Cavaleiros do Zodíaco - História Perdida escrita por Guilherme Bernardino


Capítulo 35
Capítulo Especial - O passado dos Gêmeos! Luz e Sombra!




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Uma mulher esguia caminhava por uma simples casa em um pequeno vilarejo na Grécia, carregando dois bebês em seus braços. Ela deixou um dos bebês que estava enrolado em um pano branco sob uma mesa, enquanto levou o outro para seu marido ver:

— Olhe, amor! Ele é lindo! Vamos chamá-lo de Pólux! - A mãe balançava carinhosamente o bebê, enquanto o pai veio para ver seu filho. Ele brincou com o adorável recém-nascido, olhando para sua esposa.

— E o outro? - O marido indagou, limpando sua roupa.

— O outro é um ninguém, nasceu depois e não merece sequer um nome! - A mãe olhou com raiva para o segundo bebê, pois apenas desejava ter um filho. Ela e o pai trocaram olhares e concordaram, voltando a brincar com Pólux.

Passaram-se três anos, e os dois bebês já tinham se tornado crianças. Os habitantes do vilarejo se reuniram e comemoraram ao redor de Pólux, que estava fazendo aniversário naquele dia:

— Parabéns Pólux! Muitas felicidades! - A mãe segurava seu filho primogênito para que os convidados possa brincar com ele.

Kastor, que tinha finalmente recebido um nome por pena de seu pai, olhava para a comemoração ao redor de seu irmão com um olhar triste, chorando enquanto abraçava seu ursinho. Para ele, Pólux estava no topo do mundo, embora não sabia explicar tal sentimento:

— Vamos Kastor, estamos atrasados! - Pólux arrumou suas roupas de aspirante, agora com treze anos de idade. Ele correu em direção ao santuário, acompanhado de Kastor que o seguia timidamente.

Pólux era um prodígio em batalha, chegando a vencer até mesmo cavaleiros de Prata sendo aspirante. Uma roda de amigos ficou ao redor do garoto, elogiando-o como sempre:

— Pólux, você é um gênio! Não sei como ainda não se tornou cavaleiro de ouro!

— É verdade, Pólux! Tá esperando o quê?! - Um garoto exclamou logo em seguida.

— Você é muito melhor que o inútil e podre do seu irmão! - Quando um dos aspirantes citou isso, Pólux abaixou a cabeça por um momento e deixou a rodinha, enquanto Kastor observava a cena com o rosto cheio de lágrimas e envolto por sombras. Algo sombrio entrou por seu nariz, fazendo seus olhos ficarem vermelhos por um instante.

Naquela noite, Kastor arrumou seu manto e abriu um rasgo no espaço dimensional, reaparecendo no topo de Star Hill. O garoto de treze anos abaixou seu capuz e pegou alguns livros enfileirados, lendo-os com grande rapidez:

— Aquela técnica que vi Pólux usando serviu para algo ... - Enquanto a longa noite passava, Kastor ia aprendendo mais e mais sobre o escondido em Star Hill. Com o início do nascer do sol, ele fechou o livro e arrumou seu manto, se prontificando no topo do lugar em que estava.

— Então ... É assim que é o topo do mundo?! É isso que você sente, Pólux?! Eu cansei de ser uma sombra ... Irei escrever pouco a pouco meu caminho ao topo! - Os olhos de Kastor ainda continuavam vermelhos e seu cabelo em um tom diferente. O garoto desapareceu ao ser tragado por uma fenda dimensional.

Após cinco meses, Kastor continuava treinando sozinho e escondido de tudo e todos nos arredores do Cabo Sunyon, quando ficou sabendo de que Pólux tinha ido para uma missão. O irmão mais novo voltou para o santuário, encontrando com Arthur, que almejava a armadura de Capricórnio e era um prodígio como seu irmão:

— Pólux? Não devia estar em missão? - Arthur arqueou a sobrancelha, olhando Kastor dos pés a cabeça.

— Eu ... eu sou o irmão dele! E você se arrependerá de não me reconhecer! - O garoto riscou o ar com seu dedo indicador, liberando um feixe luminoso que transpassou o cérebro de Arthur, fazendo-o se ajoelhar perante Kastor.

— F-funcionou! Agora, quero que você mate Pólux para mim ... Hihehehahahaha - Os olhos do garoto ficaram vermelhos sangue mais uma vez, enquanto Arthur se dirigiu para a missão que lhe foi incubida através do controle mental.

Em um deserto, Pólux sentiu um cosmo familiar. Um feixe luminoso e dourado abriu uma fissura no lugar, enquanto o aspirante escapou aos poucos. Arthur veio em sua direção com uma capa própria para desertos em seu corpo, desferindo diversos cortes:

— Arthur?! O que deu em você?! - Pólux desviou com dificuldades, acertando contra-ataques na maioria dos golpes de Arthur.

— Apenas sua morte importa! - A marionete de Kastor continuou avançando, dispersando um feixe luminoso.

— Não terei escolha, volte a sí logo! ... Outra Dimensão! - Uma distorção ocorreu no espaço, e o feixe de Arthur foi engolido.

— Olhe para trás ... - Arthur sinalizou, e uma fenda foi aberta de surpresa atrás de Pólux através do corte que perfurou a dimensão, atingindo-o em cheio para acabar causando uma chuva de sangue.

— Q-quem fez isso? - Pólux caiu no chão pelo golpe, enquanto Arthur deu as costas e continuou seu caminho. Naquele dia, uma tempestade de areia ocorreu no lugar, provavelmente aniquilando o irmão mais velho.

Na sala do Grande Mestre, Kastor se ajoelhou com um rosto sereno e calmo na frente do papa, escondendo sua verdadeira personalidade. Algumas lágrimas sairam de seu rosto por parte do fingimento relacionado a morte de seu irmão:

— Meu irmão ... É uma pena que ele tenha ido ... Irei continuar o legado dele honrando a armadura de Gêmeos! - Kastor dissimulou mais uma vez, prestando reverência para com o Papa. Uma urna dourada foi entregue pelo Grande Mestre ao garoto.

— Agora ... Eu lhe confio a urna que era de seu irmão! - A armadura se acoplou no corpo de Kastor, que fez um sinal de agradecimento e deixou a sala, com seus olhos vermelhos por um instante.

Arthur olhou sem saber o que tinha feito, agora livre do controle mental embora sem lembranças de seus atos. O geminiano passou com o capacete em seus braços, abrindo um sorriso maligno no rosto.


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