Alcançando Você escrita por AM


Capítulo 1
Capítulo 1 || Alcançando o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Oii! Como vocês estão? Então, eu venho apresentar o primeiro capítulo da estória totalmente reescrita. Bem, acho que o primeiro e o segundo capítulo não mudaram muito, mas a temática da estória sim. Não sei se muitos leram o motivo de eu recomeçar com a fic, mas resumindo tudo: eu achei que eu estava fugindo do real foco e resolvi arrumar algumas coisas. Porém foram muitas coisas e eu acho que dessa vez ficou do jeito que eu realmente quero hehehe

Espero que vocês gostem dessa nova versão. Eu estou me divertindo muito mais do que antes. Enfim, foi/está sendo feito com muito amor! ♡



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 O único foco que eu e minha câmera tínhamos naquele momento era de Gale. O seu movimento com os braços só deixava mais evidente o seu bom porte físico. Não era à toa que eu e, infelizmente, muitas outras garotas estávamos suspirando por ele. Entretanto, no meu caso eu não estava deixando tão evidente assim.

Eu já tinha ajeitado o foco da minha câmera e a luz do sol estava favorecendo Gale. Precisei de tempo para consegui uma boa foto do moreno. Quando ele parou de aquecer, com uma mão na cintura, a outra limpando o suor da testa, eu apertei o botão do flash, tirando uma foto sua.

— Katniss! – gritou Madge. Resmunguei quando ela parou do meu lado, descobrindo meu esconderijo. – Kat, eu estava louca atrás de você. O jogo já vai começar.

— Eu só estava tirando algumas fotos pro jornal do colégio – expliquei, me levantando preguiçosamente

— Como sempre – comentou rindo. – Mas vamos logo. Eu deixei Annie sozinha, tenho medo que alguém roube os nossos lugares. – A loira me puxou com toda força em direção da arquibancada.

O sol estava intenso e chegava a irritar. Por mais que eu amasse dias assim eu já estava ficando agoniada. Meu vestido estava ficando colado ao meu corpo.

— Vamos lá, Kat! Tira essa carranca da cara – pediu Annie, sorridente como sempre.

— Não tem como ficar feliz com esse sol. Vocês escolheram um ótimo lugar em – reclamei cruzando os braços.

— Não reclama não, sou eu  que vou ficar toda vermelha aqui – brincou Madge. Fazia mais sentindo parar de reclamar nessa questão. Mad sempre foi muito branca e se queimava fácil.

— Aliás, você que pediu para escolhermos um lugar próximo da quadra – a ruiva advertiu.

— Sim, mas... – Tentei argumentar, mas na minha cabeça não vinha nada. – Esquece. O jogo já vai começar mesmo.

O nosso diretor subiu em um pequeno palco e acenou para todos.

— Vai começar meninas! – disse Annie com muita euforia.

— Vocês estão prontos? – perguntou Cinna gritando no microfone.

— Sim! – gritou um coro, minhas amigas estavam no meio também.

— Com vocês, o vice-campeão dos jogos da primavera; o nosso querido time: os tributos da Vila Bonita! – Os gritos e os assobios foram estrondosos.

O nosso time entrou em quadra. Gale acenava para todos; estava muito confiante. Eu tentei conter meu sorriso quando o vi, mas eu não consegui. Apenas entrei na onda e comecei a gritar também.

— Vamos tributos! Vamos ganhar esse jogo! – berrou Annie, dando alguns pulinhos.

— O que deu nela pra ficar tão animada assim? – perguntei rindo do jeito da ruiva.

— Não sei. Acho que é apenas o espírito de torcedor – respondeu Madge, dando de ombros.

Depois que Cinna chamou os nossos rivais, os Carreiristas da Vila Mariana, o jogo começou.

Eu particularmente nunca gostei de esportes, principalmente quando envolvia bolas e corrida. Talvez fosse pelo fato de sempre me machucar de um jeito ou do outro. No entanto, eu sempre gostei de ver Gale jogar vôlei. Ele tinha alguma coisa que prendia minha atenção. Talvez fosse o fato de ele ser incrível bonito e gentil, se bem que ele sorria para todos nos treinos.

O nosso time estava ganhando por dois sets a um. Não era à toa que Gale era o nosso capitão, já que metades dos pontos marcados foram feitos por ele.

A cada salto que ele dava para bloquear ou cortar a bola eu tirava uma foto. Qualquer ângulo que ele ficasse o deixava ainda mais bonito.

— Katniss, você nem está aproveitando o jogo – disse Madge prestando atenção na quadra. – Larga um pouco essa câmera e vê o mundo com os seus olhos, não com os dela.

— Câmera não tem olhos – respondi cantarolando.

— Isso é uma metáfora – falou cantarolando também. Revirei os olhos; como sempre Mad estava certa.

Contudo, eu não dei bola para a loira e continuei a tirar as fotos, só que dos estudantes que estavam assistindo o jogo.

— O jogo está quase empatado, como é que o Tresh não conseguiupegar o rebote? –reclamou Annie.

— Isso porque o culpado foi o Finnick, que jogou a bola pra direção errada. Aquele cara não sabe nem sacar.

— O Finn não teve culpa, Mad. Ele apenas mirou errado. – Era como se Annie fosse capaz de voar na cara da Mad quando disse aquilo. Ele virava num monstro quando o assunto era Finnick Odair.

— Como é que se mira errado no vôlei? – indagou indignada.

— Se me dão licença, eu vou arranjar algo pra beber. Vocês querem alguma coisa?

— Não! – responderam com grosseria.

— Mas o Tresh não conseguiu pegar porque ele é muito lerdo!

— Ok! – Antes que elas me colocassem naquela briga, corri em direção das escadas da arquibancada.

Fui em direção da lanchonete do colégio. Por mais que tivesse tendo o jogo, eu sabia que Wiress estaria lá. Ela amava aquela lanchonete muito mais do que um jogo “bobo de vôlei” – palavras dela mesma. Contudo, antes de chegar até lá, eu ouvi um barulho engraçado, ou melhor, um som muito suave de música.

Como eu sempre fui curiosa, fui atrás do som, já preparada com a minha câmera. Se eu fosse uma pessoa com raciocínio rápido me daria conta de que aquele som de música iria vir da própria sala de música. Só o que não fazia sentido ter alguém naquele lugar num momento como aquele, enquanto estava tendo uma grande decisão do jogo de vôlei.

Olhei na pequena janela que tinha na porta da sala de música. Só conseguia ver as costas largas de um garoto. Suas mãos eram habilidosas no violão. Sem pensar duas vezes peguei minha amiga e comecei a tirar algumas fotos. Naquele instante eu tinha a certeza de que seria uma ótima notícia.

— O menino misterioso do violão que não quis ir ver o jogo de vôlei. Perfeito! – Antes que eu me desse conta de que pensei alto demais, o garoto loiro olhou assustado em minha direção.– Merda, Katniss! – resmunguei.

Sem pensar na situação eu saí às presas dali. Um paparazzo nunca pode ser pego, ainda mais quando você estava olhando os outros as escondidas.

Eu estava sem saída, às salas estavam vazias e eu não poderia me esconder lá, minha única opção foi disfarçar que eu estava bebendo água. Enfiei minha cara no bebedouro, torcendo para que ele não me visse.

— Você aí! – Ouvi sua voz grossa me chamar. Fingi que não era comigo e continuei a beber água. – Ei, garota! – Sua voz estava ficando cada vez mais próxima. –Katniss. – Meu coração parou quando eu o escutei me chamar pelo meu nome. Quase me engasguei com o líquido, eu estava com muito medo dele.

Como é que ele sabe meu nome?— pensei nervosa.

— Eu não sou a Katniss – informei ainda virada de costas.

— Então você não é a garota que estava me espionando enquanto eu estava tocando violão? – perguntou com ironia.

— É isso mesmo – confirmei.

— Olha Katniss, você não sabe mentir mesmo. Está pior que o Pinóquio.

— Saiba que eu não estou mentindo – disse com firmeza na voz.

— Se eu não tivesse visto esse seu vestido florido na janela quem sabe você estivesse falando a verdade.

— Acho que você está enganado. – Tomei um pouco de coragem e me virei em sua direção. O garoto loiro era ainda mais alto de perto. Seu cabelo era incrivelmente lindo e sedoso. Ok, ele era bonito, no mesmo nível de Gale.

— Então o que você me diz dessa sua câmera pendurada em seu pescoço? – indagou apontado para minha amiga pendurada no meu pescoço.

— Merda! – resmunguei percebendo que ele já notou a verdade.

— Foi bem isso que você disse. Comi é que foi mesmo? – Ele coçou a cabeça em forma pensativa. – Ah é! Merda, Katniss.

— Preciso parar de falar em voz alta – reclamei.

— Não é apenas isso. Você também precisa para de ser enxerida e ficar se intrometendo na vida dos outros – falou com raiva. Aquele loiro estava realmente incomodado com tudo o que aconteceu.

Ele começou a vir em minha direção. Seu olhar estava preso na minha câmera, sentia que seu único intuito era pegá-la.

Não que isso fosse uma novidade ou surpresa, eu até já esperava isso de um garoto mais alto e forte do que eu. Mesmo se eu lutasse pra ele não chegar perto da minha câmera não adiantaria em nada.

Fechei os olhos por medo do que estava por vir. Senti um puxão em meu pescoço e depois uma leveza. Quando abri os olhos o vi fuçar na minha câmera. Escutei o pequeno som, olhei em direção do seu polegar diretora clicando no botão vermelho. Isso significava que ele estava apagando suas fotos,e quando ele apagasse todas as suas fotos, a próxima pessoa fotografada seria...

— Gale? – perguntou assustado e curioso. – Por que você tem várias fotos dele?

— Me dê isso – exigi. Fui pra cima dele decidida a pegar de voltar o que era meu.

— Sério mesmo? – O loiro começou a rir.

Dei vários pulos pra tentar pegar, mas parece que ele se divertir com isso. Então, pra me sacanear ainda mais, ele ergueu seu braço, dificultando ainda mais a minha tentativa de pegá-la.

— Devolva isso, agora!

— Eu sempre soube que Gale é um conquistador nato, mas que ele iria fisgar um coraçãozinho de uma garota igual a você não. – Sua risada estava ficando ainda mais exagerada.

— Me dá isso! – exclamei. Já estava ficando com medo de que alguém chegasse e visse todas aquelas fotos.

— Gale, Gale – suspirou. – Até as meninas mais fofinhas você conseguiu.

— Garoto, eu estou falando pra você devolver isso!

— Só devolvo se você parar de me espionar – propôs.

— Eu não estava te espionando, eu apenas achei estranho alguém como você não estar vendo o jogo.

Foi aí que eu me dei contra que naquela altura do campeonato eu já tinha perdido uma boa parte do último set.

— Apenas só diga que vai parar.

— Eu paro! – falei irritada. – Agora me devolva ela!

— Aqui. – Aquele loiro chato praticamente jogou a câmera em minhas mãos.

Verifiquei se ele apenas apagou suas fotos. Suspirei aliviada sabendo que foi aquilo mesmo

— Katniss, aí está você. – Levei um susto com a voz da Madge. O garoto ao meu lado também. – Já estamos no final do último set. A gente está ganhando! – anunciou contente.

— O jogo... – sussurrei chateada.

— Peeta? O que você está fazendo aqui? O que vocês dois estão aprontando? – perguntou com malícia.

— Nada não – respondi. – Esse garoto apenas estava me ajudando, não é mesmo?

— Ah sim. – O tirei do transe que se encontrava. – É que ela não conseguia... Apertar... Apertar o botão do bebedouro, então...

— É isso, ele me ajudou com o bebedouro. Acho que ele estava... Estava emperrado?–A loira apenas nos olhou desconfiada. –Você sabe como eu sou com essas coisas, Mad.

— Sei. – Ergueu uma sobrancelha, esperando mais explicações. Tava na cara dela que não estava caindo no nosso papo. Aquela loira sempre foi incrivelmente esperta.

— Acho melhor eu ir. É... Tchau, Madge. – O loiro foi na direção dela e depositou um beijo casto em sua bochecha.

— Até amanhã, Peeta. – Minha amiga sorriu. Que menino idiota!

— Tchau garota da câmera. – Ele revirou os olhos para mim.

— Vai pela sombra, loirinho sem sal.

— Katniss – repreendeu Madge.

— O que foi? – Dei de ombros.

Madge e eu voltamos para a arquibancada. Praguejei-me por ter perdido boa parte do jogo. Por mais que eu não entendesse nada sobre vôlei eu queria ficar por dentro das novidades.

— É isso aí! Os Tributos da Vila Bonita são tricampeões dos jogos da primavera! – Cinna anunciou o fim do jogo e o vencedor.

O público foi ao delírio. Só se ouvia o barulho da algazarra que estávamos fazendo. E como sempre todas as garotas começam a ir em direção do time, inclusive Annie.

— Vamos lá, Kat. Vamos parabenizar eles.

— Pode ir Mad, depois eu converso com o Finn e o Tresh.

— Então vou me juntar com a Annie e dar uma de tiete do time. Quem sabe eu dance igual naqueles filmes americanos de adolescentes. – Ri com sua piada. Não há dia ruim com minha amiga e o seu senso de humor.

Quando Madge já tinha saído perto de mim, eu me posicionei no meu esconderijo. Peguei-me encarando Gale novamente. E lá estava eu, tirando mais uma foto sua.


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Notas finais do capítulo

Então? Espero que tenham realmente gostado!
Os capítulos serão postados semanalmente, mas sem dia específico como antes.
Espero ver vocês nos comentários u-u Beijinhos e inté