Embriaguez escrita por Emma Shew


Capítulo 1
Aposta Idiota


Notas iniciais do capítulo

Um grande olá pra você!
Essa é a minha primeira fanfic LuNa e eu espero não decepcionar. Nâo revisei com muito cuidado, qualquer erro diga, por favor. Dedico à minha amiga Tamilly que me infernizou por anos até que eu escrevesse sobre os dois. Agradeço a Marima-chan por ter me dado a super ideia de Luffy bêbado!

Aproveitem



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Tudo começara com uma aposta imbecil. Luffy realmente não tinha limites, garoto burro! Era o que Nami pensava.

Pela centésima vez naquele dia, Sanji expulsara Monkey D. Luffy da cozinha, alegando que ele não ganharia carne merda nenhuma, a menos que... num minuto o loiro mirabolou um plano que a seu ver era maravilhoso.

­­— Escuta idiota, você poderá ter a carne da semana inteira, se caso você beba tanto quanto ou mais que o marimo de merda e não fique bêbado. — Sanji sabia bem que não havia menor possibilidade de Luffy vencer aquilo, lembrava-se bem da resistência de Zoro desde Whiskey Peak. No entanto, era uma maneira do outro parar de torrar sua paciência e seria bastante engraçado vê-lo tentar.

O rapaz aceitou a proposta sem pestanejar. Ao cair da noite, a mesa estava posta. O capitão e o espadachim encontravam-se frente á frente concentrados; Nami torcia a boca em reprovação, em sua cabeça já havia esganado Sanji inúmeras vezes por propor aquilo, Luffy por ter aceitado e Zoro por ser um palerma que nem mesmo tentou impedir tal loucura. Robin assistia a tudo com seu sorriso divertido, bebericando seu vinho de vez em quando; Chopper, Usopp e Franky coreografavam uma dancinha em torcida ao capitão, enquanto Brook fazia coro á eles tocando seu violino.

O cozinheiro era o juiz, contou até três e deu a largada. Os competidores pegaram seus respectivos copos, levantaram ao ar brindando e beberam. Os movimentos foram repetidos muitas vezes depois até que não restasse nenhum recipiente cheio. Luffy bebera tanto quanto Zoro, era de se espantar, mas a tira-teima viera logo em seguida. Sanji pediu que o moreno se levantasse e cruzasse as pernas formando um 4. O navio foi tomado pelo silêncio, a torcida pelo garoto estava estática, todos ansiosos pelo resultado. Até que vieram as gargalhadas, o cozinheiro e o espadachim não se tinham mais em si depois daquilo, o outro levantara-se de olhos fechados, um sorriso frouxo nos lábios, tentando debilmente se manter pé.

A cena era tragicamente engraçada, Luffy também ria agora sem saber o porquê, sentia-se zonzo e olhava pra cada um achando graça. A torcida por ele juntara-se também às risadas, era incrível como ele podia ser ainda mais pateta. Nami por sua vez, explodia em raiva, os três rapazes sobraram em suas mãos, recebendo socos e reclamações da ruiva. Zoro resmungava baixo algo sobre a outra ser uma bruxa megera, Sanji ainda declarava seu amor e Luffy... bem, Luffy realmente não entendia nada, mas ria ainda assim.

— Anda idiota, vamos tentar amenizar isso! — a garota saiu puxando-o pela mão, pisando duro, enquanto ele acenava com seu chapéu para Robin.

Nami levou-o até a cozinha do Sunny, enfiou sua cabeça debaixo da torneira molhando-o com a água fria. Em seguida, pegou alguns dos bombons que seriam oferecidos a ela mais tarde e tratou de fazer com que Luffy mastigasse. A glicose ajudaria-o a superar os sintomas da embriaguez aos poucos. Praguejava em silêncio, se não fosse pelos seus companheiros delinquentes, ela não teria que ser babá de ninguém agora e estaria jogando conversa fora com Robin.

Arrastou Luffy para fora da cozinha até a proa do navio, largando-o perto da cabeça do leão, ajeitou-o como pôde no chão, não faria mal a ele tomar um pouco de vento ali e se caso ele se sentisse enjoado, não seria tão horrível quanto sujar o dormitório masculino. Já estava de saída quando o moreno segurou sua mão, ela voltou-se pra ele em dúvida, que diabos o garoto estava aprontando agora?

— Não vai embora não... — o capitão pediu com carinho, um sorriso singelo e em seus olhos toda a vontade de que ela ficasse. Nami não recusou e provavelmente nem quisesse, sentou-se ao lado dele.

Os dois ficaram quietos, enquanto observavam as estrelas pontilharem o céu, escutando as ondas baterem contra o casco e os ecos das vozes de seus amigos que ainda festejavam do outro lado. Ele melhorava aos poucos, seus olhos vacilavam menos e o sorriso de trouxa desaparecia devagar, começava a fazer mais coerência.

 No momento depois, Luffy deitou-se no chão apoiando sua cabeça nas pernas dela, Nami achou curioso, mas não o impediu, ajudou-o a se ajeitar sobre seu colo e tirou o chapéu de sua cabeça. Era uma troca de permissões em que ambos tinham exclusividade.

Os fios de cabelos negros foram tocados e afagados pelas mãos dela, a ruiva não sabia direito porque mas sentiu muita vontade de fazer aquilo. Luffy suspirou em resposta, fechando os olhos com o carinho recebido. Permaneceram em silêncio por longos minutos, quando o capitão teve um desejo inquietante, virou-se para a navegadora.

— Nami, eu queria te dizer uma coisa. — seus olhos foram de encontro aos dela. Suas sobrancelhas juntaram-se em sinal de confusão, mas ela deu prosseguimento ao assunto.

— O quê?

— Eu gosto de você. — foi uma resposta súbita, disse ele sem muita preocupação, como se o álcool ajudasse-o a libertar algumas coisas que guardava. Por mais que o moreno dissesse sempre o que se passava por sua cabeça, aquele era um fato importante e que não merecia ser jogado aos ventos sem mais nem menos.

A resposta pegou Nami de surpresa, decidiu duvidar da conotação que aquilo pudesse ter. Ora, o capitão era um cabeça oca, jamais diria aquilo se estivesse em seu estado normal, mesmo que o estado de sanidade não existisse realmente para Luffy.

— Eu sei, você gosta de todo mundo aqui. — devolveu sorrindo, enquanto continuava a acariciar seus cabelos negros.

— Mas eu gosto de você assim... — o rapaz ergueu-se um pouco, puxando a ruiva para um beijo inesperado. Seus olhos estavam fechados enquanto os dela, arregalavam-se de espanto.

Luffy lhe soltou e fitou-a, as bochechas da companheira estavam coradas e ela permanecia um pouco abalada. Aquilo causou estranheza no pirata, sentindo que talvez tivesse feito algo errado.

— Eu fiz algo errado? — a pergunta tirou Nami do torpor, ela piscou algumas vezes e entendeu que talvez tivesse esperado aquilo por bastante tempo.

Sabia exatamente dos seus sentimentos pelo outro, porém não via necessidade nem oportunidade para dizer. A vida que levavam era incerta e Luffy, ele era de todo mundo, sempre pronto a ajudar quem precisasse dele. Mas agora, ela podia e queria ser egoísta, teria toda a sua atenção voltada pra ela.

— Não fez não. ­— e então foi a vez da ruiva tomar a iniciativa, beijava-o como se fosse a sua primeira vez e quem sabe fosse, o rapaz tinha o poder de reiniciar lembranças dela, como se sua vida tivesse começado depois dele.

Luffy podia notar como os lábios dela eram macios e como aquela sensação era boa, desejava repetir aquilo por infinitos. Nami guiava todo o processo, incentivando-o a descobrir novas coisas, o gosto de sake marcado, enquanto suas línguas se tocavam sem parar.

O beijo acabou quando o ar se fez necessário, o capitão continuava a acariciar seu rosto com ternura, sorriam.

— Eu também gosto de você. — Nami registrou feliz, beijando o moreno outra vez.

Talvez não tivesse sido uma aposta tão idiota, talvez ela devesse embebedar Luffy mais vezes.  


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Notas finais do capítulo

Yay se você chegou até aqui, sobreviveu hahah! Espero ter ido bem. Beijão.