My dear 80's escrita por Julie Mellark


Capítulo 3
EPISÓDio III


Notas iniciais do capítulo

SIM EU VOLTEI DEPOIS DE TRÊS ANOS. PORÉM ACHO QUE VOU PARAR DE POSTAR NESSE SITE. AQUI NGM COMENTAAA



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Lily teve a incrível, realmente brilhante,  ideia de levantar a mão quando a professora de artes pergunta:

— Quem aqui sabe tocar algum instrumento?

Ela se arrependeu no minuto seguinte. 

No ano seguinte, Lily não poderia estar mais feliz com sua escolha.

Foi assim que começou a avalanche de acontecimentos que acabariam em um final jamais imaginado por ninguém naquela cidade. Bom, talvez por alguém.

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— Grande porcaria, eu te odeio! - resmungou Lily enquanto limpava o suor do rosto, com o braço. Trancou a bicicleta no cadeado que usava todos os dias e saiu apressada para os corredores da escola que já estava abarrotados de gente.

 

— Querida, achei que não fosse vir - Marlene a recebeu com um abraço

 

— Querida? Desde quando temos esse tratamento carinhoso? - Questionou Lily com as sobrancelhas erguidas. Havia encontrado as amigas, na porta da sala para onde teriam a primeira aula, esperando o sinal das aulas começarem.

 

— Argh! Ela está nessa de ‘querida pra cá’ ‘querida para lá’ fazem meia hora, simplesmente insuportável. - resmungou Dorcas balançando a cabeça negativamente

 

— É mesmo? E por que isso Lene? - perguntou Lily que olhava para suas mãos com alguns traços de graxa da corrente, ela tinha que dar um jeito naquela lata velha urgente.

 

— Simples, eu ouvi que devemos nos colocar no lugar dos outros. Então eu estou no lugar da Rita, ela chama todo mundo de querida, vocês sabem, estou praticando a empatia - respondeu Marlene brilhantemente, piscando os olhos docemente.

 

Lily e Dorcas se olharam e deram uma baixa risadinha, para não atrair olhares de pessoas ao redor.

 

— Acho que seu conceito de empatia está um pouco torpe, querida - disse Lily entrando na brincadeira

 

— Eu gostei, vou aderir, minhas queridas - disse Dorcas

 

— Achei que você tinha odiado - rebateu Marlene olhando para Dorcas com uma cara triunfante - querida - completou.

 

As três amigas, novamente se olharam e deram risadas, tinham certeza que isso viraria moda entre elas.

Quando o sinal tocou indicando início das aulas, as três foram as primeiras a entrar e se acomodaram nos lugares de sempre, na segunda fileira de carteiras. Uma vez Lily tentou sentar-se na primeira fileira de cadeiras, mas, teve que ser levada para a enfermaria nos primeiros 15 minutos de aula, acontece que Lily Evans era alérgica a pó de giz. Pó.de.giz. Isso mesmo, e ela não tinha conhecimento disso, até aquele dia. Foi muita humilhação ter que ir de ambulância até o hospital para tomar uma injeção anti-alérgica. Era protocolo da escola, esse tipo de procedimento médico não era realizado na enfermaria e Lily sofreu chacotas por um mês, até todos esquecerem do fato.

 

Lily estava prestando bastante atenção na aula, fazendo anotações e perguntas para o professor de história geral, Horácio Slughorn. Seu professor preferido, e a matéria que ela tinha maior facilidade. Quando uma bolinha de papel acertou sua nuca, ela olhou para trás a procura do que teria sido, ou quem teria feito isso e só encontrou Rita olhando para ela da quarta e penúltima fileira. Ela se inclinou para o lado e pegou a bolinha que havia acertado-a antes. Ao desdobrar o papel ela sentiu o estômago dar uma cambalhota. “Você não viu nada, não é mesmo querida?” Ela quase havia esquecido que Jonh tinha caído nas garras da Rita na noite anterior, não me entenda mal, ela não gostou do que viu, mas, também não viu nada demais, não é como se Rita não ficasse com quem quisesse, e John era solteiro, livre e desimpedido. 

 

Foi aí que uma luz acendeu na cabeça de Lily, James e cia estava no Central Perk, eles nunca iam para lá, e a Rita estava lá, e ela também nunca frequentava lá. Talvez fosse Rita que não estivesse tão solteira e desimpedida assim.

“eu não sei do que você está falando” escreveu Lily com seu garrancho, meneou a cabeça de um lado e para o outro, deu uma olhada para trás e viu que Rita continuava a olhar para ela “eu não sei do que você está falando, querida” pronto! Assim estava bem melhor, com um sorrisinho sínico nos lábios, Lily devolveu a bolinha em uma tacada certeira e voltou a prestar atenção na aula.

 

James Potter não passou despercebido dessa interação. Desde quando Lily e Rita se falavam?

 

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Ao chegar em casa Lily percebeu que tinha um prato de macarrão com queijo na geladeira para seu almoço, com um bilhetinho em cima “se alimente, beijos Elizabeth” Lily revirou os olhos, sua mãe nunca deixava bilhetes do tipo “para seu almoço, com amor mamãe” era sempre “Elizabeth” Ela não sabia o porquê sua mãe fazia isso, mas a verdade era que ela não se importava. Depois de comer a comida Lily aproveitou a tarde para fazer suas colagens e ligou o rádio que ficava em seu quarto, um luxo que ela conseguiu no ano passado e o som de Don't You (Forget About Me) invadiu a casa, começou a bater o pé no ritmo da música e quando viu estava mais dançando do que fazendo suas colagens. Decidiu depois de algum tempo que era melhor estudar um pouco, ela estava com muita dificuldade em química e ciências avançadas, mas, o sono foi maior e ela acabou adormecendo no sofá.

 

Biiiiiiiiiiii - ela acordou com um sobressalto. Tinha uma poça de baba na almofada do sofá, onde ela tinha dormido, olhou para o relógio de pulso 05:26 p.m, merda, ela tinha dormido a tarde toda - biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii - novamente o som se fez presente pela casa e Lily entendeu que era a campainha da casa, ainda meio torta, com a cara amassada e limpando a baba do rosto, ela abriu a porta. E se espantou ao ver quem estava ali

 

— Hey Lils, está péssima - disse o garoto alto de expressão divertida e rosto simpático 

 

— Remus? Remus Lupin? - perguntou enquanto a expressão de incredulidade passava para um sorriso enorme. Ignorando o comentario dele.

 

— O proprio, na última vez que chequei esse era eu! - sorriu ainda mais o garoto.

Lily não podia acreditar no que seus olhos viam, era ele mesmo! Muitos centímetros mais alto do que ela se lembrava, corado, o cabelo loiro tinha vida novamente, as maçãs do rosto e o queixo desenhados. Não se parecia nada com o Remus Lupin que ela tinha visto na última vez, a mais de dois anos atrás, deitada em uma maca de hospital, fraco, pálido, o cabelo em tufos…

 

— Eu ainda não acredito que é você - disse Lily - entre, por favor - ela deu espaço para o garoto passar na porta e o acompanhou até o sofá. A ruiva não sabia o que dizer, desde aquele dia Remus tinha pedido para ninguém mais entrar em contato, isso doeu demais, ter que cortar os laços de amizade com o moreno, mas, Lily respeitou a decisão e nunca mais incomodou-o, ela soube meses depois do pedido que ele havia sido transferido para outra cidade e nunca mais teve notícias, Lily nem mesmo achava que fosse vê-lo com vida de novo. - Você está ótimo, uau, quer dizer, você está mesmo ótimo, não?

 

—  Lily, eu estou bem, você acredita? Foi tudo embora! Eu consegui - ele estava radiante, e Lily sentiu lágrimas se aproximando dos olhos - Não chore Lils, eu me arrependi todos os dias de ter afastado você e todos meus amigos, mas, você sabe, foram tempos sombrios - o moreno agora tinha uma cara de arrependido

 

Lily balançou a cabeça espantando as lágrimas e sorriu - Cara, você não sabe como foi difícil sem você aqui, agora eu só uso erva ruim, você foi embora com todo estoque de qualidade do bairro 

O garoto olhou para a ruiva e curvou a cabeça para trás de tanto rir, como ele sentia falta dessa baixinha, quando ele acabou tinha pequenas lágrimas nos olhos e sorriu brilhantemente para a amiga - Você fez falta Lily - e enfim depois de dois anos, os amigos se abraçaram emocionados.

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— Então Peter foi expulso? Como isso foi possível - perguntou Remus enquanto tomava seu sorvete de menta e caminhava com Lily do seu lado, já havia escurecido, mas, eles caminhavam pelas ruas do bairro após passar na sorveteria, colocando o assunto em dia.

 

— Foi sim, foi horrível na verdade, ele estava traficando cocaína na escola, mas, a polícia local já estava de olho, de alguma forma ele ficou sabendo da operação e tentou incriminar o Black - contava Lily, e se arrepiou, se era por causa do sorvete de cereja ou por causa da lembrança ela não sabia 

 

— Espera, Black? Como Sirius Black? Mas, eles eram amigos, quase melhores amigos

 

— O próprio, bom eu sei disso, foi por isso que todos nós ficamos indignados, ele foi um rato traidor, mas bem, voltando ao assunto, Peter Pettigrew descobriu sobre a operação policial, eu não imagino como, ele armou uma emboscada e colocou drogas nas coisas do Sirius, foi horrível, levaram o Black algemado no meio da escola.

 

— Como foi que o Sirius saiu disso?

 

— Bom, eu não sei os detalhes, mas, ele forneceu provas suficientes para provar a inocência e no final ajudou com uma armadilha para o Pettigrew, que está preso aguardando julgamento até hoje. - Terminou de contar o relato lembrando das súplicas de Peter para que o ajudassem e não deixasse a polícia o levar.

 

— Uau! Eu realmente perdi muita coisa - exclamou Remus que já havia terminado seu sorvete.

Eles estavam parados na porta da casa de Lily - Foi muito bom te ver Lily, eu senti sua falta.

 

— Remy, nunca mais desapareça dessa forma - ralhou Lily - quando vou te ver novamente?

 

— Amanha! Eu voltei para a cidade e estou de volta á escola - sorriu orgulhoso

 

Lily não podia deixar de admirar, ele havia travado uma batalha dolorosa por anos contra um câncer no estômago. Quando tinha 13 anos ele havia descoberto a doença e iniciado o tratamento, Lily não o conhecia muito bem, mas, quando viu que seus amigos se afastaram dele, ela começou a fazer visitas ao hospital, copiar a matéria para ele, sempre que podia surrupiava um sorvete de menta para dentro do ambiente hospitalar, e assim cresceu uma amizade forte entre eles, mas, há dois anos os médicos haviam o desenganado, disseram que não havia possibilidade de cura, o tratamento não surtia efeito e eles deram apenas alguns meses de vida ao garoto. Foi aí que Remus pediu para não ter mais visitas, ele se desligou do mundo e logo foi transferido de cidade para um novo tratamento experimental que sua mãe vinha pesquisando, ela não acreditava nos médicos e lutou até o fim para ver seu filho curado. Lily ficou com muita raiva no início, o pedido de Remus para o afastamento dos amigos foi doloroso demais, mas, no final ela entendia, ela não podia culpar uma pessoa que estava sofrendo daquele jeito, ela nunca tinha passado por uma situação parecida, então ela respeitou o pedido dele e nunca mais se falaram.

 

Se despediram com um abraço e quando Lily ia entrando em casa Remus disse - Fique tranquila, seu estoque de qualidade está de volta á cidade

Dando altas risadas Lily entrou em casa.

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— Lily vamos entrar, o que raios você está fazendo aí? - perguntou Lene empurrando a ruiva para entrar na sala que permaneceu onde estava

A verdade é que Lily só acreditaria que Remus iria para a aula quando ela estivesse vendo. Procurava a cabeleira castanha escuro do amigo no meio da multidão que se direcionava para suas respectivas aulas. 

 

—  Vá a merda, Lene - disse Lily puxando o braço de volta das mãos da amiga, ainda sem tirar os olhos da multidão

Marlene não se afetou e começou a olhar para fora, a fim de encontrar quem amiga estava procurando. Dorcas tinha ligado para a escola avisando que não viria hoje, tinha amanhecido com febre e cólicas.

As duas não notaram quando o professor passou por elas, parou de frente a mesa e cruzou os braços esperando as alunas se sentarem para poder iniciar as aulas, só notaram quando o corredor ficou mais vazio e as vozes foram silenciadas para logo em seguida começar risos baixinhos vindo da sala

 

— Mas que mer - começou Lily olhando para a sala que claramente ria delas, e por fim focalizou o professor de francês, a pior matéria do mundo, ele estava com os braços cruzados e muito bravo - ops! Me descul-culpe já-já vou me sentar - odiava essa maldita gagueira que aparecia quando ela ficava nervosa. As risadas ficaram mais intensas e Lily sentiu o rosto queimar, seguiu para a carteira com Marlene em seu encalço e cabeça abaixada.

 

—Senhoritas, o que estava tão interessante lá fora que foi necessário perdemos 8 minutos da nossa disciplina? - perguntou o professor, Delacour, que apesar do sobrenome e da matéria que ministrava, não tinha nada de francês. 

 

— Eu queria saber, querido - disse Marlene séria, encarando o professor

 

Lily quase matou a amiga com o olhar e teve que apertar os lábios para não soltar uma risada

 

— Olha aqui mocinha - disse o professor ajeitando o paletó - Você nã.. - Mas, ele foi cortado quando um rapaz alto e de cabelos castanhos apareceu na porta - pois não?

Lily não segurou e soltou um gritinho de alegria, sentiu o sorriso crescer no rosto. Ele tinha mesmo vindo!

 

— Oi, eu sou o aluno novo, de novo - respondeu o garoto entrando e entregando um papel para o professor que fez uma careta para o comentário do garoto, mas não fez questionamentos - sente-se senhor Lupin.

 

Lily ouviu um burburinho de vozes quando o professor disse seu nome, mas não importou, seguiu Remus com olhar e ele passou pela sua carteira antes de se sentar murmurando - achou que eu não viria Lils?

 

Ela deu um sorriso de lado ao responder - tinha minhas dúvidas Lupin

Sr. Delacour era um homem novo, deveria ter menos de 30 anos, era o professor mais jovem da escola, mas, o mais intragável, quando pediu para todos formarem duplas, logo Marlene foi sentar-se com Lily para questionar como a amiga sabia da novidade de Remus Lupin dando as caras, vivo e muito bem, diga-se de passagem. Quando viu a possível dupla se formando ele exclamou:

 

— Acho que mudei de ideia. Vou formar as duplas - ouve-se muitas exclamações de indignação e todos voltaram aos seus lugares - bem vejamos. Quero Rita Skeeter e Marlene Mckinnon

 

— QUE? - exclamou Marlene mais alto do que pretendia, fez uma careta e foi sentar-se com a loira que mantinha um sorrisinho falso no rosto

O professor não disse nada, mas deu um leve sorrisinho, Lily não teve dúvidas que foi vingança pelo início da aula, o homem continuou olhando para a lista de alunos e fazendo duplas - James Potter e Lily Evans, Sirius Black e Remus Lupin. Pronto? Façam as duplas logo, vou explicar como eu quero o projeto

Lily sentiu o bom humor escorregar do seu rosto, James Potter sempre a lembrava coisas desagradáveis, suspirando fundo, pois pelo menos não tinha ficado com a Skeeter ela juntou suas coisas e ia se levantando quando o moreno apareceu do seu lado. Com um sorriso fácil no rosto ele disse:

 

— Você estava demorando demais, e eu queria conhecer a sensação de sentar na frente. Olha lá o menino novo, ele disse que é novo de novo. O que isso significa? - O garoto falava sem parar, nao tinha nem pausado para respirar entre uma sentença e outra

 

— Céus Potter, o que você usou? - perguntou Lily, mas, logo balançou a cabeça - nem me fale, não quero saber. E não tem nada de diferente em sentar-se na segunda ou na última fileira, a visão é a mesma, e aquele alí é o Remus Lupin, ele estudava aqui antes de você. Ele voltou - ela respondeu simplesmente - agora cale a boca para eu anotar sobre essa merda de projeto, sim?

James deu uma risada como se ela tivesse falado algo muito engraçado, mas não disse mais nada pelo resto da aula

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— Que merda! Como assim temos que ler tudo isso em francês e fazer uma dissertação sobre? É a porcaria de sete, se-te, textos de 15 folhas cada! - resmungou Marlene quando Lily sentou-se ao seu lado no refeitório - Aquela mosquito não vai fazer nada, vai sobrar tudo pra mim. O que eu fiz para merecer isso meus Siths?

 

— Sinto muito querida - esse negócio de querida tinha pegado mesmo - eu acho que ele fez para nos punir, pelo início da aula. Aquele bastardo vingativo.

 

—Lily falando em início da aula. Como você sabia da volta do Remus? Meu santo Han Solo, eu achei que estava vendo um fantasma. Muito bonito, por sinal.. - perguntou Marlene enquanto tomava seu suco verde com um canudo, Lily fez uma careta ao notar a cor verde lamacenta sem aspecto bom.

 

— Meu santo Han Solo digo eu! Pare de tomar esse negocio nojento perto de mim.

 

— Não foge do assunto ruiva

 

— Não estou - disse sinceramente - eu tenho muito nojo desse suco aí - suspirou ao ver as sobrancelhas erguidas da amiga que continuava a tomar o suco sem se alterar - bom, foi um susto, ele apareceu lá em casa ontem á tarde e me contou que estava voltando. - então Lily começou a narrativa de como tinha sido sua tarde com Remus. - Mas, você sabe qual a maior novidade? - perguntou Lily com um sorriso de lado e abaixou a voz quando disse - finalmente vamos usar erva da boa novamente

 

Marlene arregalou os olhos e quase cuspiu o líquido verde asqueroso, em seguida começou a rir - Finalmente! Já não aguentava mais.

 

— Não aguentava mais o que? - Perguntou o moreno se sentando com uma bandeja de frente as meninas 

 

— Remus! Exclamaram as duas felizes

 

— A gente precisa colocar o papo em dia, Dorcas vai ficar tão feliz que você voltou! - disse Marlene - Já sei, vou chamar o Gideon e Fabian Prewett, Lily, Dorcas, eu e você, nesta sexta, lá em casa, a gente pode pedir pizza, os meninos podem levar os instrumentos e vai ser como nos velhos tempos, Lily você leva as cervejas - disse Marlene orgulhosa por pensar na reunião tão rapidamente

 

— Por que eu tenho que levar as cervejas? - Lily perguntou indignada com seu sanduíche intocado a meio caminho da boca

 

— Oras minha querida, é você quem tem a identidade falsa da Petúnia - explicou a morena, e olhou com expectativa para os amigos - Eai? O que acham?

 

— Eu topo - disse Remus feliz por estar de volta ao ambiente familiar

 

— Certo, eu também, preciso mesmo relaxar - disse Lily e voltou-se para o amigo - falando em relaxar…

 

Remus revirou os olhos, mas sorriu - Sim Lily, eu levo meu estoque pessoal “pra você relaxar” - disse a última parte fazendo aspas no ar com os dedos.

 

A turma riu feliz e continuaram a conversar até o sinal tocar, indicando o final de mais um intervalo e o início de novas aulas. Eles seguiram para o corredor alheios que estavam sendo observados por um grupo de garotos populares sentado ali perto.

 

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— Então com o corte de custos para a escola, é lógico que o departamento que primeiro foi afetado foi o das artes e cultura, sendo assim estaremos realizando um evento beneficente em prol da cultura, com o dinheiro arrecadado vamos reformar o teatro, trocar alguns instrumentos da banda da escola e investir no equipamento de sonoplastia. Então o que acham? - perguntou a professora de artes a senhorita Pomona Sprout, era uma mulher com cerca de 43 anos, baixinha e gordinha de aparência simpática e acolhedora.

 

Por mais incrível que pareça foi a mão de Rita Skeeter que se levantou no ar - Professora eu acho brilhante! Com certeza eu e as meninas da torcida estamos dentro - Lily viu que algumas integrantes do time de torcedoras, se olharam e deram sorrisos amarelos, aparentemente nem todas estavam tão dentro assim. - Eu vi que nos Estados Unidos, as lideres de torcida organizam um evento para lavar carros, em troca de dinheiro

 

— Bom, eu estava pensando em algo mais cultural querida - a professora sorriu amarelo.

 

E antes que pudesse se conter deixou um riso escapar entre os lábios, tampou a boca com a mão, mas ja era tarde, tinha sido um som bem audível. Ela olhou em volta e percebeu que Rita a encarava com uma expressão ameaçadora. Sirius Black levantou o dedão para ela em um sinal de positivo e James Potter mantinha um olhar fixado nela - ela franziu a sobrancelha para os dois últimos, mas, não teve muito tempo para pensar antes de ouvir

 

— Tem gente que nasceu para ficar no backstage mesmo. É melhor assim, não polui o ambiente- disse Skeeter olhando diretamente para ela. Lily sentiu o rosto esquentar e teve certeza que tinha ficado mais vermelha que um tomate, se odiou por se deixar afetar tanto assim. - Não é mesmo, gaguinha?

 

— Vá a merda querida - sussurrou Lily em um murmúrio só para ela própria ouvir. Como essa garota tinha o poder de irritar Lily com poucas palavras, aquela pinta no queixo da loira parecia ostentar mais presença de espírito do que a própria Lily. Backstage é uma pinoia, Lily não tinha muitos talentos, nem havia nascido para ser protagonista, mas, ela também não era um backstage. Com apenas esse pensamento em mente ela levantou a mão quando a professora perguntou:

 

— Quem aqui sabe tocar algum instrumento? Otimo Lily querida, quem mais? - ela disse passando os olhos pelos alunos espalhados pela sala.

 

— Eu sei - disse uma voz forte vinda do fundo, Lily olhou para trás e era James Potter o dono da voz, ele estava com a mão erguida e olhava para a professora até o melhor amigo dele falar

 

— Você sabe? - perguntou Sirius Black com o rosto em interrogação

 

—SEEEEI - disse James, olhando para o amigo com o olho arregalado

 

Sirius parecia confuso, mas então, a confusão foi dando lugar a um sorriso e ele disse - Ah! Ele sabe

 

A professora parecia desconcertada diante do diálogo estranho, mas, então ela sorriu e disse - O que a senhorita toca Evans? 

 

— an… Piano e violão - ...e bateria e guitarra e baixo e até mesmo saxofone, mas Lily optou por não incluí-los 

 

—  E você senhor Potter?

 

— James toca o mesmo que a Evans - disse o amigo Sirius Black dando um sorriso para o amigo que fazia uma careta

 

— Err.. eu não sou muito bom no piano - deu um sorriso amarelo para a professora que não notou

 

— Maravilha! Temos nossa dupla dinâmica, fiquem depois da aula para combinarmos os detalhes e quais os papéis de vocês - ela sorriu para James e para Lily

 

— Brilhante! Eu to na merda mesmo - disse Lily colocando a cabeça na mesa sem acreditar que estava em dupla com o Potter agora em duas matérias diferentes. 

Suspirou cansada e olhou de relance para ele, ele mantinha um sorriso solto, como se tudo fosse cor de rosa em sua vida - ninguém merece! Vão ser longas semanas.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?????????



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