O Uivo de um Alfa escrita por Sasami Nakoto


Capítulo 4
Uma nova vida.




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Assim que senti o sol bater em meus olhos sabia que tinha amanhecido, sentia um corpo encostado ao meu e meus olhos se abriam de modo preguiçoso, quando os abria via Sarah embolada em meu corpo o que me fez soltar uma leve risada, uma das pernas dela estava sobre as minhas e ela estava me abraçando enquanto deixava o rosto encostado no meu peito, bem próximo ao meu coração, então abaixei o rosto e dei um beijo no topo da cabeça dela e ouvi um suspiro e um reclamar de quem não quer acordar e novamente ri, mas não reclamei de tê-la ali junto comigo, aos poucos me movi e puxei a coberta sobre nossos corpos e novamente ela se aconchegou, parecia estar acordada e fingindo que estava dormindo, mas não me importei, somente a abracei a puxando mais para mim enquanto deixava os lábios encostados na cabeça dela, queria mantê-la segura pelo resto da minha vida, suspirei pesadamente enquanto meus olhos se apertavam com aquelas imagens invadindo minha mente, ela tinha sofrido tanto e eu não estava ali para defende-la, mas agora poderia fazer diferente e faria diferente.

— Companheiro... vai me sufocar se me apertar mais... – falou ela enquanto eu começava a rir e a soltar lentamente.

— Bom dia, companheira – foi somente o que falei enquanto a olhava, os olhos sonolentos e os cabelos bagunçados.

— Pedro... pisque, está me deixando com medo. – Novamente ri e somente agora tinha notado que a estava encarando, era feio ficar encarando as pessoas, então virei o rosto de lado.

Ela resmungou ao meu lado provavelmente por não conseguir me olhar, assim logo ela me puxou lentamente, voltei a olha-la e ela estava com um sorriso doce nos lábios o que conseguiu derreter meu coração, abaixei o rosto e em um ato de impulso depositei um beijo aos lábios dela, a senti retribuir o beijo, então me movi e coloquei a mão no rosto dela a acariciando durante o beijo que se iniciava lento e delicado até um pouco carregado de timidez, mas logo os lábios eram separados por conta de um barulho na porta do quarto, quando ergui meus olhos minha mãe estava encostada no batente da porta o que fez meu rosto queimar de vergonha e Sarah por outro lado escondeu o rosto rapidamente, sabíamos que éramos companheiros, mas ainda assim era um pouco vergonhoso ser pego durante um beijo por sua mãe. Minha mãe por outro lado ficava me olhando com uma feição boba na face e um sorriso delicado, ela se aproximava e somente agora via que tinha uma bandeja com várias coisas para comermos, fiquei a olhando e logo ela colocou sobre a cama e falou baixo, parecia segurar um riso e isso me deixou mais vermelho.

— Trouxe café para os pombinhos... ops lobinhos – ela falou sorrindo e olhou Sarah, parecia feliz em saber que ela estava bem agora.

— Obrigada Mãe... – falei baixo ainda vermelho como um tomate.

Assim que minha mãe saiu do quarto suspirei e me sentei na cama lentamente ainda puxando a coberta e logo Sarah fez a mesma coisa, ela se sentou e encostou-se a mim, um sorriso pairava nos lábios dela, puxei a bandeja para o meu colo e peguei um pedaço de torrada e levei aos lábios dela para que ela comesse e assim ela fez, uma sensação boa me percorreu enquanto ela se alimentava que continuei enquanto comia junto com ela, quando acabamos com a bandeja que havia, morangos, manga e uvas, torradas e alguns pãezinhos era bastante coisa e me sentia satisfeito, assim como Sarah parecia satisfeita, ela se aconchegou junto aos meus braços e dei um beijo em sua bochecha, logo que fiz isso ela suspirou e ergueu o rosto brevemente o olhando.

— Preciso levantar companheiro, tenho afazeres aqui na matilha, preciso cuidar da nossa horta... – não gostei de saber que ela teria de sair dos meus braços, mas a soltei lentamente.

— Tudo bem, eu preciso andar com meu pai para conhecer tudo por aqui... como futuro alfa preciso aprender...

Quando terminei de falar meu pai entrou no quarto como se fosse à coisa mais normal do mundo e me olhou, ele ergueu uma sobrancelha como quem vai reclamar por que eu ainda estava na cama, mas logo riu brevemente balançou a cabeça e saiu do quarto, levantei da cama e me espreguicei, respirei profundamente e falei parecendo um pouco irritado com aquele entre e sai do quarto.

— Ninguém aqui sabe o que é privacidade? Minha nossa... – Ouvi Sarah começar a rir e me virei para olha-la e estreitar os olhos, ela me olhou em desafio e logo avancei nela pegando ela pela cintura e mordiscando a bochecha dela. – Não ria de mim companheira, posso te morder...

Ela nada disse somente riu e se desvencilhou, antes de se despedir dava um delicado beijo em meus lábios e aquele sabor de cereja ficou nos meus lábios, ela se foi, mas era como se eu sentisse ela em mim ainda, era estranho essas novas sensações, ficava imaginando se logo me acostumaria a isso. Assim que Sarah foi embora, me vesti com uma bermuda preta e uma regata branca – que parecia ser as únicas roupas que os lobos vestiam – e um tênis, logo sai do quarto lentamente, quando cheguei a sala dei de cara com meu pai abraçado a minha mãe e a beijando, eu ergui a sobrancelha enquanto os olhava e tossi rapidamente, eles se soltavam e riram enquanto meu pai se aproximou e colocou a mão em meu ombro, ele falou com um tom de voz engraçado como uma pessoa que quer muito rir mas não pode, era assim que ele estava naquele momento.

— Vamos... Temos assuntos a tratar pequeno alfa... – quando ele falou aquilo estreitei os olhos e respirei profundamente.

Ele nada disse depois disso então me aproximei de minha mãe e dei um beijo na bochecha dela o que me rendeu um sorriso por parte dela, comecei a sair da casa, fiquei esperando meu pai ali do lado de fora, logo ela veio depois claro de dar um beijo na minha mãe, começamos a andar por uma trilha que tinha ali e o som da mata me deixava inebriado, pensativo, olhava para todos os lados e era sempre possível ver uma pequena clareira aqui e outra ali, assim que saímos da trilha chegamos a clareira principal, onde vi pela primeira vez um lobo se transformar, lá estava John em sua forma de homem com os braços cruzados sobre o peito e um ar de quem não quer conversa, ele estava com o rosto levemente inchado, provavelmente doía a perda do filho, por mais que ele tenha feito algo muito errado, me senti triste por ele, mas nada falei, somente caminhei, quando ele me avistou acenou com a cabeça e fiz a mesma coisa a frente dele estavam cerca de quatro jovens, eles pareciam cansados e tinham mais ou menos minha idade, provavelmente John estava auxiliando a transformação deles, era um papel importante o que John tinha, ajudar nossos moradores e serem lobos, ficava imaginando quem ajudava a mulheres a se transformar, logo essa resposta me foi dada, enquanto caminhávamos por entre algumas hortas e eu tive a bela imagem de minha companheira rindo junto a outra garota que ajudava a colher alfaces e tomates e diversas outras coisas, ela ergueu os olhos e piscou para mim o que me fez sorrir imensamente, meu pai por outro lado riu brevemente e me deu uma pequena cotovelada na costela para que eu prestasse atenção a minha frente, fiz uma careta para ele e logo voltamos a andar por entre a grande horta que tínhamos.

Mais a frente depois da horta era possível ver uma clareira média e lá estava minha mãe, imaginei como ela chegou rápido até ali e então lembrei que minha mãe também era uma loba e parecia ser muito forte e rápida, ela estava em sua forma humana usava um short e um top branco enquanto andava de um lado a outro, havia três jovens com ela e elas tremiam de cima a baixo, fiquei olhando meu pai e ele parou e cruzou os braços, assim que fiquei olhando percebi o porquê elas tremiam... Da esquerda para direita havia uma menina que tinha os cabelos curtos e negros e a pele dela era levemente bronzeada, a do meio era ruiva como a minha mãe só que os cabelos dela eram bem longos e estavam presos em um coque e ela era muito branca a ultima tinha os cabelos castanhos claros e também era muito branca, a primeira a se transformar foi a do meio, a pelugem da loba que aparecia ali era alaranjada como seus cabelos e ela parecia desnorteada com a sua transformação, ela balançava a cabeça e se sentava com medo de não conseguir se manter em pé, aquela cena me fez abrir um sorriso, as outras garotas a olhavam e batiam palmas pareciam realmente felizes porque a colega conseguiu mudar de forma, logo ouvi um grito de minha mãe falando para elas prestarem atenção e isso me fez rir, agora entendia porque ela era tão autoritária, assim que as duas fizeram careta e voltaram-se para frente, era possível ver a energia acumulada envolta delas e a respiração ficar rápida e descompassada, logo a primeira de cabelo curto se transformou, ela era pequena e os pelos eram negros como os de John, ela desabou deitada no chão e choramingou em forma de lobo, parecia não ter força nas patas, minha mãe preocupada se aproximou dela e se abaixou, o focinho da loba foi a mão da minha mãe e ficou ali um tempo logo minha mãe sorriu e a ajudou a ficar sobre as quatro patas, quando ela conseguiu soltou um uivo baixo e delicado como se mostrasse que estava imensamente feliz em conseguir se transformar, logo a única que ainda se mantinha em forma humana era a de cabelo castanho, ela olhava as duas amigas e suspirou olhando o chão, minha mãe se ergueu e ficou a olhando, como se falasse alguma coisa para ela, ela ergueu o rosto e respirou fundo, a transformação dela veio rápida e ela se mostrava uma loba grande e forte os pelos eram mesclados com castanho e branco, ela ficava em pé e o peito estufado, sentia orgulho de ser uma loba e se mostrava forte, logo minha mãe bateu palmas para as três, meu pai começou a caminhar na direção delas e eu fui atrás, quando as três nos viram elas abaixaram a cabeça rapidamente e eu olhei confusa, meu pai batia palmas para as três e falou forte enquanto sorria se mostrando realmente feliz em vê-las.

— Parabéns, Raquel... Karen e Mariana, vejo que se tornaram belas lobas, espero que logo encontrem seus companheiros, logo suas tarefas serão dadas e vocês poderão ajudar na matilha junto a alguma atividade na reserva. – falou ele com total orgulho enquanto colocava a mão no ombro de minha mãe que tinha os braços cruzados.

Eu não disse nada, com um aceno de cabeça nos afastamos e meu pai me olhou, eu tinha um sorriso bobo nos lábios e olhava os meus pés, ainda não tinha caído na real que tinha matado um lobo a noite passada e que tinha encontrado o que faltava em mim, ainda não conseguia assimilar que eu era um lobo e que logo tomaria conta de toda essa matilha, aquilo me arrepiou e a voz do meu pai me tirou do meu devaneio.

— Filho, as responsabilidades de um alfa são grandes... Você tem que punir quando necessário e recompensar quando algo bom acontece... É uma tarefa pesada, mas gratificante, novos lobos aparecem a cada dia na nossa matilha e cada vez mais ela cresce... Mas é difícil nos deixar oculto no meio de tantas pessoas querendo nosso mal, veja Sarah, ela foi feita em um laboratório, graças a Deus fugiu de lá... Mas aquelas pessoas ainda estão atrás de nós... E sabemos que um dia elas vão nos achar e teremos uma grande guerra... Somos diferentes e apresentamos risco a eles... – como se de uma hora para outra ele hora para outra ele fosse muito mais velho. – Espero que até lá eu tenha te ensinado tudo, espero que até lá nossa matilha esteja pronta para a guerra.

Aquelas palavras me arrepiaram completamente e meus olhos se fecharam brevemente, logo olhei meu pai e ele sorria orgulhoso, era bom o ver sorrir e se mostrar forte, isso só me fazia pensar que eu tinha que me acostumar com a vida, que eu tinha que aprender que aquela era minha nova vida, que logo eu cuidaria de todas aquelas pessoas, agora conseguia entender que éramos uma grande família, isso me fez sorrir e erguer o rosto para o céu azul suspirei pesadamente enquanto olhava as nuvens, logo falei baixo enquanto os olhos se fecharam brevemente.

— Espero ser digno de ser o alfa dessa matilha, não quero decepcionar ninguém, quero ser o melhor para minha companheira e para todos aqui... – quando terminei de falar e abri os olhos meu pai estava me olhando com um sorriso nos lábios.

— Está falando como um alfa, tenho certeza que vai ser digno de cuidar de todos meu filho. – depois que ele falou voltou a olhar para frente e andar lentamente.

Voltei a seguir meu pai e logo saímos da área das clareiras e começamos a subir uma pequena trilha de pedras, quando chegamos no fim dela me deparei com uma vila, varias casas parecidas com paredes de vidro e casas espaçosas, haviam crianças brincando e uma em especial me chamou atenção, ele estava sentado longe de todos, os olhos distantes e o rosto triste, olhei meu pai e ele suspirou pesadamente quando viu a criança, ele se aproximou e somente observei, quando o menino viu meu pai abriu um sorriso e correu até ele, pulou nos braços estendidos do meu pai e riu de modo inocente, assim que meu pai afastou ele a voz infantil rompeu o silencio e ele falou todo agitado.

— Tio Bruno! Eba o senhor voltou!! – ele falou abraçando meu pai novamente e me olhou e depois falou baixinho para o meu pai. – Tio, quem é esse atrás de você? – meu pai riu e me olhou.

— Esse é o Pedro... ele é meu filho Henrique. – quando meu pai explicou os olhos do menino brilharam e logo ele se soltou do meu pai e correu para mim me abraçando, eu abaixei para ficar da altura dele.

— Oi Henrique tudo bem? – quando falei com ele, o sorriso do menino sumiu e ele fez um bico delicado, assim que ele abaixou os olhos e falou baixinho.

— Tudo tio Pedro... eu só não sei onde está meu irmão... – assim que ele falou isso algo em mim gelou, tinha uma péssima sensação de que sabia quem era o irmão dele, mas ainda assim perguntei.

— Quem é seu irmão? – quando terminei de falar ele me olhou e suspirou de um modo pesado.

— Nicolas... você viu ele por ai? – meu corpo parou e olhei para o meu pai, fiquei o olhando e ele falou baixo em meu lugar.

— O Nicolas foi embora Henrique, ele fez uma coisa muito errada. – quando ele o ouviu somente fez um sim com a cabeça como se tivesse entendido.

— Ah... Tá bom Tio, eu vou ir brincar então. – assim que ele terminou de falar saiu correndo em direção as outras crianças.

Me levantei com um olhar triste e olhei meu pai que colocou a mão em minhas costas e deu uma leve batida enquanto caminhava pela vila, varias crianças gritavam e corriam de um lado a outro brincando, mas uma sensação estranha me fez sentir os pelos do corpo eriçarem e olhei envolta, meu pai sentiu a mesma coisa, meus olhos fitavam tudo envolta e meu pai me afastou, quando ele fez isso sentir algo bater de encontro ao meu corpo, era grande e pesado, quando olhei era um lobo negro, sabia que era John, me transformei rapidamente fazendo minhas roupas rasgarem e logo reagi ao ataque, recebia mordidas nas patas e no pescoço a todo instante mas retribuía todas, consegui acertar uma patada forte no focinho do lobo e logo ele se encolheu reclamando, quando ele fez isso pulei sobre ele e mordi o pescoço dele sem força somente para prende-lo, deixa-lo imobilizado, logo uma risada soava no ar e olhava para cima era meu pai batendo palmas para mim.

— Parabéns Pedro, conseguiu sentir um ataque sem ter visão alguma dele e ainda dar a volta por cima... É você é diferente dos outros lobos filho... Você é especial. – assim que ele terminou de falar isso soltei o pescoço de John e me afastei enquanto bufava, olhava as roupas rasgadas e choraminguei.

Permaneci na forma de lobo andando ao lado do meu pai, logo uma menininha de cabelos loiros correu até mim e eu travei, ela me abraçou pelo pescoço então fiquei imóvel, quando resolvi sentar ela ficou pendurada no meu pescoço, se eu pudesse estaria rindo e era o que ela fazia, assim que ela me soltou abaixei a cabeça para ficar na altura dela, ela passou a mão no meu focinho e sorriu, os olhos verdes dela brilhavam enquanto ela me fazia carinho, meus olhos se fecharam, eu deitei no chão e ela se sentou, coloquei a cabeça no pequeno colo dela enquanto ela ficava passando a mão nos meus pelos, ela ergueu o rosto para meu pai que olhava a cena com certo encanto e ela falou entre uma risada doce.

— Seu pelo é gosto lobo bonzinho... Gosto de fazer carinho... – quando ela falou isso ergui a cabeça e coloquei o focinho na barriga dela fazendo cosquinha, a via rindo e isso me fez abanar a cauda, quando olhei para trás vendo balançar achei engraçado e olhei meu pai que balançava a cabeça e ria. – Tchau lobinho, minha mamãe ta chamando... – falou a menininha enquanto a mãe dela ria e abanava a mão, me senti feliz com aquilo.

Voltei a andar ao lado de meu pai que não parava de rir porque minha cauda não parava de balançar de um lado para outro, eu rosnei para ele e ele ergueu as mãos ainda rindo do ato, depois de muito caminhar, chegamos a uma casa mais afastada da vila, ela tinha um portão para entrar e meu pai parou nele, ele ficou parado e logo o mesmo se abriu me permitindo entrar junto dele, quando entramos demos de encontro com um homem de pele levemente bronzeada e um pouco acima do peso, os cabelos era negro como a noite e seus olhos eram cinza, ele me olhou e abriu um mínimo sorriso enquanto estendia a mão para meu pai que quando aceitou foi puxado para um abraço, meu pai riu alto com aquilo, logo o mesmo homem se abaixou até ficar a altura de meus olhos e falou enquanto tocou o meu focinho e fez uma caricia.

— Oi Pedro... Vejo que é um belo lobo como todos têm comentado... Fico feliz em te rever, não sei se lembra de mim, fui visitar vocês em São Paulo uma vez, mas você era um tanto pequeno ainda... – quando ele disse aquilo parei para prestar atenção, realmente aquele homem não me era estranho, então cai na real, era um tio do nordeste... Como era o nome dele? Não conseguia lembrar, mas quando o nome me veio à mente voltei à forma humana e o abracei com força, mesmo estando nu.

— Tio Wagner! O senhor engordou hein... – falei isso e ele começou a rir enquanto bateu nas minhas costas e me afastou brevemente, somente agora cai na real, estava nu, me senti envergonhado e suspirei.

— Relaxe filho... Sabia que você iria se transformar... – quando ouvi meu pai o olhou, ele me entregava uma muda de roupas que somente agora vi nas mãos dele.

— Obrigada pai... – enquanto falava me vestia a mesma roupa de sempre, bermuda e uma regata.

— Vamos entrar rapazes... – falou meu tio enquanto sorria me olhando.

Assim que entramos vi como a casa dele era diferente das demais, não tinha paredes de vidro como todas as outras, a sala tinha apenas uma cadeira no canto e na parede havia varias televisões mostravam imagens da reserva toda, de todas as clareiras e locais que eram usados para treinamento, enquanto eu olhava todas aquelas telas meu pai suspirou olhando a entrada da reserva, tinha um carro parado lá e o guarita discutia com uma pessoa na entrada, assim que meu pai viu isso pegou um radio sobre uma mesa de computador e chamou o rapaz.

— Juan, o que está acontecendo? – falou meu pai e logo uma resposta veio pelo radio.

Chefe... tem um senhor querendo usufruir da praia... — falou o homem enquanto acompanhávamos pela tela.

— Passe o radio para a pessoa Juan... – meu pai falou bruto enquanto víamos o guarda colocar o radio para dentro da janela do carro.

Bom dia... Sr.? Não sei seu nome... Gostaria de usar essa praia... Quanto cobra para a utilização da mesma? — falou com um sotaque estrangeiro o homem que não aparecia na filmagem.

— Caro senhor, essa praia não está à venda nem para a utilização, solicito que saia da propriedade amigavelmente, temos autorização para retira-lo a força. – falou meu pai rígido enquanto meu tio Walter pedia para alguém ir dar apoio a Juan.

Okay... Estou me retirando então.— falou o homem ironicamente enquanto víamos o radio ser devolvido.

Assim que o radio foi devolvido o carro que estava ali deu ré e logo ele começou a sair da propriedade, os olhos de meu pai se estreitaram para ver alguma coisa do carro e logo ele balançou a cabeça rapidamente ele suspirou e andou de um lado para outro, falou com Walter enquanto bufou rapidamente e falou um tanto alto, consegui notar que meu pai estava com raiva e uma sensação ruim me invadiu algo estava para acontecer e não era uma coisa boa.

— Isso não vai acabar assim... Isso está muito estranho para o meu gosto... Walter avise os guardar da reserva toda, precisamos mandar que eles reforcem a segurança em todos os locais... – meu pai falou enquanto me olhou preocupado, ele respirou fundo e falou preocupado. – Pedro, se prepare... Algo está por vir.


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