Sangue escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Observação: Draco e Astoria têm 12 anos de idade.



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Draco odiava quando seu pai trazia seus sócios para jantarem em casa. O pior era a hora em que sua mãe “sugeria” que ele desse uma volta. Ou seja, ele era expulso da própria casa. Mas, daquela vez, ele tinha companhia. Astoria Greengrass era completamente diferente de sua irmã, Daphne, que acompanhava as mães, enquanto os homens discutiam negócios.

Os dois estavam caminhando, do lado de fora da mansão, pelo pequeno riacho que passava pelo jardim, atrás da propriedade, mantendo as flores vivas e coloridas. Um grande contraste com a aparência mórbida, tanto da mansão Malfoy, quanto da alma de seus habitantes.

— Como sabemos que uma pessoa tem sangue impuro? — perguntou Astoria, sentando-se na terra, sem importar-se em sujar o seu vestido lilás.

— Minha mãe me disse que o sangue tem cheiro diferente — disse Draco, empertignado-se, arrogante.

— Cheiro? — Astoria perguntou, cética.

— Por exemplo, eu sou sangue puro — ele começou a explicar.

— Se você não dissesse, eu jamais saberia — ela interrompeu, irônica.

— Então, o meu sangue cheira melhor do que o de um sangue ruim — o loiro continuou, ignorando a interrupção.

— Ah! Claro! Isso faz muito sentido! — ela deu uma risada incrédula.

— Talvez a cor também...

Astoria revirou os olhos abertamente, o que fez com que ele se irritasse.

— Não vai me dizer, agora, que também tem gosto? — ela debochou — O quê? Gosto de morango? Tem gosto de ferrugem!

— O que você acha que é, então? — ele cuspiu as palavras.

— Eu acho que não temos como saber — ela retrucou — Pode ser que as mulheres da elite saibam portar-se melhor, mas nada que um treinamento não resolva.

— Educação vem de berço — Draco retrucou.

A morena olhou-lhe de cima a baixo, parecendo pensar em uma piada interna.

— Astoria, nós já vamos! — o pai da garota apareceu na porta, sorrindo, ao ver as manchas de terra na saia do vestido.

— Até logo! — disse Draco, cortesmente.

Ela respondeu com um olhar de superioridade rebelde, antes de seguir caminho até o seu pai.

Quando Draco viu todos aqueles feitiços sendo trocados, as paredes de pedra do castelo ruindo, e os cadáveres sem cor, ele pensou que não importava o status dos defuntos, todos cheiravam mal.

Mas não era cheiro de sangue, era o cheiro da morte.


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