Será que somos mesmo tão diferentes assim? escrita por Anaju


Capítulo 6
A festa do Beijo


Notas iniciais do capítulo

O que será que vai acontecer na festa do pijama de Laura e Marcelina? Paulo vai beijar alguém, quem será?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703057/chapter/6

Um pouco antes da hora da festa:

Marcelina:

A hora da Laura chegar está próxima, meu pai e minha mãe foram ao mercado aqui perto comprar batatas, acredita que as que tinham não eram suficientes para fazer a especialidade da mamãe que é escondidinho de carne moída. Aí ela obrigou o papai a levá-la em cima da hora para comprar mais batatas. Como minha mãe sempre diz ou recebe alguém bem ou não recebe ninguém. Como a Laura vem para o jantar minha mãe usou essa frase para convencer o meu pai.  

— Paulo. – Eu o chamei.

— O que foi? – Paulo, entrou em meu quarto e perguntou.

— Eu vou tomar banho. Se a Laura chegar faz sala para ela.

— Sério? Eu odeio fazer sala para as suas amigas.

— Quando é com a Margarida você não reclama, né? Afinal quando eu chego na sala vocês estão sempre se beijando.

— Que isso. Eu e a Margarida somos só amigos.

— Sei...

— Você vai fazer isso por mim ou não?

— Faço.

— Obrigada, irmãozinho.

Eu o abracei.

— Me larga senão eu me arrependo de ter dito sim.

— Está bem. – Eu o soltei.

Paulo saiu de meu quarto e eu fui para o banheiro.

Marcelina off

Algum tempo depois:

Laura:

Dois minutos depois das dezenove eu estava na porta da casa da Marcelina. Bati e Paulo abriu a porta.

— Ah... Oi, Laura. – Paulo, disse quando me viu.

— Oi!

— Cadê a Marce? – Eu perguntei.

— Ela está no banho. Vou perguntar se ela já terminou.

Concordei com a cabeça.

— Você já terminou o banho? – Paulo gritou a pergunta para Marce.

— Sim, já estou indo. – Marce gritou em resposta para ele.

— Ela já vem. Pode se sentar. Vou ficar aqui com você até ela voltar.

— Está bem.

Os minutos se passavam e nada da Marce chegar. O silêncio da sala me consumindo mais a cada minuto. O Paulo quieto e eu também quieta, até que finalmente Marce chegou na sala.

— Oi! Amiga. – Marce me disse.

— Olá!

— Animada para nossa festinha?

— Muitíssimo.

— Eu vou para o meu quarto. – Paulo anunciou.

— Obrigada por me fazer companhia.

— É obrigada Paulo por ficar aqui com a Laura. – Marce, disse.

— De nada, meninas. – Paulo, falou.

Paulo saiu da sala. Eu e Marce ficamos conversando na sala.

Alguns minutos depois os pais de Marce chegaram em casa, ela me disse que eles tinham ido até o mercado.

— Olá, Laura. – A mãe de Marce me cumprimentou.

— Oi, Laura. – O pai de Marce também me cumprimentou.

— Olá, tia Lilian e tio Roberto.

Depois de um certo tempo:

— O jantar vai atrasar um pouco meninas, por que vocês não vão conversar lá no quarto da Marce? – A mãe de Marcelina falou.

— Tudo bem, mãe, vamos Laura.

— Com licença, tia Lilian.

— Toda, Laura.

Eu e Marce fomos para o quarto dela esperar o jantar.

— Onde eu posso colocar minha mochila?

— Pode colocar aqui. – Marcelina me indicou o lugar.

— Então você e meu irmão, juntinhos na sala.

— O que que tem?

— Nada....

— Marce.

— Estou só brincando.

— Você sabe que não é do Paulo que eu gosto.

— Sei sim, mas o meu irmão é lindo.

— É sim, porém eu não me interesso por ele.

— Pode até ser, entretanto vocês já ficaram.

— Ficamos no passado.

— Está bem, mas ia ser muito legal, a minha melhor amiga namorar, o meu melhor irmão.

— O Paulo é seu único irmão.

— Eu sei, mas é o melhor.

Nós rimos.

— Eu e o Paulo não rola.

— Ok, já entendi.

— Mas se rolasse ia ser muito bom.

— Marce...

Continuamos conversando até que a mãe de Marcelina nós chamou para jantar.

— Espero que goste, Laura. Fiz a minha especialidade: escondidinho de carne moída. – Tia Lilian me disse.

— Vou gostar sim, sua comida é sempre muito boa.

— Obrigada.

Um tempo depois:

— Estava tudo maravilhosamente incrível, grata pelo convite para jantar, tia.  

— Por nada. Venha jantar conosco sempre que quiser. É sempre muito bom cozinhar para você, Laura.

Eu e Marcelina saímos da mesa e fomos para o quarto dela.

Alguns minutos depois tia Lilian apareceu por lá.

— Marcelina, você poderia me ajudar com a louça?

— Claro, mãe.

— Vai descansar, tia Lilian. Eu e Marcelina lavamos e secamos toda a louça para você.

— Vocês fariam isso por mim? Seria ótimo.

— Com certeza, não é, Marce?

— Sim, pode ir descansar, mãe.

— Obrigada, meninas.

Tia Lilian saiu do quarto.

— Como eu que ofereci para lavar e secar a louça toda, pode deixar que eu faço tudo sozinha.

— Que isso? Fazemos isso juntas.

— Está bem, então vamos começar a colocar a mão na massa logo ou melhor na louça, né?

Marce riu.

Eu e Marce fomos para a cozinha.

Depois de terminar de lavar e secar a louça toda que a propósito não era pouca voltamos novamente para o quarto da Marce.

Ouvimos uns gritos, porém deixamos para lá.

Laura off

Enquanto isso na casa dos Ferreira:

Valéria:

Quando será que o Davi vai se declarar para mim e me pedir para namorar com ele, hein...

A gente já se gosta faz tempo, porém ele sempre fica no quase.

Eu queria tanto começar esse novo ano escolar com um namorado.

Meu celular tocou. Uma nova mensagem.

Mensagem on:

—--------------------------------------------

Como está minha melhor amiga?

—-----------------------------------------------

Mensagem off

E adivinha de quem é a mensagem? Se você pensou Davi, parabéns você acertou.

Enviei uma mensagem de resposta.

Mensagem de resposta on:

—---------------------------------------

 Morrendo de saudades suas.

—------------------------------------------

Ele me enviou outra mensagem.

Mensagem 2 on:

—------------------------------------------------------------------------------------

Como você é dramática. Parece que não nos vemos há três anos. 

—--------------------------------------------------------------------------------------

Enviei outra mensagem para ele de resposta.

Mensagem de resposta 2 on:

—---------------------------------------------------------

Sou mesmo. Por isso você me adora, kkkk.

—---------------------------------------------------------

Mensagem de resposta 2 off

Ele me enviou mais outra mensagem.

Mensagem 3 on:

—----------------------------------

Adoro mesmo e muito.

—----------------------------------

Mensagem 3 off

Para não ficamos trocando mensagens à noite toda, porque eu preciso dormir, enviei a seguinte mensagem para ele.

Mensagem de resposta 3 on:

—--------------------------------------------------

Boa noite, Davi. Tenha ótimos sonhos.

—--------------------------------------------------

Mensagem de resposta 3 off

Ele me enviou a última mensagem da noite.

—---------------------------------------------------------------------------------

Boa noite. Obrigado e tenha maravilhosos sonhos também. :]

—----------------------------------------------------------------------------------

Eu enviei uma carinha sorridente para ele.

Namorar o Davi ia ser tão maravilhoso, por que que ele tem que ser tão sem iniciativa assim?

Valéria off

De volta para a casa dos Guerra:

Quarto da Marcelina:

21:00

Laura:

— Vamos fazer aquele jogo?

— Qual Marce?

— Aquele que a gente sempre faz que eu ou você fazemos uma pergunta e nós duas respondemos sem deixar a outra ver o que nós escrevemos, aí depois comparamos as respostas para ver se estão iguais.

— Ah. Legal.

Marcelina pegou duas canetas e duas folhas e me deu uma caneta e uma folha.

— Qual a minha cor preferida? – Marce, perguntou.

Eu e ela escrevemos e quando viramos os papéis em ambos estava escrito vermelho.

— Acertou, Laura.

— Agora, eu. Será que você sabe qual é a minha cor preferida?

Eu e ela escrevemos novamente e nós duas respondemos amarelo.

— Certo, Marce.

— Quais são os meninos mais bonitos da escola? E não vale só um. – Marcelina, perguntou.

Nós escrevemos e quando viramos estavam escritos os mesmos nomes: Daniel, Mário, Paulo e Jorge. Os nomes só não estavam na mesma ordem, é óbvio que o Mário estava primeiro no da Marce.

— Temos o mesmo gosto para meninos.

Nós rimos.

— Se você pudesse ir para qualquer país no mundo, qual você iria? – Eu perguntei.

Nós duas escrevemos França.

— Qual animal eu mais gosto? – Marce, perguntou.

A resposta de ambas foi gato.

— Qual meu esporte preferido?

Natação foi a resposta de Marce e ela acertou, pois no meu papel estava escrito natação também.

— Será que meu pais já estão dormindo ou pelo menos no quarto deles?

— Sei lá, mais o que você quer aprontar, hein...

— Eu peguei uma receita mais cedo na internet de uma máscara caseira de aveia e eu estou pensando, por que nós não fazemos hoje?

— Porque ia sujar a cozinha toda e seus pais podem brigar com a gente.

— Laura, a certinha.

— Eu não sou certinha nada.

— É sim, se não fosse toparia fazer a máscara comigo.

— Está bem, eu topo, mas a gente limpa tudo depois.

— Ok. Vamos lá para a cozinha agora.

— Mas e se seus pais estiverem por lá?

— A gente inventa uma desculpa e volta para cá.

— Tudo bem. Vamos então.

Nós fomos para a cozinha e não havia ninguém por lá.

— Quais ingredientes nós vamos utilizar?  E o mais importante aqui na sua casa tem todos eles.

—  Aveia em flocos e leite. Já olhei mais cedo e tem tudo aqui em casa sim.

— Como se dois ingredientes fossem muita coisa.

— É uma máscara simples. Pega uma colher de sopa, você sabe onde tem.

Peguei a colher.

— Pronto e agora?

— Pega uma xícara e um recipiente para misturarmos os ingredientes. 

Peguei tudo o que Marce falou.

— Tudo aqui. Agora vou colocar três colheres de aveia em flocos no recipiente e depois um quarto de xícara de leite e aí você mistura os ingredientes.

Concordei com a cabeça.

— Já posso misturar? – Eu perguntei quando ela terminou de colocar os ingredientes no recipiente.

— Pode.

Misturei bem os ingredientes.

— Agora temos que deixar descansar dez minutos e depois passamos.

— Ok.

Dez minutos depois:

— Está pronto. - Marce anunciou.

— Vamos passar aqui?

— Não, no meu quarto.

Como já limpamos tudo que sujamos, nós levamos o recipiente para o quarto, passamos e depois de tirar a máscara trazemos o recipiente para a cozinha e o lavamos.

— Tudo ok.

Nós fomos para o quarto da Marce juntamente com o recipiente que contém a máscara de aveia.

Aplicamos a máscara nos nossos rostos com movimentos circulares.

— Quanto tempo temos que ficar com a máscara? – Eu perguntei.

— Quinze minutos.

Quinze minutos depois:

Tiramos a máscara e logo vimos o resultado.

— Meu deus!! Como a minha pele está macia. – Marce, disse.

— A minha também está muito macia.

— Laura, lava o recipiente lá.

— Está folgada igual seu irmão.

— Laura...

— Brincadeirinha. Já volto.

Fui até a cozinha e percebi que Paulo estava no sofá da sala me parecendo meio triste. Lavei o recipiente rapidinho e fui falar com ele.

— Olá. Você está bem, Paulo?

— Oi. Estou sim.

— Você parece meio triste. Aconteceu alguma coisa? Pode me falar.

— Eu estou bem. É sério. Só estou cansado.

Me sentei no sofá.

— Fala a verdade. – Eu falei olhando nos olhos dele e segurando sua mão.

— Eu estou assim porque eu tive uma briga com meu pai, só isso.

— O que você fez?

— Nada. – Ele soltou minha mão.

— Ele briga comigo por qualquer motivo, mas com a miss perfeição ele não briga.

— A miss perfeição seria a Marce?

— Mas é claro que sim.

— Fica bem.

Eu o abracei forte e quando saímos do abraço ele ficou me olhando e quando eu menos percebi nós estávamos nos beijando.

Eu quase me esqueci como é tão bommmmmmmmmmmmm beijar o Paulo. 

Porque eu estou pensando isso? Eu gosto de outro menino.

Quando saímos do beijo ele disse:

— Obrigado por me fazer sentir bem melhor.

— De nada.

— Boa noite, Laura.

— Boa noite, Paulo.

— Acho que eu já vou indo. Tchau. – Eu completei.

— Tchau.

— Você não vai continuar aqui triste não, vai?

— Não, eu vou dormir.

— Vai mesmo?

— Vou.

— É melhor eu te acompanhar até a porta do seu quarto para ter certeza que você vai para lá.

— Tudo bem.

Eu acompanhei Paulo até a porta do quarto dele e depois voltei para o quarto da Marce e é claro que lá bem na frente da porta do quarto dele rolou mais um beijo, afinal relembrar é viver. O menino que eu gosto que me desculpe.

— Por que você demorou tanto? – Marce me perguntou.

— Por nada. Só estou com sono e você sabe fico meio lerda quando estou com sono.

— Sim, eu sei.

Deitei na cama de baixo da cama da Marce e nós ficamos conversando até que a mãe da Marce apareceu no quarto.

— Boa noite, meninas. – Tia Lilian nos disse.

— Boa noite, mãe.

— Boa noite, tia.

Tia Lilian saiu do quarto.

Uma hora depois:

A Marcelina já estava no quinto sono e eu só me perguntado por que que eu não consigo dormir?

Eu já sei o porquê, eu estou preocupada com o Paulo, preciso ter certeza que ela está bem, não que eu goste dele mais do que um amigo, mas me preocupo com ele.

 Fui até o quarto de Paulo que para a minha total sorte estava de porta aberta e vi que ele estava dormindo como um anjo ou melhor um santo diabinho. Assim nem parece ele.

Voltei para o quarto de Marce e finalmente consegui dormir.

Laura off


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Será que somos mesmo tão diferentes assim?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.