Amor a Primeiro Roubo escrita por Aagoban


Capítulo 1
Asa +9




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Era um dia qualquer. Ele estava organizando todos seus planos para farmar em todos os mapas do jogo, queria ficar rico. Depois disso, logou em sua conta principal e tentou roubar itens alheios. Depois disso, logou em seu char principal, tinha feito outro com nome diferente pois sua fama sua fama espalhava-se. Lá viu seu único amigo online, e mandou um PM para ele.

"sou eu aagoban kkk"

"eae beleza mano, como foi os golpe de hj? pego muito otario? rçrçrç"

"sim raxi, vem aqui em prontera pra eu t mostra"

Raxiraxi foi até lá para ver os lucros de seu único amigo. Todas pessoas pensantes — até mesmo as não pensantes — odiavam os dois. Talvez os dois também se odiassem, mas eram a única companhia um do outro. Aagoban mostrou a asa +9 que conseguiu por meios duvidosos.

"poxa mano kk Como você conseguiu isso? tem que ser bem otário mesmo pra dar algo assim hein? — disse Raxiraxi enquanto spammava o emoticon de risadas.

"Eu sei, mas... Isso é para você" disse Aagoban

"por que você tá me dando isso? não preciso, consegui umas cinco do meu tour anterior."

"porque... porque..."

"fala logo poha"

"calaboca eu te amo"

O silêncio que seguiu foi excruciante. Aagoban pensara que seu único amigo não era mais seu amigo, até que ele respondeu com um "também te amo". Os dois passaram a conversar mais frequentemente, até que resolveram encontrar-se na vida real.

O dia do encontro chegou. Raxiraxi era um jovem alto e desdentado, mas isso não o impedia de sorrir como uma criança, até porque ele é mais imaturo que uma. Aagoban logo chegou, era mais baixo que um ser humano comum, não chegava a ter um metro e trinta centímetros, mas ele não era um ser humano comum mesmo, pois seres humanos são capazes de raciocinar. Logo, os dois beijam-se nas margens do Rio Tietê, e não mais que de repente, eles apagam.

Aagoban acordou primeiro. Lembrou que tinha bebido algo oferecido por um estranho. Ao entrar em contato com a boca venenosa de Raxiraxi, a bebida devia ter desencadeado uma reação que fez os dois apagarem. Logo mais, Raxiraxi também acorda naquela sala podre e vazia. O único barulho que podia ser ouvido era o de gotas d'água caindo no chão a cada cinco segundos. Perceberam que estavam acorrentados em lados opostos da sala, e havia uma caixa ao lado de cada um deles, mas estava trancada.

Ficaram desesperados. Com fome. Com frio. O tempo não passava ali dentro.

Depois de horas que pareciam dias, os sedentos jovens finalmente ouvem uma voz.

"Olá. Eu gostaria de jogar um jogo com vocês. Crianças más merecem ser punidas, e esse é meu trabalho como Pierrot. A punição de vocês é simples. Se não querem morrer de fome, comam um ao outro. Garfo, faca e tudo que precisam estão nas caixas ao lado. Lembrem-se, só podem comer pedaços da outra pessoa. Se comerem um pedaço originário de vocês, morrerão a morte horrível. Boa sorte e não estraguem tudo, e que o melhor ladrão ganhe."

Eles não levaram a mensagem a sério, começaram a rir. Acharam que estavam em uma pegadinha do Gugu ou algo do tipo, já que eles sabiam que o único ladrão ali era  Aagoban.

Depois de um clique, as caixas se abriram. Pegaram uma das ferramentas da caixa e começaram a serrar suas correntes. Conseguiram escapar da sala, mas viram a cara um do outro ao saírem do cativeiro escuro.

Estavam pintadas de Pierrot. O assassino, o torturador, era eles mesmos. Tinham se prendido num inferno que não conseguiam sair, e só ir mais fundo. Mas isso não era problema, pois tinham um ao outro.


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