Just One More Time escrita por KimieSchiffer


Capítulo 4
Saudades


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS por toda essa demora para postar. Muuuuitos anos, né. qqq. Eu tive vários motivos para não postar e espero que realmente aceitem minhas desculpas. Irei me esforçar e terminar todas as minhas fics em andamento. Aguardo reviews e espero que gostem do cap. s2s2s2



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Os dois dias que restavam naquela cidade passaram rapidamente. Poucas eram as coisas que pareciam fazer sentido para Inoue naquele momento. Agora se encontrava no aeroporto mais próximo de casa, as malas já haviam sido encaminhadas para o avião e faltavam poucos minutos para o embarque. Todos estavam ali, o que ela não sabia se a deixava melhor ou pior. Tatsuki se aproximou e lhe acolheu em seus braços. Orihime a abraçou o mais forte que considerou possível, em uma luta interna para não chorar mais uma vez.  Tentou sorrir, quando ela se afastou. Já havia se despedido de quase todos, o choro de Nell poderia ser escutado até do outro lado do aeroporto, enquanto Rukia tentava acalmá-la. Inoue olhou para Matsumoto e esperou que ela entendesse o que estava lhe pedindo. Ela sorriu e se aproximou do grande grupo, falando diversas coisas que pareceram suficientes pra distraí-los, mas que a ruiva não se deu ao trabalho de descobrir o que seria. Seu verdadeiro interesse estava logo ali. Seu olhar pairou sobre Ulquiorra. Ele estava encostado à parede, um pouco distante de todos, com as mãos nos bolsos da calça. Não a encarava, não olhava para lugar nenhum em especial. Sua expressão permanecia intacta, sem qualquer vestígio de que ele estaria se despedindo de alguém. A ruiva se aproximou, parando a sua frente. Sorriu, se surpreendendo de não ter tido muita dificuldade dessa vez. Ele ergueu o olhar, parecia perdido, mas ainda permanecia aquele fundo que a avaliava... Tentando entender cada movimento que a mesma fazia, cada mudança em sua expressão.

- Obrigada por tudo, Ulquiorra-kun. Eu vou para longe, mas não vou me esquecer de você... – Ela quem começou a dizer, mantendo o seu sorriso e levando a mão até o cordão que permanecia em seu pescoço desde o dia 21 de fevereiro, há quase dois meses atrás. Ele não disse nada e ficou lhe encarando por mais algum tempo. Inoue olhou para o grande relógio do aeroporto... Agora tinha menos de dez minutos. Quando voltou seu olhar para ele, reparou que o mesmo se afastou da parede. Suas mãos não estavam mais nos bolsos da calça e foram para a sua cintura. Rapidamente ele a apertou contra si e pressionou seus lábios contra os dela, mais uma vez. Ulquiorra estava assim nesses ultimos dias: nem ele sabia dizer o motivo de suas ações.

- Não pense que vai ficar longe por muito tempo. – Ele disse, a soltando de seus braços e se afastando, apesar de não ser realmente aquilo que se passava em sua mente. A garota não sorria mais, só tentava entender o que ele queria dizer.

- Inoue! – A voz de Matsumoto chamou. Olhou para ela e depois para Ulquiorra.

- Ulquiorra-kun... – Proferiu, mas ele não disse nada em resposta, apenas manteve seu olhar sobre a garota. A ruiva colocou a mão no bolso do casaco vermelho e retirou a mesma caixa que ele havia lhe dado de presente no seu aniversário. – Não se esqueça de mim também.  

- Uh... – Ele resmungou, pegando a caixinha de sua pequena mão. Sorriu para ele e apressou seus passos para seguir Matsumoto. Olhou para trás, apesar de ter prometido para si mesma que não o faria. Balançou a mão em um tchau para todos, mas direcionado especialmente para Ulquiorra que estava concentrado na caixinha em suas mãos. O moreno ergueu o olhar para Inoue, apenas observando sua silhueta desaparecendo conforme os passos que ela dava. Quando não podia mais ver qualquer vestígio da mesma, abriu a pequena caixa e deixou que um pequeno sorriso brotasse em seus lábios. Havia um cordão, semelhante ao que havia dado para ela, só que o pingente era em formato de uma lua e, ao invés de seu nome, estava escrito “Saudades”.


INOUE’S POV

A casa, aonde eu iria morar por tempo indeterminado, não estava nada diferente do que eu me lembrava. Era simples, pequena e aconchegante, no estilo antigo de casas japonesas. Matsumoto-chan havia se mudado para cá há alguns anos, quando se tornou maior de idade. A casa possuía sua espaçosa sala que não deixava nada a desejar, dois quartos pequenos, um banheiro e a cozinha. As férias de Matsumoto haviam acabado, então, havia se tornado difícil encontra-la em casa. O que tornava minha estadia ainda menos prazerosa. Três meses haviam se passado, já estávamos em junho, então faltavam poucas semanas para as férias. E durante todos esses meses, a imagem de Ulquiorra habitava meus sonhos.  

Eu estava matriculada em uma escola há pouco mais de 5 minutos de distância e era para lá que eu estava indo. O uniforme não era muito diferente, só as cores que haviam mudado. Os livros também haviam mudado. E principalmente... As pessoas haviam mudado. Nell-chan e Tatsuki-chan me ligavam todas as noites, enquanto os outros entravam em contato pelo menos uma vez por semana. Ulquiorra-kun sempre conversava comigo quando Nell-chan se despedia, apesar de Grimmjow ter argumentado, em uma de nossas ligações, que ela quem ligava apenas para disfarçar o interesse de Ulquiorra-kun. Aquela ideia me fez rir do quão orgulho ele poderia ser. Quando cheguei a sala de aula, todos já estavam ali, exceto o professor, que entrou na sala logo após. Sentei no meu habitual lugar, Harumi – a primeira pessoa com quem conversei na escola – estava ao meu lado direito, enquanto Kouji – um moreno, alto e simpático que se apresentou para mim dois dias após minha chegada – insistia em sentar ao meu lado esquerdo. O professor de matemática nos cumprimentou e não fez qualquer cerimônia, apressando-se em mandar que abríssemos os livros e fizéssemos diversos exercícios. Harumi parecia mais interessada em lixar as unhas, enquanto Kouji me ajudava a entender todos aqueles números que mais me pareciam dançar pelo papel. Eu tentava ao máximo prestar atenção nas aulas, mas cada dia que se passava parecia mais difícil fazê-lo.

- Não é tão complicado, Inoue-san. – Ele dizia, sorrindo para mim, usando o lápis para apontar para a gigantesca conta que havia rabiscado na folha de exercícios. Fiz uma careta, tentando concordar com ele, apesar de não acreditar tanto em sua frase.

- Err... Eu vou tentar fazer. Obrigada. – Proferi, pegando meu caderno que estava em sua mesa. Li e reli a questão seguinte umas cinco vezes e ela não me pareceu nem um pouco “não-complicada”.

- Inoue-san. – Kouji me chamou, só então reparei que minha boca estava aberta da mesma forma que sempre acontecia quando eu estava distraída. O encarei, sorrindo. – Esse cordão. Você nunca tira ele?

- Ahn. – Comecei, tentando absorver sua pergunta. Senti minhas bochechas corarem e olhei para baixo, observando o cordão. – Eu ganhei do... – Parei por alguns segundos, tentando imaginar uma classificação para Ulquiorra-kun. Voltei meu olhar para Kouji, voltando a sorrir. – De uma pessoa especial.

- É maneiro. – Ele disse, apenas, voltando sua atenção para o próprio caderno. Fiz o mesmo, apesar de saber que não iria conseguir fazer qualquer conta agora. Os restos das aulas passaram rapidamente. Harumi só pareceu se interessar pelas aulas quando o ultimo horário chegou: A aula de história. O professor Hiro adentrou a sala, com seu costumeiro sorriso. Ele largou seus livros sobre a mesa e sentou em sua cadeira, passando as mãos pelos seus cabelos loiros.

- Bom dia. – Ele disse, com sua voz grossa. Harumi foi a primeira a responde-lo e eu pude ver seus olhos brilharem quando ele a encarou com seus olhos verdes. Soltei uma risada baixa, lembrando que mesmo assim eu não suspeitava sobre seu amor pelo professor. Só descobri há algumas semanas atrás, quando ela mesma veio me dizer, pedindo para que eu escondesse seu segredo pelo resto da minha vida. No final da aula, anotei a pesquisa que o professor pediu para que fizéssemos e guardei meu material. Era quarta-feira, então não haveria nenhuma aula extracurricular, ou seja, eu poderia finalmente voltar para o aconchego de minha casa. Sentia saudades de Karakura, mais do que eu imaginei que sentiria. Eu gostava da companhia de Kouji e Harumi, mas a ausência dos meus amigos me sufocava. A ausência de Ulquiorra. Levantei da cadeira e coloquei a mochila nas costas.

- Até amanhã, Harumi-san, Kouji-san. – Proferi, lançando-lhes um sorriso.

- Até, Inoue-san. – Eles responderam em uníssono. Virei-me e caminhei até a saída. Como de costume, eu chegaria a casa em meus cinco minutos ou um pouco mais.

Quando cheguei, Matsumoto-chan não estava lá, como era de se esperar. Deixei minha mochila sobre o sofá e fui até a cozinha. Preparei um sanduiche de queijo, manteiga e broto de feijão. Peguei um copo de suco de pêssego e fui para o meu quarto. Sentei em minha cama e deixei o copo de suco e o prato com o sanduíche sobre a mesa ao lado. Mordi um pedaço do sanduiche e não me contive a olhar para o relógio pendurado sobre a porta. Passava das 14h, mas ainda faltava bastante tempo para que Matsumoto-chan chegasse em casa. Ou para que eu pudesse falar com Ulquiorra-kun – que, desde minha mudança, havia conseguido um emprego de meio-período. Meus dias haviam se tornado repetitivos e eu não conseguia parar de imaginar como seria se eu já tivesse voltado para Karakura. Olhei para o lado, para o ursinho de pelúcia branco que estava ao meu lado.

- Ne, Koneko-chan... Estou me tornando cada vez mais entediante. - Suspirei, conversando com o ursinho e tentando me focar em Matsumoto-chan. Ela estava se esforçando para que nos pudessemos voltar e eu ainda havia ficado brava quando ela disse que teria que me mudar com ela. Eu que não era capaz de me sustentar. Não poderia obriga-la a se mudar comigo para onde eu queria. Era eu quem deveria segui-la. Dei mais uma mordida no meu sanduíche. Estava distraída e quase dei um salto da cama quando o telefone tocou. Larguei o lanche sobre o prato e corri para a sala, atendendo ao telefone.

- Alô? – Proferi, evitando parecer ofegante.

- Inoue-san. -  Reconheci a voz de Ishida.

- Ishida-san! Tudo bem? – Indaguei, caminhando de volta para o quarto, levando o telefone comigo.

- Tudo... E você, está se adaptando melhor com a cidade?

- Ahn... Sim, sim. – Eu disse, me sentando na cama e mordendo mais um pedaço do sanduiche.

- Você irá vir nas férias do meio do ano? – Sua pergunta quase me fez engasgar. Tossi um pouco, me recuperando do sufoco.

- Ah! As férias. Eu gostaria, Ishida-kun. Mas não acho que Matsumoto-chan conseguiria me ajudar a voltar agora... Ela tem trabalhado bastante. – Comentei e isso me entristeceu ainda mais. Ela insistia que eu deveria apenas me concentrar nos estudos e que trabalhar não era necessário.

- Entendo. Estamos sentindo sua falta, Inoue-san. – Ele disse, fazendo com que meus olhos se arregalassem instantaneamente. Ishida-kun não tinha costume de se expressar.

- Também estou sentindo saudades, Ishida-kun. Farei o máximo para voltar. – Tentei convencer tanto a ele quanto a mim.

- Uhum. – Ele apenas afirmou. – Tenho que desligar, Inoue-san. Até mais.

- Até. – Proferi, com um sorriso e queria que ele pudesse vê-lo. Desliguei o telefone e suspirei, deixando-o sobre a cômoda. Terminei de comer o sanduíche e beber o suco. Peguei o prato, colocando o copo sobre ele e caminhei até a sala, levando o telefone comigo. O botei em seu devido lugar e lavei o prato e o copo. Olhei para o relógio: 15h. Agora o dia parecia se arrastar. Não tinha nada a fazer, todos estavam trabalhando enquanto eu estava ali... Apenas esperando que as horas passassem. Deixaria a pesquisa da aula de história para o dia seguinte, sabia que também não iria ter nada para fazer. Procurei um livro antigo, que eu nunca havia tido tempo para ler. Era um suspense que todos diziam ser bom. Não demorei a encontra-lo entre os poucos livros que havia na prateleira. Pelo que me lembrava, Matsu-chan não tinha o costume de leitura. Deitei no sofá e abri o livro, lendo rapidamente as pequenas letras impressas. Eu estava no final do segundo capítulo, quando cai no sono. Acordei apenas com a dor de Matsumoto cutucando minha testa seguidas vezes. Sentei no sofá, sentindo minhas costas doerem assim que o fiz. Esfreguei os olhos, esperando que eles se acostumassem com a claridade novamente. Encarei Matsu-chan, que sorria de uma forma maliciosa para mim. Ela estava ajoelhada ao lado do sofá e parecia esperar por alguma reação.

- Ahn... Boa noite...? – Proferi, meio que indagando.

- Sonhou com Ulquiorra? – Ela proferia, ainda com aquele sorriso que fez minha face ficar tão vermelha quanto um tomate.

- O... O que...

- Você disse o nome dele. – Argumentou, com um tom de vitoriosa.  Levantou-se e caminhou em direção a cozinha. – Vou fazer o jantar. Afinal, está quase na hora de Nell-chan ligar.

Pelo seu tom de voz, era fácil imaginar que Grimmjow também havia lhe dito a história sobre Nell-chan só ligar para disfarçar. Eu não disse mais nada, apenas dei uma risada baixa com sua afirmação. Olhei o relógio pela milésima vez naquele dia. Marcava 19h30. Nell-chan sempre ligava antes de 20h30. Lembrava-me de ter tido um sonho... Um sonho com Ulquiorra-kun. Mas diferente de todos os outros que costumava ter. Olhei para o chão, o livro havia caído do sofá. O guardei na prateleira e caminhei até a cozinha.

- Posso te ajudar, Matsu-chan? – Questionei, me aproximando.

- Uhum. Corte os tomates, por favor? – Ela pediu, apontando para a sacola de compras. Apenas afirmei com a cabeça e peguei alguns tomates. Cozinhamos em silêncio, enquanto meus pensamentos oscilavam entre meu sonho com Ulquiorra-kun e a conversa com Ishida-kun. Seria perfeito se eu pudesse realmente visita-los nas férias.

- Matsu-chan. – A chamei, quando já estávamos sentadas à mesa, a comida já servida. Ela sorriu para mim, esperando que eu continuasse. – Você não sente saudades do... Grimmjow?

Tive a péssima oportunidade de ver seu sorriso desmanchar lentamente. Aquilo me fez pensar bastante que não deveria ter iniciado a conversa daquela forma.

- Não há nada que eu possa fazer no momento, Inoue. – Ela disse, suspirando, sem responder realmente minha pergunta. Abaixei meu olhar para o prato de comida a minha frente. Eu havia perdido qualquer vestígio de fome.

- Me deixe te ajudar... – Quase implorei, erguendo meu olhar para ela. O telefone tocou novamente e ela se levantou.

- Eu vou dar um jeito. – Proferiu para mim, antes de atender ao telefone. – Alô? Ah, Grim...

Dessa vez, eu quem suspirei. Sabia que ela estava sentindo tanta falta de Grim quanto eu de Ulquiorra e isso parecia cada vez mais insano, considerando que não mantínhamos qualquer relacionamento. Me concentrei em terminar meu jantar, mas não consegui comer nem metade. Lavei a louça e me sentei no sofá, ligando a televisão. Matsumoto-chan deveria estar em seu quarto, entretida em sua chamada com Grimmjow.  Enquanto observava as imagens dançando pela tela, eu aguardava pela minha ligação. Minha preocupação começou quando reparei que o relógio marcava pouco mais de 21h. Alguns minutos angustiantes se passaram, até que o toque do meu celular ecoou pela sala. Atendi a ligação, até mais rápido do que realmente era necessário.

-Olá, mulher. – A voz de Ulquiorra me trouxe aquele mesmo alívio de sempre, com sua mesma frase.

- Ulquiorra-kun. Ahn, tudo bem?

- Sim. Nell está dormindo, não  está se sentindo bem. – Se explicou, não como se fosse necessário.

- Ahhh, o que ela tem?

- Nada demais. Uma gripe, talvez. – Respondeu, sem demonstrar muito interesse pelo assunto.

- Entendi. Espero que ela melhore. E como foi seu dia? – Indaguei. Era meu novo hobbie: Descobrir o máximo de detalhes sobre os dias de Ulquiorra. Ele sempre enrolava um pouco, tentando não dizer muitas coisas, apenas pelo seu jeito comum de ser. Nesse dia não foi diferente. Precisei fazer mais diversas perguntas para descobrir que ele havia se atrasado para as aulas para levar Nell-chan ao médico ou que ele havia assistido a uma briga no trabalho. Eu nunca reclamava quando não tínhamos muito assunto, considerando que meus dias também eram entediantes. Eu gostava do silêncio de Ulquiorra. Eu podia ouvir sua respiração durante nossas ligações, sabia que ele estava ali... Que havia reservado um tempo de seu dia especialmente para mim.

- Ulquiorra-kun... – O chamei. Já haviam se passado mais de uma hora que ele havia me ligado e agora estávamos em silêncio. Eu já havia voltado para o meu quarto, estava jogada sobre a cama e com os olhos fechados, imaginando o que quebraria aquele silêncio se estivéssemos próximos.

- Uhm... – Ele fez um ruído preguiçoso, apenas para me deixar ciente de que ele ainda estava me ouvindo. Deveria estar cansado pelo dia de trabalho, mas eu logo o deixaria dormir.

- No dia em que nos despedimos... – Comecei, tentando imaginar se deveria ou não continuar. – O que você quis dizer sobre eu pensar que ficaria... Muito tempo longe de você?

Ele ficou alguns segundos demorados em silêncio, cheguei a imaginar que ele havia realmente dormido e ignorado minha pergunta, mas sua voz voltou aos meus ouvidos um minuto depois.

- Quis dizer que arrumaria uma forma de te trazer de volta. – Respondeu, tão objetivo como sempre.  Senti minhas bochechas corarem novamente e agradeci aos céus por ele não estar na minha frente. Sorri com sua resposta, apenas cogitando a ideia de como seria se ele conseguisse aquilo. Ficamos em silêncio por mais alguns minutos. 

- Ulquiorra-kun.

- Uhm... – Ele repetiu o ruído.

- Ainda falta muito? – Perguntei, sabendo que ele iria entender que eu queria saber se ainda teria que esperar muito tempo. Eu queria poder fazer algo, me sentia péssima dependendo de Matsumoto-chan ou Ulquiorra-kun para poder voltar para Karakura. Eu já tinha dezoito anos, e já estava no último ano da escola.

- Não.

- Continuo esperando. – Disse, apenas para que ele soubesse que eu não havia mudado de ideia. Já estava tarde e era mais do que óbvio que ele estava cansado. Guardei meu egoísmo e me despedi. – Vamos dormir, Ulquiorra-kun? Está tarde.

- Tudo bem... – Proferiu, parecendo apenas consentir, mas ainda com seu tom sonolento. – Boa noite.

- Boa noite, Ulquiorra-kun.


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