Leal a seu senhor escrita por Ágata Arco Íris


Capítulo 3
Olhos Brancos




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Então os anos se passaram depressa, O período Edo trouxe um significativo período de paz para a terra do sol nascente. Mas na ilha de Kyushu a situação era um pouco diferente, guerras e conflitos assolavam o povo em Kumamoto, por esse motivo muitos vilarejos resolveram se juntar para poderem se proteger de saqueadores. A vila onde Emi havia nascido tinha se tornado uma enorme cidade, Yatsushiro, cresceu tanto que havia chegado ao mar.

Falando em Emi, ela já tinha seis anos, era uma linda garotinha e tinha duas irmãs mais novas; sua família seria maior se não fosse uma tragédia. Por escolha do destino, a morte havia levado seu irmão mais novo, o primeiro filho homem que Hioshi tinha, depois de três filhas mulheres. O recém-nascido não tinha um dia de vida quando a morte o levou, foi muito triste, não tiveram chance nem de apresentá-lo aos moradores da cidade.

Isso havia acontecido há mais ou menos um mês e toda a família ainda continuava de luto, era possível até dizer que o pai sentia muito mais dor que a mãe, pois ele precisava desesperadamente de um herdeiro homem. Sem isso ele não teria sucessor, e sem tal coisa, não havia garantia de futuro para sua família caso ele morresse.

Todos se esforçavam ao máximo para tentar superar a morte do pequeno, tentando levar uma vida normal. Mas sua mãe não saía de seus aposentos, passava o tempo todo amuada, deitada em sua cama. Do outro lado estava seu pai, que passava por uma situação muito delicada como senhor de Yatsushiro, aquele lugar havia crescido tanto que era quase impossível só um homem gerenciar tudo. As crianças de Hioshi e Nana estavam sem saber muito o que fazer e se sentindo culpadas, mesmo que não fosse culpa de ninguém. Assim a família de Emi ia levando a vida.

Em um dia comum e ensolarado, depois de tomarem chá com a avó, Emi e suas irmãs foram ao templo de Tamonten, assim como todas as crianças eram convidadas a ir pelas manhãs. Na entrada, escorada no pé de cerejeira, bem no centro do templo, Emi viu uma mulher estranha observando todos entrarem. Usava um kimono azul muito bonito de tecido nobre e uma flor de lótus no cabelo; parecia ser jovem, mas seus cabelos e olhos eram da cor da neve. O branco em seu olhar e cabeça não era de alguém cego muito menos sinal de velhice, a cor era puramente branca, chegava até a vibrar em seus olhos. Falando em olhar, ao olhar para a mulher, a mesma a olhou de volta a encarando. Isso intrigou a garotinha, se ela era cega, como era possível encara-la? Não era possível que a enxergasse.

A criada levou as crianças até uma tenda aberta no templo, onde uma roda de crianças foi formada e uma das Miko responsável pelo templo veio contar histórias para todos. Naquele templo todas as Miko eram donas de um sorriso alegre, eram simpáticas e cativantes com seus visitantes. Isso sem dúvida fazia a alegria das crianças, que esperavam ansiosas o sol raiar para irem ouvir histórias das doces anfitriãs daquele templo sagrado.

—Hum.... Vejo que temos novas estrelinhas aqui hoje—Disse a Miko sorrindo.

Emi escutava atenta às palavras da sacerdotisa, mas foi tirada de sua concentração quando viu novamente a mulher do cabelo branco. Ela chegou, encostou as costas na parede e ficou observando a todos. Emi levantou prontamente a mão para chamar a atenção da sacerdotisa que contava freneticamente histórias de deuses.

—Sim Emi, o que você tem a dizer estrelinha? —Disse a Miko sorrindo estridentemente.

—Quem é ela? —Perguntou Emi apontando para a mulher ao lado da Miko.

A sacerdotisa olhou para o lado e não viu nada, todas as crianças também olharam e pareciam não ver nada.

—Desculpe, mas ela quem? —Perguntou a Miko.

—Ela, a mulher cega de kimono azul—Tornou a apontar para a mulher, que lhe sorria meigamente—Vocês não estão vendo?

Todas as crianças disseram que não, logo em seguida, como já era esperado, todos ali começaram a rir de Emi e a chamar de doidinha. A Miko por sua vez ficou perplexa, pensou um pouco e quando voltou a si, prontamente mandou todos pararem com aquela brincadeira. Ela dispensou a todos e foi falar com seu mestre.

Enquanto todos saíam o mais depressa possível, Emi ficou ali, sentada onde estava, parada frente a frente com a mulher que que permanecia muda como Emi. A mulher deu uma risada baixa, foi até Emi, ajoelhou-se e com um toque de graça tirou o belíssimo lótus que usava, depois colocou gentilmente a flor no cabelo de garota, beijou sua testa e foi embora.

—Emi!! —Gritou a criada que acompanhava ela e suas irmãs—Vamos para casa, já acabou a história.

Então Emi que até então estava olhando o nada, parada no mesmo lugar, passou a mão em seu cabelo e viu que a flor ainda estava lá. Ao ver isso soube na hora que não era fantasia, coisa de sua cabeça.

—Vocês estão vendo isso? —Perguntou Emi correndo de encontro as irmãs.

—Sim, onde conseguiu essa flor Emi? —Perguntou a criada.

—Uma moça me deu.

—A mesma moça que você disse ter visto? —Perguntou sua irmã rindo.

—Sim, ela mesma—Isso fez suas irmãs se calarem.

Então foram embora para casa, na chegada de casa Emi viu o cavalo de seu pai e ficou muito feliz por vê-lo àquela hora em casa. Emi saiu correndo para ir de encontro a seu pai, ela mal podia esperar para contar o que havia acontecido mais cedo. Seu pai estava na sala de chá conversando com seu conselheiro militar, Emi vinha toda sorridente abraçar seu pai, mas antes de entrar na sala escutou um pouco da conversa dos dois e isso a fez parar.

—E agora, o que eu faço? —Disse seu pai—Tenho quase 30 anos, não sou mais tão jovem. E se eu morrer, quem vai cuidar da minha família?

—Sua mulher é muito fértil, ela sem dúvida poderá te dar outro filho.

—Mas e se eu morrer antes disso? Ouvir dizer que o clã Kumo e Kitsune estão trabalhando juntos agora, isso...

—Isso não é nada demais, meu senhor. Você já derrotou os Kumo uma vez e com uma tremenda desvantagem, sem dúvida estará mais que pronto para enfrentar esses dois, caso venham a atacar nossa cidade, mas duvido muito. Além do mais Yatsushiro tornou-se uma grande potência, não creio que consigam tal coisa, muito menos tenham a audácia de tentar.

—Isso tudo foi sorte, foi exatamente na noite em que Emi veio ao mundo. Eu lutava, pois, esperava que um garotinho estivesse para nascer. Imagine se eu tivesse um filho agora, eu poderia morrer tranquilamente.

Quando Hioshi disse isso, Emi que estava do outro lado da porta começou a chorar, ela deveria ter interrompido a conversa assim que chegou, seria melhor não ouvir aquilo.

—Emi?! —Disse seu pai surpreso ao ver sua filha.

—Então.... É tudo culpa minha? —Perguntou a garotinha soluçando em meio a seu choro.

—Não, não, claro que não meu anjo—Disse seu pai se ajoelhando para falar com sua filha.

—Papai, por que você quer tanto morrer? —Disse Emi antes de sair correndo.

Emi saiu correndo sem mal olhar para onde ia, em meio a corrida ela esbarrou em sua mãe, que havia saído de seu quarto pela primeira vez depois de um mês reclusa. Seu pai vinha correndo atrás, mas parou e ficou olhando de longe ao ver mãe e filha abraçadas.

—Mamãe, é culpa minha você e o papai estarem tão tristes?

—Claro que não Emi, de onde tirou isso?

—Se eu tivesse nascido um menino, a senhora seria mais feliz. Desculpa mamãe.

Nana olhou feio para Hioshi e soube na hora que aquilo era culpa dele, ela então lançou lhe um olhar que dizia “você me paga por isso”. Ele, que não era bobo saiu de perto e deixou Nana resolver situação, sabia que se chegasse perto seria pior. Mãe e filha sentaram-se de frente para o lago no jardim e tiveram uma boa conversa.

—Sabe, seu pai só está triste por ter perdido um filho, eu também estou. É normal um pai chorar a perda de um filho, pois espera-se que o filho enterre seus pais, não o contrário.

—Mas mamãe... —Sua mãe a censurou.

— Tanto eu quanto seu pai amamos você e suas irmãs mais que tudo nessa vida, sou uma mulher abençoada por ter filhas tão maravilhosas.

—Mas mamãe, se eu tivesse nascido garoto, o papai ficaria mais feliz?

—Não minha filha, você já nos faz feliz pelo o que você é—Disse sua mãe, mas Emi sentia que não era verdade.

A pobre cabecinha da criança foi então tomada por aquela preocupação, queria saber como deixar seu pai e sua mãe felizes. Na hora do jantar, com todos reunidos à mesa, seu pai começou a falar do festival que teria no templo de Tamonten. Suas irmãs se exaltaram ao ouvir isso, mas Emi apenas ficou cabisbaixa brincando com a comida em sua tigela. Seu pai, sabia que aquilo era culpa dele, então abaixou-se e sussurrou no ouvido de Emi:

—Se quiser eu te levanto de novo para ver a apresentação das Miko, sei que você adora vê-las dançar.

—Hã?! —Disse Emi, como se por dentro dissesse EURECA! —Papai, o senhor gosta de dança?

—Sim, claro que gosto.

—Isso te deixa feliz?

—Eu acho que sim. Eu sou péssimo dançarino, mas sempre é bom ir a festas como essas de vez em quando.

—Eu mal posso esperar pelo festival—Disse Emi sorrindo meigamente, isso fez seu pai se sentir um pouco mais aliviado.

“Ping!!” Era isso que Emi procurava. Seu pai gostava muito de Bishamon e era temente a ele, tudo que vinha dele, seu pai gostava. Aí estava a solução perfeita para ver seu pai feliz, Emi estava descida a aprender sozinha a dança das sacerdotisas do templo. Podia ser qualquer outra dança, sim... Mas como esperar que uma criança pensasse isso? Para ela, só aquilo faria seu pai feliz e só ela servia.

Pela manhã, antes de todos levantarem, Emi acordou e colocou em prática seu plano. Ela saiu de casa sozinha e caminhou até o templo de Tamonten no alto da colina, levando consigo dois leques de pano e um xale para se proteger do frio que fazia pela manhã.

Debaixo da cerejeira o sol estava dando sinais que iria nascer, Emi pôs-se a dançar, tentando lembrar dos passos que havia visto varia vezes nos festivais. Estava concentrada, acreditando fazer de forma idêntica os movimentos repetidos graciosamente pelas sacerdotisas.

—O que está fazendo—Perguntou uma voz misteriosa.

Emi não sabia de onde vinha aquela voz, olhou em volta e não viu ninguém.

—Aqui em cima criança—Repetiu a voz.

Emi olhou para a arvore e foi subindo o olhar até ver, deitada em um galho, a mulher de cabelo branco que havia visto no dia anterior.

—Moça, quem é você?

—Você não me respondeu minha pergunta—Disse a mulher sorrindo—E eu perguntei primeiro, hein.

—Humm...Eu estou treinando a dança que as sacerdotisas daqui dançam.

—Entendo, mas por que quer tanto aprender isso? —Disse a mulher pulando no chão e caindo graciosamente de pé.

—Bem, eu não nasci um menino como meu papai queria e por isso ele é triste. Pensei que se soubesse dançar, papai sentisse orgulho de mim—Emi abaixou a cabeça.

—Emi, eu não diria isso se fosse você. Você é o tesouro de seu pai, acho que é o que ele tem de mais sagrado.

—Não acredito.

—Se não fosse verdade, ele estaria tão preocupado com você e sua família? Olhe só; ele se preocupa com a segurança de vocês e sabe que se falecer, sem um herdeiro homem vocês não tem direito a nada nesse Japão de hoje. Ele só quer garantir que nenhum pilantra tome o posto dele e que vocês não passem dificuldades.

—Mas por que ele quer tanto morrer? —Uma lágrima escorreu de Emi—Eu não quero que ele morra, eu amo muito o papai.

—Ele também te ama, justamente por isso pensa tanto na morte. Nenhum humano sabe o dia que um shirigami virá lhe fazer uma visita, então é bom viver o máximo possível antes que o dia chegue. Mas não se preocupe, seu pai ainda tem muito tempo pela frente, irá te ver tornar-se uma bela mulher.

—Hã, como sabe de tudo isso?

—Posso contar um segredo? Você não conta para ninguém? —Disse a mulher com olhar de criança.

—Eu não conto, juro bem juradinho—Disse Emi, depois fez um sinal, como se estivesse costurando a boca.

—Você já deve ter ouvido um milhão de vezes a história do dia que você nasceu, e que seu pai veio pedir ajuda a Bishamon e.…. Enfim, essa história.

—Sim, eu sempre ouço. Como você sabe disso?

— Bem, isso é porque eu sou Bishamon.

Emi riu ao ouvir aquilo, Bishamon apenas encostou na arvore e a viu se divertir com suas palavras.

—Isso é mentira, Bishamon é um deus e ainda por cima é homem.

—Concordo com você, mas gosto dessa forma, é mais útil para falar minhas sacerdotisas, elas não acham que sou um ladrão ao me ver —Bishamon olhou nos olhos de Emi e sussurrou — Aliás, você me vê? —Emi acenou com a cabeça dizendo que sim—Então como sou?

—É cega, tem cabelo branco e seu kimono é muito bonito.

—Você realmente me vê, isso é estranho.

—Por que é estranho?

—Humanos não podem ver um deus, a menos que essa seja a vontade do deus em questão. E eu não fiz questão nenhuma de ser vista por você. Como consegue me ver?

Emi inocentemente levantou as mãos para cima, flexionou os ombros, fazendo aquela típica cara de “Eu não sei”. Bishamon lhe deu dois toques na cabeça de Emi, como se dissesse “boa garota”. Naquele momento o deus guerreiro havia se encantado com a criança, nem precisou muito, Emi era uma criança meiga e isso encantava qualquer um.

—Então o que você queria fazer mesmo?

—Dançar.

Tamonten pegou os leques e entregou para Emi, depois como mágica tirou outros dois de suas mangas.

—Então vamos por parte, eu te ensino.

—Obrigada Onee-sama—Disse Emi sorrindo.

Ali ficaram as duas por cerca de meia hora, até a primeira Miko sair do templo principal onde orava e ver a garotinha, filha do senhor feudal, dançar a típica dança ensinada para as Miko. Mas não era a que ela e suas companheiras dançavam em dias de festa, aquelas coreografias eram inventadas um mês antes de cada apresentação. Mas a que Emi dançava, somente era executada em agradecimento a Bishamon, fora de alcance do olhar dos moradores da vila.

A Miko olhou atentamente e viu que a garotinha olhava fixamente para a cerejeira, como se essa lhe dissesse instruções. Sem saber o que fazer, muito menos dizer, ela chamou a chefe das sacerdotisas. A velha senhora olhou bem e então deu uma gostosa risada, depois foi de encontro a Emi.

—Onde aprendeu a dançar assim minha jovem? — Perguntou Aya, a sacerdotisa “Mãe” por assim dizer.

—Hã? — Emi olhou para Bishamon que havia sumido naquela hora— Foi Tamonten que me ensinou.

—Jura?! —Mostrando um fascínio, mais pelo fato da própria criança que da história.

—Sim, ela estava aqui agora.

—Ela? Quem é ela Emi? —Perguntou Aya.

—A mulher cega de cabelos branco.

—YUKA!! —Disseram as duas sacerdotisas ao mesmo tempo —Você viu a Yuka?

—Hã? Mas o nome dela é ... —Emi viu Bishamon lhe fazer sinal de silencio por detrás das duas sacerdotisas— Eu a vi sim.

Um alvoroço de sacerdotisas se formou ao redor da garotinha, não demorou muito para que a notícia chegasse aos ouvidos do mestre Nito, Kannushi responsável pelo templo de Bishmon.  Ele pessoalmente levou Emi para casa, e junto com sua filha adotiva Nara fez uma visita à casa do senhor feudal. Ele precisava muito falar com os pais sobre Emi, a mediunidade da criança não podia ser desperdiçada.

Hioshi e sua esposa os atenderam da melhor forma possível, foram para a varanda e lá sentaram-se para tomar chá. Enquanto isso no jardim do lado de fora, Emi e suas irmãs brincavam com as flores.

—Senhor, creio que sua filha seja uma Miko—Disse o Kannushi enquanto degustava o chá.

—Hã?! —Disse Hioshi encarando o sacerdote —Não entendi a onde quer chegar.

— Yuka, a guardiã das Miko de meu templo se mostrou para ela. Isso nunca tinha acontecido antes, creio que Tamonten-gami a escolheu—Disse Nara sorridente, ah era ela que sempre contava histórias para as crianças.

— Eu sugiro que sua filha comece o treinamento o mais rápido possível—Completou Nito.

—Epa! —Hioshi fechou a cara— Você está querendo que minha filha, a joia de minha família, vá morar com vocês no templo?

—Err... Eu não senhor, Bishamon. Minhas sacerdotisas me falaram a manhã inteira do comportamento de sua filha, conversar com espíritos não é uma coisa normal para ninguém.

—Agora está chamando minha filha de aberração? —Disse Hioshi batendo na mesa.

—Calma querido—Disse Nana acalmando os ânimos do marido.

O sacerdote bebeu o último gole do chá e suspirou.

—Nara, saia da sala por favor—Disse seu pai calmamente.

—Mas pai...

—Apenas me obedeça, eu quero conversar à sós com o nosso senhor.

—Se essa é sua vontade meu pai—Nara queria ficar, mas obedeceu seu pai.

—Não é isso—Disse Nito após sua filha se retirar da sala, depois se ajoelhou em sinal de submissão ao senhor feudal— Acontece que não temos sacerdotisas em nosso templo que falam diretamente com Bishamon, acho que ele anda triste conosco.

— E o que minha filha tem a ver com isso?

—Meu senhor, algo que apenas algumas de minhas Miko sabem é que Bishamon assume muitas formas. Yuka é uma dessas formas, ela é o próprio Bishamon disfarçado, e Emi falou espontaneamente com ele.

—Entendo—Disse Hioshi mais calmo.

Depois de muito conversarem Hioshi concordou em tornar sua filha uma Miko, com algumas condições. Ela só começaria seu treinamento quando completasse seus 10 anos de vida, e ela não moraria com as outras Miko, ela poderia dormir tanto na casa dele quanto no templo. O Kannushi concordou com os termos de Hioshi e foi embora para seu templo.

Assim que saiu, Hioshi sentou-se novamente na varanda e ficou observando suas filhas brincarem no quintal. Ele lembrara-se muito bem da promessa que fez a Bishamon no dia do nascimento de Emi.

—Tamonten, você não ganhou um guerreiro. Mas parece que quer uma Miko.... Por quê?!


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo Bishamon terá que usar sua verdadeira forma ^~^



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