I Will Always Be With You escrita por ana way


Capítulo 20
Capítulo 20 (ultimo capitulo)


Notas iniciais do capítulo

Esse é o ultimo capitulo. Tem o epilogo ainda. Se vocês comentarem eu posto o eílogo logo.



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- Você esta preparado para isso Gee? –ele perguntou, segurando a minha mão.
- Isso o que? –franzi o cenho, sem entender direito o que ele queria dizer com aquilo.
- Para o fato de que eu posso morrer a qualquer momento.

Senti meu estomago afundar ao pensar na possibilidade daquilo acontecer. Frank virou o rosto, fazendo com que eu não conseguisse o ver. Quase que imediatamente virei seu rosto delicadamente com uma de minhas mãos, fazendo-o olhar para mim.

- Shi, isso não vai acontecer, nem pense nisso. Você acha que eu perderia o meu Frankie boneca assim? –eu disse, e ele sorriu para mim. Pude ver uma ponta de esperança nascer em seus olhos.
- Mas... Mas se isso acontecer, você vai ficar comigo até o fim, não é?
- Não vai acontecer. Mas você pode ter certeza de que eu vou ficar com você até essa doença até o fim. Ou você achou que fosse se livrar de mim tão facilmente?

Ele riu, provavelmente da cara de bobo que eu olhei para ele.

- Como vai a sua tatuagem, Frankie? Sua mãe viu? –sentei-me na cama, ao seu lado.
- Ela vai bem, tirei o curativo há alguns dias. Minha mãe gostou, eu disse que você tinha me dado de presente. –ele se virou, fazendo com que eu pudesse vê-la. A acariciei de leve.
- Eu estou pensando em fazer uma.
- Mais você não morre de medo de agulhas?
- Morro. Mas não tem problema, faria por você Frankie, sinta-se honrado por isso. –sorri, e logo depois pisquei para ele.

************** ***************** ****************

Três meses se passaram dês de que eu fiquei sabendo sobre a sua doença. Passava todo o tempo ao seu lado, deixando de ir para a escola, sair com meus outros amigos. Alguns deles brigaram comigo por isso, por eu tê-los trocado. Era isso que eles diziam. Que eu havia trocado a amizade deles por Frank.
O que foi muito egoísmo da parte deles. Era mais do que compreensível o tempo que eu passava com Frank.
Contei para os meus pais sobre nós sermos gays. Minha mãe entrou quase em estado de choque e por incrível que pareça, meu pai aceitou logo quando eu disse. Ele dizia que o que ele mais queria era me ver feliz. Às vezes me lembrava que Frank poderia morrer, e que eu iria sofrer. Toda vez que ele dizia isso, meu estomago embrulhava, pensando que aquilo realmente era verdade.

Um mês depois de ser internado, Frank começou a quimioterapia. Foi bem triste no começo, ter que vê-lo perder seu cabelo, vomitar, tremer, chorar depois de toda sessão. Mas com o tempo eu fui me acostumando. Acostumando-me não, comecei, a saber, como lidar com a situação. Ele dizia que me amava por ficar ao seu lado todo o tempo.
Dois meses depois, o médico lhe disse que ele poderia receber o tratamento em casa. E isso foi um sinal de que ele estava melhorando. O médico sempre dizia:

- Não podemos comemorar. Ele só vai se curar se receber um transplante. Achar uma medula compatível é quase impossível. Sua mãe já fez o teste, e infelizmente sua medula não era igual à de Frank. –ele dizia toda vez que Frank dava algum sinal de melhora.

Então ele foi para a sua casa onde eu passava à tarde com ele. Conversávamos muito, riamos nos divertíamos. Às vezes eu acabava dormindo lá, junto com ele, na mesma cama.

- Eu quero te perguntar uma coisa Frankie. –estávamos deitados, um de frente para o outro, acariciava seu quadril por baixo de sua camisa. Frank fechou seus olhos, parecendo gostar do carinho.
- Pode perguntar Gee. –ele disse. Seus olhos ainda fechados, um leve sorriso em seu rosto.
- Sabe aquela sua lista de sonhos? – ele assentiu com a cabeça. – Então, qual era o primeiro?

Ele abriu os olhos, franzindo o cenho.

- Eu não me lembrava disso. Mas não é nada de importante. Acho que agora esse não é mais meu sonho numero um.
- Então eu quero saber qual era o primeiro e qual é agora.

Ele pensou um pouco, desviando olhar de mim. Acariciava levemente minhas bochechas com seus polegares. Então ele quebrou o silencio confortável entre agente.

- Antes meu sonho era casar na mesma igreja que meu pai e minha mãe se casaram. Mas acho que não deixariam ter um casamento gay em uma igreja. Agora o que eu queria mesmo era me curar sabe, pra poder ficar com você.

Senti meus olhos se encherem de lagrimas por um breve momento. Sorri para ele, e ele sorriu de volta. Aquele sorriso doce que eu conhecia tão bem.

- Eu dou um jeito de nós nos casarmos. Seria lindo. –ele riu de mim. Sabia que havia feito a maior cara de bobo.
- Bobo. Seria uma coisa quase impossível, mas não custa nada tentar.

Frank continuou fazendo o tratamento em casa por mais dois meses. Até que eu resolvi ir a tal igreja.
Conversei com o padre da igreja. Ele não gostou muito da historia, pelo que ele dizia era contra as leis da igreja e principalmente da bíblia. Mas acabou deixando quando eu fiz meu discurso completamente deprimente sobre Frank estar doente e esse ser seu ultimo desejo.
Foi lindo ver seus olhos brilhando quando contei a novidade. Nos casamos na semana seguinte. Uma cerimônia pequena. Só nossas famílias e alguns amigos.
Tudo aquilo foi tão perfeito.

Depois daquilo Frank piorou, e foi levado as pressas para o hospital. O médico disse que ele precisava de um transplanta urgentemente, ou acabaria morrendo.
Eu entrei em desespero, nenhuma das pessoas que fizeram o exame era compatível.
Como o prometido, fiz uma tatuagem para ele, no meu peito. Escrevi “Hope” [esperança], e sim, superei meu medo de agulhas.
Frank apenas sorriu ao vê-la. De acordo com o médico, ele não podia se cansar, então tive que passar alguns dias longe dele.
E de novo ele melhorou. Pedimos então para o medico se poderíamos passar o verão longe de tudo aquilo, ele nos informou que se ele ficasse longe do hospital, poderia morrer.
Claro que eu não concordei com isso, mas Frank apelou pra mim dizendo que aquilo seria a ultima coisa que faria em sua vida e que depois morreria feliz.

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