Reviver Um Sonho escrita por mob_22


Capítulo 3
Pensando em você.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! demorei, né?

desculpas por isso e espero
q gostem do capítulo.



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               __ Mãe, você não pode entrar assim! Me deixe explicar!__ tentei fazê-la compreender, mas foi um esforço inútil.

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               Ela se deu a permissão de entrar em meu apartamento e ficou boquiaberta ao ver aquela cena escandalosa na cozinha. Adam foi obrigado, por sua consciência, a deixar o lugar e senti o maior constrangimento de minha vida por minha mãe ter visto uma cena tão íntima.

               A semana foi tensa e perdi totalmente a confiança nela, que passou a me observar mais. Ela se sentia no direito de mandar em mim de uma forma inacreditável. Em condições como aquelas eu não poderia nem sonhar em estar cara-a-cara com o Adam. Corri o sério risco de que o meu apartamento fosse vendido. Tudo começou a dar errado de uma hora para outra.

               Chegou terça-feira e lá ia eu para mais um dia de trabalho na empresa do Sr. Walter. Calcei aquele meu scarpin de um salto poderoso e vesti meu vestido branco, juntamente com minha grande bolsa marrom. Saí então para mais uma jornada cansativa.


               No meu escritório, enquanto falava com os fornecedores eu recebi uma chamada através do ramal.

 

               __ Senhorita Becker, venha até a gerência. Por favor.



               Estranhei, porém era obrigada a seguir a ordem do Sr. Walter.

               Com um arrepio correndo pelo meu corpo abri aquela grande e pesada porta da sala do meu chefe.

 

               __Sr. , o que o fez me chamar?__ disse eu, em uma maneira formal de dizer “porque me chamou?”

               __ Kristine, estou lhe dando uma oportunidade. Infelizmente os lucros vem despencando cada vez mais. O que houve?

               __ Nada, senhor. __ menti.

               __ Teremos uma reunião com você, juntamente à equipe empresarial e os responsáveis pela marketing da empresa.



               Saí dali com o coração na mão e vendo no futuro um momento drástico de uma possível demissão. Se isso acontecesse, aí sim eu perderia de vez meu apartamento.

               Eu sabia o motivo da queda nos lucros, mas era um assunto pessoal demais para ser comentado com o meu chefe.

               Hoje seria o aniversário de namoro meu e do Adam e percebia que aquilo mechia comigo internamente. Não desejava tocar no assunto, mas ele habitava minha mente.

               Voltei para meu ambiente de trabalho transtornada e até um pouco abalada.

 

               Sentados no sofá, de repente começamos a nos aproximar mais e mais. Entre olhares e gestos, diminuíamos a distância entre nós. Um lábio chamava o outro. De repente minha mão estava sobre a nuca dele. Adam, de leve abaixou a alça de minha blusa enquanto outra mão acariciava minha cintura.

               Quando me dei conta estávamos unidos em um beijo de tirar o fôlego enquanto nos beijávamos ele afagava meus longos cabelos castanhos e impulsionava meu corpo contra ele. Pela falta de ar, fomos obrigados a fazer uma parada brusca, deixando-nos acalmar no sofá.



               A conversa com os fornecedores acabou e negociei a encomenda e data de entrega do tecido. De certa forma, o silêncio sobre aquilo foi quebrado quando abri parte de mim para minha melhor amiga: Eloisa, minha auxiliar de escritório.



               __ Vocês foram flagrados pela sua mãe? Nossa! Que situação.

               __ Nem me diga!__ exclamei_ Você tem que me ajudar pelo menos aqui, corro o risco de ser demitida.

               __Sério?

               __Sim. Me traga os formulários sobre o nível lucrativo. Quero dar uma olhada eu mesma.



               Ela vasculhou as pastas e não encontrou aquilo em parte alguma.



               __ Como algo com essa importância toda some dessa forma? __ perguntei-me, alterada.

 

               Por um segundo desejei muito desaparecer. Ah, como estava bom em meus dias de folga!


               Mergulhei o morango no chocolate derretido e o dei em sua boca, lambendo em seguida o restante do chocolate que sujou minha mão.

               __ Delícia, não? __ disse eu, passando a língua sobre meus lábios como quem quer limpar todo vestígio de algum doce muito bom.


               Através do ramal eu fui tachada de irresponsável pela perda do documento. O que eu deveria fazer? Não pedi para que ele sumisse.

               A pressão em mim era grande. Sentei-me diante do notebook do escritório e acessei o site da Glam's international. Salvei novamente o arquivo do bendito formulário. Olhei e vi que realmente não eram números muito agradáveis. Pedi então que Eloisa imprimisse.

               Tentava sem êxito deportar pensamentos que me distraíssem.

               __ Porque está assim, Kristine? Parece nervosa. __ perguntou ela.

               __ Seria tão bom comemorar nosso aniversário de namoro, mas nem sequer pude me despedir do Adam. Isso está afetando tudo e eu não sei o que fazer. _ declarei, tristonha.



               Eloisa não disse nada a respeito e colocou na pasta a segunda via do formulário. Deixei para depois a assinatura do senhor Walter junta ao carimbo de certificação.

               A hora do lanche chegou e desci com Eloisa em direção à lanchonete.

               Olhando o nada eu me garantia que deveria tirar a limpo a história sobre eu e o Adam. Minha mãe não podia fazer isso comigo! Ela se presenteava com um direito que já não lhe era mais devido. Por Deus! Eu não era mais uma criança!

               Recolhia minhas coisas da bancada e colocava em minha bolsa. Tudo que eu queria era sair dali.

               Peguei o táxi até chegar na casa da minha mãe. Toquei a campainha, ela abriu sem nenhuma emoção e voltei para meu antigo quarto. Eu estava na condicional, ou seja, estava sendo testada como rato de laboratório para saberem se mereço ou não meu apartamento.

               Minha mãe já havia levado para lá uma mala com as roupas. Guardei minhas peças no guarda roupa junto com minha bolsa. Fechei os olhos diante do meu quarto e lembrei-me de tantos outros aniversários namoro felizes que tivemos.

 

               Ah, Adam. Porque não está comigo?”- pensei, tentando por a culpa nele por um segundo.

 

               O preço era alto demais a pagar e em pouco tempo de luta eu não suportava mais. Quanto mais tentava me levantar mais me afundava em meus mil e um problemas.

               Viver ao julgo de uma mãe era vergonhoso para mim. Daria tudo por ela, mas é terrível conviver assim.


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Notas finais do capítulo

E aí?



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