Cortes.
Cortes profundos, vamos, deixe essa cicatriz em minha alma, eu sei que ficara lá.
Ouço os trovões em minha janela, a tempestade esta chegando, e estou escondida embaixo dos lençóis que
Antes eles eram verdes, hoje são vermelhos.
Uma bochecha quente, que liquido é esse que escorre ?
"Vamos, abra os olhos, veja o mundo, ele esta na sua frente."
Não quero velo de novo.
Dentes ranjendo, e um vento forte.
A escuridão se aproxima e a lua esta no ponto certo.
Vamos, quero parar de tremer
Vejo os lençois brancos
Lençois brancos me lembram a neve.
A neve ne lembra o frio.
O frio me lembra o céu.
O céu me lembra as nunvens.
E as nuvens são acompanhadas de trovoes.
Isso, ricocheteiem no céu.
Coloco as mãos na faca, e penso se posso fazer isso.
Sinto o metal gelado sobre minha pele.
Me dá calafrios.
Sinto cheiro de sangue, e é tao bom.
Lagrimas caem, como a chuva na janela, sangue escorre, como as sombras de uma alma esquecida.
Quero de novo, é viciante.
Os olhos pesam, e eu sei que talvez isso seja meu corpo me puxando pra terra.
Algo me vem a mente: morte.
Trovoes almentão no ceu cinzento.
Uma aprovaçao.
Morrer.
As pessoas que mais pensam na morte, que mais querem a morte, no fundo sao as que mais a temem.
Vamos chorar mais um pouco.
Ei, ursinhos empoeirados, chorem comigo.
Ei, poemas esquecidos, tragam palavras ha meus labios.
Ei, garota chorona, pare de sujar os lençoes com sangue.
Não grite.
Deixe os trovoes gritarem por você.
A tempestade caí lá fora.
E você se esconde aqui dentro.
Sorria. Vamos sofrer juntos.
Ponha uma musica para cantarmos.
Ouço a tempestade gritar mais uma vez, e grito por dentro enquanto ela cai.
Sou uma tempestade, e meu furacao esta me auto destruindo aos poucos.
Por que eu sou a morte. E a morte está virando minha vida!