Kindness escrita por Jonh White


Capítulo 5
Jonh Mayer


Notas iniciais do capítulo

healthy
but
sick



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Rapidamente passaram-se três semanas onde minha rotina tornava meus dias cada vez mais monótonos e iguais, eu acordava, ia para a escola, passava a tarde na casa de Cath – nossa intimidade cresceu e ganhei a liberdade para chamá-la assim -  e de noite voltava para minha casa para comer e me entorpecer em antidepressivos cada vez mais aleatórios em minha cabeça e enfim, dormir uma noite maravilhosa com comprimidos soníferos que estimulavam meus sonhos a serem mais felizes e reconfortantes. Eu os chamava carinhosamente de Amitriptilina e Doxepin. Grandes amigos quando a noite me trazia lembranças e pensamentos que me faziam cogitar estar morta acima de tudo. Mas isso já era passado, naquele momento apenas lutava contra as manias e os vícios que a depressão me trouxera.

Às sextas-feiras eu não ia com eles para a casa de Cath, pois tinha minha consulta semanal e não podia faltar de forma alguma, e eram nas sextas-feiras que eles iam para a piscina e lá passavam a tarde com o intuito de bronzearem para o final de semana. Fatidicamente, eu não sabia de tal fato ainda quando fui com eles para a casa de Cath em uma dessas sextas. Eu realmente não fazia a menor ideia.

O que ocorrera era que minha médica estava muito doente, e havia remarcado a consulta semanal para segunda, sendo assim, meu pai me liberou aquela tarde e então pude ir para a casa de Cath com os outros.

Havia uma menina nova. Helena, esse era seu nome. Perguntei para Marlon assim que a vi na piscina com Cody. Ele disse a mim que Catherine queria ficar com ela mas eu não o entendi de início, ele ficou surpreso por eu ainda não ter percebido devido ao dia a dia no colégio, mas eu nunca tinha visto as duas juntas pelos corredores de Otávio Bonfim, e aquilo era uma novidade. A dona da casa aparece em seguida, carregando em seus braços uma bandeja com copos com gelo, uma garrafa de vodca e latinhas de refrigerante de sabores variados. Jarmon não tinha uma política muito rigorosa sobre o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade, e todos nós tirávamos proveito disso.

Fomos até a borda da piscina e eu sentei, não havia levado roupas de banho. Fiquei apenas os observando conversar, acho que vi Cath e Helena se beijando debaixo d’água algumas vezes, não achei a coisa mais higiênica a se fazer, mas não podia julgá-las por isso. Cody não falou muito comigo, e Marlon estava bebendo demais. As meninas saíram da piscina, disseram que iam se trocar e voltavam, mas elas demoraram muito e Marlon já estava bêbado a esse ponto.

— Ela sempre nos deixa aqui sozinhos pra ir transar. Sempre é assim, ela é a dona da casa e nos abandona pra ir colar velcro pelos cômodos infinitos da casa – Marlon estava indignado, estava bêbado às cinco da tarde – Ela devia se envergonhar.

— Deixa de ser invejoso Marlon. Só por que você não transa, não quer dizer que ela não possa.

— Vai se foder Cody. Você que não transa. Maior covarde desse mundo.

— Não sei de onde tirou isso – e deu um grande gole em sua bebida.

— Tirei do meu rabo Cody. Do meu rabo – e sai da piscina com passadas pesadas, envolvendo a toalha em seu pescoço e entrando na casa.

Cody continuou de costas para mim e terminou de beber o que havia no seu copo, em seguida saiu da água pelas escadinhas e me revelou seu corpo. Ele estava apenas com uma cueca branca, eu pude vê-lo praticamente nu, e fiquei visivelmente constrangida e ele percebeu. Rindo suavemente e pôs a sua bermuda e sacudiu a cabeça para tirar o excesso de umidade de seus cabelos longos e morenos.

Ele me convidou para entrar também e eu aceitei, afinal, não queria ficar sozinha sentada na borda da piscina. Mas ele não me levou para dentro da mansão, ele me levou até a casinha de detrás da casa, onde havia o buraco que levava até o PP Place. Ele tocou minha mão enquanto descíamos as escadas. Mesmo com vinte e três dias de convivência, eu ainda não sabia nada sobre aquele menino, além de que ele tinha um ótimo gosto musical e que era moreno. Pouco me importava sua antiga relação com Catherine, que a fez se descobrir lésbica, ou sua amizade com Marlon. Queria saber o que se passava dentro de sua cabeça. Quem era Cody Silvers de verdade.

Eu me sentei em um dos baquinhos que ficavam à beira do Buzannus. E ele pegou sua mochila que trouxera nas costas e de dentro dela tirou um disco, era Songs in A&E, e ele pôs para tocar no computador. Ele selecionou as faixas e as avançou até Soul on Fire deixando a música pausada, ele foi até o outro lado do balcão ao qual eu me apoiava e preparou dois drinks, um para cada. Eram Strotshots, e estavam deliciosos.

— Agora você vai passar pela experiência de ouvir a música comigo.

— Eu devia ter te contado. Eu ainda não ouvi a música.

— Sério?

— Desde que me pediu eu só ouvi o álbum uma vez, e não cheguei a ouvir a faixa.

— Tudo bem. Isso só torna essa experiência mais emocionante.

— Ok.

Escutamos a música. Assim que começou a melodia quando ele apertou o play, ele fechou os olhos e balançou o copo de um lado para o outro, sendo mais agressivo quando chegávamos ao refrão. Ele não separou suas pálpebras por um segundo sequer. Seus cílios ficaram íntimos. E seu rosto a cada momento mais angelical. Eu senti a paixão que ele sentia, eu pude ver ela materializada em minha mente, e ela era linda. E ele era lindo.

Várias pessoas se dizem amantes e críticas de arte e de suas inúmeras ramificações, mas naquele momento eu pude perceber que, por mais que você entenda, estude e analise, apenas se você amá-la, e realmente se entregar a ela, você poderá senti-la. Senti-la de verdade, com tudo o que ela significa e transparece.

Perto do acorde final da melodia da canção, ele se levantou e se sentou ao meu lado e pôs minha mão sobre seu peito. Ele se aproximou, e o cantor proferiu o último verso da música quando ele em perfeita melodia falou a mim ainda com seus olhos fechados.

— Não sei se você entende. Mas essa música é a única coisa que ainda me liga a meu pai.

— Não, não entendo.

— Quando eu tinha oito anos, era a noite anterior ao meu aniversário e meu pai sempre ia me contar histórias na noite anterior do meu aniversário. Mas não essas histórias que os pais sempre contam aos filhos quando lêem livros infantis, ele me contava histórias reais. De pessoas que viveram nesse mundo e fizeram alguma diferença no decorrer de suas vidas. Era uma tradição desde os meus cinco anos. Ele sempre escolhia uma das suas músicas favoritas de quando era um pouco mais velho que nós, nos tempos de faculdade. Mas enfim, neste dia, estávamos escutando esse álbum, porque ele tinha acabado de sair e meu pai era muito fã de Spiritualized.

— Tal pai, tal filho – ele não riu.

— Enfim Alice. Naquela noite um homem invadiu nossa casa, ele não tinha boas intenções se é que posso dizer assim. E ele não estava sozinho, mas ele foi o primeiro a entrar no quarto de minha mãe que gritou por ajuda e meu pai pegou meu taco de beisebol e foi ver o que estava acontecendo, eu estava atrás dele a uma distância segura, e quando ele bateu no homem que entrou no quarto da minha mãe, o outro que estava subindo as escadas atirou nele. Isso acordou meu irmãozinho de três anos de idade que dormia no quarto ao lado do da minha mãe, e eu corri pra cima do corpo do meu pai, ele não se mexia e sangrava muito. Havia sangue em todo lado, e essa é a ultima coisa que me lembro bem, por que o homem que meu pai derrubou me bateu na cabeça e eu desmaiei. E tudo isso ocorreu ao som dessa música.

— Não era para você ter criado uma aversão a ela?

— Na verdade, ela me faz lembrar do último momento que tive com meu pai.

— Entendo. Eu tenho que te contar uma coisa. Mas preciso que você prometa que não vai contar a ninguém, odiaria ter que passar por um processo de lembrança.

— Claro. Só o Marlon sabe dessa história que te contei agora. Acho que também não tenho muitos amigos.

— Não entendo como, você leva jeito com as pessoas.

— Levo jeito com vocês. Eu não me relaciono com facilidade.

— Desculpe... mas... como foi depois que seu pai morreu?

— O que você tinha pra me contar?

— Termine sua história primeiro.

— Terminar que história – entra Marlon com Catherine – Já estavam fofocando sem mim?

— Não é nada disso Marlon. Eu estava contando para ela sobre a origem da minha paixão por música.

Marlon ficou desconfiado, mas ele era orgulhoso demais para admitir que estávamos contando segredos um para o outro. Catherine nem deu bola, foi direto para seu computador e colocou alguma coisa para assistir. Terminamos a tarde conversando sobre coisas aleatórias e bebendo coquetéis de suco com refrigerante, bom, pelo menos eu.

Quando já se passavam das oito horas meus pais me ligaram pedindo para eu voltar pra casa. Tinha que obedecê-los, e me despedi de todos, Catherine ofereceu uma carona, mas eu preferi voltar de metrô. Então Cody se levantou e disse que me levaria até a estação, que não ficava muito longe. E fomos a pé até lá. No caminho, ele me perguntava sobre meus pais, e as músicas que eu gostava de ouvir, eu até escrevi em sua mão o nome da minha playlist, ele disse que iria escutá-la quando chegasse em casa, mesmo não tendo uma conta no Spotfy. Eu não queria que chegássemos à estação de metro, realmente não queria.

Ele se despediu de mim com um simples “tchau” e virou de costas e saiu andando. Foi uma decepção para mim, e quando me virei e ajustei minha mochila em minhas costas eu senti seus braços me envolvendo pelas costas. Ele voltou e me abraçou. Eu senti sua bochecha com uns rasos pelos espetados de sua barbinha mal feita espetarem a minha, e só pude fechar meus olhos lentamente e sentir tal ato caloroso. Ele se despediu novamente e em seguida o perdi de vista.

Segui em direção à bilheteria e me surpreendi ao avistar Candance quatro pessoas a minha frente, e fui em sua direção, ela me recebeu com um sorriso enorme em seu rosto e pagou pela minha passagem. Ela pareceu mais magra depois disso, e não estou brincando. Rimos ainda quando descobrimos que iríamos pegar o mesmo trem, e fomos sentadas juntas. Depois descobri que ela morava algumas quadras da minha casa, e que era conhecida do antigo morador da minha casa, o nome dele era Jonas Andrews. E ele estudava em nossa escola, mas era do último ano e tinha já ido pra faculdade, e como era filho único, seus pais se mudaram em seguida para viajar pelo mundo.

Eu não pude deixar de perguntá-la sobre o que lhe levara a estação de metro às oito e meia de uma sexta-feira, foi quando ela me contou que ajudava Humberto todas as segundas, quartas e sextas com suas tarefas de casa. Mais tarde descobri que eles ficavam toda segunda, quarta e sexta no quarto de Humberto. E lhe contei que estava voltando da casa de Catherine, e ela me disse que elas duas eram melhores amigas no fundamental e que não se falavam mais. Eu lamentei pelas duas, ambas eram muito legais, embora eu achasse Catherine um tanto sexy.

Quando chegamos a nossa estação seguimos a pé nosso caminho, e minha casa ficava antes da dela. Despedimo-nos e nos desejamos boa noite, cada uma seguiu seu rumo. Assim que abri a porta do meu quarto meus pais já me esperavam sentados no sofá com seus respectivos braços cruzados e testas franzidas. Francamente, já esperava um sermão há duas semanas, e recebê-lo mais tarde não foi exatamente uma surpresa para mim. Fechei a porta e me sentei de frente para eles na poltrona da sala, a qual já estava estrategicamente posicionada.

— Olhe mocinha. Deixamos você um pouco mais solta para que tivesse mais chances de se relacionar com seus novos amigos. Mas pelo visto você não conhece mesmo os limites da nossa boa vontade.

— Desculpa Bennet. Eu só estou tentando ficar longe de casa mesmo. Eu não gosto do ambiente que vocês criam aqui.

— Como assim “ambiente”? – ela enfatizou fazendo aspas com os dedos – Somos sua família.

— Eu sei.

— Então seja mais grata e compreensiva conosco, quero mais limites com esses amigos, e horários mais rígidos. Não quero ter de colocá-los eu mesma – ela completa.

— Isso mesmo. Sem falar nos seus estudos, quero que você invista pesado esse ano. Devido ao seu tratamento e remédios caros perdemos toda a sua poupança para a faculdade, e você agora vai precisar arrumar uma bolsa de qualquer forma, ou a faculdade atrasará.

— Não podiam falar disso outra hora? Mas quanta pressão instantânea.

— Não estamos te pressionando, estamos preocupados com você querida – ela me puxou para seu lado e me sentou ao sofá – Passamos por muita coisa e isso também mexeu conosco.

— Eu entendo Carol. Não devia ter causado isso a vocês.

— Não se culpe. Nós superaremos isso juntos, e ficará tudo bem, você verá. Agora vá tomar um banho. Está com um cheiro forte de cloro.

— O pessoal foi pra piscina hoje.

— Você entrou com suas roupas e tudo?

— Jamais mãe. Não vou querer comer nada, estou sem fome. Vou só terminar minhas tarefas e dormir boa noite.

— Boa noite – disseram.

Passei no quarto de Bobby quando subi, ele estava brincando com seus aviões de plástico. Ele os adorava, e eu adorava vê-lo brincando. Sentei-me com ele e ele me abraçou, disse que sentia minha falta e que me amava, e me perguntou se eu estava bem e se meu dia tinha sido “legal”. Eu disse que sim e perguntei como havia sido seu dia de aula. Ele apenas sorriu e voltou a brincar. Acho que ele ainda não deve ter idade suficiente para compreender perfeitamente o que estava acontecendo com nossa família. Mas ele percebia. Percebia tudo, cada detalhe. E eu o amava. E não conseguia me perdoar por ter lhe feito sofrer. Quando voltei da Ethigos, ele foi o que me abraçou por mais tempo e o que mais chorou quando eu fui embora em uma maca da ambulância.

Fui para o meu quarto e joguei minha bolsa de ursinho fofo e macabro ao pé da minha escrivaninha, e me deitei em minha cama de barriga para cima, e voltei a sentir falta das minhas estrelinhas do teto e de como elas me faziam sentir segura nas noites escuras. Aquilo me deixou triste, e eu comecei a chorar. Foi quando meu celular começou a tocar, era Marlon, e ele nunca tinha me ligado às dez da noite antes, o que era estranho.

Aparentemente na noite seguinte todo o grupinho havia marcado de ir a um show que ocorreria em um parque na zona norte da cidade, e eles estavam me convidando para ir junto. Eu aceitei, não seria nada demais, e eu ainda não tinha ido à zona norte da cidade. Jarmon tinha uma separação muito gritante entre suas zonas, e eu morava na sudeste, uma área suburbana qualquer.

Eu estava muito feliz pelo convite. Eu e meus antigos amigos também íamos a shows lá em Gueshaw, só que não tínhamos muitos shows por lá já que minha antiga cidade não era capital como a atual. E nem tinha locais adequados para grandes espetáculos, essas condições impossibilitavam a ida de muitos artistas para a região, mas isso era só um detalhe, afinal, os melhores artistas são os desconhecidos.

Quando eu lhe perguntei quem iria cantar ele disse que era uma banda que ele não conhecia, mas Cody havia surtado quando soube da sua vinda e disse que eles precisavam ir a qualquer custo. Achei justo, e não me preocupei de ser alguma banda ou cantor pop, aliás, eu sequer estava ligando. Disse que iria e desliguei o telefone depois de desejá-lo boa noite, e fui tomar banho. Eu ainda estava sem fome quando saí do banheiro e decidi me deitar e tentar dormir cedo – era por volta de onze da noite – e devido a minha felicidade inabitual, eu nem mesmo lembrei de tomar qualquer remédio. Eu adormeci rapidamente, só que a falta dos remédios foram um problema, pois meus sonhos começaram a ficar tensos.

Eu comecei a lembrar de Michael. Comecei a lembrar de Isabelle. E voltei a lembrar de Michael e Isabelle, eles estavam se beijando, se beijando muito. Eu estava ofegante. Eles estavam sem camisa, ela ficou nua e entrava Gabriela e começava a gritar, ela estava sendo esmagada debaixo da cama a cada vez que Michael pressionava Belle contra a cama e ela gritava. Gabriela começa a virar pó, e eu via Bobby chorando pelo meu nome e meus pais o abraçando no sofá. Meu tio Andrew agora estava com uma faca na mão e ele pula em cima do casal que copulava ardentemente e os separa enfiando a faca na barriga de Michael.

EU GRITO.

Meus pais aparecem segundos depois em meu quarto desesperados e me perguntando o que estava acontecendo, eles pareciam assustados. Eu ofegava irrefreavelmente e meus olhos estavam paralisados na maior dilatação que minha íris alcançara. Eu lembrava, eu lembrava de tudo, e tudo estava claro para mim agora.

Ouvimos o choro de meu irmão que vinha de seu quarto e minha mãe corre para acalmá-lo. Meu pai fica comigo e me deita em seu colo suavemente. Minha mãe volta segundos depois com meu irmão do seu lado e um copo de água em uma de suas mãos, ela vai até o meu guarda-roupa e pega um dos potinhos que ficava lá. Eu não sabia qual era o remédio, mas depois ela disse que era só Escitalopram. Fiquei calma em dois minutos, e vi no meu despertador que já passavam das três da manhã.

Minha mãe foi colocar meu irmão para dormir e meu pai ficou comigo até que eu pegasse no sono novamente, eu fingi que dormi para que ele fosse embora, não podia deixá-lo lá a noite toda, ele parecia exausto. Depois que ele saiu eu consegui dormir, coloquei umas músicas calmas para ver se eu ficava sonolenta mais rápido e funcionou, fechei meus olhos ao som de Jonh Mayer. Eu pensava mais na noite dele do que na minha, estava mais preocupada com ele do que comigo. Minha médica já tinha me dito para parar com isso, foi meio o que me fodeu da última vez.


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Notas finais do capítulo

Obg pela leitura ♥
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