Oliver Shake
Quando Luna abriu a porta e vi Hanna quase perdi o sentindo. Aquilo só podia ser um sonho, uma assombração, sei lá qualquer coisa menos ela. Eu já tinha a amado tanto, mais ela tinha vacilado tantas vezes, que quando eu resolvi vir pra Londres tive a grande oportunidade de me libertar dela e agora ela estava ali bem na porta do meu AP encarando Luna de cima a baixo com cara de pouco amigos.
—Não vai me convidar Para entrar? – Ela volta a me olhar.
—Entra! – Digo seco.
Luna não dá passagem e eu puxo pelo braço com delicadeza, ela me olha com os olhos úmidos e corre pro quarto. Hanna se senta no sofá sem permissão alguma e disse desaforada.
—Sua namoradinha?
—Não é da sua conta! – A encaro com rigidez.
— Quanta falta de educação Oliver, não foi assim que a Sam te criou! – Diz ela irônica.
— O que você quer? – Digo a olhando de cima a baixo.
— Tenho uma novidade. Uma ótima novidade. – Ela sorri.
— Qual? A que você vai desaparecer? – Rio alto.
— Não. – Ela ri também. – A que você vai ser papai! – Ela sorri vitoriosa.
— QUE? – Escuto Luna gritar antes mesmo que eu diga alguma coisa.
— É isso mesmo que você ouviu queridinha. Seu amorzinho vai ser papai de um filho meu! – Ela sorri e se levanta.
Começo a rir. Sério ela era bem convincente pra qualquer outra pessoa menos pra mim, isso e nem mais nada que ela pudesse dizer. Ela era ridícula e sortida, mentirosa e trapaceira. Eu não ia cair mais nessa.
— E você acha que eu deveria acreditar Hanna? – A olho.
— Claro Oliver. É seu filho...
— Meu ou de outros caras que você já se relacionou? – A encaro.
— Seu obvio que é seu!
— Para com isso! Tá feio já. Você me traia até com o meu melhor amigo. – Digo sério.
Luna nos olha e fica sem saber como agir. Ela tinha se trocado e estava linda tirando a cara de desapontada.
— Eu vou para a agência, nos vemos mais tarde! – Ela diz indo em direção a porta.
— Não Luna calma, eu vou com você! – Corro pro meu quarto.
Entro no meu quarto e me troco na velocidade da luz. Ajeito o cabelo mais não dá muito certo então coloco a touca e volto para sala e para minha surpresa ela não tinha me esperado e só tinha Hanna na sala.
— Vamos embora Hanna. – Digo com raiva.
— Para Miami? – Ela sorri.
— Não. Eu vou trabalhar e você vai sumir da minha vida de uma vez por todas.
A pego pelo braço e a puxo até a porta e abro a mesma saindo com Hanna de lá. Entramos no elevador e descemos sem trocar uma palavra. No hall ela me olha e diz com uma ironia sem igual.
— Até breve lindinho!
A xingo mentalmente diversas vezes. Que raiva meu Deus. Veio roubar meu sossego e também roubar minha Luna de mim e tínhamos pouco tempo que finalmente tínhamos nos acertado.
Saio e vou até meu carro. Entro no mesmo e dou partida indo o mais rápido possível para a agencia. Entrei feito um foguete. E achei Luna na sala de fotos conversando com o pessoal, vou até ela.
— Luna precisamos conversar! – Digo baixinho.
— Agora não, depois! – Ela diz baixinho.
Fico na minha para esperar que pudéssemos conversar. Fizemos alguns ensaios na passarela e depois enfim estávamos dispensados. Luna me olhou e saiu de lá o mais rápido possível, vou atrás dela.
—Luna, vamos conversar! – Digo a puxando pelo braço.
—Ok Oliver! – Ela afirma com a cabeça.
Saímos da agência e vamos para uma lanchonete ali perto. Sentamos em uma mesa e pedimos um café. Ela torna a me olhar pedido uma explicação.
—Ela está mentindo. – Digo quando o café chega.
—É mesmo? E como você pode ter certeza? - Ela me encara.
—Porque eu a conheço melhor que ninguém! – A encaro também.
—Então porque ela mentiria? – Ela é direta.
—Isso é a coisa que ela faz melhor. Mentir! – Sorrio.
—Mais gravidez é coisa séria, porque ela mentiria? – Ela diz séria.
—Para ver se consegue me ter novamente. Já que eu descobri todas as mentiras e traições dela. – Digo rápido.
Ela olha para baixo pensando em como proceder com toda aquela novidade, afinal mal tínhamos começado a nós relacionar e Hanna veio com essa bomba estragando tudo como sempre.
—Por favor Luna acredita em mim! Olha eu sei bem quem é a Hanna e do que ela é capaz. – Digo sincero.
—Eu vou confiar. Mais só acredito se ela trazer um teste comprovando que não está grávida! – Ela diz rápido.
—Certo. Eu vou te provar e mesmo que ela esteja grávida o filho é de qualquer um menos meu! – Sorrio.
Ela me olha confusa sem entender o que eu quis dizer com aquilo é beberica seu café ainda me olhando. Eu aperto a mão dela sobre a mesa e sorrio para ela.