➳ T R O U B L E M A K E R ➳ escrita por c l a r a


Capítulo 5
Cap 5 - Eu te odeio


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo *o*/
Muitas pessoas estavam ansiosas por esse capítulo, então aqui está.
Essa foto de mídia me acaba, eles dois são tão AAAAAAHH ❤️ Eles se beijaram num show durante uma performance, não vou mentir A-D-O-R-O ❤️



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Sussurros. Cochichos. Vozes me despertaram, eu estava consciente, mas não conseguia abrir os olhos. Aos poucos as lembranças do dia anterior inundaram a minha mente. Minha cabeça doía como se eu tivesse sido batida contra a parede repetidas vezes.

Com muita dificuldade e esforço abri os olhos e a principio vi somente escuridão, mas conforme o tempo passava consegui ver as sombras tomarem forma. Nanjoom conversava no celular com um sorriso malicioso encarando a parede. Sua voz parecia um martelo batendo contra um ferro fazendo com que minha cabeça latejasse.

Ele finalizou a chamada e se levantou indo até a janela. Percebi que noite, e que também estávamos num quarto com paredes desgastadas brancas e a tinta descascando. Eu me encontrava num colchão velho e empoeirado, não havia mais nada ali a não ser o colchão, uma cadeira, uma janela e uma porta. Tentei me mexer e descobri que minhas mãos estavam amarradas com um pano, abri a boca para dizer algo e senti o gosto metálico, era sangue. Engasguei e tossi começando a entrar em pânico.

O Nanjoom percebeu minha agitação e se voltou para mim sorrindo feito um psicopata. Um arrepio percorreu todo o meu corpo quando ele se aproximou e enterrou os dedos nos cabelos da minha nuca dolorida deixando meu rosto a centímetros do seu. Ele riu e olhou nos meus olhos.

— Ora, ora, está com medo Kim Seokjin? – Disse com uma voz rouca e fria. Como ele sabia o meu nome?  – Vamos ver se agora o Taehyung vai vir te resgatar e me dar o que eu quero. Aquele fedelho não vai te deixar mofar aqui. Taehyung é uma criança imatura que não sabe o que quer da vida, não sei como aquele idiota consegue se safar de tantos problemas.

— O que você fez com o Yoongi? – Murmuro com a voz falha a primeira coisa que me veio à mente, meu coração estava acelerado, batendo desesperado contra minhas costelas de tanto medo. O Yoongi não sabia se defender, ele mal sabia pegar o ônibus sozinho, imagine quando alguém invadiu sua casa?

Nanjoom riu esganiçado ainda me olhando nos olhos, ele era doentio.

— Eu comprei o que você me pediu e... Nanjoom! – Jungkook adentrou o quarto vasculhando dentro de uma sacola de plástico, mas logo a deixou cair no chão. Fechou a cara, boquiaberto. – Eu não acredito que você sequestrou ele! Tá ficando maluco? Imagine se o chefe aparece aqui! Ele iria nos matar por desobedecermos a suas ordens! Isso já foi longe demais, Nanjoom.

Nanjoom soltou meus cabelos me empurrando de volta no colchão velho causando uma dor intensa por toda a cabeça e pescoço. Cerrei os dentes tentando ao máximo não fazer nenhum barulho e não tentar chamar atenção. Ele se meteu na frente do Jungkook impedindo o mesmo de se aproximar até mim.

— Nanjoom... – disse num tom de aviso.

— Sabe Jeon, eu andei pensando sobre a relação que você tinha com o Taehyung, vocês pareciam muito felizes, não é? – Riu vendo o Jungkook baixar o olhar parecendo triste. – E então o nosso querido Jin aqui – apontou para mim – apareceu e... bom, acho que não preciso dizer o que  aconteceu, não é? Você não quer se vingar Jeon, se vingar por toda a tristeza que ele causou? Agora é sua chance, vá em frente, faça o que quiser.

Eu arregalei os olhos vendo o Nanjoom sair do caminho do Jeon sorrindo diabolicamente. Jungkook começou a se aproximar com o olhar baixo, balancei a cabeça repetidas vezes me prensando contra a parede. Mas ao invés de me bater ou sei lá o que fosse o Jeon aproximou seus lábios do meu ouvido e sussurrou baixinho:

— Você vai ficar bem, vai ficar tudo bem, apenas relaxe, fique quieto e espere o Taehyung chegar – e se afastou. Talvez ele não fosse tão ruim assim o quanto eu pensei.

— Eu sempre soube Jungkook, você é fraco – Nanjoom o puxou abruptamente pelos ombros e jogando contra a parede. Voltou-se para mim e novamente agarrou minha nuca com força. – Não serve nem para resolver seus próprios assuntos pessoais.

— Largue ele agora – uma voz conhecida rosnou.

Taehyung.

Olhei para a porta e ele estava lá parado parecendo estar furioso. Jogou um pacote pesado de papel no chão.

— Antes de qualquer coisa dei-me sua arma. Não quer que acidentes acontecam, quer? – Nanjoom riu doentio.

“Arma? Que arma?”.

Taehyung tirou uma arma de dentro do casaco e eu prendi a respiração. Aquele idiota andava armado? E ainda por cima entrou na minha casa com aquela coisa?

— Uh, isso aqui? – Taehyung riu com sarcasmo. – Ora Nanjoonie, acha mesmo que eu daria isso para você? – Se aproximou do Nanjoom, que já havia me soltado, e acariciou a bochecha do mesmo com o cano da arma. – Nos conhecemos o bastante para saber que se eu te desse isso, a coisa não iria acabar bem. A única pessoa em que eu confio aqui de verdade é ele – e apontou a arma em direção ao Jungkook. Cerrou os dentes e se abaixou para pegar o pacote caído no chão, o pressionou contra o peito do Nanjoom. – Agora pegue a porra do seu dinheiro e nunca mais venha me perturbar de novo – apontou a arma para a barriga do mesmo –, tá me entendendo?

— Como quiser, já tenho o que eu quero – Nanjoom rosnou pegando o pacote. – Vamos Jungkook – disse saindo pela porta.

Jeon balançou a cabeça.

— Cuida dele Taehyung – e saiu logo em seguida.

Suspirei aliviado quando a porta se fechou com um baque surdo. Taehyung correu para desatar minhas mãos, quando estava livre o empurrei para longe com medo. Senti lágrimas quentes escorrerem por minhas bochechas.

— Eu odeio você – sussurro com força. – Fique longe de mim, eu não quero te ver nunca mais Kim Taehyung.

Ele continuou a me encarar sem parecer se abalar com que eu disse, mas eu sabia que aquelas palavras haviam mexido com ele de algum modo quando olhei bem no fundo de seus olhos e vi algo se movimentar por de trás deles.

E tudo aconteceu muito rápido.

As mãos do Tae seguraram os meus pulsos ao lado corpo contra o colchão. Minha respiração se tornou pesada, e a dele também. Seus lábios se aproximaram do meu ouvido.

— Você me odeia Seokjin? – Sussurrou depositando uma mordida no lóbulo da minha orelha, o que consequentemente me causou arrepios por todo o corpo a partir dali. Ele riu e o ar quente fez cocegas em minha bochecha. – Parece que não é o que seu corpo diz. Parece que ele está dizendo... que você me quer.

Seus lábios roçaram a pele sensível do meu pescoço.

— Pare com isso – arfo mordendo os lábios com força.

Sinto beijos sendo depositados naquela região e suspiro de prazer. O que ele estava fazendo comigo? No que ele havia me tornado? Por que meu corpo estava reagindo daquela forma? Eu... eu não compreendia.

Não podia deixa-lo me usar daquela forma, eu odiava Kim Taehyung. Não odiava?

— Não, pare com isso, Tae... – murmuro dando passagem para seus beijos que agora subiam minha clavícula. Minha mente dizia não... mas minha consciência dizia o contrário. – Tae, por favor.

— Hum... você me chamou de Tae – disse como se saboreasse aquilo.

Sua língua deslizou por toda a extensão da minha clavícula e senti selar ser depositado no canto esquerdo da minha boca.

— Você quer mesmo que eu pare? – Sussurrou e soltou um de meus pulsos usando a mão para massagear minha nuca.

— Não... – gemo o puxando pela gola da camisa.

A merda já tinha sido jogada no ventilador, não tinha mais como voltar, a merda já estava feita.

Ele riu e avançou juntando seus lábios aos meus. E a sensação era maravilhosa.

Que Deus me ajude.

Sua língua pediu passagem e eu cedi mais rápido do que eu pretendia. O beijo de calmo logo se tornou necessitado, como se ambos estivéssemos há anos sem nos ver. Sua outra mão largou o meu pulso que ainda estava preso descendo até minha coxa apertando-a com vontade. Grunhi e o puxei para mais perto, fiquei supreso quando minha mão automaticamente se enterrou por debaixo de sua camisa arranhando sua barriga definida. Beijar os lábios macios de Taehyung me fazia querer ficar ali o beijando eternamente. Ele era inebriante.

E o beijo foi parado abruptamente, o que me deixou atordoado por uns instantes. Continuei de olhos fechados sentindo minha boca um pouco inchada pelas mordidinhas que Taehyung havia dado nos meus lábios.

Ouvi sua risada e então um selo foi depositado na ponta do meu nariz.

Foi aí que me dei conta do que tinha feito. O empurrei para longe sentindo algumas lágrimas ameaçarem a cair.

— O quê? – Ele riu malicioso e estendeu a mão para eu levantasse. – Vai dizer que não gostou? Não adianta negar o óbvio.

“Sempre tão convencido”.

Levantei-me sem sua ajuda e esperei calado até que ele resolvesse nos tirar daquele lugar, eu tinha que saber onde o Yoongi estava, se estava bem


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