya. – a loira começou a me puxar um pouco mais rápido.

Senti-me tentada a perguntar a Victoria se ela conseguia entender o que aquelas pessoas estavam dizendo, o som que saía de suas bocas era incompreensível para mim; e se ela os entendia, o que estavam dizendo? Mas apenas assenti, me deixando ser levada pela garota.

Quando dei por mim, já estávamos dentro de uma loja no final da rua. Vic checava a loja, analisando se era um lugar seguro para se ficar. No começo eu a ajudei também, porém logo me movi para mais um canto mais próximo a vidraça, reparando que as pessoas que estavam na rua não estavam mais por lá.

— Vem. – Victoria segurou minha mão, me tirando de perto da janela.

— Onde eles foram? – perguntei, ainda tentando entender o que estava acontecendo.

— Não importa. – ela me levou até a parte de trás de um balcão de atendimento, onde nos agachamos – Precisamos ficar escondidas. Pensar no que fazer.

Assenti, tentando esquecer os seres que haviam desaparecido na rua e pensando em alguma saída. Mas para onde iriamos? “Casa” era a única ideia que se passava em minha cabeça, mas e se a situação estivesse igual por lá? E se não tivéssemos uma saída?

Meus pensamentos foram interrompidos por batidas fortes na parte de fora da loja. Levantei a cabeça para olhar pela vitrine. As pessoas estavam lá. Não pareciam nada felizes.

— O vidro não vai aguentar. – murmurei para a loira, que apenas segurou minha mão, numa tentativa de passar algum tipo de conforto.

— Continue escondida.

De repente o barulho do vidro quebrando fez com que nós duas pulássemos. Pisquei. Silêncio. Ergui a cabeça. Não havia mais ninguém do lado de fora, porém uma pedra estava jogada no meio do estabelecimento, cacos de vidro espalhados por todos os lugares. Olhei para Vic numa pergunta silenciosa se deveríamos nos aproximar, ela assentiu. Nos levantamos, andando em direção a pedra. A loira parecia analisa-la, enquanto eu me movi mais a frente para dar uma olhada do lado de fora. Nada. Pisquei. Tudo estava ficando cada vez mais louco. Virei para Victoria, com intenção de dizer que tudo estava bem. Um arrepio se passou pela minha espinha. Ela ainda estava analisando o objeto que havia sido atirado pela vidraça. Atrás dela, todas as pessoas a fitavam.

— Victoria! – as palavras saíram tremulas de meus lábios. Tentei ir para o lado de Vic, tira-la de lá. Minhas pernas não conseguiam se mover, não podia ajudar.

No momento em que gritei, todos começaram a andar cada vez mais em direção a garota.

— Sai! – ela gritou – Vai embora!

Senti minhas pernas voltando a funcionar, porém sem obedecer minhas ordens. Elas começaram a me levar para o lado de fora da loja, me afastando de Victoria. Eu conseguia ouvir os gritos da garota. Pisquei. Os gritos cessaram. A chuva voltara a cair do céu, dessa vez sem me machucar. Minhas pernas pararam, enfraquecendo, fazendo-me desabar no chão molhado. As lágrimas que caiam de meus olhos se misturavam com as gotas da chuva.

Uma risada pôde ser ouvida misturada ao som da água caindo. Levantei meu olhar. Um homem estava parado no meio da rua. Não consegui defini-lo muito bem, mas podia enxergar a capa que estava utilizando, longa e negra; e em sua cabeça havia um chapéu longo e roxo. Ele começara a andar até a escola. Minhas pernas voltaram ao meu domínio, sabia o que tinha que fazer. Sai correndo para o colégio. Pisquei. Assim que passei pelas portas, elas se fecharam atrás de mim, fazendo-me pular com o susto. Olhei em volta. Eu estava de volta ao refeitório. Ele também estava lá, logo embaixo do painel, que agora transmitia duas mensagens completas e claras. “É CULPA DELE”.

Culpa. O dia confuso. Medo. Vic. A culpa era dele.

“ACABE COM ELE!”

Senti toda a raiva e confusão que senti o dia todo me preencherem os pensamentos, era a única coisa na qual conseguia pensar. Minhas pernas começaram a tremer, a vontade de correr atrás do homem as consumindo.

Ficamos nos entreolhando, analisando quem faria o primeiro movimento. Ele. O homem começou a correr na direção das escadas, eu o seguindo logo atrás. Todas as memórias do dia aterrorizante passando por minha mente. As escadas pareciam nunca acabar. Ele corria rápido, mas o homem se atrasava a virar algumas curvas que havia pela escadaria. Minha chance. Na curva seguinte eu atirei meu corpo contra ele. Meus pés saíram do chão. Senti-me voando por alguns segundos. Senti o tecido do manto dele em minhas mãos. Logo depois senti a quina de um degrau se chocando contra a minha cabeça, uma dor tomando conta do meu corpo. E então nada. Fechei meus olhos e não retornei a abri-los.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Alguma teoria que queiram compartilhar comigo? hehe
Espero que tenham gostado.



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