Something Else Than a Broken Heart escrita por Lyanna


Capítulo 6
Algo mais que um coração partido


Notas iniciais do capítulo

"Eu não vou deixar de amar você. Para isso acontecer, eu preciso de algo mais que um coração partido... Gomen nasai, mas esse amor continuará aqui, no meu peito."




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A condição de estresse sob a qual os Gillians encontravam-se parecia ser influente à maneira com a qual os mesmos se portavam dali em diante. Animais rendidos à uma possível vicariância; dá floresta a qual lhes cabia ao céu despedaçado que cobria todo o Hueco Mundo. Mal sabiam, esses pobres Menos Grandes, que abatidos seriam ao deparar-se com as primeiras almas vivas vagantes naquele desértico deserto. [...]   Santa Tereza, assim como seu dono, parecia deliciar-se meio a cada foiçada desferida no pano negro do qual parecia ser composto do corpo de um Gilliam. Os fragmentos daqueles espécies assemelhavam-se ao sangue que provavelmente jorraria após cada ataque de Nnoitra. Rápido, certeiro, exato! O esguio corpo do Quinta Espada girava no mesmo eixo fazendo com que sua arma acertasse o aglomerado de Menos Grande que lhe cercavam, evitando assim todos os Ceros que lhe eram mirados. Ou quase todos.   Antes mesmo que o último Menos desaparecesse em finos fragmentos, um raio de luz avermelhado ia de encontro à Nnoitra acertando-o em cheio. A visão do ponto onde o mesmo se encontrava fazia-se embaçada; a areia levantava consigo uma espessa camada de poeira que parecia engolir o homem de alta estatura.   -  Nnoitra...!   A voz fina, preocupada, gritava o nome do Espada ao que os olhos gentis de Neriel vislumbravam a cena anterior. Não tão ávida como ele, a ex-Espada também ocupava-se em cuidar dos Menos Grandes que insistiam em lhe atacar. Desgostosa e veloz, a seriedade de uma Espada era demonstrada nos cortes certeiros que a mulher desferia sobre as máscaras Hollow dos animais. Ao mesmo tempo que desferia um último golpe, utilizava do sonido e colocava-se à frente do Hollow responsável pelo Cero direcionado a Nnoitra.   -  Gaaaaaaah!   Selvagem, os lábios de Neriel entreabriam-se com um grito esganiçado. Junto a este, a luz rosa pertencente a seu Cero era liberada à sua frente indo em direção ao último hollow ali existente. Mais um sonido, e a figura preocupada de Neriel fazia-se em frente cortina de poeira que lentamente se dissipava denunciando a posição de Nnoitra. De dentro daquele embaçar amarronzado, a lâmina de Santa Tereza cortava o ar em direção ao corpo e Neriel. A lâmina lhe acertaria em cheio caso a mesma novamente não tivesse usufruído de seu sonido para afastar-se do local onde se fizera um alvo vivo.   -  Droga, Neriel! Aquele último era meu!   A voz rouca do homem rasgava o ar em reclamação ao mesmo tempo em que suas passadas pesadas o levavam pouco adiante se livrando da poeira que o encobria. A figura de um Nnoitra incrivelmente intacto revelava-se aos olhos de Neriel assim como a mesma era observada pelo mesmo com seu único olho semicerrado.   - O que foi aquilo há pouco?  - Prosseguiu, uma vez convivendo com o silêncio alheio – Por um acaso ficou preocupada pensando que eu iria ser ferido por um Cero daquele? Francamente, Neriel...   Ainda que apreciando a preocupação alheia, o Quinta Espada debochava da atitude de Neriel durante a situação anterior, apontando o dedo polegar para o mais resistentes dos hieros, o seu. A ex-Espada, por sua vez, manteve-se inerte há alguns metros de Nnoitra após, com os olhos fechados, retornar à bainha, sua zanpakutou. A voz fina era única meio as palavras frias ditas pela mulher.   -  Você é imprudente demais, Nnoitra. Toda vez que age dessa forma animalesca eu tenho vontade de me afastar de você.   Palavras que poderiam ser mais delicadas ou até mesmo evitadas saíram pela boca da Espada que levava o tecido da luva branca até seus lábios como se com tal pequeno gesto pudesse retardar suas palavras. A preocupação com o efeito destas era tamanha que voltou o olhar ao Quinta Espada na intenção de desculpar-se.   -  Nnoi-kun...   Ergueu a mão ao ar como se pedisse por compreensão, entretanto o homem já fazia-se de costas à ela enquanto a lâmina de sua Zanpakutou era arrastada meio aos grãos de areia ao que este caminhava em direção a Las Noches. Sequer olhou para trás; o fino olho mirado a frente era inerte perto de suas palavras ácidas.   -  “Nnoi-kun” ... Tch, de que adianta me chamar por esse apelido estúpido se logo em seguida vai despejar o seu nojo em cima de mim. Não preciso de sua opinião ridícula a meu respeito, Neriel. Diferente do que você pensa, não sou um animal; sou um guerreiro.... Você nunca entenderia   Diante a resposta alheia, Neriel utilizou-se do sonido para colocar-se rapidamente às costas de Nnoitra. Os braços delicados o abraçaram pelas costas e os lábios tocaram-lhe o pano branco de suas vestes ao que a mesma sussurrava sua desculpa mais que amorosa.   -  Nnoitra... Nnoi-kun. Eu sei exatamente como você é. Sei o tipo de homem que é; sei o tipo de.... guerreiro que é. Sei exatamente como gosta de lidar com as situações. Não importa, de verdade, o quanto eu discorde de sua opinião, eu não vou deixar de amar você. Não importa quantas vezes tenha me machucado e pisado em mim, eu não vou deixar de amar você. Para isso acontecer, eu preciso de algo mais que um coração partido... Gomen nasai, mas esse amor continuará aqui, no meu peito.   Infantil à sua maneira, abraçou-o de forma mais forte fazendo com que seu busto se esmagasse delicadamente contra as costas do Espada que somente suspirou. Largou o cabo da zanpakutou sobre a areia e levou as finas mãos até as de Neriel fazendo com que a mesma o desabraçasse. De forma ainda rápida, virou o corpo em direção ao dela e, graças à diferença de altura, olhou-a de cima. Os lábios retos não demonstravam sinal algum de um sorriso, entretanto se abriram exibindo a enorme fileira de dentes quando o mesmo trouxe diante de tal a mão alheia. Os dentes encarregaram-se de morder-lhe a ponta do dedo médio puxando um pouco a luva branca de Neriel. Com alguma força a mais aplicada, a luva então deslizou e deixou a vista a mão esquerda da esverdeada. O ato que se seguiu era cavalheiresco demais para pertencer a Nnoitra, mas ainda sim o consumou.   Com a mão de Neriel próxima aos lábios, Nnoitra sorriu um pequeno sorriso e segurou-a delicadamente. Os lábios tocaram a pele morna da Ex-Espada em um beijo nada menos que carinhoso. As palavras, mesmo não carinhosas, traziam consigo um carinho necessário para o completar daquele ato inusitado.   -  Neriel Tu O’Dershwank... Você é uma vaca, mas ainda sim é a minha mulher.   A mulher apenas sorriu. De fato, era verdade. Ela era dela; tão dele, que mesmo quando ele não a quisesse mais, ela ainda seria dele.   -  Hai, Nnoitra... 

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Notas finais do capítulo

Essa letra não quer cooperar e ficou enorme oO
Um dia edito.



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