Os Cavaleiros do Zodíaco: A Saga de Ares escrita por Daniel Aguiar


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz que tenha decidido ler a história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702666/chapter/1

 

O céu estava lindo. Seiya estava onde ele queria estar: em uma casa de campo, próxima à uma floresta e voltada para um lago, com Seika e Saori. Ali, a Guerra sangrenta travada contra o deus do Inferno parecia apenas uma memória distante. Entretanto, o Imperador do Inferno encontrou uma maneira de lembrar Seiya da brutal batalha.

De baixo do moletom vermelho, do lado esquerdo do peito, havia uma cicatriz que marcava o lugar onde a espada do deus do Mundo Inferior talhou. De algum modo, o ferimento feito pela espada de Hades deixou o corpo de Seiya debilitado, mas seu cérebro e seus sentidos permaneciam intactos. Para os médicos da época, o caso do Pégaso era um mistério.

Todas as noites, quando Seiya era posto na cama por seus antigos companheiros, a deusa sentava-se em uma poltrona, que foi colocada ao lado da cama, e lia incansavelmente os inúmeros pergaminhos, que eram trazidos de Star Hill. Por muitas vezes, deixava os pergaminhos de lado e deitava-se ao lado de Seiya, acariciava-lhe os cabelos escuros. Confortada no peito de seu Cavaleiro, derramava lágrimas até adormecer.

— Não sei como desfazer, Seiya... — Sussurrava, em meio às lágrimas, incansavelmente. — Não sei como desfazer a Maldição de Hades…

“Não chore Saori...”, pensava.

Algo interrompeu os pensamentos melancólicos do Cavaleiro. Seiya sentiu alguém se aproximando. Um homem alto, de pele clara, cabelos negros e olhos cinzentos parou a frente do Cavaleiro. Com o dedo indicador, ele levantou a cabeça de Seiya para encará-lo.

— Você não é grande coisa nesta cadeira. — Disse ele, em deboche. — Não vejo como meu tio pôde ser derrotado por um Cavaleiro insignificante como você. Deve ser a sua constelação protetora. Pégaso? — Parou um instante, como se estivesse lembrando-se de algo. — Ah, é isso. Desde a Era Mitológica, vocês Cavaleiros de Pégaso, vêm causando problemas para àqueles que enfrentam Atena.

O homem soltou a cabeça de Seiya e ajoelhou-se.

— Nós deuses não gostamos de problemas, Seiya. Entretanto, eu não lhe encaro como um problema. Vejo você como um desafio. É por isso, Pégaso, que vou fazer isto. Não me agradeça, porque não facilitarei as coisas para você mais tarde.

Com delicadeza, o moletom vermelho de Seiya foi tirado. O homem colocou sua mão direita, que ardia em uma aura vermelha, em cima da cicatriz. Dentro de instantes, o Pégaso, que jazia imóvel na cadeira de rodas, sobressaltou-se e caiu da cadeira, ficando de joelhos. O homem levantou-se.

— Q-Quem é você? — Disse Seiya, com a voz rouca. O homem pareceu não ouvir. — Você não ouviu?! — O Cavaleiro tossiu. Sua garganta doía, depois de mais de três meses em silêncio.

— Acalme-se, Pégaso. Em breve, saberá meu nome. — Disse o estranho, tirando, do bolso da calça, um pedaço de papel enrolado em uma fita de cetim preta. — Entregue isto a Atena, Seiya. Diga a ela, que foi extremamente útil. — O Cavaleiro pegou com cautela o papel, tirou a fita e o desenrolou.

— Está em grego.

— De certo, que sim. Foi escrito ainda na Era Mitológica e deveria ser levado a um templo no Mundo Inferior para ficar em segurança. Entretanto, mesmo nos domínios de Hades, foi roubado por um dos Cavaleiros de Atena e levado ao Santuário, onde foi guardado em Star Hill. — Ele fez uma pausa. — Saori deve estar atrás disto, Seiya. Por que ainda demora em entregar a ela?

Seiya reuniu forças e levantou-se. Seus membros e articulações doíam. Vagarosamente, adentrou a casa de campo, indo de encontro a Saori.

...

A casa transbordava alegria. Saori e Seika não conseguiam conter a emoção e choraram. Shun as acompanhou. Seiya e Ikki riam e conversavam, como se a Maldição de Hades nunca tivesse caído sobre o Pégaso. Apenas Shiryu e Hyoga pareciam estar apreensivos com o homem misterioso.

— Seiya, posso ver novamente o pergaminho que ele lhe entregou? — Perguntou Hyoga.

— Esqueça isso, Hyoga. — Disse Ikki, depois de tomar uma dose de uísque. — Esse pergaminho não importa. A única coisa que importa, é que Seiya foi livrado da Maldição. — Completou, dando dois tapinhas nas costas de Seiya.

— Soube que ficou um tempo fora, Fênix. — Anunciou Seiya. — Por onde andou?

Ikki ignorou Seiya e continuou a beber.

— Eu gostaria que vocês parassem um pouco com a comemoração. — Pediu Saori, ainda emocionada. — Tenho uma coisa a dizer.

Todos se acomodaram nos sofás e poltronas da sala de estar.

— Na verdade, Ikki, esse pergaminho importa. — Prosseguiu. — Ele foi escrito por um ancião, que estava a serviço de Hades na Era Mitológica e foi levado ao Inferno para que pudesse ficar em segurança.

— Foi isso o que aquele homem me disse. — Declarou Seiya. — Ele também disse que um Cavaleiro de Atena roubou o pergaminho e o levou ao Santuário.

— Sim, Seiya. Isto é verdade. — Afirmou Saori. — O Cavaleiro em questão era o Cavaleiro de Ouro de Libra, Yachi. Ele é um dos Cavaleiros de Ouro mais poderosos que já existiu.

— Parece que ainda gosta de mim, Atena. — Disse um homem, de uma voz rouca e cansada. Um ser extremamente velho e corcunda entrou na sala. — Então, esses são os Cavaleiros de Bronze que foram aos Elíseos para salvá-la? Eles têm a coragem e a força necessária para protegê-la.

— Quem é você? — Perguntou Seiya.

— Não é meio óbvio, garoto? Sou Yachi de Libra, o Cavaleiro de Libra da Era Mitológica.

Hyoga espantou-se:

— Isso não é possível!

— Se não é, como explica minha presença aqui?

— Yachi foi recompensado pela Atena mitológica com a imortalidade, por ter lutado bravamente para defendê-la. — Explicou Saori. — Então, Yachi, o que o traz aqui?

— Infelizmente, minha deusa, péssimas notícias. Você e seus Cavaleiros terão que ir agora ao Santuário, porque um de seus inimigos mitológicos despertou. Lá, encontrarão os novos Cavaleiros de Ouro, que lutarão ao seu lado nesta nova Guerra Santa.

Os Cavaleiros e Saori se espantaram. Não fazia três meses desde que a última Guerra Santa havia terminado. O Santuário ainda estava sendo reparado e novos Cavaleiros estavam sendo recrutados.

— Sei que a lembrança da última Guerra Santa é muito recente, mas temo que não tenhamos tempo, minha senhora. — Explicou Yachi.

— Tudo bem, Yachi. — Verbalizou Saori. — Farei algumas ligações para a sede da Fundação Graad em Atenas, para que possa nos levar até lá.

— Todos devem descansar. — Completou Yachi. — Assim como na Era Mitológica, a Guerra Santa que está por vir não será fácil.

Um silêncio estabeleceu-se na sala. Saori deixou o cômodo para poder contatar a sede da Fundação na Grécia. Seiya e os outros olhavam desconfiados para Yachi, como se a qualquer momento ele fosse atacá-los. Seika estava à beira das lágrimas quando se retirou. Yachi também saiu do cômodo e foi à procura de Atena, que estava sentada em um banco, na varanda.

— Minha senhora?

— O que foi, Yachi? — Respondeu Saori, enxugando as lágrimas.

— Sinto muito por interromper a comemoração, mas não podemos evitar o inevitável. Uma hora ou outra, eles teriam que tomar ciência.

— Preocupo-me com Seiya... — A deusa parecia não ouvir o ancião.

— Não se preocupe. — Respondeu. — Eu, como Mestre interino do Santuário, o promoverei a Cavaleiro de Ouro de Sagitário. Enquanto ele tiver o a proteção da Armadura de Ouro, ele poderá fazer mais milagres do que já fez para protegê-la, minha senhora.

Saori agradeceu Yachi com um aceno de cabeça. O ancião voltou para o interior da casa.

“Se ele, de fato, despertou, esta Guerra Santa será a mais brutal e sangrenta que os Cavaleiros vivenciarão...”, pensou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fico feliz que tenha chegado até aqui. Por que não aproveita e clica ali embaixo para acompanhar a história? Ah, não se esqueça também de comentar e adicionar a história aos favoritos, além de recomendá-la.

O próximo capítulo sai em breve. Até mais!

Este capítulo foi revisado por Jaxtom, da Fuck Designs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Cavaleiros do Zodíaco: A Saga de Ares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.