The Love Doenst Have Age, o que Aconteceria se Você Apaixonasse por Alguém com Metade da Sua Idade?? escrita por kaka_cristin


Capítulo 12
Capítulo 12 - Ele é o cantor.




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O tempo passou rápido depois de alguns meses de angústia. Não os meses de angústia passaram rápido, pois na verdade eles passaram-se rastejando. Depois que me senti bem pra sair de casa, o tempo voou. Sarah e eu estávamos mais juntas do que nunca. Ela conseguiu me tirar de casa e me levar pra sair pra se divertir. Ainda mais agora que ela estava divorciada. Quase todos os dias ela me convidava pra irmos a alguma boate. Eu não ficava com ninguém, ao contrário dela que beijava vários numa só noite e depois contava vantagem como se fosse uma adolescente novamente.

Foi então que num belo dia, minha vida voltou à ficar do avesso. Eu estava exausta na minha casa descansando depois de uma madrugada inteira dançando. A campainha tocou insistentemente. Levantei minha cabeça olhando o relógio em cima da cabeceira que marcava nove horas da noite. Gritei por Josh, mas ele não respondeu, então me lembrei que ele iria dormir na casa da namorada naquele dia. Me levantei e desci as escadas calmamente. Se fosse tão importante a pessoa iria esperar eu atender. Quando abri a porta não estava acreditando no que meus olhos estavam vendo. Sarah estava ali na minha porta toda arrumada provavelmente pra mais uma noite de balada.

- cara, Rose, você está com uma cara péssima.

- será que é por que acabei de acordar?

- não acredito que ainda estava dormindo, menina.

- estou cansada, há dias que eu não durmo. Culpa sua!

- culpa minha?

- é. Você só vive me chamando pra sair e eu não consigo mais dormir.

- eu só estou fazendo isso pro seu bem.

- não adianta Sarah. Eu não quero ninguém.

- e vai ficar solteirona pra sempre? Nada disso. Sou sua amiga e amigas são pra essas coisas. Não vou deixar minha amiga ficar pra titia.

- agora é tarde. Já estou muito velha pra ficar correndo atrás de homem.

- deixa de bobeira. Olha pra mim, com esse corpicho aqui conquisto vários. To me divertindo muito depois que me divorciei.

- ai ai... – disse revirando os olhos. A Sarah era totalmente louca.

- vai se arrumar. O que está esperando?

- eu não vou. Hoje não. Quero descansar.

- não pense que vai ficar em casa. Pode subindo e pondo alguma roupa. Hoje você sai dessa seca, nem que eu tenha que chamar um exorcista.

- ai credo, Sarah!

- anda minha filha. Fique linda, vai.

- eu não quero.

- ah, mas você vai! – e ela me puxou pelo braço até o andar de cima e começou a jogar todas as roupas interessantes do meu armário sobre a cama. Depois escolheu dentre elas a que ela julgava melhor e me deu na mão.

- agora vista! E ande logo pra não chegarmos tarde.

Eu me vesti e depois ela me maquiou. Apesar de não estar com a mínima vontade de sair, ela me convenceu a ir e lá estávamos nós duas paradas dentro do carro na frente da tal boate. É, estávamos dentro do carro. Nem eu sabia por que.

- o que está esperando? – perguntei olhando pra ela.

- calma. Vamos dar um tempo. Está muito cedo.

- não foi você que me apressou por que não queria chegar tarde?

- é, mas agora está cedo demais. O negocio é chegar bem tarde, assim chama mais atenção.

- eu não quero que me dêem atenção.

- deixa de ser boba. – e ligou o radio. – ai! Adoro essa música. “i’m not afraid to keep on living, i’m not afraid...” – cantava ela.

- nossa! Que música mais depressiva. A historia da minha vida. – e encostei minha cabeça na janela do carro.

- linda essa música.

“e essa foi mais uma música do My chemical romance, a banda que está estourando em todo país e no mundo também...”

- peraí, como é que é o nome da banda? – perguntei nervosa.

- My chemical romance, por que?

- Sarah... – eu fiquei tão nervosa ao saber que aquela musica era dele. Era a voz dele no rádio. Como não pude perceber isso antes. Aquela letra, com certeza era uma mensagem indireta pra mim. Tinha tudo a ver com a nossa historia. Estava certa, mesmo que por acaso, aquela musica era realmente a historia da minha vida. – eu não acredito nisso. É ele!

- ele quem? – perguntou me olhando assustada.

- não se lembra da carta? Eu deixei você ler, lembra? A banda que ele citou no final...?

- my chemical romance! OMG! My chemical romance! Esse era o nome da banda.

- sim!!!

- nossa! Eu nem tinha me tocado.

- era ele... – disse ficando pra baixo. Quando lembrava dele, ou seja, quase sempre, eu ficava pra baixo.

- não, Rose. Pode mudando essa cara.

- eu quero ir embora. – disse abrindo a porta do carro e descendo. Sarah abriu a porta do carro e correu atrás de mim.

- o que pensa que está fazendo? Pra onde vai?

- vou pra casa. Eu não sei onde estava com a cabeça quando resolvi vir pra esses lugares. Já passei dessa idade.

- Rose peraí! Pare de se chamar de velha toda vez que lembra dele. Você é linda Rose. Muitas mulheres desejariam chegar nessa idade como você. Olhe só pra você. Os caras ficam louco quando te vêem na boate. Todos querendo ficar com você.

- o problema não é isso, Sarah. O problema é que eu tenho que enxergar o que eu sou de verdade. Eu não sou mais uma simples adolescente. Eu sou mãe, eu tenho quarenta e quatro anos, eu tenho uma empresa pra cuidar, casa, comida, roupa pra lavar...

- eu também.

- desculpa Sarah. Mas eu não sou como você. Não que você esteja errada em ser assim. Eu admiro esse seu jeito de levar a vida, mas eu não sou assim. Eu bem que tentei, mas eu nunca vou conseguir ser como você. Nunca irei beijar outro homem que mal conheço, nunca irei me divertir nesses lugares cheios, eu sempre odiei isso. Até quando eu ainda era jovem, você lembra disso?

- lembro. Eu sempre te chamava pra sair, mas você preferia ficar em casa estudando do que se divertir em festas. – nós nos olhamos e sorrimos uma pra outra. – ó minha amiga. desculpa. Não quero te pressionar a fazer algo contra sua vontade. – disse me abraçando.

- tudo bem.

- é só que eu me sinto melhor com alguém que eu confie por perto. Não gosto de ficar sozinha nesses lugares. Queria estar com a minha amiga só isso.

- olha Sarah, tudo bem. Eu fico com você hoje.

- eba! – disse dando pulinhos e batendo palma feito uma criança.

- mas não se acostume com isso. É a ultima vez.

- obrigada!!! – e ela me puxou pelo braço pra entrarmos na tal boate que fazia fila, mas nós entramos assim que chegamos já que o segurança era amigo da Sarah.

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