I Will Always Be With You escrita por ana way


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu sei que eu demoreimais eh que eu tive que faze o capitulo intero, geralmente eu ja tenho ele pronto pra postaeu vo psota soh com bastante comentarios okay?minhas leitoras lindas =DQualquer semelhraça com algo naum eh mera coincidendia =D



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O tempo da aula passou, eu fiquei aproximadamente uma hora e meia lá. Sim, eu passei todo esse tempo dentro do banheiro, sentado em uma privada, encarando a porta da cabine fechada. Algumas pessoas entravam e saiam, eu apenas ouvia o barulho da descarga, da torneira se abrindo e da pessoa saindo do banheiro me deixando sozinho novamente.
Aquele sinal ensurdecedor tocou, me deixando levemente desapontado por ter que sair de lá e ir direto para uma aula de inglês completamente intediante. Se eu sou americano, obviamente falo inglês, pra que ter aula de inglês? Claro, aprendendo a ler e escrever ta ótimo, nada alem disso seria necessário.
Afastei meus pensamentos completamente inúteis, e me foquei em sair do banheiro, e tentar não dormir na aula.
O corredor ainda estava cheio alunos correndo para tentar entrar em suas salas, percebi que teria que fazer o mesmo. Entrei na sala, a professora já estava lá, eu ainda ofegando por causa da corrida.

- Você esta atrasado Sr. Way. –ela disse, olhando por cima de algum tipo de caderno, provavelmente sua lista de chamadas.
- Desculpe...eu...eu estava no banheiro. –eu disse, pausadamente por causa da respiração pesada.
- O que você fez no banheiro tanto tempo? –ela disse, creio que um tanto maliciosamente para uma professora. Impressão minha ou essa pergunta foi REALMENTE insinuante?
- Você quer que eu responda? –soou mais insinuante que a pergunta dela, me fazendo sentir que eu não deveria ter dito aquilo.
- O senhor esta insinuando algo ou é impressão?
- Não estou insinuando nada, apenas respondendo a sua pergunta, afinal, o que uma pessoa faz em um banheiro publico? De qualquer jeito, a senhora vai me deixar entrar? –ela me olhou, parecendo chocada, depois olhou em volta. Alguns alunos tentavam esconder suas risadas, ela corou violentamente.
- Vá para seu lugar. –ela disse, mais irritada que o normal.

Virei-me, encarando os alunos inquietos em suas carteiras. Sorri abertamente, alguns alunos sorriram de volta. Então eu sentei no meu lugar, no fundo da sala.

- Abram na pagina quarenta e oito. –a professora disse, o barulho de livros se abrindo preencheu a sala. Eu fiz o mesmo, abri meu caderno, e fiquei quieto por toda a aula.

Mais duas aulas se passaram depois dessa, eu já estava impaciente pensando em Frank...de novo.
Sai da sala, Frank guardava calmamente seu material dentro do armário, me aproximei. Encostei a cabeça em meu armário, e o encarei por alguns segundos, ele se virou pra mim, e abriu um largo porem tímido sorriso.
Beijei seu rosto levemente, demorou mais do que deveria, ele corou e eu me afastei rápido.

- E então, pra onde nós vamos? –ele perguntou, quebrando o embaraçoso silencio. Eu pensei por algum tempo, não sabia exatamente aonde iríamos.
- Bom, você vai ver...é um pouco longe daqui, já que agora eu não tenho mais carro e nós teremos que ir a pé.
- E por que você não tem mais carro?
- Digamos que eu era um garoto “mal” a algum tempo. –eu disse, fazendo aspas com os dedos. – E meu pai decidiu que para o bem da cidade seria melhor se eu não tivesse carro se é que você me entende. –eu continuei, ele sorriu.
- Quer dizer que você é um garoto mal? Minha mãe não gostaria de saber que eu estou saindo com um garoto desse tipo, eu já ouvi boatos sobre você. Você é famoso por aqui sabia? –ele disse tentando parecer serio.
- Sabia....e você percebeu que sempre os garotos ditos “certinhos” acabam se apaixonando pelos meninos “maus”?
- Quem disse que eu estou apaixonado por você?
- Você vai ficar Frankie boneca, espere só para ver.

Ele sorriu, abri meu armário, minhas mãos levemente tremulas. Sim, eu estava tremendo, por quê? Também não sei.
Guardei meus cadernos mais rápido que o necessário, o fazendo rir de mim.

- Não ria de mim Frankie. –eu disse, corando, pelo menos eu acho que corei.
- Você esta nervoso Gee, você esta nervoso por sair comigo, minha presença te deixa nervoso, você esta tremendo, e ainda não quer que eu não ria disso? –ele disse, ainda rindo de mim.
- E quem disse que é por causa da sua presença que eu estou nervoso? 
- Então me diga você, esta nervoso por quê?
- Ta bom, é por sua causa. –eu disse, abaixando a cabeça sem graça.

Agora quem corou foi ele, então antes que ele pudesse dizer alguma coisa, agarrei sua mão e comecei a andar em direção á saída da escola.
Uma boa parte do caminho nós ficamos em um silencio desconfortável, ouvia às vezes ele resmungar alguma coisa por causa da distancia que já havíamos andado.

- Nós vamos demorar pra chegar? –ele perguntou, quebrando o silencio por meros segundos.
- Não, já estamos chegando.

Ele repetiu a mesma pergunta por milhões de vezes nos minutos seguintes. Estávamos agora andando por ruas praticamente sem casas, desertas.
Estava escurecendo, e conseguíamos ver o sol baixo no horizonte.

- Gee, nós vamos sair da cidade ou algo assim?
- Basicamente. –eu respondi, ouvindo Frank resmungar mais algumas palavras inaudíveis. –Na verdade nós vamos até a outra cidade. –eu continuei.
- O que? Mais, já esta escurecendo, e depois nós teremos que caminhar tudo isso de novo, você quer me matar ou algo do tipo? –ele tentou parecer dramático.
- Quanto drama, a cidade é perto, você sabe. E a propósito, nós podemos dormir lá ou algo do tipo, não?
- Talvez. –ele disse, parecendo pensar...talvez ele estivesse pensando que eu fosse algum tipo de maníaco sexualmente ativo, mais não, eu não era e nem pensava nisso...ainda.


Depois disso nós não andamos muito, nem conversamos. Apenas nos olhamos as vezes.

- Chegamos. –eu disse, Frank olhou em volta. A estrada estava completamente escura. Não passava carro nenhum, o que era de se esperar, nós não estávamos realmente em um ponto conhecido do pais.
- Mais, nós estamos no meio do nada, alias, não tem nada de interessante aqui. Olhe em volta, apenas a mesma estrada sem carros, deserta e escura. Essa era a sua surpresa? –ele disse, começando a ficar levemente desesperado ao ver meu olhar maníaco.
- Calma Frankie, eu não sou um maníaco pervertido molestador de jovenzinhos indefesos e gostosos como você. –ele corou um pouco, nada que eu pudesse perceber muito por causa da escuridão, a estrada era apenas iluminada pela luz da lua, eu ri. –E sim, essa é a surpresa. Mais espere, vem comigo. –eu peguei sua mão de leve, sua mão fria, nada que eu já não estivesse acostumado, talvez qualquer dia eu perguntasse o porquê de ser tão gelado.

Fomos até mais ou menos o meio da estrada, ele ainda me olhava confuso.

- Agora poe sua perna direita desse lado, e a sua esquerda do outro. –eu disse, direcionando suas pernas levemente com as mãos. –Pronto agora você esta em dois lugares ao mesmo tempo... –ele sorriu ainda confuso.
- Como assim em dois lugares ao mesmo tempo?
- Nós andamos tudo isso, e chegamos à divisa das duas cidades, isso quer dizer que você esta em duas cidades ao mesmo tempo, não é demais? –ele sorria tão exageradamente agora, incrível como a luz da lua iluminava tão perfeitamente uma parte de seu rosto.
- Isso é....perfeito! –ele disse, vindo em minha direção, senti dois braços envolverem meu pescoço, automaticamente puis os meus em volta de sua frágil cintura. Ele beijou meu pescoço, deixando um pouco de sua quente saliva, depois de alguns segundos nos demos conta que estávamos no meio da estrada. Afastamos-nos, Frank entrelaçou seus dedos com os meus, suas mãos frias faziam com que eu ficasse com mais frio.

- E então, o que nós vamos fazer agora? Voltar para a cidade, ou ir para a outra? Creio que nós teremos que andar mais uns dez minutos até lá. –eu disse, estávamos parados, ele olhava atentamente a estrada, com esperança de que algum carro passasse e nos poupasse de andar mais.
- Vamos até a outra cidade, mais...como nós vamos dormir lá? Nós não temos dinheiro nem nada, como nós vamos dormir em um hotel ou algo do tipo?
- Eu trouxe dinheiro, digamos que eu estou juntando há algum tempo.
- Quer dizer que você vem planejando isso faz tempo? –ele perguntou mais feliz do que o normal, e nós recomeçamos a andar.
- A surpresa sim, mais o dinheiro na verdade eu venho juntando sabe, pra alguma ocasião especial, como hoje. –eu disse, ele segurou minha mão mais forte. Ouvimos um forte barulho, vindo do céu. Nós olhamos para cima, nuvens escuras se formavam, cobrindo totalmente as estrelas que ali estavam a algum tempo atrás.

- Não! –ele disse. –Não pode chover agora, não, não e não.

É, pode se dizer que o protesto de Frank não ajudou muito. Segundos depois estava caindo uma chuva forte, fazendo com que seu cabelo ficasse ainda mais caído sobre seu rosto, o cobrindo parcialmente.
Eu estava logo atrás dele, ele andava apressadamente, quase correndo na verdade, e eu ia um tanto quanto devagar, não me importava realmente com a chuva e nem com o resfriado.

- Eu não posso ficar mais doente. –ele disse, praticamente gritando, o barulho da chuva abafava o som de sua voz.
- Que? Mais doente? Como assim? –eu disse, correndo em sua direção, e ficando logo atrás dele.
- Nada, eu apenas não posso ficar doente...é que...bem...esses dias eu tava meio doente, eu não posso ficar mais doente do que eu estava antes, é isso. 

- Tem certeza? –agora nós não precisamos mais gritar um com o outro, estávamos próximos agora, olhava em seus olhos, que se fechavam as vezes tentando tirar a água que entravam em seus olhos.
- Tenho, esqueça isso. Eu só não gosto de ficar doente. –ele disse, me abraçando. Pude o sentir tremer de frio, nós estávamos praticamente congelando. Subitamente ele parou de tremer, senti seu corpo amolecer, ele encostou sua cabeça em meu ombro, e lá ficou, por mais alguns minutos.

Seus braços em volta da minha cintura, meus braços envolvendo seu pescoço. Então eu me afastei um pouco, o bastante para poder encarar se rosto. Afastei sua franja de seus olhos, pondo atrás de sua orelha. O beijei, línguas movendo-se juntas docemente e perfeitamente.

- Eu só quero que...que você confie em mim, pode ser? –eu disse, separando-nos do beijo. Minhas duas mãos em seu rosto, acariciando levemente suas bochechas frias e molhadas.
- Eu confio, confio demais.

Fiquei o olhando por bastante tempo, até decidirmos que seria melhor continuar andando antes que pegássemos uma pneumonia e morrêssemos.
Ele tremia, e eu também, podia ouvir seus dentes baterem de frio.

- Gee, eu...eu preciso muito chegar logo nesse hotel, se não eu vou morrer de hipotermia aqui mesmo e você vai se culpar para o resto de sua vida por ter me feito andar 15 quilômetros, de noite, em uma estrada deserta, chovendo, então é melhor você achar logo um jeito de nos esquentarmos.  –ele disse, agarrando-se em mim tentando se esquentar.

Olhei em volta, tentando achar algum lugar, qualquer lugar que pudéssemos nos proteger da chuva, então avistei de longe uma luz, uma casinha pequena.

- Achei! –eu disse.
- Achou o que?
- Um lugar para ficarmos
- Aonde?
- Ali. –apontei para o lugar, e sai correndo, segurando sua mão.

 

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