Sonho de amor escrita por Era uma vez sonhadora


Capítulo 4
Ciúmes...




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O desejo de ambos era dormirem abraçados, mas depois da conversa nenhum dos dois se arriscariam novamente. Mesmo que por razões distintas.

O dia amanheceu com um sol preguiçoso, um daqueles dias que a jovem amava desfrutar. Acordou, virou para o lado onde ele dormia e encontrou o olhar profundo dele.

— Bom dia flor do dia! – sorriu ele

— O que ainda está fazendo aqui? – perguntou

— Acabou de estragar meu dia. – falou voltando seu olhar para o teto.

— Só queria saber por que ainda não foi trabalhar.

— Por que... - passou as mãos pelo cabelo em sinal de nervosismos, o que ela conhecia perfeitamente. – Só queria ver você acordar! – falou por fim voltando a sorrir, porém não alcançou os olhos, algo que não passou despercebido aos olhos da jovem.

— Isso... – ela levantou rapidamente indo para o banheiro. – Grande passo. – falou baixo, mas não o suficiente para ele não ouvir.

— Não imagina o quanto. – sussurrou ele depois de vê-la fechar a porta do banheiro.

“Isso é só o começo baby! Tenha um bom dia. Ligue-me quando estiver preparada para nosso novo trabalho!”

Do seu a...

Quando ela leu o bilhete sentiu que alguma coisa havia mudado de alguma forma, mas não era o momento ainda de abrir mão dele, da amizade que estava construída. Dos projetos comunitários que estariam dependendo da total disponibilidade psicológica de ambos. Ela iria fechar os olhos para aquele sentimento que a enchia de alegria, porém de uma profunda tristeza. Ele estaria enterrado no mais profundo do seu coração.

A semana seguiu tranquila focada no trabalho, nas suas crianças e criações. No sábado apesar de amar o trabalho comunitário levantou sem a mínima vontade de ir à igreja. Assim que entrou no banheiro ouviu o famoso som anunciando uma nova mensagem.

— Preciso de vc aqui. Não me deixe, ok?!

— Cara me deixa vc. – ela sorriu ao escrever. – Só quero curtir minha cama.

— Legal a cama, mas certamente não sozinha. Sei o quanto ela é convidativa principalmente acompanhada, mas se vc não estiver aqui em duas horas eu estarei na sua cama. É isso o que quer? – ele estava começando a jogar com ela. Não era hora para recuar. Sorrindo continuava olhando para o celular que não mostrava que ela estava digitando.

— Cara...não estou muito no clima. – falou ela sentada no chão do banheiro.

— Baby o caso aqui não sou eu ou vc. Sabe disso! Realmente preciso de alguém que criou isso...

— VOCÊ criou isso. – enfatizou com o coração aos pulos.

— Vamos... – o sorriso já não estava mais presente e respirando fundo ele sentiu que precisava jogar baixo. – Ok. Espero que decida o melhor para os outros, acredito que não é o momento de pensarmos em nos mesmos! – sorriu involuntariamente, pois sabia que ela estaria ali.

— Droga...Porque não consigo dizer não para vc?

— Sou o melhor baby! – escreveu entre risos. – Assuma e evitará problemas futuros. – gargalhou fazendo-a sorrir do outro lado.

— Convencido! – falou levantando e se dirigindo ao Box. – Agora estou prestes a entrar no banho, a menos que queria se molhar...Ate mais tarde! Se cuida. – finalizou a conversa deixando o celular sobre a pia antes do banho.

— Isso não é justo. – ele reclamou brincalhão – Você só me faz uma proposta dessas porque estou distante, faça isso quando eu dormir ai novamente e então você saberá o que realmente quero.. – enviou sem pensar duas vezes e se arrependeu assim que o fez, mas já era tarde. – Drogaaaaaaaa! – passou as mãos no cabelo assim que pisou os pés na igreja. – Não permita que tenha estragado tudo, ok? – falou diretamente com a imagem a sua frente.

As horas passaram devagar para ele que enquanto preparava o ambiente e esperava por ela.

Assim que viu a resposta dele ela sorriu, o melhor era levar tudo na esportiva, do contrário ela não sairia de casa. E assim que o encontrasse não tocaria no assunto. Certamente ele nem lembrará o que escreverá.

— Olá! – ela cumprimentou com carinho as crianças que vieram ao seu encontro assim que apareceu no canto sagrado.

— Tia você esta bem? – perguntou uma pequena atraindo sua atenção.

— Estou sim princesa. Obrigada por perguntar.

— De nada! – elas sorriram uma para outra. – Ele esta esperando lá dentro.

— Obrigada? – elas sorriram novamente antes da jovem seguir para o outro ambiente.

— Hey baby, olha o que acabamos de ganhar? – ele veio ao seu encontro apontado para a pilha de roupas totalmente novas que acabará de chegar.

Porém além do sorriso gigante e empolgado dele ela somente teve olhos para aquela que estava ao lado das roupas.

— Olá querida! – sua eterna rival, não que ela diria isso em voz alta um dia, mas ela era.

— Olá “querida”! – falou a jovem azeda. O que não passou despercebido pelo amigo que a olhou questionador.

— Veja o quanto posso ser solidaria e convincente! – falou grudando no pescoço dele enquanto a encarava.

— Sabe que quase não percebi! – ironizou cheia da falsidade da menina a sua frente. Sim um menina. A menina perfeita para ele. Jovem, rica e convincente.

— Oi?! – ele sussurrou diretamente para sua amiga sem entender.

— Sabe...eu realmente agradeço esse grande feito, só não esqueça que não foi para ele. – apontou vendo-o arregalar os olhos – Muitas pessoas estão te agradecendo do seu jeitinho especial. Orações. Palavras positivas, correntes de energias. – falou antes de virar e sair da sala deixando-os boquiabertos.

— Não sei o que deu nela. – falou ele sem graça.

— Amorzinho você sabe muito bem o que deu nela. – falou ela encarando-o com um sorriso provocador. – Pensei que tivesse falado com ela sobre meu sonho de consumo, que por acaso não é você. – ela sorriu.

— Eu falei, mas ela...

— Não acreditou, claro! – ela o abraçou com carinho. – Seu caminho para conquistar aquele coração ali vai ser difícil, se você conseguir, coisa que não duvido diante do que te conheço.

— Não desistirei tão fácil.

— Eu sei! – falou depositando um beijo demorado no rosto do jovem.

— Desculpe atrapalhar o casal, mas estão chegando mais algumas doações. E algumas pessoas querem falar diretamente com o embaixador da boa “vontade” – ironizou ela fazendo a menina a sua frente segurar a gargalhada.

— Minha nossa...só ela não percebe o quanto da tanta bola. – falou ao pé do ouvido dele em um ultimo abraço. – Se cuida gatinho!

— Obrigada mais uma vez pela sua nobre atitude.. – ele falou sincero vendo-a piscar o olho antes.

— Nobre atitude?! – ela falou enquanto via a outra desfilar pela igreja.

— O que deu em você? Está azeda, mais... – ele parou enquanto ela o olhava com a sobrancelha erguida.

— Mais que o que? – questionou vendo-o engolir em seco.

— Olha acho que começamos com o pé esquerdo.

— Acho que eu nem deveria ter saído mesmo de casa, isso sim! – falou sentando na primeira cadeira que encontrou. – Estou exausta hoje, não fisicamente, mas psicologicamente. Minha semana não foi nada fácil.

— E porque não me ligou? – perguntou ajoelhado a sua frente visivelmente preocupado.

— Por que? – ela o olhou por um longo tempo. – Porque não queria te atrapalhar. – mentiu por fim levantando. – Vai lá atender o pessoal que vou separando algumas coisas aqui. Depois te deixo em paz e irei para minha casa dormir tranquilamente durante o resto do final de semana. – ela tentou sorrir.

— Tem certeza?

— Tenho. Vai lá. – falou vendo-o sorrir de lado antes de levantar e sair deixando-a sozinha.

— Chegamos catequista!! – gritaram algumas crianças entrando na sala minutos depois, super animadas.

— Perfeito. Mãos a obra. – ela finalmente sorriu sincera recomeçando a separar os itens para doação infantil.


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