Paper Plane escrita por GoldenSunshine


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

SALVE PESSOAS DA TERRA E DO MUNDO!

Aqui é a Emi-chan, com uma One-shot pra vocês :3

Bem, essa one-shot veio da música Paper Plane e Prisoner dos adorados Kagamines. Ouçam Prisoner primeiro, ok?

Vou deixar o link nas notas finais

Eu realmente espero que gostem, porque eu demorei 2 semanas pra escrever isso e ainda assim nem sem quantas palavras tem :v é incrível isso ;-;

Mas enfim! Aqui algumas dicas pra quando forem ler:

Falas escritas assim ("-...") são pensamentos, e falas escritas assim ("...") são lembranças de pensamentos. Não se confundam! :v

Agora que já falei isso, bora ler?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702513/chapter/1

Paper Plane - Escrita por Emi-chan

Em uma certa altura, num certo lugar... Nesse mundo cheio de mágoas e tristezas... Oque unia seus mundos distantes era... Um avião de papel.

...

Todos os dias, eu fugia do hospital que meu pai trabalhava. Porque todos dias eu só via aquela parede branca, totalmente sem cor, do hospital. Eu estava cansada daqueles tubos que me davam aquele líquido estranho em minhas veias, e aquela coisa apitando avisando que eu estava viva. 

Faz apenas alguns dias que eu ando fugindo, com um lapis e alguns papeis. Com esse lapis e esses papeis, eu vivia escrevendo coisas aleotórias. Naquele quarto, sem som e sem cor, eu já não tinha mais criatividade pra escrever. Por isso, achei que o lado de fora poderia me fazer melhor.

Ah, esqueci de mencionar que estamos no meio da Segunda Guerra Mundial.

Andei mais do que eu costumava andar, e encontrei cercas de arame, com aquelas coisas elétricas em cima.

Cheguei mais perto e vi muitas pessoas trabalhando, todos sujos de roupas rasgadas. A maioria eram homens.

Todos os homens tinham os cabelos castanhos, a pele escura, e os dentes podres. Mas, um garoto, provavelmente de minha idade, ganhou destaque.

Loiro, de olhos azuis, com dentes perfeitos. Ele me chamou atenção, e por isso, falei um pouco alto.

—Ei, você! - chamei

Ele me olhou, confuso. Percebi que ele não poderia falar, não agora.

Então, em uma ideia GENIAL, A LA NERD, peguei um papel e escrevi nele. Dobrei em forma de avião de papel, e lancei por cima da grade.

Fiquei com certo receio de ele não saber ler, mas ele simplesmente pegou o papel do chão e leu cada palavrinha.

Ele sorriu. 

Peguei outro papel e passei por baixo da grade, junto com um lapis extra que eu levo pra caso a ponta desse quebrar.

Ele pegou e escreveu, fazendo um avião de papel e também lançando por cima da grade

"Olá! É um prazer te conhecer."

A letra não era das melhores, mas era legível.

Sorri, e escrevi mais e mais. Desde aquele dia, eu só fugia para poder ver ele.

Eu estava lendo uma de suas cartas "via avião de papel". Minha face estava vermelha, e eu sorria feito boba. Será que é isso que chamam de amor?

Cada palavra me encantava. Apesar da letra não ser boa, ele tinha um português e tanto!

A porta foi aberta.

Era meu pai. Ele pegou o papel, e leu. Eu achei que ele iria sorrir com a carta.

Mas...

—Quem é esse, Rin?! - disse furioso, quase gritando

—É-É um garoto... - gaguejei. Nunca vi meu pai assim, na vida

—Você não poderá mais ver esse garoto, ouviu bem?! - espera... Oque?

—Oque? Porque?!

Ele não respondeu, apenas pegou todas as cartas e amassou até virarem bolinhas de papel, jogando todas no lixo.

Já estava com lágrimas nos olhos. Porque ele fez isso?... Depois que eu conheci ele, tive vontade de viver... Eu já estava quase desistindo, porque eu sabia que eu não iria viver por muito tempo...

Me deitei, com os olhos pesados. Acho que ele colocou algo pra eu dormir naqueles tubos. Em menos de 2 minutos, dormi.

#####Mais tarde#####

O número de tubos aumentava dia após dia. É difícil ouvir sons. Não consigo andar como costumava. É como se minhas pernas estivessem quebradas.

Eu olhava triste para uma carta, meio amassada. Naquele dia, que meu pai jogou as cartas no lixo, eu peguei elas de volta.

Se eu não for sair daqui com vida, tenho que ver ele mais uma vez... Apenas mais uma vez. Não quero que ele fique preocupado comigo.

Me levantei da cama, tirando todos aqueles tubos com certa dificuldade. 

Corri o mais rápido que podia, me apoiando nas paredes. Queria me despedir dele... Com um último avião de papel.

Quando cheguei, ele varria algumas coisas no pátio dentro da cerca de arame, como da primeira vez que nos encontramos. Ele olhou para mim e sorriu. Rapidamente, dobrei uma carta em avião de papel e lancei por cima da cerca.

Ele leu, e me olhou confuso. Eu não queria que ele visse minhas lágrimas. Então, segurando ao máximo as lágrimas, levantei a cabeça e sorri. Me virei, e fui caminhando, até que...

—Eu vou te esperar! - gritou - Até você voltar, vou guardar suas cartas para sempre! - sem aguentar mais, comecei a chorar, ainda virada de costas pra ele

"-Vou poder te ver de novo, certo?..." — pensou o garoto, segurando fortemente a carta

#####Mais tarde#####

O pai abriu a porta rapidamente, vendo a filha naquele estado. 

Com aquelas coisas de respirar na boca, respirando com dificuldade. 

O pai tentou ir para perto dela, mas as infermeiras não deixaram, dizendo que estava na hora de alguma cirurgia.

O pai, já fora da sala, trincou os dentes. Ele sabia. Era culpa daquele garoto.

"-A sua existência me fez querer viver."

####Meses depois####

O garoto loiro lia algumas folhas, em forma de avião de papel. Ele sorria. Gostava de conversar com ela. Sua letra era linda. Tão linda que ficava difícil de ler. Apesar disso, as letras estavam meio fracas, como se cansasse por escrever aquelas cartas.

Mesmo sorrindo, o garoto estava com pensamentos completamente diferentes do que sua face dizia. Estava inseguro de que poderia vê-la novamente.

Todos os outros já dormiam, apenas ele estava acordado. Encostado na parede. Lá eles não tinham cama, só tinham um fino lençol que não esquentava. 

A porta foi aberta.

Era o dono do local. Cabelos castanhos e olhos da mesma cor, usando aqueles uniformes de guerra verdes, com medalhas coladas no mesmo. Estava, também, acompanhado de dois soldados.

—Oque está lendo? - disse, com certa raiva na voz

O garoto não respondeu. Ele não tinha autorização para falar, nem mesmo se for para falar com um general. Apenas o olhou, tentando transmitir a resposta atravéz dos olhos. Não deu certo.

—RESPONDA. - gritou, acordando os outros que dormiam no local

O garoto era corajoso. Não tinha medo de morrer. Na verdade, nem tinha vontade de viver. Mas depois que conheceu certa loira, teve um motivo pra viver.

O dono, furioso, já sabendo de quem era a carta, pegou a mesma.

Já advinhou quem é ele? Se você respondeu o pai da garota, parabéns! Vai ganhar um biscoito.

Sem pensar duas vezes, começou a puxar a carta. O garoto entrou em pânico. 

—Pare, não faça isso! - gritou. Os soldados seguraram ele, para não atrapalhar. Os outros que estavam lá, soltaram exclamações por ele ter coragem de falar com o dono

O general olhou para ele e sorriu. 

TRACK

A folha rasgou.

O garoto esticou a mão para tentar impedir. No momento que ele viu a carta se rasgando, não conseguiu evitar as lágrimas.

Começou a rasgar mais e mais, e na última carta, a carta da despedida, o garoto entrou em fúria.

Se livrou dos braços dos dois soldados, e deu um soco certeiro no queixo do dono, que soltou o papel. Os soldados seguraram o loiro novamente.

Com um simples gesto de esticar o braço em direção a porta, os soldados entenderam que levariam o garoto para a "solitária".

O pai da garota, o Nazista da história, pensava cabisbaixo no que tinha feito. Ver a feição furiosa do garoto, fez o homem, por um momento, acreditar que oque estava fazendo não era certo. Balançou a cabeça negativamente.

"-Claro que estou certo... Ele é um Judeu... Mas, por precaução, melhor fazer isso mesmo."— pensou o homem

#####Na "solitária"#####

O garoto loiro foi arrastado pelos soldados, que agora usavam máscaras de cheiro. Ele sabia oque ia acontecer.

"-Finalmente chegou minha vez..."— pensou

Ele pensava nela. Na verdade, ele sempre via ela escrevendo coisas. Todos os dias ele ia para aquele canto do Campo de Concentração para poder vê-la, dês do ano passado.

Ele via como ela era livre. Como era uma criança sem preocupações. Já ele, nasceu e cresceu naquele lugar horrível.

Atualmente, com ela de 11 anos e ele 12, finalmente ele tinha arranjado coragem para falar com a garota que se apaixonou sem nem falar com a mesma. Escreveu uma carta e, no dia seguinte, iria falar com ela. Mas um garoto de lá acabou fazendo a carta cair na lama, e o garoto não tinha outra folha. Mas, no mesmo dia, a garota pareceu notar sua presença e chamou ele. Ficou tão feliz por dentro, que quase pulou de alegria.

Sorriu. Naquele quarto escuro, onde nenhuma luz entrava.

(Agora quem vai narrar é ele)

Tão doloroso, tão doloroso.

Me lembro de que, quando olhava para ela, sempre pensava "Ah... Também posso ser livre um dia..."

É mentira, é mentira.

—Eu sei disso.

"-A sua existência me fazia querer viver."

"Por favor, venha falar comigo." Era oque eu pensava enquanto varria o chão naquele dia que a conheci. "Sofreria menos se fizesse isso"

Te observar daqui deste lado é uma pequena felicidade para mim.

Seus aviões de papel eram minha felicidade, felicidade.

De repente, um dia você me disse "via avião de  papel", que iria para longe, portando...

Era um adeus, era um adeus.

Ah... Toda minha vida vivi em sofrimento. Mas nunca tinha chorado tanto quanto aquele dia.

A sua existência me fazia sorrir, seja qualquer que fosse meu destino.

Mesmo que eu não saiba seu nome, senti que contigo poderia sair daqui.

É mentira, é mentira.

Eu não podia te chamar, não podia te alcançar, não posso sair daqui, não posso fazer nada.

Me lembro daquelas pessoas nojentas rindo da minha cara, na hora que fui condenado.

Pelo menos, finalmente, chegou minha vez, mas não poderei te ver de novo.

Não tenho remorso desse mundo, mas minha mente está gritando para eu viver apenas mais um pouco.

—Eu quero, apenas por um momento, te ver novamente...

Trinquei os dentes.

—Quero te ver... Quero te ver... Quero te ver!...

Segurei as paredes, dando socos nela. Tentei abrir a porta, mas eu não consegui.

Derrubei uma lágrima solitária.

Os dias que passei com você nunca irão voltar. São memórias vazias passando pelos meus olhos.

Todas as cartas que você me deu... sinto muito, mas só restou uma, a qual não está comigo...

Nas ervas cobertas pela escuridão, havia apenas uma que se destacava. Uma que florescia graciosamente. Azul, como seus olhos.

Embora vivêssemos em mundos diferentes, eu tento desesperadamente te alcançar...

Uma fumaça entrou na sala. Ela invadia meus pulmões. Comecei a tossir. Meu peito doía, meus olhos lágrimejam, minha garganta se fechava.

Gritei.

Nesta pequena sala selada pela escuridão, o meu grito ressoava em vão.

Não consigo respirar direito.

Se este é o momento final...

—Pelo menos... - tossi - o seu nome... 

Estava ficando inconsciente.

Peguei todas as forças que restavam de meus pulmões, e gritei.

—EU QUERIA SABER! - tudo ficou escuro

 

..............................................

 

(Agora vai ser ela narrando)

(Ah e, em uma parte, eles vão falar ao mesmo tempo)

Meses se passaram dês de a despedida.

Já não consigo mover meu braço esquerdo e minhas pernas.

Acho que o momento final está próximo.

Em um flash de memória, lembrei do dia da despedida.

—Eu não deveria ter me fingido de forte... - murmurei, com a voz fraca - Agora é tarde demais...

Lágrimas se juntaram em meus olhos.

—Mas ainda quero te ver sorrindo por aí... - disse a loira

—Apenas por um momento... - disse o loiro 

—Quero te ver... Quero te ver... Quero te ver!... - disseram os dois

...

Pii... Pii.... Pii...... Pii.........

Uma flor sem luz do sol... Está destinada a morrer.

Apenas as suas cartas... Me davam luz suficiente para eu poder viver.

Já não consigo ler as cartas com meus próprios olhos. 

Ouço sons frios ressoarem pelo quarto.

Se este é o momento final...

—Por favor... - tossi - me deixe vê-lo mais uma vez...

(Agora sou eu narrando)

O pai da garota via ela piscar cada vez menos. Seu peito subindo e descendo lentamente, quase nem dando para ver, denunciando que sua respiração era fraca e difícil de executar.

O barulho que dizia que estava viva estava cada vez mais demorado. Suas batidas cardíacas estavam desaparecendo.

Ele segurava sua mão, a olhando preocupado.

Ela sorriu.

—Pelo menos... seu nome... - num sussurro quase inaudivel, disse a garota, fechando os olhos lentamente.

Pii..... Pii...... Pii........ Piiiiiiiiiii........................ 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EAÊ?! MEREÇO PEDRADAS OU ABRAÇOS?!

Quem chorou levanta a mão

Se gostaram, estou escrevendo a música "Kokoro" e "Magic Mirror" e do mesmo formato dessa one-shot, então se quiserem ver mais é só falar nos comentários e TALVEZ, só talvez, eu também faça a saga Evil

Talvez eu também faça um extra ou um Epílogo

Aliás, já escrevi Alice Human Sacrifice! Ainda não ta completo porque a tradução em português simplesmente sumiu, então... É ;u; mas se quiserem ler, a vontade :v a mesma coisa com I Wanna be a Princess

Sim, eu sou viciada em Vocaloid ;-;

Eu realmente espero que esteja bom, porque tipo, demoro muito pra fazer isso ;-;

Ah e, não sei se tem algum errinho que eu não vi e acabei não corrigindo. Vocês sabem né, digitar pelo celular é horrível :v me corrijam nos comentários se eu errei que eu concerto na hora

A hora que você não sabe se escreve "concerto" e "conserto" porque os dois estão certos ;-;

Socorro

Opa! E antes que eu me esqueça, aqui os links:

Prisoner: https://www.youtube.com/watch?v=7odjFcoT9Xs

Paper Plane: https://www.youtube.com/watch?v=J3SjyX8mbeU

Vejam Prisoner primeiro! Paper Plane é a continuação

Enfim, acaba por aqui! Se quiserem mais me falem! :v

Um beijo pra quem quiser, e falow!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paper Plane" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.