As Férias dos Volturi escrita por 57AliceCullen57, lepis


Capítulo 4
Baile "Faunk"


Notas iniciais do capítulo

E aí, gostaram? Ralei muito, hein?



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Fogo. Fogo e membros espalhados pelo chão. De Caius. Essas foram as primeiras coisas que eu pensei assim que vi o que vi. Isso porque “o que vi” não foi nem um pouco legal. Porque, bem, ou o senhor que havia dado aquele baile tinha poucos miolos na cabeça, ou não tinha nenhum. Não que eu queira desrespeitar ninguém, nem nada. Na verdade eu, como o homem respeitável que sou, nunca tive a intenção de desrespeitar ninguém. Desmembrar, sim, mas nunca desrespeitar.

E lá estávamos nós, vestidos cuidadosa e formalmente, esperando sermos o “grande impacto” da festa, e nos deparamos com... Bem, com um bando de doidos com roupas estranhas. Estranhas mesmo.

 - Irmão. – Falei a Caius, petrificado.

 - Sim, Aro? – Ele parecia tão chocado quanto eu. Porém, parecia estar tendo muito mais sucesso em esconder isso do que eu. Afinal, ele era o culpado de tudo isso, não era?

 - O-o que você fez? –Respondi, colocando uma leve ênfase no “você”.

Ele não respondeu, pois claramente também não sabia. Quero dizer, o que tinha feito. E também porque, logo após isso, uma mulher literalmente roubou meu irmão de mim. Roubou mesmo. Sem nem ao menos esperar que ela a convidasse para dançar, formalmente, ou algo do tipo. E vou admitir. Eu fiquei extremamente indignado. Quero dizer, ninguém rouba meus irmãos de mim. Pelo menos não desse jeito.

Mas eu nem tiver a chance de fazer nada. Porque, logo depois, uma “delas” me puxou para a pista de dança, sem mais nem menos. E com “elas” eu me refiro àquelas vagabas que dançavam como loucas. Onde já se viu, uma dança onde você fica descendo e subindo sem parar. Eu vou lhe falar, isso deve cansar. Devia ser por isso que “elas” eram tão magras assim. Bom, pelo menos algumas. Na verdade, havia todos os tipos de gente lá. Como vampiros, pensei.

 - E então? De onde você é? Porque “sê” não parece ser daqui... – Ela falou.

 - Não, não sou daqui, vim de Volterra – Eu disse com orgulho.

 - De onde?!

 - Vol-ter-ra – Falei, como se estivesse ensinando um bebê a falar.

 - Caraca, nunca ouvi falar...

Fiz um beicinho e virei a cara, com todo o meu orgulho pisoteado.

Ela riu e me puxou para um canto, por entre todas aquelas pessoas que dançavam alucinadamente. Era incrível como aquele tal de baile “Faunk” era popular.

 - “Colé” o teu nome? – Ela disse

 - Desculpe, o que disse? – Perguntei, já que esse “canto” para onde ela me puxou ficava bem embaixo de uma das muitas caixas de som, que tocavam uma música cheia de baixarias. Pelo visto era essa aquela tal de música “Faunk”.

 - Eu perguntei o teu nome! – Ela falou, um pouco mais alto.

 - O que, senhorita? – Perguntei, com o máximo de educação.

 - O teu nome P****! – Ela berrou. Porém ninguém notou o palavrão, já que todos pareciam estar bêbados.

 -OMG! – Ela riu com o uso da sigla – Não acredito que você disse isso! Eu estou tremendamente ofendido! Nunca espere um convite formal para se hospedar no palácio real de Volterra!

 - OMG?! – Ela falou, pronunciando errado. E rindo. Eu não podia acreditar que estava numa situação daquelas.

 - Sim, “OMG”, qual é o problema?

 - O “probema” é que falar “OMG” é coisa de bicha, cara.

 - Eu não ligo! E eu não sou bicha, ok? Eu tenho bons modos, diferentemente de você. – Eu estava prestes a chorar. Porém eu não podia. Então eu me virei e vi Caius falando sobre as motos Harley Davidson que havia comprado de um viajante vestido de galinha que encontrara em Tokyo. E Marcus estava contando uma piada sobre um dragão com um pato na cabeça, um ogro e um lindo flamingo que estavam num curso de malabarismo. Fiquei extremamante decepcionado. Quero dizer, eles mesmos sabiam que não podiam ficar bêbados. Então por que agiam assim?

 - Então eu falei pra galinh... Quero dizer, pro viajante: Mas, cara, como é que o Porsche pode ser amarelo se não existe matemática? E sabem o que ele me respondeu? – Falou Caius, com uma voz de estourar os tímpanos. Notei que agora Marcus estava rindo de sua própria piada, junto com a rodinha que tinha se formado em volta dele. – Ele me disse que não era culpa dele que a queda do comunismo tivesse desencadeado o estouro da boiada em 1565.

Eu me cansei daquilo. Queria ir embora daquele lugar o mais cedo possível. Eu fui até onde os meus irmãos estavam, coloquei uma mão sobre um ombro de Caius e a outra mão sobre o de Marcus.

 - Irmãos. Vamos embora. – Falei, empinando o nariz.

 - Por que, Aro? – Os dois falaram em coro.

 - Por que eu já me cansei desse lugar. Venham comigo, ou eu irei sozinho.

 - Tudo bem, irmão. Não precisa se estressar.

Eles se levantaram e foram chamar a nossa guarda. Eu ia me virar para ir saindo na frente deles. Realmente estava de saco cheio. E os meus lábios já estavam até cansados, de tanto fazer biquinho. Porém, não pude passar pela porta. Porque, me bloqueando, estavam nada mais, nada menos do que dois monstros. Porém um não saí correndo de perto deles, pois aprendi a não ter medo de monstros após meus primeiros 1000 anos como vampiro.

 - Aí mano, foi tu que chamou aqueles caras pra irem embora? – Um deles falou com uma voz grossa. Não fiquei impressionado com a atuação. Não desta vez. Tinha aprendido a não confiar na atuação dos cariocas. Às vezes era real demais.

 - Sim, senhores. – Falei, cordialmente.

 - Cara, tu num devia ter feito isso... - Eles disseram, não tão cordialmente assim. Hum, parecia que estavam gostando das histórias deles...

 - Por que, senhores?

 - Por causa disso.

E ele deu um soco no meu nariz.

Não sei o que esperavam, se era sangue para todo lado, um barulho de ossos se quebrando, um grito, ou algo do tipo. Mas tudo o que tiveram foi:

 - Meus caros, pelo menos em Volterra, isso não é considerado muito educado... - Falei, pensando que teria de retocaar o meu pó-de-arroz. Os malditos haviam deixado uma marca de punho no meu belo nariz. – Assim como não será nada educado o que eu irei fazer com vocês. Mas, não se preocupem, eu garanto-lhes que será para o Bem Maior. – Ainda bem que ninguém além dos outros Volturi estavam olhando. Todos os outros continuavam bêbados demais para prestar atenção. Eu puxei os dois para fora da boate. Da boate, e não do Salão de Bailes, notei. Enfim, depois de sairmos da boate, eu os levei para um canto. Depois fiz um belo discurso e os obriguei a dizerem o quanto eu sou maravilhoso. Depois eu os fiz jurarem que estavam arrependidos do que tinham tentado fazer comigo e, enfim, saciei minha sede. Até que foi bom.

Então eu voltei para dentro e vi, novamente, meus irmãos e minha guarda, desta vez conversando em silêncio. Provavelmente sobre mim. Como eles ousavam? Falar de mim às escondidas?  Indignado, ergui o queixo e fui embora. Afinal, quem precisava deles?


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Notas finais do capítulo

Só uma coisitcha... EU não tenho nada contra os que falam OMG, e não acho q é coisa de bicha nem nada... Eu mesma falo OMG toda hora. Então, por hoje é só, pessoal! *faz cara do porquinho da Warner Bros*