Mister D escrita por Bruninha


Capítulo 3
Capítulo 3




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Quando chegou sexta a noite, decidi ir sozinha ao encontro do personagem principal da minha história. Quando cheguei ao bar percebi que haviam algumas mulheres jovens que pra mim seriam alvo fácil para o garoto de programa. Ele poderia mexer facilmente com a mente daquelas mulheres, ele era bonito, cheiroso e me dava a impressão de ser bastante confiante em si mesmo. Mas agora eu estava um pouco assustada, com medo de como seria sua reação. E seu meu sonho havia sido um aviso? E se aquilo poderia acontecer? Eu não sabia se valeria a pena arriscar a minha vida para conseguir uma história que ninguém jamais havia lido. O que eu iria perder?

Esperei alguns minutos tomando uma cerveja para me deixar relaxada, até que o vejo entrar pela porta, sorridente como sempre, ele sabia que poderia mexer com qualquer mulher se sorrisse daquela forma, e era exatamente o que ele fazia. Comecei a pensar que ele deve lucrar muito com esse tipo de trabalho, esse seria o motivo para ele trabalhar com essa profissão nem um pouco digna.

— Olha só quem está por aqui. - Ele disse ao se aproximar de mim, e novamente sorriu. - Imaginei que sentiria minha falta.

— Imaginou errado… - Revirei os olhos. Por mais que ele fosse lindo e tivesse um jeito encantador, eu não ia nem um pouco com a cara dele. - Preciso de um favor.

— Huuuum… então está interessada em meus serviços. - Ele estendeu a mão até meu rosto e acariciou suavemente com o seu polegar, até eu tirar sua mão em seguida. - Você é brava, me mostre essa raiva toda no quarto lá em cima.

— Sem brincadeiras… quero que seja meu personagem.

— Seu personagem de que? - Ele ergueu a sobrancelha, pareceu não gostar da ideia.

— Eu sou escritora de uma revista. Preciso de uma história, e eu escolhi a sua história.

— Você não pode estar falando sério…. Eu…

— Por favor, é algo importante pra mim.

— Eu não estou nem ai, não vou te contar o que se passa em minha vida.

— Eu pensei que poderia viver o que se passa em sua vida, te acompanhar, você não precisaria me contar nada.

— Você quer me acompanhar? Não achei que gostasse de assistir, pensei que era do tipo de ficar por cima e acabar comigo com toda essa raiva que você tem.

— Não… eca…. Ai meu Deus.

— Procure outro cara.

E foi a ultima coisa que ele disse até se afastar de mim. Fiquei analisando seus movimentos, ele se aproximou de uma mulher de aparentemente 40 anos, ela estava sozinha no ultimo banco do bar, parecia beber tequila e afogar as magoas de algum acontecimento de sua vida. Ele chegou até ela e sussurrou algo em seu ouvido, logo em seguida deu um beijo lento em seu rosto. Ela logo sorriu alegremente, será que aquela mulher que estava aparentemente triste havia se animado com o fato de transar com um garoto de programa bonitão e sexy? Realmente, não dá pra se julgar um livro pela capa. Ele segurou a mão da senhora e fez com que ela se levantasse, percebi sua mão então se deslizar até a cintura dela, logo os dois subiram as escadas que tinha no fundo do bar, eu nunca havia ido lá em cima, mas sabia que havia quartos por lá. Era um bar onde as pessoas se conheciam, e caso rolasse um clima havia ainda uma espécie de “motel” no segundo andar. Local perfeito para o meu personagem trabalhar.

Meu personagem que nem sequer queria contribuir para a minha história. Como eu poderia convence-lo a participar? De que forma eu faria com que ele se interessasse em participar do meu projeto? Pensei em uma resposta ridícula para essas perguntas, eu podia fazer o que ele queria, subir para o quarto com ele, agarrar sua roupa e a tira-la com toda a raiva do mundo, e depois eu subiria em cima dele e o faria esquecer que já fez aquilo com milhões de mulheres. Mas não, que ideia estúpida e que com certeza não daria certo, além do mais, depois eu ainda teria que paga-lo, e com certeza ele não é barato. É isso, preciso pagá-lo, é o que ele gosta, de dinheiro, então se eu desembolsasse uma boa quantia ele poderia aceitar participar do meu livro. Mas aonde eu iria arranjar uma boa quantia? Eu recebo 800 reais por mês de mesada dos meu pais, deve ter uns 9 mil no meu banco, mas prometi que não mexeria nele, pois aquele dinheiro seria para eu comprar minha casa futuramente, então só restava uma saída, pedir dinheiro aos meus pais.

Não era uma tarefa muito fácil, eles perguntariam pra que o dinheiro, e eu não sabia o que dizer, mas a desculpa que veio em minha mente foi dizer a verdade, mas sem contar tudo o que eu planejava. Meu pai estava sentado em seu escritório, e quando eu entrei ele me olhou com uma cara de bravo, como se já soubesse que vinha noticias ruins, era só isso que eu fazia, sempre falava algo que o deixava descontente ou envergonhado, e isso ia acontecer novamente, mas dessa vez terá um bom motivo.

— Pai! - Falei sem encará-lo muito, eu não olhava dentro dos olhos do meu pai há muito tempo, não gostava de ver seu olhar de desapontado, aquilo realmente mexia comigo.

— O que quer Sasha?

— Preciso de um favor… será que… o senhor… - Falei dando pausas, não sabia como pedir aquilo. - Será que poderia me emprestar 6 mil reais?

— O que? - Ele me olhou assustado. - Pra que quer esse dinheiro Sasha? O que aprontou dessa vez? Olha, se você fez besteira não me meta nessa… não vou pagar 6 mil reais contribuindo com as coisas que você faz, o que você aprontou dessa vez? Ai meu Deus, por que você não consegue ser…

— Pai.. - Eu o interrompi, ele parecia nervoso, e tinha motivo pra estar. - Eu não aprontei nada, eu preciso do dinheiro porque recebi uma entrevista de emprego, e preciso escrever uma história, os 6 mil reais é pra que a história fique realmente boa.

— O que você vai comprar? Você já não tem tudo que precisa? Quer um lápis pra escrever ou vai comprar a fábrica de papel? Você enlouqueceu? 6 mil reais Sasha, você só pode estar brincando com a minha cara…

— Pai, eu não estaria pedindo se não fosse algo realmente importante… Por favor, eu preciso disso.

— Por que você não é como sua irmã? Que conquista tudo sozinha? Eu não preciso nem me meter.

— Eu já sei que Dandara é perfeita, não tem nenhum erro, nem defeito, é a melhor filha do mundo. Eu já sei, o mundo inteiro sabe, mas eu não estaria passando essa humilhação se não fosse importante. Eu preciso provar pra mim mesma que eu sou melhor do que eu sou hoje, e não, não to fazendo esse esforço por você e minha mãe, porque vocês já tem tudo que merece, uma filha maravilhosa que nunca erra e nem trás desgosto. Vocês não merecem uma filha imperfeita que luta pelo que quer na vida, não merecem a minha luta pra ser melhor. E o dinheiro? Você iria me dar, mas eu devolveria, porque eu não quero uma ajuda de vocês na minha vitória, não quero uma contribuição de vocês na minha mudança… quando ela acontecer, eu vou estar longe daqui, vocês ficaram com a filha perfeita de vocês, e eu espero do fundo do meu coração que esqueçam que a “ovelha negra” um dia fez parte desse rebanho.

— Sasha….

Foi a ultima coisa que meu pai disse até eu subir para o meu quarto. Entrei e me joguei na cama, agarrei meu travesseiro e me derramei em lágrimas. Eu havia finalmente desabafado. Só pedi uma coisa a ele, eu sei que eu não era merecedora, mas eu já não aguentava mais essa falta de amor. Eu não me amava por ser quem sou, mas eu precisava de alguém que me amasse mesmo com os meus defeitos. Eu precisava do apoio e amor dos meus pais, mas ele nunca apareceu, sempre houve criticas e eu nunca consegui me reerguer. Agora que finalmente estava fazendo algo em que eu achava que iria dar certo, ele me negara ajuda. Ele é meu pai, deveria estar comigo acima de tudo, mas pelo contrário, eu me sentia completamente sozinha, e por isso eu estava chorando, eu estava sozinha, não tinha com quem desabafar, não tinha ninguém pra eu dizer que está tudo desmoronando, ninguém pra me ouvir dizer que eu estou sentindo minha queda próxima, e que o tombo dessa vez vai ser alto demais pra eu poder me levantar depois.

No dia seguinte acordei com o rosto um pouco inchado de tanto chorar na noite passada, tomei meu banho e passei um pouco de base no rosto para tentar disfarçar. Desci as escadas e evitei me deparar com qualquer pessoa da minha casa, e consegui. Saí de casa sem que ninguém me visse. Peguei meu carro e dirigi em direção a casa do Leonardo, precisava conversar com meu amigo, ele era o único que poderia me ouvir naquele momento, era o único que realmente se importava com o que eu sentia.

— Não sei o que vou fazer. - Falei levando a mão em meu rosto, sentada no sofá da casa de Leonardo, logo após ter contado tudo a ele.

— Se eu tivesse essa quantia… sabe que eu te daria.

— Eu sei que sim, mas era algo que eu esperava que meu pai faria por mim… e mais uma vez eu estava enganada. - Meus olhos encheram de lágrima naquele momento e eu me virei para encará-lo, olhando em seus olhos castanhos. - Quando eu vou parar de esperar que coisas boas aconteçam?

— Sas… - Ele segurou meu rosto com as duas mãos, e me puxou para um abraço. - Você nunca deve parar de acreditar que as coisas vão mudar, que coisas boas vão vir…

— Mas elas nunca vem Léo.

— Um dia você vai ser mais feliz que qualquer pessoa nesse mundo. E eu vou estar lá sorrindo pra você e rindo de tudo que já passou.

— Com certeza você estará lá, você é a pessoa mais importante da minha vida. - Eu esbocei um sorriso tímido e o apertei contra meu corpo.

— Eu te amo. - Dei um sorriso quando ele disse isso, ele era a única pessoa capaz de dizer que me ama, ninguém havia me dito aquilo, não que eu me lembrasse. Pra falar a verdade, não sei se meus pais me disseram isso quando eu era pequena. Se disseram, depois que eu cresci esqueceram de dizer.

— Eu também amo você. - Retribui o carinho que ele me deu, e sim, ele também era a única pessoa que eu era capaz de dizer aquilo.

Ele merecia. Me lembro bem na época de colégio quando nos conhecemos. Ele viu que eu estava perdida na matéria e me ajudou totalmente, se não fosse ele eu repetiria novamente naquele ano, e dessa vez meu pai não aceitaria pagar novamente. Ele me salvou e foi ai que começou nossa amizade. Numa noite eu estava em casa chorando por causa das brigas com meus pais, e ele pareceu ter sentido isso e me ligou, lembro até hoje de suas palavras no telefone “Acho que você precisa de mim hoje, desce que eu to aqui fora”. Eu sempre digo a ele que ele foi enviado para ser a única pessoa capaz de me fazer sentir coisas boas. E ele fazia, sempre fez. Temos tantas histórias juntos que fica difícil relatar todas. A ultima foi que ele fazia faculdade de jornalismo também em outra universidade, e quando soube que eu faria a mesma coisa, ele resolveu se transferir, só pra ficar perto de mim. Ele sempre está por perto quando preciso. Quando eu bebi e acabei traindo meu namorado, ele me abraçou tão forte que pareceu tirar toda a dor que eu estava sentindo naquele momento. Muitas vezes eu bebia e ele me salvava, me buscava e deixava eu dormir em sua casa. Leonardo pra mim era a melhor pessoa de todo o mundo, ele merecia que eu o amasse.

— Um dia você vai acordar e ver que tudo ao seu redor está diferente. Você vai olhar pra sí e vai ver que sorriso lindo você tem. Vai ouvir aquela musica que você ouve tanto e diz que é exatamente como você e vai passar a dizer “que música sem noção”, vai olhar seus pais errando como sempre e nada sentirá. Vai entrar naquele bar, e vai esquecer que já esteve lá um milhão de vezes. A bebida, seus pais, tudo que deu errado vai sumir. Só restará seu sorriso. Nada de antes vai ficar, nada te prenderá ao passado, porque você estará muito ocupada sendo livre de toda coisa ruim, estará muito ocupada sendo feliz.

Quando ele disse aquilo lágrimas começaram a descer do meu rosto e ele me deu um beijo demorado na cabeça. Como eu queria que aquilo se tornasse verdade. Eu confia demais no Leonardo, mas eu não acreditava que aquilo fosse acontecer comigo. No fundo eu penso igual meus pais, que eu sempre fui um nada na vida e continuaria assim. Por mais que eu lutasse, algo me fazia voltar para trás novamente. Mas eu também tinha noção que não era tudo culpa minha. Quando minha irmã nasceu tudo desmoronou. Eu não era uma má aluna, eu não era uma pessoa sem esperanças, pelo contrário, eu tirava notas excelentes no colégio e era cheia de vida, mas um dia, meu pai disse na minha frente que tinha certeza que minha irmã seria uma excelente honra para a família, que ela seria uma advogada conhecida como eles. Eles nunca falaram aquilo pra mim. E foi assim que eu comecei a me perder, minhas notas caíram, comecei a me questionar, a duvidar de tudo que eu pensava sobre mim. Acho que eu perdi a minha vida. Naquele dia algo dentro de mim morreu, se meus pais não acreditavam em mim, eu também não consegui acreditar. Eu os admirava, eles eram tudo pra mim, eu queria ser como eles, mas hoje, tudo que eu mais quero na vida é ser lembrada como o que eles são.

Passei um tempo com Leonardo, ele me ajudou a superar novamente tudo o que havia acontecido. Jogamos um jogo de tabuleiro que agora não me recordo o nome, mas foi divertido, eu tinha que derrubar as conquistas dele, demos várias risadas. Depois vemos um filme de terror e suspense que acabou conseguindo me dar uns sustos, e novamente ele ria, dessa vez da minha cara. Comemos bastante também, Leonardo sabia cozinhar e havia preparado antes da minha chegada um delicioso pavê de leite condensado com chocolate. Meu melhor amigo era perfeito, disso eu tinha total certeza, eu nunca poderia perdê-lo, as vezes eu o dizia que ele era o motivo de eu conseguir me reerguer ainda. E ele era.

Ainda na casa de Leonardo, era umas 19 horas quando tomei uma decisão importante na minha vida. Eu precisava fazer de tudo pra conseguir esse dinheiro, precisava arriscar tudo uma vez na vida, essa história precisava dar certo, ou eu não aguentaria mais uma decepção na vida. Por isso eu optei por mexer no meu banco e retirar 6 mil reais dele, eu ficaria com apenas 3 mil reais, mas era preciso, eu não posso deixar essa chance passar. Era uma das melhores empresas que havia feito-me o convite, eu sempre quis escrever pra ela. Havia feito faculdade de jornalismo, mas eu amava escrever, amava contar histórias feitas por mim. Eu não poderia perder essa chance, então espero que 6 mil reais seja o suficiente para o garoto de programa nada simpático.

Cheguei no bar e o procurei, ele estava com uma moça negra com aparentemente 32 anos, estava pronto para subir para o quarto com ela. Se ele subisse eu teria que esperar até mais tarde para conversar com ele, por isso resolvi agir. Me aproximei dos dois e me meti entre eles. Eu talvez fosse me arrepender de fazer aquilo, talvez não, com certeza eu iria me arrepender. Mas eu não podia ter medo, era a primeira vez que eu estava arriscando tudo para conseguir o que realmente quero.

— Oi meu amor. Podemos conversar? - Falei pra ele fazendo a maior cara de pau possível.

— Amor? Ram… - A mulher negra disse esboçando uma reação negativa com minha presença e logo saiu de perto de nós.

— Você ficou maluca? - Ele segurou fortemente meu braço, usava uma força exagerada o que me machucava um pouco. - Ta querendo estragar meus esquemas pra eu poder aceitar sua história ridícula? Olha, você não sabe com quem tá se metendo… não entra no meu caminho.

— Eu te pago o quanto quiser para me deixar escrever… por favor…

Naquele momento ele ainda segurava meu braço com força e começou a me olhar de cima a baixo, até que subiu novamente o olhar até encontrar com os meus. Seus olhos azuis eram intensos e misteriosos, eu não gostava muito de encará-lo, era como se o olhar dele prendesse a atenção das pessoas. Como se atraísse nossa mente a pensar muitas coisas sobre ele que nunca jamais descobriríamos. Ele tinha seu charme, sua beleza, e acima de tudo, seu mistério.

— Quanto me oferece? - Ele perguntou aliviando um pouco a força de meu braço, mas ainda me segurando.

— 2 mil reais… - Falei tentando abaixar bastante o preço.

— Hahaha isso eu ganho em 4 fodas… - Ele soltou uma risada debochado. - Quero 5 mil reais no mínimo, talvez eu aumente se você ferrar meus encontros novamente… e não adianta negar porque já vi que você é uma patricinha rica.

— O que? Não, nada a ver… Como saberia disso?

— Você está usando uma bota de 2 mil reais.

— Foi um presente. Se eu tivesse de chinelo você cobraria 500 reais? E como sabe que custa 2 mil reais?

— Provavelmente. Meu trabalho me ajuda a conhecer as mulheres sabia? Muitas ricas vem aqui afogar as mágoas que nem sequer existem. Vocês deviam estar felizes, rindo a toa, a vida de vocês é um mar de rosas. Vocês se cobrem com cobertor de couro, nunca passam frio, nem fome, nem nada do tipo. Não tem problemas, a única coisa que vocês tem é drama. É por isso que elas vem me ver, pra acabar com o drama… na cama.

— Você está…

Eu ia dizer que ele está completamente enganado. Mas não queria alguém como ele sabendo que eu sou cheia de problemas na vida. Deixei que ele pensasse que pra mim era tudo mil maravilhas mesmo. Com esse pensamento dele pude notar que eu estava certa, que ele realmente se interessava muito pelo dinheiro, e não aceitava que alguém era infeliz tendo tanto dinheiro assim. Ele via o dinheiro como a coisa mais importante para se viver, ele com certeza estava errado, mas eu não iria discordar, só precisava dele profissionalmente, não me interessava mudar o pensamento dele sobre a situação financeira das pessoas.

— Vamos começar logo. Vou arranjar uma cliente, anote tudo.


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