I Will Always Be With You escrita por ana way


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Tipo gente... Eu demorei pra escreve o capitulo, desculpa. E pra escreve o otro eu preciso de motivação. Motivação=reviews. Então se vocês mandarem um monte de reviews eu posto rapidinho o/. Anyway, brigada pessoas lindas que comentaram no otro capitulo. Brigada mesmo. Espero que gostem desse ;D



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Frank deitou-se de lado, me encarando de pé. As roupas secas estavam em cima de uma cadeira perto do armário, fui até elas. É, creio que a velha se enganou as roupas eram pequenas demais para mim, e do tamanho certo de Frank.

- Você reparou que as roupas são do meu tamanho Gee? Acho que elas vão ficar pequenas demais para você. –ele disse, rindo do meu constrangimento.
- É...eu percebi.
- Mais não se envergonhe essas roupas não farão diferença para você, porque você sempre usa aquelas roupas extremamente apertadas, sabe, eu acho que você gosta de chamar atenção. Porque, se você pensar, aquelas calças são tão apertadas que não tem como não reparar e você, entende?
- É bom saber que você já tinha reparado na minha bunda antes, eu sei, ela é irresistível.
- E você é convencido.
- Mais admita, ela é mesmo.
- Okay, ela é um tanto...é...bem...ela é bem bonita sim. –ele disse, sem graça.
- Frankie boneca, você esta se revelando, você era tão...tímido. Agora eu descobri que você é um pervertido assim como eu, talvez mais. Só que os seus desejos estão todos reprimidos, talvez eu devesse te ajudar com isso sabe? Quem sabe assim você se liberta, ai vai transparecer o Frankie safado, pervertido, e outras coisas que serão descobertas depois, mais em uma hora mais intima, você entende o que eu quero dizer, não? –saibam que todas as brincadeiras têm um fundo de verdade e seriedade. Claro que eu estava apenas brincando com ele, não que eu não quisesse que aquilo acontecesse, na verdade eu queria, mais sabia que não iria acontecer, pelo menos não naquela noite.
- Não Gee amor, nós não vamos fazer sexo essa noite, então mantenha a parte entre os seus joelhos bem quietinha. De qualquer jeito, você esta com vergonha de se trocar na minha frente, que bonitinho, o menino todo extrovertido e pervertido esta com vergonha de mim. –ele riu, me fazendo corar, e encarar mais uma vez as roupas que eu ainda estava segurando.
- Eu não estou com vergonha, até parece que eu ia ficar com vergonha de me trocar na sua frente.

Não, eu não estava com vergonha, apenas um tanto sem graça, convenhamos que seja estranho se trocar na frente de um desconhecido. Não que Frank fosse um desconhecido, apenas, a.. Diferente.
Tanto faz. Então eu tirei a minha roupa mais rápido que o necessário, e ele riu. Eu me virei pra ele.

- Pare Frankie.
- Você esta vermelho, uma graça sabia?
- A, cala a boca...

Ele continuou rindo. É... Realmente ele não era um pervertido com desejos reprimidos que eu pensava que ele fosse. Enquanto eu punha minha roupa, ele me olhou algumas vezes, e quando eu olhava pra ele, desviava o olhar tentando disfarçar.
Acho que o problemático ali era eu, por ficar excitado de ver um homem apenas se trocando na minha frente.

- Acho que você adorou ver a minha tão desejada bunda nua por alguns segundos, não? –eu disse, deitando ao seu lado.
- Claro você não sabe o quanto eu esperei pra isso. Sabe, quando eu não conhecia você, eu tinha desejos pecaminosos com a sua bunda, não só com ela. –ele riu. Sim, eu sabia que ele estava sendo irônico.
- Que horror Frankie, isso parece nome de filme pornô. “Desejos pecaminosos?” Às vezes você me assusta.

Nós ficamos mais algum tempo conversando coisas inúteis como aquelas. Mais aquilo era realmente divertido.
Era uma noite bem fria, podíamos ver a chuva fina que caia pela janela. Frank estava deitado na minha frente, e quando as risadas cessaram, ficamos ambos nos encarando sérios. Nossos cotovelos estavam apoiados sobre a cama, Frank brincava com meus dedos.
Por alguns minutos seus olhos se desviaram dos meus, encarando nossas mãos juntas. Ele sorriu, e logo depois olhou pra mim.

- Suas mãos são extremamente lindas e grandes, sabia? –ele disse, ainda sorrindo. Incrível como ele parecia ainda mais uma criança sorrindo.
- Creio que esse é o elogio mais estranho que eu já recebi, mais mesmo assim, obrigado.

Frank voltou a encarar minha mão, e sorria às vezes, talvez lembrando de seu comentário completamente estranho sobre minhas mãos.
Então ele parou subitamente de encará-las, e lançou um olhar triste e vazio para algum lugar indeterminado do quarto, logo depois, olhou pra mim, com aquele mesmo olhar.

- Gee, eu preciso te contar uma coisa. –ele disse, voltando a me encarar com aquele mesmo olhar.

É eu esperei por muito tempo para saber do tão guardado segredo de Frank, mais o que eu não sabia era que aquilo me assustava tanto, eu queria muito saber o que ele escondia mais aquilo me dava medo, medo de que fosse algo grave, envolvendo ele. Qualquer coisa que prejudicasse ele agora me prejudicaria também.
Se eu pareço algo como uma bichinha apaixonada? Eu sou basicamente isso.
Eu fiquei mais descontrolado e preocupado que o esperado sentia meu coração acelerar, e Frank percebeu isso, aumentando assim sua tristeza no olhar.
Então ele olhou mais uma vez pra mim, depois tentou olhar pra qualquer coisa que ao fosse eu e finalmente sua boca se abriu, e começou a gesticular palavras baixas e talvez até incoerentes.

- Frank, por favor, eu não consigo te ouvir, acaba com isso logo. –eu disse, quebrando o silencio que agora não era mais confortante como antes.
- Eu... Eu tenho... Uma... Uma coisa...
- Ta, me diga o que essa coisa seria.  

Okay, aquilo era agonizante, o fato dele não acabar com aquilo me deixava mais nervoso do que a situação obrigava.
Ele continuava segurando minha mão, tão forte que já começava a doer, e eu o sentia esfriar, o sentia ficar frio de novo, é... Aquilo realmente me preocupava. 
E você quer saber se ele falou o que era ou não? Claro que ele enrolou mais alguns minutos, e que para o meu ponto de vista pareciam mais que meros minutos, incrível como o tempo passa devagar quando estamos em situações como essas, não?
Não, ele não falou. Por quê? Porque a tão adorável velha bateu na porta pergunta se queríamos comer a tal sopa que ela havia acabado de preparar. Devo admitir que eu estava morrendo de fome, mais naquele momento eu não estava realmente me preocupando com o ronco alto do meu estomago, e sim com o maldito segredo de Frank.

Não sei por que eu sentia que aquilo era algo ruim, muito ruim. E eu na verdade eu não queria saber o que era. Sim, eu era egoísta demais ou covarde demais para saber o que ele queria dizer. E se fosse algo sério? Que envolvesse a saúde dele ou alguma coisa que pusesse ele em perigo?
Claro que eu não estou dizendo que eu sou imaturo demais para enfrentar meus problemas, talvez inseguro demais, e só.
Mais isso não vem ao caso.

Frank se levantou ao ver à velha entrar no quarto e encarar nossas mãos ainda juntas, ele a soltou, e eu a massageei tentando faze-la parar de arder por causa das unhas que Frank havia enfiado em minha mão.
Ele sussurrou baixinho algo como “Depois nós conversamos.” E deixou o quarto acompanhado daquela tão adorável porem irritante velha, me deixando olhando para a parede com raiva.
Se ele estava enrolando para me falar? Sim. E aquilo me irritava mais que profundamente.

Depois de alguns minutos refletindo sobre a vida, ainda encarando a parede branca e cheia de rachaduras, decidi me levantar e ir para a cozinha, onde Frank estava sentado na mesa localizada no centro do cômodo, e a velha servia sopa para ele. Ela conversava alegremente com ele, e Frank agia como se nada houvesse acontecido.
Parei por alguns instantes na porta, olhei para ele, e ele fingiu que não viu, me aproximei da mesa e me sentei.

- Então querido, você esta com fome? –ele perguntou, virando-se pra mim logo depois de servir a sopa pra ele.
- Sim. –eu respondi completamente seco.

Ela serviu sopa para mim também, eu comecei a comer. É... Aquilo era bom, realmente bom.
Ouvia-se apenas o barulho dos talheres batendo nos pratos. Frank sorriu pra mim, e eu não retribui, o fazendo ficar sem graça.
Terminei de comer, agradeci a mulher, e fui para o quarto, evitando assim qualquer conversa completamente embaraçosa com a nova vovó de Frank.

Abri a porta, e me deitei na cama, completamente estressado com os acontecimentos anteriores, fechei meus olhos, e cai no sono.
Fui acordado um pouco depois pelo leve toque de uma mão estranhamente quente em meu rosto, abri meus olhos devagar, tentando enxergar melhor, a luz me atrapalhava, fazendo assim com que eu enxergasse um borrão de Frank me encarando.
Depois de alguns abrindo e fechando meus olhos, consigo ver seu rosto e seu largo sorriso nitidamente, o sorriso era provavelmente por causa das minhas caras patéticas com a intenção de enxergar melhor.
Ele se aproximou para um beijo, bem rápido, não ouve toque de línguas nem nada, apenas um selinho.

- Desculpa por não ter contado antes. –ele disse sua voz completamente doce e calma.
- Não tem problema, afinal, você pode me contar agora, não?

Ele respirou fundo, e sorriu de novo.

- Claro.

Ele acariciou minha bochecha com o polegar e continuou. E lá veio de novo a sensação de medo.

- Você sabia que eu tive, bem, um pequeno caso por assim dizer com seu irmão? –ele disse, fechando levemente seus olhos provavelmente com medo da minha reação.
- Bem, eu meio que sabia, quer dizer, eu supus isso.
- Como assim você supôs?
- Porque um dia desses, eu como sempre estava me gabando com Mikey por ser o melhor, e ele disse que você era melhor que eu. –eu disse. Claro que eu não iria contar a pequena e insignificante historia do dia que eu beijei meu irmão. Sim, meu passado me condena, mais não foi nada que eu me arrependa agora.
- Ele disse que eu sou melhor que você? Disse meu nome e tudo?
- Não, ele disse uma parte de seu nome, mais eu não deixei ele terminar por ciúmes.
- De mim ou dele? –ele riu aquilo era irônico da parte dele, mais para mim fazia realmente sentido, sendo que eu havia ficado com o meu irmão. Uma situação que não era normal para algumas pessoas. Devo dizer para todas as pessoas, mais para mim soava tão normal que chegava a me assustar.
- Eu não sei talvez de você ou dele, porque naquela época eu ainda não estava com você, claro que eu já estava tentando ficar com você, mais não era nada que fosse possível. –eu respondi, eu não sabia se eu tinha ciúmes dele ou de Mikey. –Mais o que eu não entendo, é como eu pudi não perceber que ele estava com você, ele não me disse nada.
- Nós achamos melhor manter aquilo em segredo, sabe a “reputação” do seu grupo não podia ser destruída por mim, quer dizer, por um homem. E você não percebeu que eu estava com ele porque você estava muito preocupado em vadiar pela escola, ficando com garotas qualquer. Não me admiraria se ficasse sabendo que você beijou metade daquela escola. –ele disse, levemente desapontado. E eu não sabia se aquilo era por eu ser uma puta, ou por não estar mais com meu irmão.
- Eu mudei, eu não sou mais daquele jeito. Saiba que eu trocaria todas aquelas meninas por você.

Okay, aquilo escapou sabe? Saiu da minha boca, eu não fiz o menor esforço para dizer aquilo e muito menos pensei antes de dizer, e minutos depois estava arrependido por aquilo.
Frank corou violentamente.

- Me diga o que você sente por mim. –ele disse, e meu coração acelerou como antes.
- Nada? –ele sabia que eu estava mentindo.
- Me diga o que você sente Gerard. –ele aumentava seu tom de voz.
- Não sei Frank, não sei. –eu aumentava junto com ele.
- Me diga agora! –sim, ele estava gritando, sua súbita mudança de humor me deixou confuso. –Diga isso não dói nada, apenas diga, eu preciso saber. –ele continuou ainda falando alto e segurando meu rosto me fazendo olhar fixamente para ele
- Eu... Eu... Te amo.

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