Será? escrita por Brubs Romualdo


Capítulo 35
Arquitetando o plano


Notas iniciais do capítulo

Hey, temos aqui o capítulo do fim de semana!

Obrigada a todos que estão acompanhando e um obrigada maior ainda para quem está gostando!

Divirta-se com mais esse...



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***

Assim que Daniel saiu do meu quarto fui procurar uma roupa. Vesti um short de corrida e uma regata soltinha. Peguei o meu celular, a chave do quarto e fui para a academia do hotel encontrar Diego.

Meu celular tocou assim que entrei no elevador.

— Bom dia! – Falei.

Apertei o botão para o terraço.

— Bom dia! – Respondeu Eduardo com voz de sono.

— Eu estou no elevador, se a ligação cortar é por causa disso. – Avisei.

— Ok. – Falou ele.

— Lembrou que eu existo? – Perguntei.

— Eu sempre lembro, foi até por isso que liguei, quero pedir-lhe desculpas por não ter ido visitá-la, apesar de não ter sido por minha causa. Até porque a culpa não é minha, foi você que disse que não queria me ver nem pintado de ouro. – Respondeu Eduardo.

— Você se recusou a me contar coisas importantes, mas mesmo eu dizendo não você deveria ter vindo. – Falei.

Eu ainda estava brava com Eduardo por ele não querer me contar sobre a caloura que ele estava secando a uns dias atrás. Minhas informantes disseram que ela é oferecida e ele não foi o único que pegou o número dela, então se eu tiver que ser condenada por ser uma boa amiga ele pode me condenar, mas nenhuma vaca vai fazer ele sofrer.

— Por favor, Betina! Você sabe que não é assim. – Falou Eduardo.

— Tudo bem, eu não quero brigar. Tu não veio, paciência, eu estou bem. – Falei me alterando um pouco.

— Olha, eu liguei para conversarmos de boa, mas se tu vai começar de palhaçada eu vou desligar. – Falou ele bravo.

— Eu já disse que não quero brigar, meu dia começou muito bem e é assim que quero terminar! – Falei.

O elevador parou no meu andar de destino e eu saí, parei encostada na parede ao lado da porta que se fechou.

— Estou ocupada, mais tarde nos falamos. – Falei.

— Ok, ainda te amo viu! – Falou Eduardo.

— Ok, eu também te amo. Por isso quero protegê-lo. – Falei.

— Não vamos começar com essa história de novo, eu nem estou falando com ela mais. – Falou ele.

— Ótima notícia! – Falei em tom de comemoração.

— Tchau sua chata. – Despediu-se.

— Tchau chato! – Falei e desliguei.

Coloquei o celular no bolso e fui em direção à academia. Passei pela piscina com algumas pessoas por lá, entrei novamente no prédio e virei a esquerda, passei pelo salão de beleza, a sauna e por fim cheguei na academia em um salão enorme.

Olhei em volta e reparei ter menos de 15 pessoas no cômodo.

— Betina! – Gritou Diego acenando do canto da sala.

Diego estava de calção, blusa regata e tênis correndo na esteira com vista para a rua.

— Bom dia! – Falei ao me aproximar.

— Boa tarde, né minha linda?! – Falou ele sem parar de correr.

— Nossa, quantos metros devem ser até lá embaixo? – Perguntei olhando pela parede de vidro perto da esteira.

— Muitos! Aproveita que essa esteira está vazia e vem correr, você terá que vestir impecavelmente um vestido de festa que deverá ser curto e sinuoso. – Falou Diego apontando para a esteira ao seu lado.

— Está me chamando de gorda? – Perguntei no impulso.

— Não, claro que não! Para de ser boba, mas é sempre bom... Ainda mais quando... – Respondeu Diego se enrolando para falar.

Ri dele.

— Não precisa se explicar, eu estava brincando! – Falei.

— Aff! – Resmungou Diego e aumentou a velocidade da corrida.

Subi na esteira ao seu lado e ajustei a configuração. Comecei a caminhar calmamente ao seu lado.

— Então, o que quer? Por que o desespero de várias ligações perdidas? E que história é essa de vestido de festa sinuoso?  – Perguntei.

— Eu tenho uma ótima notícia, na verdade depende do seu ponto de vista. – Falou Diego diminuindo a velocidade para me acompanhar.

— Diga logo então! – Falei ansiosa.

— Eu estava conversando com o Pedro e descobri que o irmão dele trabalha na nossa boate. – Falou Diego olhando-me para saber se eu tinha entendido. – Consegui fazer com que Pedro falasse com ele para nos arranjar convites para aquele evento que vai ter. Bom, conseguimos! – Falou ele alegre.

— Uhuuul! Para um T.I. você manda muito bem! – Falei brincando.

— Mas não é só isso, temos uma entrada para o dia de hoje. Vai ser uma comemoração particular, mas já dá para reconhecer o território. Porém, só você poderá ir. – Falou Di.

— Sozinha? – Perguntei pensativa.

— Sim, eles não aceitam homens sem estar na lista de VIPs para a segunda-feira. Eu demorei para conseguir esse passe para hoje, então seria muito bom se você aceitasse. Eu estarei do lado de fora para o que precisar. – Falou Diego.

— Tudo bem, vamos lá! – Falei aumentando a velocidade da esteira. –Avisamos Roberta e Gustavo? – Perguntei.

— Acho melhor ir só nós dois mesmo. Para não ficar muito na cara né?! Tem aquele segurança que não foi com a nossa cara. – Respondeu ele.

— Verdade! Você acha que seria melhor eu ir disfarçada? – Perguntei.

— É uma boa! – Respondeu Diego.

***

Após duas horas de academia e muito bate-papo, resolvi ir comprar um vestido novo para a noite, já que havia deixado o vestido ideal em casa quando fazia as malas.

— Nunca mais a vi. – Disse Rai pelo telefone.

— Isso é bom, ele me ligou hoje mais cedo. Quase brigamos! – Falei sobre Eduardo.

Estava em uma loja de roupas na Oscar Freire.

— Vou numa festa hoje à noite, mas não estou achando nada legal. É meio que à fantasia e queria me vestir de prostituta. – Falei para Raissa.

Não era totalmente mentira já que para mim seria festa à fantasia e eu iria igual uma prostituta.

— Tua cara essa fantasia. – Zombou Rai.

— Não vou levar para o lado pessoal! – Falei.

— Por que você vai em uma festa em plena segunda? – Perguntou ela.

— Porque eu fui convidada! É trabalho... – Falei.

— Está se prostituindo agora? – Perguntou Rai.

— Para de ser louca. – Falei. – Enfim, eu estou dentro de uma loja naquela rua que adoramos, porém tudo é o olho da cara. – Completei.

— Você não vai achar nada vulgar aí! – Alertou Raissa para algo que eu já estava percebendo.

— Aonde vou então? – Perguntei.

— Talvez no Braz, acho que lá deve ter coisas que se encaixam mais à sua fantasia. – Respondeu ela.

— Ok, depois dessa vou até levar um presente! – Falei.

— O quê? – Perguntou ela.

— Surpresa! Mas sei que você vai adorar. Será que o 36 fica bom em você? – Perguntei.

— AÍ MEU DEUS! Não sei, mas qualquer coisa levo na costureira. – Falou Rai.

— Moça, tem 36 desse? – Perguntei para a vendedora.

Rai espera na linha ansiosa.

— Tem sim! – Respondeu a vendedora.

— Vou levar o rosa claro, pode embrulhar para presente! – Falei.

— EU NÃO ACREDITO QUE TU VAI MESMO COMPRAR UM PRESENTE! – Gritou Raissa.

— Sim, eu vou! Agora só preciso achar um para a Clari. – Falei.

— Qual a loja? – Perguntou Rai.

— Não vou falar, quando eu chegar aí tu vai ver. Agora vou desligar que eu preciso urgentemente comprar minha fantasia! – Falei.

— Ok, boas compras. Até depois. – Falou Rai.

— Até, beijos! – Despedi-me e desliguei.

— Aqui está senhorita! – Falou a vendedora.

Paguei o vestido e já estava de saída quando resolvi perguntar sobre uma loja com roupas mais curtas para a vendedora.

— Você já deve ter percebido que eu não sou daqui, né?! Mais tarde vou numa festa à fantasia e gostaria de me vestir de prostituta. O tema à fantasia é “incomum”, por isso minha escolha. – Expliquei para não assustar a vendedora. – Sabe onde eu encontro lojas com esse tipo de roupa? – Perguntei.

— Depende do tipo de prostituta que quer ser! – Disse a vendedora.

— Tem tipo? – Perguntei.

— Tem o mais granfino, que a senhorita pode encontrar roupas por aqui mesmo e tem as mais jogadas que se encontram roupas bem baratas no Braz. – Respondeu a vendedora.

— Você poderia me mostrar quais são os vestidos que eu posso encontrar aqui? – Perguntei.

— Claro, 5 minutos e eu separo os melhores para a senhorita. – Respondeu ela.

— Obrigada! Ah, e pode me chamar de você. – Falei.

Fiquei aguardando a vendedora no fundo da loja perto dos provadores, em menos de 3 minutos ela apareceu com 4 modelos de vestido curto e sinuoso.

— Gosta de que cor? – Perguntou ela.

— Preto! – Respondi.

— Então acertei. – Falou ela me entregando os vestidos.

Peguei e fui experimentar.

***


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Notas finais do capítulo

Teremos capítulo semana que vem siiiii! Ainda não sei a data, mas vai ter sim.

Digam o que estão achando, é sempre bom ter alguém que interaja.

Beijos, até mais!



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