Itazura Na Kiss: Future Now escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Pensaram que eu tinha desistido? De jeito nenhum! é só falta de tempo.



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Eu nunca tinha me visto tão linda.

Eu estava vestida em um lindo e enorme vestido branco, como o das princesas de conto de fadas, o sol entrava pelo quarto desconhecido iluminando ainda mais o meu reflexo no espelho. Então escuto uma voz surpresa murmurar:

— Um vestido bonito faz qualquer patinho feio virar um cisne.

Eu pisco rapidamente enquanto me viro a procura da voz, mas de repente toda a cena a minha volta muda e quando eu volto a olhar para frente não é mais o espelho que me encara, e sim ele, o garoto de pele pálida e olhos profundos.

Ikie-kun não precisa dizer uma palavra, meus pés parecem se mover sozinhos. Ele parece a coisa mais linda do mundo trajado de branco enquanto me espera, eu sinto que existem pessoas nos observando, mas simplesmente não consigo desviar meus olhos dele.

E então eu acordo.

—Kotoko querida, está tudo bem?

Eu abro meus olhos lentamente. A senhora Irie estava ao meu lado encarando-me com olhos ansiosos, meu coração continua a bater acelerado em meu peito. Eu respiro fundo.

—Bom dia! –Consigo dizer abrindo um largo sorriso e sentando na cama. –Não deveria ficar aqui todo o tempo senhora Irie, não quero incomodar.

Senhora Irie parece um pouco ofendida por minhas palavras.

—Como poderia não ficar com você? –Ela pergunta parecendo indignada.

Eu rio.

—Muito obrigada. –Digo.

Algo nela a fazia me lembrar minha mãe, eu não sabia exatamente o que, mas a sensação de bem-estar ao seu lado era enorme.

—Hoje eu finalmente vou embora! Não aguento mais ser furada. –Digo passando a mão no braço onde antes a enfermeira havia retirado sangue.

—Kotoko-chan. – Senhora irie cai na risada. – Logo logo você voltará para sua vida normal. –Ela diz e em seguida dá uma risadinha e um suspiro.

Eu rio meio sem graça, imediatamente a imagem de Naoki vem em minha cabeça e eu trato de afastar tais pensamentos.

—Quero voltar para a faculdade, nunca pensei que sentiria tanta saudade. –Digo enquanto me levanto da cama. –Tenho fé que agora aprendi a dar injeções.

—Tem certeza disso?

Eu me viro para a porta e abro um imenso sorriso ao ver meus amigos entrarem no quarto. Keita é o primeiro a me cumprimentar e em seguida me dar um urso enorme de pelos creme que carregava em seus braços.

—É para mim? –Pergunto feliz e surpresa.

—Para quem mais séria? –Ele diz enquanto aperta meu nariz.

Eu rio.

—Obrigada.

—E aí, como se sente? Deve ser um máximo ficar no hospital e ser cuidada pelo gato do seu marido. –Diz Marina.

Meu sorriso murcha. De repente me sinto extremamente tonta e tenho que me apoiar em Keita para não cair.

—Kotoko!! –Keita diz me segurando pelos braços.

Mais imagens invadem minha mente, todavia, imagens nada boas comparadas com ao sonho de mais cedo. De repente vejo Irie-Kun, ele está trajando o uniforme da escola ao qual eu frequentava, na imagem um pouco borrada eu posso me ver estendendo o que parece ser uma carta para ele, mas ele a ignora e sai andando. Posso escutar as risadinhas e os cochichos malvados das pessoas. A cena muda e eu estou andando um pouco atrás de Irie-Kun, de repente ele se vira e me encara, seu olhar mortífero me assusta, a cena perece em câmera lenta enquanto ele fala “Não gosto de garotas estúpidas”.

Eu pisco algumas vezes, o quarto está barulhento e eu estou sentada de novo na cama. Keita está segurando meus braços enquanto meus amigos estão mais afastados e com os rostos apavorados. A mãe de Irie-Kun está ao lado de minha cama.

—Kotoko? –Ela pergunta preocupada.

—Eu Estou bem. –Consigo dizer.

Minha cabeça começa a doer e imediatamente eu levo minhas mãos até ela.

—Minha cabeça. –Murmuro.

Ouço barulhos e gritos do lado de fora e então a porta do quarto se abre, mantenho os olhos fechados mas posso destituir a voz irreconhecível de Naoki.

—Saia de perto dela.

—Ela não está bem, você não está vendo? –Retruca Keita.

Eu abro os olhos, minha cabeça lateja mais fortemente e me causa tonturas.

—Eu Estou bem. –Digo.

Keita me solta devagar e me ajuda a ficar de pé.

— Go mi nyu. - Irie chama – Refaça todos os exames preliminares na Kotoko.

—Eu estou bem, já vou até receber alta. –Consigo dizer.

A dor na minha cabeça se torna mais forte e então tudo fica escuro. A última coisa que escuto e o tom de voz preocupado de Naoki.

****

Quando meus olhos se abrem eu enxergo a rosa claro de um teto que me parece muito familiar, uma sensação de aconchego se apossa de mim e percebo que estou deitada muito confortavelmente. Eu respiro fundo e um perfume extremamente bom e familiar entra por minhas narinas.

—Você finalmente acordou.

Eu dou um pulo na cama e em seguida olho na direção da voz.

—O que está fazendo aqui?

Eu me sento na cama imediatamente me cobrindo até o pescoço.

—Este é o nosso quarto. –Irie-Kun diz. –Como está se sentindo?

Quando percebo o que ele diz respondo:

—Não vou dormir com você!

Naoki parece me ignorar completamente.

—Você ainda tem dor de cabeça?

Eu nego com a cabeça.

—Mas...

—Mas o que? –Ele pergunta.

—Eu tenho tido pensamentos estranhos, não sei o que são.

—Lembranças? –Ele pergunta.

—Não tenho certeza.

—Você pode me perguntar.

Eu paro por alguns instantes pensando se devo perguntar a ele, por fim não me contenho:

—Eu por acaso... te escrevi alguma carta?

Irie afirma lentamente com a cabeça.

—E você não aceitou?

Irie-kun não responde, e nem precisa, eu já sei a resposta. Antes que possa processar minhas palavras, elas escapam:

—Você é um idiota.

Eu tampo minha boca um pouco surpresa por minha fala, mas intimamente não me arrependo.

—Você se lembrou disso?

—Mais o menos, ainda é tudo muito distorcido.

—Você ficará bem. –Ele diz. –Você vai lembrar.

—Mas... e se eu não quiser?

Irie-kun me encara surpreso, e naquele momento vejo algo semelhante a medo piscar em seus olhos.

—Tenho a impressão de que não vale a pena lembrar.


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Notas finais do capítulo

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