Camouflage escrita por jkilly


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Fanfic revisada pela minha amada Liracchi ♥

Boa leitura, espero que gostem.



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Não devia passar das oito da noite, várias pessoas voltavam para casa depois do dia cansativo de trabalho. Ele, no entanto, somente caminhava sem um rumo, queria pensar um pouco.

Um ano já se passara desde a última vez que conversaram. Fechou os olhos com força, tentando evitar que algumas lágrimas escorrem por seu rosto. Não iria chorar. Não podia chorar quando ele fora o único causador de tudo.  

Foi impossível não se lembrar do passado, mais especificamente de quando conhecera Jung Hoseok. Tinha acabado de entrar na universidade de artes de Seul e sentia-se orgulhoso por ter a oportunidade de estudar em um lugar tão renomado, mas não podia dizer que estava cem por cento feliz. Havia abandonado tudo em Daegu: seus pais, amigos e até mesmo uma namoradinha da qual nem ao menos lembraria o nome em alguns anos. Sua despedida não foi das melhores, seus pais o criticaram por escolher fazer um curso que poderia não lhe dar um bom futuro ao invés de algum que o fizesse alguém com status na sociedade. No entanto, ele amava compor e não se sentiria satisfeito fazendo nenhuma outra coisa que não fosse música.

O campus era muito bonito. O gramado possuía um tom de verde invejável, mostrando a todos o quão bem cuidado era e algumas árvores estavam espalhadas pelo pátio, deixando o ambiente mais fresco.

— Com licença — a observação do ambiente fora interrompida ao escutar alguém o chamando depois de cutucá-lo —, você poderia me ajudar? Estou meio perdido aqui.

 Virou-se para ver quem era e se deparou com uma das pessoas mais belas que já havia visto. O rapaz de, até então, nome desconhecido, possuía cabelos negros em um penteado mais jovial com um topete para cima, sua testa ficava a mostra, permitindo uma visão completa do rosto bonito. A pele dele era clara — não tanto quanto a sua —, e ele gesticulava os braços à frente do rosto.  

— Está tudo bem com você? — O desconhecido parecia preocupado, e Yoongi apenas acenou concordando. — Me chamo Jung Hoseok, eu sou calouro da academia de dança e acabei me perdendo. — Ele ficou um pouco cabisbaixo. — Eu só precisava saber onde fica a secretaria para pegar a chave do meu quarto.

— Eu sou Min Yoongi. — Estendeu sua mão para Hoseok e forçou um fraco sorriso. — Eu não sei se poderei lhe ajudar, também sou um calouro. Academia de música — explicou.

Jung sorriu, um sorriso largo e sincero.

— Você é a primeira pessoa que eu conheço aqui, espero que possamos ser amigos, mesmo que não façamos o mesmo curso.

— A dança não existiria se não tivesse uma música para lhe acompanhar e uma música se torna mais expressiva com uma boa coreografia, ambas se completam e.... — Parou ao notar que estava falando demais. — Bom, dança e música se completam, talvez possamos até ter algumas aulas juntos — disse em um tom mais frio.

Hoseok apenas riu alto, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam por ali.

— Você com certeza é compositor para fazer essas comparações — deduziu e viu Yoongi acenar com a cabeça concordando. — Quem sabe não seremos parceiros? Você cria a música e eu a coreografia, nos completamos assim, certo?

A partir desse dia aproximavam cada vez mais e, com o tempo, tornaram-se bons amigos. Hoseok o cativou de uma forma que nenhuma outra pessoa fizera antes. Yoongi sentia como se não houvesse barreiras entre os dois: podiam falar o que quisessem e quando quisessem, um sempre entenderia o outro. E o compositor sabia que só se sentia assim porque era Jung Hoseok: ele parecia ser como o sol que aquecia o coração de todos e, sem dúvidas, começou a aquecer o de Yoongi.

Foi em uma tarde de domingo que as coisas começaram a mudar entre os dois. Estavam na biblioteca estudando para as provas do fim do semestre. Na verdade, Yoongi já se sentia diferente quando estava perto de Hoseok há algum tempo; Hoseok não era apenas um rosto bonito, era alguém excêntrico e maravilhoso. Antes que pudesse perceber, Yoongi havia caído por ele.

— Se continuar me olhando assim, vou achar que está apaixonado por mim — Hoseok comentou. Já fazia um tempo que Yoongi tinha deixado de dar atenção ao livro, para o observar e, de certa forma, isso estava o incomodando.

— Talvez eu esteja — respondeu sem rodeios e acabou sorrindo ao ver Hoseok praticamente jogar seu livro na mesa e o olhar com uma expressão de espanto.

— O quê?

— É tão ruim assim? — Seu tom de voz estava desanimado. Yoongi nunca ligara muito para gêneros, desde que a pessoa tivesse algo que lhe atraísse, não importava se era homem ou mulher. — Sabe, ter alguém do mesmo sexo gostando de você.

— Calma. — Hoseok acabou alterando um pouco seu tom de voz sem querer, arrependendo-se logo em seguida ao receber o olhar de repreensão dos demais presentes. — Você gosta de mim? Tipo, aquele gostar de você querer me beijar?

— Não só beijar na verdade, eu já pensei em outras coisas. — Antes que pudesse continuar, sentiu as mãos do Jung lhe tapando a boca e não pôde deixar de começar a rir.

— Isso não tem graça. — Hoseok se sentou em seu lugar novamente, inflando as bochechas e cruzando os braços. — Você poderia pelo menos ter sido um pouco mais romântico ao dizer que gosta de outra pessoa. As chances de receber um sim com certeza dobrariam.

— Então eu tenho chances? — perguntou de forma sugestiva com um sorriso sapeca em seu rosto.

— Talvez, se você me levar em um encontro romântico. — Hoseok parou para pensar. — Um parque e com direito a algodão doce. — Sorriu.

— Então, temos um encontro para — olhou em seu relógio —, que tal agora?

­— Você ‘tá brincando, certo? — perguntou, incrédulo, mas, ao ver a expressão séria de Yoongi, apenas sorriu. — Ok, vamos. — Levantou-se da cadeira, recolhendo os livros. — E Yoongi, eu também gosto de você, dessa mesma forma.

No começo do encontro, apenas se divertiam indo em alguns brinquedos que não eram tão radicais – descobrira que Hoseok não gostava, pois tinha medo de altura – e riam bastante. Yoongi até mesmo arriscou a dizer que nunca se divertira tanto. Sem dúvidas, estava apaixonado pelo Jung e sem que pensasse em algo mais, apenas o puxou para atrás de uma barraca e o beijou.

Apesar da surpresa, Hoseok o correspondeu instantes depois. Trocavam alguns selares seguidos de beijos mais calorosos e sorrisos quando se afastavam.

— Agora falta apenas o algodão doce para esse ser o melhor encontro que eu já tive — Hoseok falou antes de depositar outro beijo nos lábios de Yoongi.

Depois desse dia, começaram a se tornar mais próximos, conhecendo mais um do outro. Yoongi aprendera que Hoseok era como um livro aberto que permitia a todos decifrarem seus sentimentos e de um tempo, começaram a namorar.

Hoseok não tinha medo ou vergonha de assumir o relacionamento dos dois e, no começo, Yoongi tivera um pouco de receio por causa disso, mas, com o tempo, passou a não se importar e, até mesmo, achava melhor que fosse assim.

No entanto, nem tudo era perfeito, pois Yoongi nunca fora como Hoseok. Ele não conseguia ser sincero o suficiente para demonstrar tudo que sentia. Havia algo que o impedia de deixar claro seus sentimentos, fazendo-o achar que todos deveriam entender o que ele pensava e sentia sem que precisasse fazer esforço. Por um tempo, isso funcionou perfeitamente; Hoseok entendia perfeitamente seus sentimentos como se fosse algo natural, todavia, com o tempo, o que sentiam um pelo outro começou a se tornar ainda mais intenso e Yoongi não conseguia lidar com essa intensidade.

Hoseok começava a cobrar, queria que o namorado se expressasse mais para ter certeza de que ele ainda sentia o mesmo.

A relação dos dois estava esfriando, porém apenas o Jung parecia perceber isso. Para Yoongi ainda estava perfeito, pois era suficiente apenas tê-lo ao seu lado.

Com a correria do último ano na faculdade, os dois começaram a se afastar. O pouco tempo que ficavam juntos se resumia apenas ao desejo que sentiam um pelo outro e, para Hoseok, não era suficiente. Ele queria dividir todos os momentos com Yoongi, até aqueles que não fossem felizes; queria estar lá para ele e que ele estivesse para si, assim como Taehyung era com Jeongguk.

O casal de amigos era como um espelho de relacionamento perfeito que Hoseok tinha em sua mente. Não que ambos vivessem sempre se amando, brigavam algumas vezes, mas ainda assim, não deixavam nada afetar o que sentiam. Passavam pelas dificuldades juntos, assim como celebravam os momentos de felicidade.

— O que aconteceu com você, Yoongi? — Hoseok perguntou, desanimado. — Cada dia que passa você se torna mais distante.

— Sempre fui assim, você que de uma hora para outra quer algo diferente. Por que não entende de uma vez que nossa relação não é como a deles?

— Eu não quero que sejamos como eles, eu só quero que tenhamos o mesmo companheirismo. — Hoseok virou seu corpo e levou as mãos até seus cabelos, puxando as madeixas negras. — Porra, Yoongi, você nem ao menos sabe onde eu estou trabalhando!!!

— Porque você não disse — retrucou de imediato e apenas escutou um sorriso sínico do namorado.

— Porque você não se interessa! — Hoseok respondeu e respirou fundo. — Você ao menos se importa se eu chego cansado ou se discuti com Jimin sobre a aula que daríamos hoje? Você ao menos quer saber como eu estou? — Encarou Yoongi que o olhava seriamente. — Você ainda me considera seu namorado?

— Não só meu namorado. — Yoongi fechou os olhos para depois abri-los novamente e fitar os de Hoseok. — Você é meu melhor amigo e a pessoa em que eu mais confio. Eu não quero te sobrecarregar, não quero que pense nos problemas do seu trabalho quando está comigo. Eu só quero que você relaxe quando estivermos juntos. Eu te amo, Hoseok.

— Então demonstre, é disso que eu ‘tô fala... — Antes que terminasse, sentiu os lábios de Yoongi pressionando os seus e iniciando um beijo apaixonado. — Não pense que irá me comprar com isso — murmurou entre o beijo, levando suas mãos até a nuca dele, puxando os fios curtos e loiros.

Depois desse dia, o relacionamento deles voltou a ficar mais estável, mas Yoongi não mudara seu comportamento. Ainda continuava um pouco distante, mas simplesmente por não achar que era necessário demonstrar a todo momento algo para Hoseok. Eles estarem juntos era prova suficiente de que se amavam, certo? Então, veio outra discussão, com as mesmas acusações, mas, diferente da última vez, Hoseok apenas pegou suas coisas e saiu dizendo que iria passar um tempo com Jimin.

Yoongi se lembrou da primeira vez que escutara aquele nome. Hoseok havia chegado animado, dizendo que tinha conseguido um estágio e iria fazer junto com um aluno de sua turma. Ele contou que os dois não eram tão próximos, pois faziam ramos diferentes da dança: enquanto Hoseok se focava no hip hop, Jimin se focava na dança contemporânea. Ambos eram considerados os mais talentosos do curso e, aos poucos, foram se aproximando e Yoongi passou a escutar esse nome várias vezes quando estava junto do namorado.

Um de seus maiores erros foi não ter considerado Jimin como uma ameaça. Não que ele fosse, mas, por culpa dele, havia deixado de ser o único na vida de Hoseok. No começo, não havia dado muita importância para a amizade dos dois já que confiava plenamente no Jung. Sabia que ele nunca seria baixo o suficiente para lhe trair e achou que nada seria capaz de abalar o relacionamento que tinham.

Ledo engano.

Escutou a campainha sendo tocada e estranhou. Não havia recebido nenhuma ligação do porteiro avisando-o de alguma visita e Hoseok tinha a chave do apartamento. Levantou-se da cama, indo até a porta, olhando pelo olho mágico e estranhou quando viu que realmente era o namorado.

— O que houve? — perguntou um pouco preocupado, principalmente ao notar que Hoseok nem mesmo o olhava. — Está tudo bem?

— Será que podemos conversar? — foi tudo que Hoseok disse antes de entrar no local. Yoongi apenas concordou.

Os dois estavam sentados no sofá, Yoongi tentava olhar para Hoseok, mas ele sempre desviava, olhando para qualquer outro lugar do apartamento. Volta e meia, fitava os próprios pés e puxava fundo sua respiração. Abria e fechava a boca algumas vezes, porém nenhum som saía por elas.

— Sobre o que você quer falar? — Yoongi resolveu perguntar, percebendo que daquela maneira não chegariam a lugar nenhum.

— Eu não sei. — Hoseok jogou suas costas contra o encosto do sofá e começou a fitar o teto. — Eu não sei o que está acontecendo. Eu estou confuso.

— Confuso com o que?

— Sobre a gente. — Hoseok virou seu rosto, olhando pela primeira vez para Yoongi. — Eu não sei se me sinto o mesmo em relação a nós dois, não com tudo isso que está acontecendo.

— Não está acontecendo nada, Hoseok, por que você insiste... — Yoongi foi cortado antes que pudesse concluir.

— Justamente por isso, não está acontecendo nada, Yoongi. — Ele deixou com que uma fraca risada escapasse por seus lábios. — Às vezes, nós parecemos dois estranhos e — fez uma pausa e viu Yoongi o encarar com curiosidade — eu acho que estou gostando do Jimin.

— O quê?  — Yoongi perguntou, incrédulo. Parecia até mentira o que acabara de escutar.

— Eu não sei, eu gosto dele, mas amo você eu... — Hoseok começava a entrar em desespero e só piorou quando viu Yoongi se levantar.

— Se me amasse mesmo, Hoseok, você não estaria cogitando estar gostando de outra pessoa. Pare de mentir para você mesmo. — Sabia que havia sido duro com as palavras, mas não pôde evitar. Estava sentindo seu coração se quebrar em vários pedaços, ao mesmo tempo em que sentia vontade de quebrar a cara de Hoseok por enganá-lo assim.

— Me desculpe, Yoongi — Hoseok sussurrou fitando os pés novamente. — Me descul...

— Só saia daqui. — Yoongi o interrompeu, alterando um pouco seu tom de voz, assustando o Jung, que apenas mordeu os lábios e saiu do apartamento.

Aquela fora a última vez em que conversaram um com outro. Nem quando se esbarravam pelos corredores da faculdade, trocavam cumprimentos: Yoongi apenas fingia que Hoseok era um estranho.

Fora imaturo naquela época, mas só percebeu, tarde demais, quando viu o ex-namorado de mãos dadas com quem ele julgava ser Jimin. Os dois sorriam um para o outro da mesma forma que Hoseok sorria para si quando se conheceram.

Fechou os olhos com força ao se lembrar do que sentira naquele momento. Havia entregado o coração de Hoseok de bandeja para o outro que soube cuidar melhor dele. Sentia-se um inútil que não fora nem capaz de lutar pelo que sentia e apenas desistiu de tudo.

Sentiu algumas gotas de água caírem em seu corpo e resmungou um palavrão, correndo até uma lanchonete que estava por perto. Sentou-se em uma mesa qualquer, próxima à janela que lhe permitia visualizar a chuva do lado de fora. Pelo jeito, acabaria ficando por lá um bom tempo, junto com outras pessoas que chegavam para se esconderem também.

Foi quando o viu.

O mundo pareceu girar em câmera lenta no momento em que reconheceu Hoseok. Ele tinha uma expressão de desgosto por estar molhado e Yoongi soltou uma fraca risada, ele não havia mudado em nada. Nunca gostou muito de dias chuvosos, ainda mais se estes viessem acompanhados por trovões; Hoseok tinha pavor de trovões.

Yoongi pôde ver o Jung começar a olhar para todos os lados da lanchonete em busca de algum lugar para se sentar e então seus olhares se encontraram.

Hoseok estava meio incerto, mas, no fim, decidiu se aproximar e sentou-se de frente para Yoongi.

— Tudo bem em eu me sentar com você? Está bem lotado aqui. — Comentou, sem jeito, vendo o outro concordar e se sentiu aliviado.

Ficaram em silêncio por um tempo. Pareciam dois adolescentes desviando seus olhares para qualquer lugar e Hoseok não resistiu em rir. Estavam sendo infantis demais.

— Então, como estão as coisas? — arriscou começar uma conversa de forma animada.

— Eu sinto sua falta, Hobi — Yoongi deixou com que as palavras escapassem por seus lábios, deixando Hoseok incrédulo. Ele virou o rosto para a janela e suspirou.

— Odeio dias chuvosos e noites também, o clima se torna tão triste — desconversou. — No entanto, estamos conversando depois de tanto tempo por causa da chuva, será que isso é algo bom?

— A chuva pode trazer algo bom às vezes.

— Você tem razão.

Foi a última coisa que Hoseok disse antes de caírem em um silêncio absoluto. Ambos queriam dizer muitas coisas um para o outro, mas as palavras simplesmente não saíam. Era desconfortável ficarem assim tão perto um do outro.

— Me desculpe — Yoongi resolveu quebrar o silêncio dessa vez. Decidira tentar ser sincero ao menos uma vez em sua vida, devia isso ao Jung.

— Pelo o quê? — Hoseok perguntou confuso.

— Por tudo. Estamos assim hoje por minha culpa. Eu não devia tê-lo deixado partir naquele dia — falou em um tom mais baixo.

— Eu não queria ter partido aquela vez — Hoseok confessou —, mas estava cansado e confuso demais, porém agora entendo meus sentimentos. Talvez fosse diferente se eu tivesse ficado.

— Diferente como?

— Ao mesmo tempo em que eu me sinto completo, eu sinto que falta algo dentro de mim. E esse algo é o que eu sentia por você.

— Sentia? Entendo. Não existe mais nenhuma chance para nós dois? — Yoongi arriscou. Tinha decidido que queria tentar ser diferente. Queria que Hoseok lhe desse a chance de lutar.

— Eu amo o Jiminie. E eu amei você. Por mais que eu sinta sua falta, não consigo mais me ver sem ele. — Foi o mais sincero possível. — Me desculpe, Yoongi.

Yoongi se levantou da cadeira, balançando a cabeça em negação — Você não precisa se desculpar por nada. — Sorriu fracamente e depositou um leve selar na testa de Hoseok. — Espero que você seja feliz com ele.

— Eu serei — Hoseok respondeu com um fraco sorriso e, antes que Yoongi se afastasse, segurou seu braço. Precisava lhe dizer uma última coisa. — Se você tivesse feito isso naquela época, minha escolha seria você. Eu realmente te amava, Yoongi. Na verdade, ainda te amo, mas não é mais o suficiente para nós dois.

— Tudo bem. Temos nossas vidas agora. Até mais, Hobi. — Afastou-se.

Antes que pudesse abrir a porta para sair, alguém fez por ele e entrou. O rapaz parecia estar com presa. O músico o viu olhar para os lados até que abriu um largo sorriso e, em passos largos, caminhou até lugar que antes Yoongi ocupava, tocando seus lábios aos de Hoseok.

Não aguentou olhar aquela cena. Doía ver Hoseok feliz com outro, mas ao mesmo tempo, sentia-se feliz por ele estar feliz. Era o que amar realmente significava. Queria ter descoberto isso antes e segurado a oportunidade que teve de fazê-lo feliz.

Mas infelizmente, era tarde demais. 


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