I Will Always Be With You escrita por ana way


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Capitulo grande? SIMMMMentão só com bastante reviews intendem? BASTANTEe sim, finalmente eles ficaram juntos ;D



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Mikey ficou me olhando descer as escadas, e depois quando já não conseguia me ver mais, fechou a porta do quarto.
Desci as escadas pensando em um lugar pra dormir. Resolvi que dormiria no sofá da sala, que era um tanto desconfortável.
Me deitei, e ajeitei as almofadas o mais confortável possível. Apaguei o abajur, fiquei me mexendo, procurando a melhor posição pra dormir no sofá. Acabei dormindo.
Ouvi um barulho, parecia que meus pais haviam chegado, eles chegaram juntos, então provavelmente eles estavam fazendo “coisas” bem divertidas.
Minha mãe passou pela sala, e me viu deitado no sofá.

- O que você ta fazendo ai Gerard?
- A, é que eu e o Mikey estávamos assistindo televisão, e eu acabei dormindo sabe...
- E por que você não vai pro seu quarto agora?
- A não, eu to com preguiça, vou ficar aqui mesmo.
- Bom, você que sabe, não sou eu que vou acordar toda dolorida. –ela beijou minha testa e me deu boa noite.

Dormi de novo.
Acordei com o sol me incomodando. Tentei o ignorar, mais parecia impossível. Me levantei e fechei as cortinas.
Mikey desceu as escadas, passou pela sala onde eu estava, e foi até a cozinha.
Sim, eu estava o ignorando, e seria assim por bastante tempo.

Passe a manha inteira sem fazer nada, apenas me esforçando pra ignorá-lo. Aquilo começou a ser ridículo, parecia que nós estávamos “jogando” ou algo do tipo.
Já passava das 15:00, e Frank não havia aparecido. Eu estava no meu quarto ouvindo musica. E Mikey estava na sala fazendo alguma coisa não muito interessante.
Ouvi a campainha tocar. Sim, meu coração começou a bater rápido, senti um aperto no estomago.
Sabe aquelas menininhas que são descontroladamente apaixonadas por um menino? Pois bem, eu to parecendo uma delas.
Mikey abriu a porta, e vi Frank logo atrás dele. Senti ciúmes. Sim, eu morria de ciúmes deles.
Frank sorriu ao me ver, o que era um tanto estranho, e lógico que eu sorri de volta. Mikey o “empurrou” pra dentro do quarto, e logo fechou a porta nos deixando sozinhos. Creio que o clima entre eles não estava muito bom.

- Eu pensei que você não fosse vir. –eu disse tirando os fones do ouvido.
- Eu não ia vim, mais ai eu lembrei que você estaria me esperando. –ele sorriu de novo, aquilo realmente não era normal. Ele parecia tão...feliz...
- Que bom que você veio, eu estava te esperando mesmo.
- É....então nós podemos começar a fazer o trabalho?
- A, claro.

Eu imediatamente me levantei da cama e tirei todas aquelas coisas inúteis de cima dela dando espaço pra ele sentar. Ele pegou sua mochila, e tirou alguns cadernos de lá. E nós começamos a fazer o trabalho.
Uma coisa não muito divertida, não?!
Nós ficamos mais ou menos duas horas fazendo aquele trabalho completamente chato e intediante.

- Frankie...
- Sim? –ele disse enquanto terminava de anotar alguma coisa em seu trabalho.
- Isso ta um tanto intediante, não?
 - E o que você quer fazer pra tornar isso mais divertido?

Eu fiquei em silencio por alguns segundos, tentando pensar em alguma coisa divertida para fazermos.
Me levantei, e o puxei pela mão. Ele se levantou e olhou assustado pra mim...

- Vem, eu quero te mostrar um lugar. –eu disse.
- Me solta. Onde nós vamos?
- Ei, calma, confia em mim pelo menos uma vez.

Ele sorriu sem graça. Passei pela sala, Mikey estava lá assistindo televisão, ao me ver saindo de mãos dadas com o Frank, me olhou serio.
Comecei a andar por aquelas ruas vazias, daquela cidade completamente parada e sem graça. Passei por uma praça, depois pela escola. Frank estava atrás de mim, ainda segurando minha mão.

 “O que ele tem hoje? Ele ta tão....’normal’.”

- Ge, me fala onde nós vamos vai, eu to curioso.
- Calma que nós já estamos chegando.

Ele resmungou alguma coisa que eu não pude ouvir. Eu não sabia exatamente onde estava o levando, só sabia que era um daqueles lugares que eu costumava ir pra ficar sozinho.
Chegamos em um lugar completamente deserto, digamos que era um lugar lindo. Calmo, havia um pequeno banco (daqueles de praça sabe?), e na frente, um grande lago. Sentei-me, e o puxei fazendo com que ele sentasse do meu lado.

- E então, gostou do lugar? –eu perguntei.
- Pelo visto você não é a pessoa sem alma que eu sempre imaginei.
- Que horror Frankie, eu sou tão ruim assim?
- Não, você é apenas...hum...como eu posso dizer...
- Já sei, eu sou irresistível demais, o que faz com que você sinta medo de se apaixonar loucamente por mim.

Ele riu.

- Você é convencido demais viu?!
- Mais admita, é verdade.

Ele ficou em silencio, não sei por que eu sempre o deixava sem graça.

- Você vem sempre nesse lugar?
- Só quanto eu to triste.
- Nossa então você esta triste por estar comigo? –ele disse sorrindo.
- Nãooo, é que sabe, é um lugar especial.
- E isso quer dizer que...?
- Quer dizer que você é especial Frankie....você sabe disso.

Ele ficou levemente corado... 

- Você fica uma graça vermelhinho Frankie. –eu ri dele.
- Ai, você adora me deixar sem graça, não?!
- Adoro não, amo.

Ele riu, e ficou mais vermelho ainda. Pela primeira vez nós estávamos tendo uma conversa “civilizada”. Era estranho, quando eu estava com ele, esquecia tudo. Por mais que as vezes ele era chato, antipático, metido.

- Ge....
- Sim?
- Desculpa ta?! –Frank se virou pra mim, e encarou meus olhos.
- Desculpa por quê?
- Sabe, por ter sido tão chato com você, é que....a....esquece.
- Não, eu quero saber...
- É que eu tenho medo de...de gostar de você...

Puis minha mão levemente no seu rosto. O que fez com que ele estremecesse, talvez porque minha mão estava fria devido ao clima. Eu me aproximei, fazendo com que nossas bocas ficassem a milímetros de distancia, ele se afastou um pouco, eu fiquei confuso pela sua reação. Então mordi de leve sua orelha, e falei baixinho:

- Não precisa ter medo Frankie, não seria nada demais se eu me apaixonasse por você, não?! Creio que eu já esteja apaixonado, mais isso não vem ao caso agora. Só por favor, não foge mais de mim.

Ele estremeceu de novo.Virei seu rosto pra mim, e olhei nos seus olhos de novo, pude ver eles se fecharem, e logo em seguida fiz o mesmo com os meus.
Nossos lábios colidiram, e começaram a fazer movimentos perfeitamente sincronizados. Seus lábios quentes contrastavam com meus lábios frios. Puis minha língua de leve em sua boca, e continuamos aquele beijo, digamos que “perfeito”.
Nós nos separamos, e a única coisa que eu queria era que nós ficássemos juntos de novo. Ele sorriu sem jeito, e eu o abracei, incrível como ele se “encaixava” direitinho nos meus braços.


Eu sorri comigo mesmo ao vê-lo ali, abraçado comigo. Juro que eu pensei que aquilo não fosse acontecer nunca.
Estranho, não?! Gerard Way, apaixonado por um garoto, uma coisa um tanto difícil de acontecer. Ele pois levemente seus dedos sobre meu cabelo escuro, e começou a fazer carinho neles, depois passando pelo meu pescoço.
O Soltei do abraço, ele ainda mantinha sua mão no meu pescoço/nuca. Me aproximei de novo para beija-lo. Seus lábios estavam frios agora, frios como ele costumava ser.

- Estranho. –ele disse nos separando do beijo.
- O que é estranho?
- Sabe quando você vê certos momentos, vê certos lugares, e não acredita? Que nem agora, um lugar tão lindo...e eu nunca imaginei que...que...
- Que você fosse estar com um “ser” tão grosso, feio, patético, e metido? –eu disse rindo.
- Você não é tudo isso seu bobo, talvez só um pouquinho metido.
- Deixe de ser modesto Frankie....

Ele riu, e nós nos beijamos de novo. Já estava escurecendo, e nós ficamos lá por mais algumas horas. Sinto algo vibrar perto das minhas pernas, Frank enfia a mão no seu bolso, e tira um celular de lá de dentro.

“Não há nada mais inútil e incoveniente que celular.”

- Alô?! –ele disse...
- ...
- Mais já?
- ...
- Tudo bem então, já estou indo.

Ele desligou o aparelho e me olhou decepcionado.

- Eu tenho que ir....
- Mais já?!
- É...eu prometi pra minha mãe que eu ia fazer algumas coisas pra ela...
- Okay, amanha é domingo, e nessa cidade ninguém faz nada de domingo, você podia... bem....sair comigo? –eu disse com medo de sua resposta, tinha medo de que tudo aquilo não tivesse significado nada. Ele pensou um pouco antes de responder, e depois, abriu um largo sorriso.
- Claro, você me liga....

Eu apenas fiz um movimento positivo com a cabeça, ele se aproximou de mim, e me deu um selinho, mais eu segurei seu pescoço, fazendo com que nossas línguas se entrelaçassem outra vez.

- Ge....eu realmente tenho que ir. –ele disse pausadamente enquanto eu beijava o resto do seu rosto macio. Eu fiz bico.
- Tudo bem, eu deixo você ir....

Ele sorriu, e começou a andar....

- Como se eu precisasse da sua permissão. –Frank resmungou baixinho.
- Eu ouvi isso.

Ele se virou, e mostrou a língua, eu ri dele. Depois ele se virou de novo e foi embora.
Fiquei por mais algum tempo sentado naquele lugar, ainda não acreditando no que acabara de acontecer. Sorri comigo mesmo ao lembrar de seus macios lábios tocando os meus, creio que não tão macios como os dele.
Levantei-me, e senti o vento frio bater sobre meu rosto, uma sensação um tanto agradável.
Andei devagar até minha casa, não tinha porque ter pressa. Cheguei em casa, fui até a cozinha, pensando que provavelmente minha mãe estaria lá, pra fazer alguma coisa para eu comer, mais não estava. Parecia não ter ninguém em casa.
Subi pro meu quarto, e encontrei Mikey deitado na cama, ele estava com fones no ouvido, e com os olhos fechados. Eu passei por ele, o ignorando. Mikey tirou seus fones e me encarou por alguns segundos.

- E então, por onde você esteve?.
- Por ai Michael.
- Okay, agora que você já fez o que você queria com ele, você poderia, por favor, parar de me ignorar?
- Sabe Michael, é realmente difícil te ignorar sabe você me lembra a...mamãe. Você parece ela.
- Eu apenas me preocupo.
- Brigado, mais eu não preciso da sua preocupação, eu sei muito bem me cuidar sozinho.
- Ótimo que bom pra você. Eu cansei Gerard, agora você que sabe. Se quiser que eu te conte a verdade sobre o Frank, tudo bem, eu te conto, mais eu não vou insistir mais.
- Que bom, pois eu não quero saber nada que envolve você. –eu disse me sentando na cama.
- Você só não quer que eu te conte porque tem medo da verdade, típico de você...
- Cala a boca..
- Mais é verdade, olha, você realmente deveria saber, seria muito melhor pra você, assim você não sofreria, uma coisa horrível está acontecendo com o Frankie. –ele disse colocando uma de suas mãos na boca tentando parecer dramático.
- Cala boca porra, já falei que não quero ouvir.

Sim, eu fiquei estressado, e gritei com ele. E era verdade, eu não queria ouvir porque sabia que era uma coisa ruim. Ele continuava falando, e falando, e falando. Até que eu fui até ele, e agarrei a gola da sua blusa, o fazendo “saltar” pra trás, provavelmente de susto.

- Eu...já...falei...que...não...quero...ouvir! –eu disse pausadamente.
- Me solta. –ele praticamente gritou...
- Ei vocês dois, parem com isso, vocês não eram assim um com o outro. –minha mãe havia entrado no quarto, com algumas sacolas na mão.


Eu o soltei, ainda o olhando furiosamente.

- O que vocês dois tem hoje? –minha mãe parou no meio de nós dois, tentando evitar mais alguma provável briga.
- Nada, nós apenas....discutimos. –eu disse o mais calmo possível.
- É mãe, foi só isso.

Minha mãe sorriu, e saio do quarto nos deixando sozinhos novamente. Mikey me encarou, olhei nos seus olhos por alguns segundos, pude vê-los cheio de raiva.

- Agora quem não quer falar com você sou eu. –ele disse. Olhou-me pela ultima vez, com o olhar mais desprezível do mundo, fazendo eu me sentir um completo retardado que no fim sempre acaba fudendo com a própria vida, porque afinal, quem saiu perdendo fui eu, não?! –E o fato de eu falar com você ou não, não vai fazer diferença nenhuma mesmo, pelo menos é o que você me disse nesses últimos dias –ele continuou –E não me olhe com essa cara, porque eu não vou voltar atrás, você que quis isso.

Ele saiu do quarto, e bateu a porta fazendo barulho. Deitei-me na cama, tentando ignorar a fome que eu sentia.

“Você é um imprestável Gerard, morra.”

Fechei meus olhos e em questão de segundos estava dormindo, dormi sem comer nada, sem tomar banho e sem escovar os dentes. Um completo porco que não serve pra nada. 

**************** ********************** ********************** 

Mikey estava com seus fones de ouvido, ouvindo musica tão alto, que eu podia ouvi-la, o que fez com que eu acordasse, detestando-o por saber que ele tinha feito de propósito. Não reclamei, pois não queria brigar com ele de novo. Abri levemente meus olhos, não conseguindo abri-los completamente devido a forte luz do sol que entrava no meu quarto. Ele me ignorou, continuou ouvindo musica, e não olhou pra mim uma vez se quer.
Desci para comer alguma coisa, minha mãe estava na cozinha com meu pai.

- Bom dia filho.- meu pai disse, sorrindo.
- Bom dia pai.
- Você não brigou mais com o seu irmão né?! –minha mãe perguntou, pondo na mesa um prato de panquecas recém feitas.
- Não mãe, eu não falo mais com ele. –eu respondi começando a comer...
- Por que não?
- Problemas....

Nós ficamos em silencio até eu terminar de comer, até que eu me levantei da mesa pra voltar pro meu quarto.

- Você vai sair hoje? –meu pai perguntou...
- Vou sim, com um amigo, Frank..
- Aquele que veio ontem aqui?
- Esse mesmo.
- Eu gostei dele, ele parece ser educado.
- E ele é. –eu disse enquanto saia da cozinha, subi as escadas. Entrei no meu quarto, Mikey estava escrevendo alguma coisa, resolvi ir tomar banho.

Liguei o chuveiro, água quente me fazia esquecer dor problemas. Apoiei meus braços na parede, e deixei a água escorrer pela minha cabeça. Ouvi leves batidas na porta, mais não me importei muito, até que o barulho foi aumentando. Tirei minha cabeça de baixo da água.

- Quem é? –eu perguntei, esperando uma resposta rápida para voltar pro meu relaxante banho.
- Gerard, seu namorado, Frank, ligou aqui faz alguns minutos e pediu pra você ligar pra ele. –Mikey disse completamente seco.
- Ele não é meu namorado.
- Tanto faz, apenas ande logo com isso.

Não respondi, apenas enfiei minha cabeça de baixo da água de novo, terminei de tomar banho, me enxuguei puis uma roupa qualquer e desci as escadas correndo pra ligar pro Frank. Disquei os números.

- Alô. –eu disse eufórico.
- Quem é? –a voz do outro lado perguntou, parecia ser o Frank.
- É o Gerard.
- A sim, claro, como que eu pude não perceber, não? Você disse que queria sair comigo.
- Claro, onde você quer ir?
- Não sei, bom, passa daqui antes, ai nós vemos.

Frank me deu o endereço da sua casa.

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