Eu sou feito de versos

Doentes, que

Brados

Sem começo

E repletos de

Fins.

Aprendi que a dor

É minha

Amiga

E a melhor

de todas as tintas.

Nos ombros, suporto

A tristeza do mundo

A minha própria

Alegria

Às vezes os meus sonhos

E o peso do que não deveria

Carrego no coração

O peso das estrelas

Um campo de flores

Que odeia borboletas

E a solidão

De todos os planetas

Talvez eu não passe

De uma jóia quebrada

Mas eu ainda escuto

Por favor,

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