Sinais escrita por Pietro


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa: me desculpem! Meu notebook resolveu me abandonar e eu só tinha meu celular mas se já acho cansativo escrever simples mensagens, imaginem um capítulo inteiro. Mas enfim, agora está tudo resolvido e eu irei postar 2 (talvez 3) capítulos ao longo da semana. Espero que vocês não tenham desistido da história.
Esse será um capítulo flashback apenas para mostrar quem é Ricky.



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Mary Jane parou na entrada engasgando com a fumaça de cigarro quando abriram a porta, assim que ela bateu.
─ Jane! ─ Berrou sua amiga, deixando clara a falta de sobriedade. ─ Você veio! ─ Mary Jane deu um sorriso constrangido enquanto algumas pessoas do lado de dentro a olhavam com certa curiosidade.
─ Oi, Laura . ─ Respondeu mas sem a mesma animação.
─ Vem, entra. Tem tanto cara bonito aqui que vou ter que passar a noite te apresentando a eles. ─ Disse Laura puxando a amiga para dentro de sua casa.  Eram quase dez horas da noite anterior quando o celular de Mary vibrou com a mensagem de Laura a convidando para a festa que acabara de planejar, piscando na tela. Ela até pensou em recusar mas seria uma ofensa afinal Laura arressem havia terminado com seu 16º namorado. Mary deveria ter imaginado, toda vez que Laura termina ela dá uma festa no dia seguinte (fosse qualquer dia da semana) para mostrar que ela não estava mal e já hava superado. "Garotas não choram, como diria a Fergie", Laura costumava lhe dizer.
─ Esse é o Zack. ─ Laura apresentou o menino de pele bronzeada e cabelo negro cheio de gel para Mary que tentava parecer confiante. ─ O que você faz, bonitão?
─ Eu jogo no time de futebol da escola. ─ Comentou o rapaz enquanto sorria para as duas bancando uma pose de galã de novela.
─ Não, clichê demais até para mim que sou cheerleader e loira. ─ Disse Laura antes de puxar Mary para longe de Zack que ficou confuso. Mary riu do modo como Laura agia quando estava bêbada. Uma mistura entre patética e muito engraçada.
─ Esse é o Luke. ─ Laura disse parando em frente a um garoto ruivo com sardas porém alto e musculoso. ─ Muito bonito por sinal. Bonito até demais... ─ Comentou ela colocando os braços envolva do pescoço de Luke que parecia estar confuso com aquele flerte. ─ Desculpe, Mary. Vai ter que arrumar outro para você.
 Laura começou a beijar Luke e antes que a cena ficasse mais desconfortável do que já estava, Mary aproveitou a brecha para sair dali.
Mary deu algumas voltas pela casa de Laura que era imensa e possuía muitos quartos, esbarrou em casais quase semi nus nos corredores e em garotos vomitando, até chegar no quintal. A brisa da noite de outubro logo atingiu sua pele nua e ela se arrependeu por não estar de casaco. Depois de passar alguns minutos decidindo qual roupa usar, Mary optou pelo velho jeans azul claro e uma blusa preta de manga curta. A luz no céu parecia uma pérola em meio à escuridão e ela fechou os olhos por um momento. Quando retornou a abri-los viu uma silhueta andando de um lado para o outro a uma certa distância de onde estava.
 Era um garoto, ela pode perceber ao se aproximar. Ele se virou assim que percebeu a presença da outra.
─ Me desculpe, não queria atrapalhar. ─ Disse Mary, pouco constrangida.
─ Ah não, está tudo bem. Eu só estava passando o tempo.
─ É, preciso fazer o mesmo.
─ Amigo bêbado? ─ Ele perguntou a fazendo sorrir.
─ Amigo bêbado.
─ Bem vinda ao clube. ─ Ele disse erguendo o copo vermelho que segurava na mão direita.
─ Então, como se chama? ─ Perguntou Mary decidindo que entre ficar vendo Laura se jogando para cima dos garotos e conversar com um estranho, a segunda opção parecia menos entediante.
─ Eu ou meu amigo bêbado? ─ Ele perguntou e olhou para ela com um sorriso bobo nos lábios. Ele era bem humorado e Mary gostou disso.
─ Hm... O seu primeiro.
─ Richard. ─ Respondeu. ─ Mais conhecido como Ricky.
─ Prazer, Ricky. Me chamo Mary Jane. Mais conhecida como Mary Jane.
 Ambos riram e Ricky bebeu mais um gole de sua bebida.
─ O meu amigo se chama Luke. ─ Comentou Ricky.
─ Uau, acho que é ele quem minha amiga estava beijando antes de eu vir pra cá.
─ Sua amiga? ─ Ricky riu. ─ Uma garota?
─ Sim, uma garota não pode beber como os garotos?
─ Não, não é isso. É que o Luke é gay.
Mary Jane abriu a boca, surpresa, enquanto Ricky ria alto.
─ Álcool deixa as pessoas malucas! ─ Disse Mary rindo junto de Ricky.
─ Você está certa.
Mary Jane prestou mais atenção ao rosto ao seu lado; ele era alto mas não muito, pele branca e clara, o cabelo bem cortado e barba rala. Parecia charmoso com aquela flanela xadrez e coturnos pretos.
─ E você? Também é gay? ─ Ela perguntou mesmo tendo em mente a resposta.
─ Não. ─ Respondeu com naturalidade. ─ Senão já teria fugido das suas investidas.
 Mary o empurrou de leve e os dois voltaram a rir. Ele era realmente encantador com todo aquele humor descontraído e atípico dos garotos de sua idade.
─ Você não estuda na nossa escola, é algum garoto novo?
─ Não, eu já acabei. Era para eu ter ido para a faculdade mas meu pai acabou sofrendo um acidente.
─ O que houve? ─ Mary perguntou antes de perceber que ele poderia não gostar de tocar no assunto.
O semblante alegre de Ricky alternou para um rosto pesado e triste.
─ É uma longa e triste história. Você não iria gostar de ouvir.
─ Por favor. ─ Pediu Mary.
 Ricky respirou fundo antes de prosseguir. A música do lado de dentro da casa continuava alta e mais pessoas chegavam enquanto outras estavam indo embora.
─ Minha mãe morreu alguns anos atrás e eu era a única opção para cuidar dele. Digamos que ele não se dá bem com sua família.
 Mary assentiu, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.
─ Eu não vou mentir e dizer que estou satisfeito com isso, eu sinto muito ódio do meu pai. ─ Ricky olhava para baixo, enquanto chutava algumas pedrinhas para longe.
─ Ele não é e nem nunca foi uma boa pessoa. Principalmente para minha mãe. ─ Seus olhos estavam marejados. ─ Eu tinha dez anos quando presenciei a primeira cena de muitas, em que ele agrediu minha mãe. Em uma dessas vezes ele a trancou no quarto e quase a matou. Eu me tranquei no banheiro e fechei os ouvidos tentando não ouvir ela pedindo para que ele parasse.
 Mary percebeu as lágrimas caindo do rosto de Ricky mesmo com a luz fraca e o aconselhou a parar. Agora Ricky chorava feito um garotinho ao se perder dos pais e Mary se sentiu desolada; se aproximou a o abraçou. Ele molhou sua blusa com as lágrimas que derramavam sem parar em meios aos soluços. Mary pensou se aquela não era a primeira vez que ele se abrira com alguém.

 2 meses depois

─ Ele chegou! ─ Anunciou Mary levantando-se do sofá e indo até a porta.
 Era noite de véspera de natal e Mary havia convidado namorado para conhecer sua família. Ela estava usando um vestido vermelho até os joelhos e decote pouco avantajado e um batom da mesma cor. Os cabelos dourados estavam presos.
 Assim que abriu a porta correu para os braços de Ricky.
─ Estou tão animada! ─ Ela disse antes de o beijar. Fazia algumas semanas que não se viam pois Mary estava ocupada com os preparativos da festa de formatura.
─ Eu também. Será que sua família vai gostar de mim?
Ricky soava nervoso e preocupado e Mary achou aquilo muito fofo.
─ Claro que vão. Agora, entre.
 Mary caminhou ao lado de Ricky até a sala onde estava toda sua família. Seus tios, tias e avós (tudo por parte de mãe).
─ Pessoal, quero que vocês conheçam meu namorado: Ricky.
Ricky acenou tentando não parecer desconfortável àquilo e a mãe de Mary, Shelby foi até ele.
─ Essa é a minha mãe: Shelby.
 Shelby abraçou Ricky, o que fora uma total surpresa tanto para ele quanto para Mary.
─ É um grande prazer, Ricky!
─ Igualmente, Sra. Clarkson !
 Após Ricky conhecer cada membro da família ?, eles sentaram-se ao sofá.
─ Eu tenho algo para você. ─ Sussurrou para Mary.
─ O quê? Não. Não! Eu não comprei nada para...
─ Eu não quero nada. ─ Ele a cortou, sorrindo. ─ Tome. ─ Disse entregando a  Mary um pacote quadrado com estampa de corações rosa e vermelho. Mary não tardou a abrir o embrulho e tirar uma caixa preta de dentro dele. Ao abri-la seus olhos brilharam.
─ E aí? Gostou? ─ Ricky perguntou, ansioso.
─ E-eu... Amei! ─ Mary disse um pouco alto demais, despertando a curiosidade dos outros que agora olhavam em sua direção.
─ O que é... ─ Alguém perguntou.
─ Me ajude a colocar. ─ Ela pediu virando-se de costas para ele e puxando o cabelo para cima. Ao sentir o colar em seu pescoço, Mary sorriu emocionada.
─ Pronto. ─ Disse Ricky. Mary levantou-se e ficou no meio da sala exibindo o presente a todos que ficaram boquiabertos com o presente. O colar de prata trazia o nome de Ricky em letras emendadas e reluzia à luz da sala. Mary olhou para trás e sorriu para Ricky que, satisfeito, sorriu de volta.

3 meses depois


   Mary estava com sua mãe em uma loja de roupas, ajudando a mesma a achar algum vestido para o casamento de sua tia, Regina ─ casamento esse que ela não compareceria pois teria ido para a faculdade.
─ Eu acho que esse vai ficar estonteante. ─ Disse a vendedora entregando um vestido azul marinho para Shelby que ficou fascinada.
─ Vou experimentar! ─ Disse correndo para o provador.
 O celular de Mary vibrou e ela o puxou de dentro do bolso do seu sobretudo. Era uma mensagem de Ricky que dizia:

Apareça na rua.

Mary ficou um pouco confusa mas assim que olhou através das portas de vidro da entrada entendeu o que aquilo significava. Ricky estava parado do outro lado segurando um buquê de girassóis amarelos. Ela foi em sua direção enquanto soltava a respiração com força pela boca.
─ O que diabos você está fazendo aqui? ─ Ela perguntou assim que chegou até ele.
─ Um "oi" serviria. ─ Ele respondeu dando um sorriso que a irritou ainda mais.
─ Como você sabia onde me encontrar?
─ Você tweetou hoje de manhã. Disse que o café da sua mãe era horrível mas você fingia gostar e depois disse que iria comprar um vestido com ela para o casamento da sua tia. Depois, no tweet seguinte reclamou porque não iria ao tal casamento...
─ Ok, já chega. Você é um stalker mesmo. O que você quer?
─ Como assim? Quero te ver! ─ Ele disse aproximando o buquê de Mary que o pegou revirando os olhos.
─ Ricky, nós nos vimos ontem. À noite. ─ Mary disse dando ênfase nas palavras para ver se ele percebia o quão absurdo era aquilo.
─ Eu sei, eu sei... Mas não é minha culpa se eu não consigo parar de pensar em você um minuto se quer. ─ A voz de Ricky forçava uma tristeza e isso só acabou deixando Mary com mais raiva dele; não pena.
─ Olha, eu estou muito ocupada hoje e prometi que ajudaria minha mãe então, se não se importa, vou voltar lá para dentro. ─ Com pouca delicadeza Mary devolveu o buquê a ele virou-se para trás.
 Ricky ficou parado feito uma estátua enquanto Mary se dirigia até a porta, observando-a sumir entre as pessoas que lá dentro estavam. Ele estava com raiva e frustrado quando jogou o buquê em uma lata de lixo ao ir embora para casa.

4 meses depois 

Mary Jane estava se acostumando à faculdade e não pôde recusar uma festa em uma das fraternidades quando recebeu o convite, na manhã do dia anterior.
Ela e sua colega de quarto, Jessica, estavam se arrumando quando, pela vigésima vez, seu celular vibrou sob a cama bagunçada.
─ Não vai ver quem é? ─ Perguntou Jessica enquanto passava o delineador.
─ Não, é o meu namorado. ─ Respondeu Mary dando de ombros. Sua única preocupação era causar uma boa impressão nos calouros e nos veteranos.
O celular vibrou de novo. E de novo.
─ Ok, se você não responder eu vou atirar seu celular no aquário. ─ Jessica disse interrompendo sua maquiagem.
─ Nós não temos um aquário.
 As duas riram. Mary foi até sua cama e pegou seu celular. Haviam 31 mensagens não respondidas e todas eram do único remetente: Ricky.
 Ela resolveu ler e responder a mais recente que consistia em um "olá" seguido de inúmeros pontos de interrogação.

Estou me arrumando. Irei sair hoje. Nos falamos quando eu voltar.

Outra mensagem de Ricky chegou em segundos.

O quê? Que festa é essa? Onde vai ser? Será apenas com garotas ou garotos também são permitidos?

Havia mais alguns questionamentos mas Mary preferiu ignorá-los. Se estressar com Ricky antes de sair estava fora de cogitação.

É uma festa da fraternidade das garotas. Garotos são permitos, é óbvio. Beijinhos.

Outra mensagem.

Você não deveria ir! Fique em casa!

Mary respondeu em palavras o que estava fazendo em vida real:

HAHAHAHAHAHA.

─ O que foi? ─ Perguntou Jessica ao ver a amiga rindo.
─ Ricky mandou eu ficar em casa.
─ Seu namorado é estranho. ─ Comentou Jessica ajeitando o decote do vestido em frente ao espelho. ─ Parece um maníaco.
 As duas riram e logo saíram para a festa.

2 anos depois

 

Mary havia marcado de encontrar Ricky na casa dele, algumas horas atrás. Era véspera de ação de graças e ela havia voltado para comemorar junto de sua família, assim como nos anos anteriores. Decidiu ir andando para ter mais tempo para pensar no que iria dizer a ele e como iria dizer. Não magoá-lo era um de seus objetivos.
 Assim que chegou em frente a casa de Ricky ela mandou uma mensagem avisando que havia chegado e que o esperava do lado de fora. Ele mandou outra perguntando o porquê e ela não respondeu. Após alguns minutos a porta se abriu e Ricky saiu para fora, usando uma camisa vermelha de marga curta e calça de moletom cinza.
─ Eu não acredito que você está aqui! ─ Ricky disse enquanto andava de braços abertos até Mary que se manteve parada, o encarando. Quando ele tentou beijá-la ela o afastou.
─ O que foi? Aconteceu alguma coisa?
 Mary havia ensaiado suas falas diversas vezes mas agora, em frente a ele, não estava sabendo por onde começar aquele assunto.
─ Eu tenho algo importante para te dizer. ─ Ela começou mas sem conseguir olhá-lo nos olhos. ─ Espero que você entenda.
 O sorriso faceiro de Ricky se apagou e ele pareceu tenso.
─ As coisas estão muito difíceis entre nós e a cada ano parece que a distância piora ainda mais. ─ Mary disse, agora tendo coragem de olhar Ricky nos olhos.  Ele parecia calmo porém deixava transparecer indícios de nervosismo.
─ Como assim? Onde você quer chegar?
 Mary não conseguia interpretar o tom da voz dele e continuou com seu monólogo:
─ É simples. ─ Disse após respirar fundo. ─ Não está mais dando certo.
 Ricky pareceu entrar em estado de choque. Ele deu alguns passos ficando no meio da rua enquanto Mary o observava da calçada.
─ Então é isso? Você cansou de mim? ─ Ele perguntou com a voz embargada.
─ Não, eu não cansei de você. Cansei da situação em que estamos.
─ Não minta para mim. ─ Ricky subiu na calçada ficando bem perto de Mary.  Seu hálito contra o rosto dela enquanto ele falava.
─ Você tem certeza que quer isso? ─ Ele estava quase sussurrando, os olhos cheios de lágrimas. ─ Você tem certeza que quer me deixar? O único cara que conseguiu suportar a vadia mal agradecida que você é. Tem certeza?
 Mary havia se preparado para todo e qualquer tipo de reação vinda de Ricky; menos aquela. Se sentia humilhada e imponente com Ricky a sua frente falando como um coronel. Não conseguiu evitar não chorar.
─ Me perdoe. ─ Ele disse mudando seu comportamento em um clique. ─ Me perdoe! Por favor! Eu não quis dizer aquilo. Me perdoe! ─ Ele abraçou Mary de um jeito torto e com força, a fazendo se sentir sufocada.
─ Me perdoe, meu amor! Me perdoe! ─ Ele continuava dizendo.
─ Tudo bem. ─ Mary conseguiu dizer após superar o nojo que sentia de Ricky naquele momento.
 Ele a soltou porém voltou a segurar o rosto dela com as mãos.
─ Eu nunca vou te abandonar. Nunca! Nem que você mude de país, eu sempre vou estar lá. Por você. ─ Ricky disse em meio as lágrimas que caiam de forma involuntária de seus olhos, agora vermelhos, e sua voz soava de forma sinistra.  Quase como se fora possuído minutos atrás e agora estava de volta mas ainda não era ele.
─ O que você está dizendo? Eu ainda estou terminando com você!
 As palavras de Mary pareceram reacender a chama nos olhos de Ricky fazendo ele se afastara abruptamente. O demônio parecia se alastrar em seu corpo enquanto ele andava de um lado para o outro com as duas mãos na cabeça.
─ Não, não, não. ─ Ele dizia sem parar.
─ Ricky, me desculpe mas eu não quero mais isso...
─ Cale a boca! ─ Ele berrou, deixando Mary sem reação.
─ Sua maldita! ─ Ele gritou enquanto chorava e apontava o dedo em sua direção. ─ Você é uma ingrata! Depois de tudo o que eu fiz por você!
 Mary não conseguia mais chorar, ela se sentia enojada demais para isso.
─ Você acabou com a minha vida. ─ Ricky disse em voz baixa. Sua aparência estava um caos e ele não parava de chorar e se lamentar. Foi quando ele foi em direção ao seu carro que estava estacionado na rua e começou a socar o vidro que Mary decidiu ir embora dali. Quando estava prestes a virar a esquina ela olhou para trás uma última vez e a cena de Ricky ajoelhado ao lado do carro chorando com os dedos sangrando jamais sairiam de sua cabeça. 


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Notas finais do capítulo

Espero que a demora tenha válido a pena... Até breve!



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