Relatos escrita por June


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia do escritor (mega) atrasado! ~Yey!
Mais uma fic q estou passando do Spirit para cá ~Yey!²
Psé, como estou num tédio tremendo, com a internet lenta d+ pra ver qlqr coisa e sem inspiração para escrever, resolvi passar essa fic.
Ela foi postada originalmente em novembro do ano passado, e como foi um belo de um floop, nem me importei de passar imediatamente
Se bem q tdm minhas fics são floops ushuahsuah' #Sad
Msm assim posto, pq eu gosto de escrever (e pq eu gosto da imagem dos perfis com 124095436576 fics XD)
Engraçado dessa fic é q, se eu n me engano, ela já estava escrita dsd fevereiro, ou antes. Resumão: é uma fic q eu tirei do baú qndo tive vontade de terminar de escrever e editá-la.
E se tenho vício em cartas? Claro, só n é maior q minha vontade de escrever uma fic verdadeiramente triste, q ainda acho q falta um pouco. Anyway, eu gosto do resultado dessa. É só ler O Início do Fim q vc vai entender do q eu to falando.
E, provavelmente, Relatos daqui vai estar diferente do Relatos do Spirit. Por causa das edições extras que eu vou fazer. Ainda nem reli o tá escrito, mas tenho certeza que tem bastante coisa pra mudar, e não tenho certeza se devo atualizar lá agr. Mas dps vou, com certeza.
Falando em certeza, eu to pensando em fazer um reboot das minhas fics lá de qndo eu estava começando a postar fics, o que acham? (Nem sei pq to perguntando isso, tenho certeza q ngm vai ler msm ;u;)
ENFIM, vou deixar q leiam haushuahss' Acho q hje eu exagerei no tamanho dessa nota, ou n, vai saber =v
Até lá embaixo! Boa leitura o/



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"Bom, se estiver lendo isso, provavelmente eu não estou mais entre os vivos. E, provavelmente, você só vai começar a sentir minha falta agora. Vou lhe contar uma coisa: não estou me importando. Pode fingir a vontade, mas sei que não quero a presença de nenhum de vocês no meu funeral. Isso se me acharem. Aliás, nem funeral eu quero. Deixe-me apodrecer em paz no meu canto.

Está confusa? É, concordo que fui um pouco grossa. Mas não tenho culpa se estou um pouco irritada. Irritada, confusa, triste... Infeliz.

Com tudo, com todos e, mais particularmente, comigo.

Vamos a minha história absolutamente irrelevante, a qual estou quase como se estivesse me sentindo na obrigação de deixar um recado. Desde bem pequena, percebi que havia algo de errado ao meu redor... E lá vem o clichê: as pessoas estavam valorizando mais o poder do que a própria vida. Sim, eu sei que isso é bem óbvio, mas, mesmo assim, eu não me sentia nada confortável com isso. E me irrita lembrar que também fiz isso, quando fiz questão de comparecer àquela prova, mesmo não estando nada bem, tanto fisicamente quanto espiritual e psicologicamente. Aquilo foi a gota d'água que faltava para o copo transbordar.

Sabe, sempre achei minha vida parada. Nunca acontecia nada! Era a mesma rotina: casa, colégio, casa. Nem tinha a coragem de chamar alguém de amigo, apesar das tentativas. Era sempre o mesmo final: traição. Fica difícil continuar assim, né? Me sentia um verdadeiro peso morto.

Mas o ápice foi quando descobri minha própria mãe escondeu de mim que poderia morrer mais cedo do que anteriormente eu planejava. Talvez, aquela doença nem estivesse me corroendo tanto quanto saber que eu não seria uma pessoa confiável nem para esconder segredos meus. Ou que eu não poderia confiar nem na minha família. Mentirosos! Isso é o que vocês todos são! Não viam a hora de se livrarem de mim, não é verdade?

Eu tinha que me prevenir, e garantir que nenhum de vocês toquem no que é meu por direito. Meu testamento não o permitirá, e esse, ah, caríssima pessoa, já foi entregue há muito tempo, e está nas mãos da Lei. Ou eu espero. Ainda quero acreditar que ele está seguro e que minhas vontades serão cumpridas.

E não seria a doença que tiraria minha vida. Eu mesma tenho que fazer isso.

Daí vieram as ideias de deixar de viver.

Devo dizer que não foi muito fácil, e que algumas vezes eu desisti da ideia, porém, vinha algo maior e a vontade voltava, cada vez mais forte. Pesquisei algumas maneiras de morrer sem sofrer muito. Nada me parecia suficientemente bom. E nem ouse pensar em me chamar de egoísta, porque eu pensei, e muito bem, naqueles que estão ao meu redor. Enfim, eu arquitetei tudo, iria sumir sem que ninguém me visse, mas que soubesse mesmo assim. E lá vem outro clichê de minha vida. Quer saber? Se está curiosa, saia e me procure, pois não direi mais nada.
    Ainda assim, tinha vontade de falar e lutar por muitas coisas... E tenho, mas vou levar minhas palavras e meus rancores, junto de minha existência, para o buraco mais próximo, ou o mais distante, nem sei.
    Nunca temi a morte, como deve ter percebido. Na verdade, ela era a única certeza que tive, e a de qualquer ser humano. Não me importo muito com essa história de Deus e Diabo, pra mim, são ilusões de uma sociedade que não consegue encontrar respostas para suas perguntas, recorrendo, então, ao sobrenatural para resolvê-las.
    Enfim, já te tirei muito do tempo que poderia ter aproveitado vivendo a mais do que eu. Vamos aos finalmentes: concluo que vivi para as mentiras, e que sou extremamente fraca por não aguentar esse peso. É isso... Como disse, sempre achei que minha vida foi parada e errada demais, e não tenho nada para deixar para o futuro, pois pretendo enterrar tudo comigo. Ainda assim, quero que pelo menos uma pessoa me veja como algum tipo de exemplo, para não cometer o mesmo erro.
    E a contagem regressiva começou. Adeus, mesmo que não me conheça, pois sei que guardei este recado bem longe de qualquer conhecido. Não tenho nada a dizer em especial.
    Exceto que você não tenha que me encontrar tão cedo.
Caridosamente,
Alguém que deixou sua consciência se perder."

 

A criança, que havia encontrado na rua uma pequena carta guardada dentro de um porta-joias enquanto passeava com sua mãe, se assustou com o conteúdo dela, mesmo que não houvesse compreendido perfeitamente do que se tratava. Já estava no jardim de sua casa quando decidiu mostrá-la para a mãe, que cuidava das coloridas hortênsias que residiam ali. E enquanto a mais velha lia, seus olhos enchiam-se de lágrimas, deixando a pequena morena confusa.

— O que houve, mamãe?— questionou, preocupada.

— N-nada não...— respondeu, secando as lágrimas com as pontas dos dedos e sorrindo para a pequena, que se convenceu e foi brincar com suas bonecas.

Voltando aos cuidados do jardim, algumas lembranças retornavam à memória da mais velha. Ela havia reconhecido aquela caligrafia, a qual lhe trouxe memórias da época que quase se esqueceu do sentido da vida.

Tinha sido um dia bem conturbado, afinal, dia de aplicação de prova nunca é muito tranquilo, especialmente quando se tratam de alunos entre 11-19 anos. Além do que, enquanto esperava seus alunos terminarem, recebera a notícia de que seu colega de trabalho, e melhor amigo, havia perdido uma luta que durou cinco anos contra uma leucemia. Estava realmente difícil dar atenção para seu trabalho. E ainda teria que enfrentar uma universidade, na qual daria uma palestra sobre nanotecnologia.

Enquanto a prova era aplicada, foram reparados pelos alunos inúmeros erros, não só na matéria dela, que foram as mais superficiais, mas como na maioria das matérias. O que gerou uma série de broncas por parte da coordenação, não agradando nem mesmo a direção, que após isso pediu que se desculpassem com os professores, visto que eles não eram obrigados a aceitar desaforo por quem não fazia nada além de observar os outros.

Terminando o horário, ela se preparava para a palestra: revisava falas, olhava as folhas repetidamente... Mas, apesar disso, ela estava tranquila. Conhecia todos daquele campus e a recíproca era verdadeira. Seria como dar mais uma aula, com um diferencial que seria a maturidade daqueles que estavam lá.

Saiu do colégio e tomou um táxi. Aproveitou para descansar durante o percurso, mas sem deixar de prestar atenção no que acontecia no momento. Como já esperava, pegou um pequeno engarrafamento por conta da hora do almoço, que aproveitou para ler o seu jornal.

Conseguiu chegar bem a tempo e apresentou a tão ansiada palestra, com direito até a aplausos no final, tanto dos alunos quanto dos outros professores. Com certeza, no ano que seguisse, ela conseguiria dar mais aulas para eles. Já era quase hora do funeral de seu amigo, então decidiu passar no colégio para se trocar, até porque era bem mais perto, se compararmos com sua casa.

Já chegando lá, reparou como ficava um clima diferente quando aquele lugar estava vazio. Aproveitou para não chamar nenhuma atenção. Foi para a sala dos professores, se trocou e foi para o pátio, onde ficou sentada num banco olhando o céu. E, por isso, viu quando uma aluna apareceu no terraço, bem perto da grade e atravessou-a, ficando debruçada, quase pendurada.

Demorou um pouco para ela perceber as intenções da aluna, tanto que só no momento que ela se soltou das grades e começou a cair que notou que o caso era bem mais sério, e levantou-se do banco para correr em sua direção. Entretanto, só conseguiu chegar a tempo de sentir o sangue espirrar em seu rosto e roupas. Ao olhar o corpo da jovem recém morta, com uma poça de sangue ao redor e seu crânio claramente aberto, pela violência do choque com o chão, sentiu um forte enjoo, e o desespero tomou conta. Começou a gritar desesperadamente, por puro pânico e, logo em seguida, por ajuda, mesmo sabendo que a essa hora não teria ninguém por lá. Mesmo assim, acreditava que talvez alguém pudesse aparecer, e por sorte, um funcionário que estava indo embora, escutou seu apelo e foi ver o que estava acontecendo, logo, se assustando ao ver a cena, e ligando para os bombeiros e para a polícia.

O que aconteceu depois foi o de praxe. Os bombeiros chegaram, retirando o corpo de lá e levando para o IML, enquanto os policiais questionavam sobre o ocorrido para a professora. O diretor chegou um pouco depois, por estar numa reunião importante, logo sendo atualizado. Foi então consolá-la. Ela realmente precisava de um rosto amigo naquele momento. Havia acabado de perder um amigo muito importante, e agora presenciava um suicídio? Era demais para uma pessoa.

Em resumo, ela estava em estado de choque. Tremia e chorava compulsivamente, estava pálida e mal conseguia formular as respostas para as perguntas que lhe faziam. Parecia que iria entrar em colapso a qualquer momento.

Vendo o estado no qual se encontrava, o diretor decidiu afastá-la por uns momentos, e, nesse período, embolsaria um tratamento psicológico. Até para ele, que apenas chegou  a tempo de ver a marca do sangue daquela aluna pelo chão e na professora, achou a cena muito forte, para ela então, que havia presenciado tudo, seria quase como traumatizante.

Alguns meses se passaram, e saindo do consultório, olhou para o céu, que estava nublado, mesmo não ameaçando chover. Foi para um parque que havia por perto e sentou-se num banco. Deveria voltar a dar aulas em breve, estava com saudades dos alunos, embora deveria admitir que estava sendo trabalhoso aceitar a cena daquele fatídico dia.

Era verdade que, no início, inúmeras vezes tentou tomar doses maiores dos remédios e/ou misturar com bebidas alcoólicas e cigarro, se cortar e se enforcar, contudo, após perceberem o que ela tentava fazer, a puseram em observação constante, e, com o tempo, ela acabou parando. Descobriu, depois de um tempo, que a família da aluna que se suicidou na sua frente não apareceu em nenhum momento, nem para buscar seu corpo, pois eles tinham viajado, e não voltariam tão cedo, apesar da notícia. Isso a chateou um pouco, mas ajudou-a a entender um pouco melhor o tipo de dor que aquela pequena pessoa carregava, ou pelo menos achava que era por isso.

E o dia ansiado chegou. Foi comovente o modo como a recepcionaram, os alunos e professores fizeram uma festa no pátio para celebrar seu retorno. Até teve direito a flores, tanto para a professora, quanto no local do acidente, como um memorial. Apesar de seus familiares não a darem tanta atenção, a aluna era sim querida por alguns. Outros, claro, só estavam ali para ocuparem espaço, já que não estavam com a menor intenção de prestar homenagens; não dá se agradar todos, afinal.

Lembrava que os primeiros dias foram um tanto quanto pesados, apesar da colaboração de todos, e acabou se reacostumando com o passar do tempo. E, alguns anos depois, quando engravidou, decidiu se afastar da profissão mais uma vez, pois não queria que isso tirasse os momentos que poderia ter com sua filha, e que os aproveitava no presente.

Arrancou uma última erva daninha e se levantou, afastando todas essas pesarosas lembranças e agradecendo, silenciosamente, por aquela garota ter lhe ensinado aquela lição que só seu sacrifício seria capaz.


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Notas finais do capítulo

Impressionante o jeito de como as histórias assim leves hasuahsuahs'
Slá, eu sempre tento deixar meio dark, but fica mais suave que eu gostaria
Eu to tentando melhorar, juro.
E provavelmente a história em si tá mais curta q a carta, mas é proposital, eu só a fiz para dar uma explicação da reação da psora, e por isso pode ser que tenha ficado meio corrida, especialmente o final, mas eu dei uma melhorada, se comparar c a versão original =v
Como eu tenho qse certeza q falei mto já nas notas iniciais, n vou falar aq ( *u*)b vou dar essa folga para vcs -q
Comentem, marquem como lida, favoritem, recomendem, ou n, ignorem legal tdo isso, e me deixem aq no vácuo, a escolha é tua o/ ~mas eu ficaria feliz c um oi~
Bye bye! Kisu da neko =*



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