A competição - Swanqueen escrita por Agth


Capítulo 7
Capitulo 7




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Cai rindo por cima dela os braços dela entre nossos corpos e eu com os braços ao redor de seu corpo. Seus cabelos negros emolduravam seus traços.  Seus olhos castanhos brilhantes combinavam com seu tom de pele. Meus cabelos loiros caiam ao redor do meu rosto e as pontas roçavam sua bochecha. Em seu rosto havia um sorriso maravilhoso que conseguia iluminar tudo ao meu redor.
— Emma. _ ela disse como num sussurro me torando daquele estado de contemplação. 
— Oh, desculpa. _ disse me jogando para o lado e depois me sentando novamente na cama.
— Que nada. _ ela disse rindo e se sentando ao meu lado.

— Ah, mas sério... Dá pra gente descansar? Você sabe que não precisa estudar..._ ela me fuzilou com o olhar. _ estudar tanto_ completei em um fôlego só.

—Emma, eu tenho que estudar.

—Mas você já sabe de tudo da matéria! Qual é! Vamos nos divertir hoje!

— Como você consegue tirar notas tão boas sem estudar?

—eu estudo, mas não vegeto. _ ela revirou os olhos com a minha resposta. _ Sábado é dia de sair com os migos, você não saia com os seus?

—Não... _ disse pensativa e reparei sinais de tristeza em seu semblante

—Quando é que você namorava?_ perguntei curiosa

— É aí que está o problema do meu término com o D, eu nunca tive tempo e..._ engoli em seco e balancei a cabeça incentivando-a. Eu sabia a resposta, sabia o motivo dela prolongar a sua resposta entretanto não queria falar que sabia porque assim poderia lembra-la daquele dia no armário._ E... deve ser por isso que ele me traiu. Minha culpa. _ abaixou a cabeça e fungou tentando segurar, sem efeito, as lágrimas.

—Oh, Regina. _ A chamei e levei minha mão ao seu rosto, levantei o seu queixo a fiz olhar para mim. _ Aquele babaca _ enxuguei seu rosto. _ É um babaca e vai continuar sendo um sempre que se lembrar de que trocou a maravilhosa Regina Mills, super inteligente e fina por uma lambisgoia qualquer._ ela sorriu _ Ele não merece suas lágrimas, você é linda e não se culpe se ele não aceitou você com o seu jeito nerd de ser, okay? _ ela fungou e balançou a cabeça positivamente logo depois me abraçando.

—Emma, eu me sinto tão idiota.

—Como? E por que?_ Estranhei-me com aquela afirmação.

—Eu fui tão idiota, estava com medo de perder  alguém que não era nem tão especial para mim_ estava com medo do que ela poderia falar e ao mesmo tempo preocupada._ Eu me entreguei para o Daniel de um modo tão..._ ela engoliu a saliva, parecia tentar achar as palavras corretas que fariam aquela situação mais real e dolorido para ela._ Ele vinha me pressionando e eu cedi e logo depois... Eu me sinto tão burra e idiota, Emma._ ela começou a chorar novamente e eu não aguentava vê-la naquele estado, estava partindo o meu coração eu não sabia o que fazer ou que falar. Fiz apenas o que achava que um ser humano normal com coração faria, a abracei mais forte enquanto ela chorava e soluçava.

—Shiu..._ passava a mão em seus cabelos. _ Como eu disse ele é um idiota. _ eu estava sendo idiota sem ao menos saber como ajudar uma amiga naquela situação. _E a culpa não é sua, você não pode fazer isso consigo mesma, não se culpe, okay? Isso é normal. Agora, não que eu esteja reclamando_ sentia o seu corpo tremer com o choro_ Eu não gosto de vê-la chorando e se culpando._ ela não disse nada. Eu até fiquei mais um tempo naquele abraço desajeitado sentindo suas lágrimas molharem minha blusa no rumo da clavícula, passava a mão entre os seus fios negros, até senti-la se acalmando. Passou mais uns dois minutos e ela se afastou de mim com os olhos vermelhos combinando com o nariz.

— Desculpa pelo chororô, deve ser a TPM. _ disse passando a mão no rosto.

—Não precisa se desculpar por isso.

—Eu sei que você ficou um pouco sem jeito, mas obrigada, precisava desabafar.

—Um pouco sem jeito sim, já que nunca tinha feito isso._ gesticulei com as mãos_ Mas sem problemas, amigas são para isso._ dei um sorriso forçado.

— Então, para onde vamos hoje?_  disse piscando.

— Daqui a pouco Killian já deve aparecer no grupo designando o local, mas normalmente vamos às docas e depois andamos pela cidade._ sua feição era de desconfiança ou seria medo?_ pode ficar tranquila que estudamos quando chegarmos, tá certo? E ninguém vai te raptar, Rê.

— Tá certo, é que eu sempre fiquei estudando, muito difícil sair assim.

—Por que?_ achei aquilo estranho.

— Porque tinha que estudar, ser a melhor por causa da minha mãe e, quando comecei a estudar com você, isso não ajudou nada.

—Ah tá.

— Hey, esse ano tem o teatro, o que será que Ariel e Eric vão aprontar?

—Não faço a mínima ideia, eles tem ideias bacanas que podem virar até um musical da Brodway, podemos esperar de tudo deles.

—Você quer fazer algum papel em especial?

—Não sendo a protagonista para mim tá ótimo._ respondi rindo.

—Ah, Emma, por que?_ me perguntou batendo de leve no meu braço.

—Sei lá, muita pressão e responsabilidade e também acho que não seria boa o suficiente para qualquer papel principal.

—Deixa de bobeira. Eu gostaria de fazer o papel principal, não tenho nada contra.

—Claro, você gosta de ser o centro de tudo naquela escola!_ exclamei brincando.

— Não mesmo.

—Não? Sempre quando perguntam quem se prontifica a algo você é a primeira a levantar a mão ou quando tem algo importante você também quer participar. Aposto que você vai querer cuidar do baile de formatura.

—Oh, o baile. _ exclamou tristemente.

— Ops, desculpa. _ pedi com o meu melhor sorriso se graça de desculpa. Esqueci completamente da atual situação amorosa dela.

— Não isso é normal, é que eu imaginava ir ao baile com o D, mas... _ percebi que ela voltaria a chorar.

—Não precisa ir acompanhada com ele, você tem a mim. _ Tá, talvez não tenha sido a minha melhor frase entretanto, consegui arrancar dela um sorriso e resolvi continuar. _ Afinal sou mais bonita que ele e mais engraçada.

— E tem um ego maior também. _ ela completou.

—Talvez._ dei de ombros sorrindo. Ficamos nos encarando por alguns segundo até ela quebrar o silencio que se instalaria entre nós.

— E você Emma?_ fiquei um pouco confusa e ela reparou. _ Tem algum par em mente? Algum namorado escondido?_ perguntou com malicia e depois riu

—Nops. Acho que iria com o Killian, só que ele já achou a alma gêmea, então sobrou para eu ir com o meu pôster do Zac Efron._ ela riu._ Se até lá eu achar alguém que me suporte, talvez... Quem sabe?_ olhei para ela e balancei minhas sobrancelhas.

—Ah, que isso! Vai me falar que não tem ninguém em mente?

Se eu tinha alguém em mente? Claro que sim. O alguém estava diante de mim, sorrindo lindamente, sentada com as pernas cruzadas e os joelhos tocando os meus, sentada em minha cama, com uma almofada no colo me encarando, sentia o seu perfume suave de maçã. Mas como eu poderia falar  “bem a pessoa na qual espero levar para o baile é você”? Simplesmente não podia, não sabia em que terreno estava pisando, tinha muitas coisas em jogo: o resto do ano letivo, a minha recente amizade com ela, não sabia das possíveis reações de meus amigos e de meu pai. Então era aquela coisa, a dúvida e a insegurança que te corrói de dentro para fora até deixar você como uma casa, sem conteúdo nenhum.  E aquela insegurança estava acabando comigo.

O meu coração falava para deixar tudo de lado e me atirar na incerteza de dizer a pessoa que gostava muito dela mesmo e o cérebro mandava eu esquecer daquilo e esperar pela pessoa certa. No momento eu estava tentando ouvir o cérebro, já que da última vez que segui os mandos do coração levei uma rasteira.

Então eu estava na frente dela, seus joelhos se tocando nos meus e ela ainda esperava uma resposta de uma pessoa que ainda divagava em seus pensamentos tomados por dúvidas e mais dúvidas.

—Eu tinha, mas não deu certo._ disse em fim.

— Serio? Quem? Posso saber quem conseguiu fisgar o coração de Swan?_ perguntou animada.

Eu fiquei vermelha, não era aquilo que eu queria falar, queria falar a verdade, mas a razão foi mais forte que a emoção.

—Neal, aquele idiota._ o seu queixo caiu e se eu não estivesse doida percebi uma pontada de decepção em sua feição. Ela se remexeu na cama. _ Digamos que eu tinha uma queda por ele. _ comecei a cutucar meu tênis para manter-me longe de seu golpe de vista._ E eu idiotamente, contra os concelhos de Killian, Ariel, Eric, Mulan August e mais uma cambada decidi, falar para ele, com aquele pensamento de “já tenho um não, então não pode ser tão ruim se recebe-lo”. Mas para a minha infelicidade eu recebi um não, foi como uma portada na cara, uma puxada do tapete, fiquei mal por alguns dias até depois perceber que tudo que eu havia fantasiado era coisa só da minha cabeça, que o que sentia por ele era apenas uma paixonite por acha-lo bonitinho, percebi depois que era sem conteúdo, mas estava cega antes e, digamos que, ter levado  um não me ajudou muito a pensar mais antes de agir e analisar todas as possibilidades.

— Mas e agora?_ Regina perguntou depois de algum tempo.

— O que?_ não sabia exatamente o que queria dizer.

— Não tem ninguém mesmo?

— Acho que não. _ disse com tristeza. Tristeza de mim mesma, por não conseguir dizer o que sentia._ Vou morrer sozinha, tipo aquelas doidas cheias de gatos, sabe? _ ri para descontrair.

Meu celular apitou indicando uma mensagem. Era Killian avisando para  nos encontrarmos nas docas as três da tarde. Perguntei quem estaria e ele disse que  seria a Rubi, Eric, Ariel, August, Mulan e talvez a Aurora e o namorado Phillip, praticamente todos os meus amigos.

Não demorou muito e mamãe nos chamou para um almoço que não foi tão pesado devido o horário que todos nós fizemos o desjejum. Ela fez uma macarronada caprichada com tudo que temos direito.

Saímos de casa às duas horas da tarde, iríamos andando para aproveitar o clima que estava menos frio e a paisagem. Eu estava com minha amada jaqueta vermelha e levava touca e luvas nos bolsos, não sabia se faria frio quando voltássemos, calçava botas e meus cabelos estavam presos em um rabo alto. Regina estava com um moletom preto com uma maçã estampada, calça e tênis, seus cabelos curtos presos atrás das orelhas, andava com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos do moletom.

—Se está com frio posso te passar as luvas.

—Não é isso, é...

— Peso na consciência por não estar estudando nesse exato momento? Você tem que viver também, oras._ tive uma ideia._ Você gosta de competir as coisas comigo não é? E não gosta de passar vergonha? Tenho um desafio para você. _ afirmei e olhos castanhos me olharam com uma curiosidade intensa. _ Tá vendo aquele poste na esquina?_ apontei com o queixo. _ Vai lavar os pratos do jantar quem chegar por ultimo nele._ logo quando eu terminei de falar disparei correndo e ouvi um “Ei! Isso é injusto!” e depois passos correndo logo atrás de mim.

A rua não estava tão movimentada assim, mas tinha uma ou duas pessoas que passeavam na mesma calçada que nós e se assustaram quando viram duas adolescentes malucas correrem feito umas loucas por eles. O meu maior problema? Eu estava rindo enquanto corria o que me fazia cansar mais rápido. Bati a mão no poste e logo depois Regina. Comecei a rir com o pouco de fôlego que havia restado. Me abaixei e apoiei minhas mãos nos joelhos enquanto tentava retomar o fôlego.

—Em-ma, dá pra parar de rir? Você já está ver-melha!_ ela dizia enquanto tentava formar uma frase completa entre suas respiração forte devido a pequena corrida.

Ao levantar minha cabeça, me arrependi instantaneamente da brincadeira. Senti uma pontada em minha cabeça onde tinha batido e cheguei a ver luzes de tão forte. Pendi o peso do meu corpo para o poste tentando me escorar ali.

— Emma! O que foi? _ ela perguntou preocupada enquanto me segurava contra o poste. _ Você está mais branca que algodão!

— Só foi a dor de cabeça. Acho que fiz esforço._ disse o obvio.

—Tá vendo sua abistuntada? Pra que foi fazer isso? Bateu com a cabeça ontem.

— Eu só queria que você despreocupasse com a escola só um pouquinho e se divertisse._ olhei para ela que me encarava com olhos de desaprovação._ eu estava rindo da sua reação, a propósito.

—É você conseguiu fazer com que me preocupasse com outra coisa: você!_ eu ri vitoriosa. _ De que você está rindo?

— Obtive sucesso.

— E uma dor de cabeça._ balancei os ombros rindo.

—Eles vão pirar quando ver o corte, vão pensar que foi você que fez isso._ disse quando parei de rir e ela me encarou parecendo que ia arrancar o meu coração. _ O que foi?

—Nada, eu só não intendo o porque de seus amigos acharem que nós nos odiamos.

—Serio? Você quer mesmo que eu te explique ou que te dê um exemplo? Lembra do campeonato? É um bom exemplo não?

Ela mudou o peso de um pé para outro, cruzou os braços e revirou os olhos.

—Tá, tá_ jogou as mãos na lateral do corpo. _Mas, em minha defesa, você_ apontou para mim_ me atacou._ apontou para a própria. _ E..._ chegou mais perto de mim que estava escorada no poste. _ Nós não nos odiávamos._ olhou bem para mim que sem querer franzi a testa. _ Sério? Você me odiava?_ fechou o semblante, sabia que tinha me encrencado sem ao menos saber com o que. _Você me odiava?_ repetiu magoada e eu apenas abri a boca para falar mas fui interrompida _ Nossa...

—Regina! _ a repreendi._ Eu pensei que você que tinha destruído o meu trabalho de história e eu já pedi desculpas por te julgar sem te conhecer direito._ foi a minha vez de cruzar os braços e levantar as sobrancelhas em desafio.

—Tá, tá bom. _ fez um bico. _ adoro que você admite que está errada. _ disse rindo.

—Ei, não acredito que fez esse show só pra eu meu sentir mal! _ a  encarei. _ Sua chata.

—Mas você adora minha companhia, né? _ questionou-me cutucando minha barriga.

—Continua chata, Rainha Má. _antes que ela pudesse protestar continuei. _ Vamos, vossa majestade, não quero chegar atrasada._ coloquei as mão no bolso.

—Certo, mas ainda tem meia hora e as docas não ficam há cinco minutos.

—Eu gosto daquele lugar, me acalma._ dei de ombros.

Comecei a andar com ela ao meu lado em silencio, eu gostava daquilo, não era daqueles silêncios constrangedores onde você pede pelo amor dos deuses que alguém fale alguma coisa já que você não consegue. Era um silencio confortante, eu sabia que ela estava ali, gostava de sua companhia e era agradável estar em silencio andando ao lado da pessoa que gosta. Esse pensamento meu pode ser estranho para algumas pessoas, mas fazer o que? Silencio me trazia calma e  nós não tínhamos a obrigação de estar conversando o tempo todo. Resumindo: estava gostando daquele momento, principalmente que de vez em quando nos esbarrávamos, ora eu ora ela.

Era apenas pequenos toques que duravam cerca de frações de segundos, mas era como se dissesse “Ei, estou aqui, viu?”.

Chegamos e nos sentamos em um banco que ficava de frente para o mar, a brisa fria lambia os nossos rostos. Ela se encolheu no banco.

—Frio? Você está com um moletom. _ disse rindo.

—Eu sei, mas esse ventinho...

—É bom... gostosinho.

—E congelante_ disse rindo e depois se encolheu ainda mais puxando os pés para cima o banco.

Cheguei mais perto dela e passei o braço por cima de seu ombro a puxando para mim. Eu já havia colocado a touca e calçado as luvas, ela automaticamente repousou a cabeça em meu ombro.

—Quentinha agora, majestade? _ perguntei rindo.

— Só não te dou um tapa porque você pode se afastar. Sim estou quentinha agora._ Ficamos mais uns minutos sem dizer uma palavra, só encarando o mar calmo. _ Agora eu entendo o motivo de você gostar tanto daqui._ ela disse ainda olhando para o mar e eu voltei minha atenção para ela. _ É um calmante, confortável e o frio combina, não tem quase ninguém aqui. É bom para pensar. _ ela se voltou para mim. _ Você é uma ótima pessoa, Emma, e amiga também. Queria ter te conhecido antes._ ela sorriu e eu sorri também, depois ela voltou a olhar para o mar e eu descansei minha cabeça na dela.

Ouvimos um barulho de alguém limpando a garganta, porém pensamos que era algum estranho e não demos a mínima.

—Sem querer interromper esse momento  swanqueen..._ nos viramos rapidamente quando percebemos quem estava falando: Killian. _ Vamos?

Eles já havia chegado. Eric e Ariel, Mulan, Aurora e Philip de mãos dadas e August.

— Swan queen?_ Regina perguntou confusa e eu queria matar Killian naquele momento.

—É..._ antes mesmo de tentar explicar o nível de retardamento de meu amigo ele falou antes de mim.

—Affs, não acredito , pensei que só a Emma que era a sonsa! _ revirou os olhos e os outros também o encarava confusos _vocês duas é claro! Tá na cara! Swan de Emma e Queen de você querida._ ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo e August entrou na conversa confuso.

— O que? Vocês duas estão..._ eu já estava vermelha e sem graça com aquilo tudo, não conseguia disfarçar mais nada, meus amigos me encaravam e Regina estava do meu lado e eu rezava, torcia, esperava, com todas as minhas forças, para ela não olhar para mim. Eu queria pular no mar, era o que eu mais queria além de bater em Killian, é claro.

—Não._ Killian disse e eu soltei todo o ar do meu pulmão em um ato de alívio. Percebi que Regina também estava sem graça. _ São só amigas por causa do projeto do saco de farinha.

— Mas pela cara de Emma eu não acho não eim..._ Obrigada mesmo Mullan! Eu a encarei parecendo que queria explodir sua cabeça e era o que eu queria.

—E aí gente, vamos parar de zoar a Emma porque ela está da cor da jaqueta já se camuflando_ Eric se pronunciou tentando me ajudar, mas sem perder a chance de ajudar os outros. _ Vamos para onde?

— Eu fiz um roteiro para relaxar antes das provas._ Killian avisou tirando o celular do bolso._ Bem, primeiro  Granny’s e depois caminhada na praia e conversas.

Eu estava com a touca então eles não perguntaram nada de meu corte.

Andamos eu silencio, nós no sentido de eu e Regina, porque meus amigos faziam barulho, riam e falavam alto uns com os outros, aquele silencio sim era constrangedor. Ainda estava envergonhada com as brincadeiras dos meninos e preocupada com a futura reação dela quando chegássemos em casa, já que com toda a certeza de que 2+2 é igual a 4, ela tinha percebido sim que tinha alguma coisa acontecendo comigo. Eu tinha medo que ela surtasse e nunca mais falasse comigo e fosse obrigada a falar só para fazer os benditos trabalhos escolares.

Agora o vento frio me era incômodo, tudo era, minha bolha de perfeição e vida boa havia sido estourada por Killian com o seu comentário sem graça. O corte começou a latejar, a cabeça a doer.

Regina percebeu o meu estado e resolveu se aproximar.

— Ei, só foi uma brincadeira._ me deu um empurrão de leve com o seu ombro.

—Sim, por causa do trabalho, mas, mesmo assim, eles sabem que eu não gosto nem um pouquinho desse tipo de brincadeira._ disse emburrada.

—Tire esse bico da cara Emma! Você está com seus amigos e eu não quero ficar num clima estranho também. _ ela disse me parando ao segurar meu braço. Olhei para ela que levantou a sobrancelha. Como eu podia resistir aquele charme?

— Tá bom.

—As duas pombinhas estão querendo ficar para trás? _ Mullan gritou.

— Não, mas se você quiser eu te ajudo a ficar para trás com aquela pessoa!_ gritei de volta. Mullan gostava muito de aurora, muito mesmo mas ela não tinha coragem de assumir e quem era eu para falar alguma coisa? Só que Aurora estava com Philip e eles se gostavam mesmo, mal sabia ela que August tinha não tinha apenas uma queda, mas um abismo por ela. Mullan me mandou os dedos do meio. _ Também te amo amiga! _ Gritei rindo.

Chegamos à lanchonete, lotamos uma mesa, ficamos amontoados uns nos outros. Eu pedi um hambúrguer e um milk-shake, Regina um milk-shake, Killian parecia que estava matando a fome da África quando pediu um combo, Aurora a senhorita fitnes uma salada – quem pede uma salada de lanche?- e seu namorado também, Mullan panquecas e Augsut um hambúrguer.

— Então, quando vocês vão ficar juntos logo? _ August perguntou para Eric e Ariel.

— Eu quero ser madrinha, tá bom?_ eu avisei enquanto eles ficavam sem graça.

— Ei, não, a Emma não, eu!_ Killian disse quase aos berros. _ Eu já sou a madrinha meu amor. Fica na sua. _ rimos.

— Gente não tem nada entre nós_ disse Eric na toda inocência.

—Não tem só pra vocês né queridos? _ Mullan disse. _ Todos já perceberam, menos vocês. _ ela semicerrou os olhos ainda mais. _ Ou já tem e vocês não querem admitir? _ demos gargalhadas quando os dois ficaram mais envergonhados. _ mas se tiver, eu vou ser a madrinha.

—Calma, vai ter casamento nesse grupo suficiente para todos serem madrinhas _ Aurora disse.

—Vish, olha Philip, já uma intimação... _ August brincou com o amigo.

—Né cara? Tô lascado. _ disse rindo e levou um olhar  intimidador da namorada. _ Calma, só uma brincadeira, você sabe que te amo. _ deu um selinho nela e Mullan abaixou a cabeça.

Ruby veio com os pedidos, nas horas vagas ela ajudava a sua avô.

—Olha aí, seus pedidos_ nos serviu_ tava ouvindo uma conversa sobre casamento_ disse apoiando a bandeja na cintura. _ quem vai casa? Eric e Ariel ou Philip e Aurora? _ perguntou rindo.

Killian olhou para mim de modo que dizia “se prepara amor” e eu tratei de chutar a canela dele que soltou um grito de dor me olhando e eu apenas levantei a sobrancelha o desafiando.

—O que foi?_ Regina perguntou.

— Foi sem querer, fui esticar a perna e bati nele._ o encarei para ficar calado.

A avô de Ruby a chamou e ela voltou para a cozinha. Nós lanchamos entre risadas e mais piadas, Killian era um verdadeiro palhaço e eu amava o meu amigo com o seu jeito másculo/gay que tinha.

Depois de lancharmos fomos andando para a praia, andamos cerca de vinte minutos, revezando brincadeiras e corridas, fizemos uma fileira e tentamos andar sincronizados, porém eu ria muito e não conseguia sincronizar os meus passos com os deles.

Pude perceber que Regina também estava se divertindo muito com meus amigos e isso era ótimo, mostrava que eles também gostavam dela.

Não perguntaram em momento algum o motivo dela estar ali, já que era sempre o nosso grupinho reservado, mas o Killian sabia e depois de seu comentário alguém já devia ter percebido também. O Jones é palhaço, mas não inventa as coisas e todos nós sabemos disso.

Sentamos na areia gelada e úmida e ficamos de um modo super clichê a encaram as ondas. Aquele era o nosso ultimo ano juntos e August fez questão de se lembrar disso trazendo uma espécie de momento nostálgico entre nós

Eu estava sentada ao entre Killian e Regina, Aurora e Philip trocavam carinhos em uma distancia que não ficasse sem graça, Mullan e August conversavam com Eric e Ariel.

— Eu vou sentir tanta falta de vocês ano que vem._ afirmei encostando minha cabeça no ombro do meu amigo que passou o paço na minha cintura enquanto o outro apoiava o seu corpo. _ Eu nunca pensei que acharia amigos nessa cidade que eu nem queria vir._ puxei Regina para o meu lado. _ Amigos eu pudesse confiar e amar._ olhei para Killian, uma lágrima solitária já fazia o seu trajeto por minha bochecha._ Eu amo você Killian e você é o que eu mais vou sentir falta de conviver todos os dias._ Percebi que ele estava ficando vermelho. – Ei, não vá borrar o lápis de olho!_ tentei mudar de assunto. Ficamos mais algumas horas na praia conversando e resolvemos voltar para as nossas casas porque já estava ficando tarde e mais frio.

—E aí? _ Chamei Regina enquanto andávamos._ Gostou?

—Amei, eles são ótimos. _ ela disse sorrindo.

— Olha o que eu disse para o Killian..._ parei e olhei para ela. _ Eu tenho muita dificuldades de mostrar o que sinto, mas eu sinto o mesmo por você. _ eu disse sem graça com as mãos nos bolso da calça e ela me abraçou me dando um beijo na bochecha.

— Eu também Ems. _ disse passando o braço por meu ombro e eu enlacei sua cintura e fizemos o trajeto de volta congelando no vento, mas quentinhas naquele abraço desajeitado cheio de carinho.


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